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História Come to the past - Uma amizade nada convencional


Escrita por: LunaSelene

Notas do Autor


Esse capítulo só era p sair no fds, mas ele ta corrigido e não tenho limites rsrsrs
Espero que gostem o/

Capítulo 18 - Uma amizade nada convencional


“Eu sou o que sou e eu não tenho vergonha. 'Nunca se envergonhe', meu velho pai costumava dizer, 'há alguns que vão usar isso contra você, mas com eles não vale a pena se incomodar'.”.

- Rubeus Hagrid

 

Desde o fim da guerra Harry sentia como se suas emoções estivessem retorcidas e embaralhadas, antes ele sentia a raiva borbulhando dentro de si, agora era uma mistura de tristeza e vazio e chorar nunca foi tão fácil. A fina película que o protegia tinha se rompido quando Sirius morreu, quando a dor era tão grande que por um momento ele quis parar de lutar e só pensou em como seria bom finalmente partir e poder encontra-lo, estar junto de Sirius mais uma vez. Perdê-lo foi como perder uma parte dele mesmo.

Não houve medo na noite da floresta quando ele caminhou em direção a Voldemort sabendo que não retornaria mais, ver os pais, Sirius e Remus e saber que dali a pouco estaria com eles lhe deu mais força para continuar andando. Quando lhe foi dada a escolha de voltar pensou em Hermione, Ron, Luna, Neville e os Weasley, a família que ele havia deixado, as pessoas por quem ele havia se sacrificado.

Ele voltou, porque era o certo, mas no fundo do seu coração ainda havia aquele desejo de retornar para perto dos pais, não ter que lutar mais, não ter que sofrer. Seria tão mais simples se ele simplesmente não tivesse voltado, todos os problemas pertenceriam a outras pessoas, ele não sentiria mais seu coração sangrando, não seria mais assombrado pelas lembranças traumatizantes da guerra.

Ele não teria conhecido Tom Riddle.

Harry estava tão cansado de se sentir triste o tempo inteiro, o sentimento nunca o abandonava e a todo o momento é como se alguém o lembrasse de que ele nunca poderia ser feliz, que ele havia perdido demais para agora conseguir sorrir de verdade. Sua alma intocada estava pesada de dor e se ele não soubesse melhor acharia que ela também estaria fragmentada e faltosa, como se cada um que morreu tivesse levado consigo uma parte dela e deixado só uma lasca, um fiapo que ainda o mantinha vivo.

Todas as noites ele dormia, não havia mais pesadelos, mas também não tinha sonhos. Às vezes ele sentia como se estivesse começando a esquecer do rosto de seus amigos, ele não queria isso. Lembrar-se deles era o único motivo que ainda mantinha Harry ali, vivendo um dia depois do outro, ignorando a apreensão e medo de estar tornando tudo pior.

Às vezes ele nem acreditava que estava de volta a Hogwarts, que tinha que botar o uniforme e ir assistir aulas, parecia uma realidade tão distante, e era nesses dias que ele quase era feliz. Quando encontrava Prudence no Salão Comunal e ela o recebia com um sorriso enorme, eles iriam comer no Salão Principal e Harry fingia que aquele seria mais um dia comum, ele tinha que assistir suas aulas e ir para a biblioteca fazer seus deveres.

Acontecia de cruzar com Tom uma vez ou outra, mas era algo rápido, logo eles estavam se afastando, um ignorando a existência do outro, como Tom queria que fosse. Uma vez, em um ato de desatino, quando Tom estava sozinho na biblioteca e calhou de Harry aparecer e eles se encontrarem procurando o mesmo livro Tom perguntou como estavam as aulas e Harry começou a falar, por um instante foi como estar de volta ao Orfanato, onde eles conversavam sem ressalvas.

Conversar com Tom era diferente de falar com Charlus, Dorea, Prudence ou Bill, Harry sentia que o conhecia, era como ser de novo Harry Potter com Ron e Hermione e ele pudesse falar livremente. Era como se ele e Tom fossem amigos. Não que ele não gostasse dos outros, mas Harry não os conhecia de verdade e ainda se sentia ressabido no meio deles.

O pensamento colocando Tom na mesma linha que Ron e Hermione tinha feito Harry parar de falar sobre o que eles estavam vendo em Herbologia, Tom tinha estranhado a abrupta interrupção, Harry limpou a garganta e continuou a falar, mas com bem menos empolgação.

Só que isso tinha sido há uma semana

 

Alguns dias Harry se deixava envolver completamente por aquela nova vida, esquecendo-se do motivo que o levou para 1945. Ao contrário do que aconteceria em seu próprio tempo, naquele não havia ninguém que o lembrasse de que ao invés de estar preocupado com o trabalho de Transfiguração ele deveria estar, na verdade, pensando em formas de deter o futuro Lorde das Trevas.

Isso vinha muito do desejo que Harry possuía – e ignorava – de não lembrar-se de Tom.

Sua vida tinha se tornando uma prazerosa rotina. Ele sentava com Dorea nas aulas de poções, com Charlus em Transfiguração, ficava entre Prudence e Bill em Feitiços e tinha uma bancada só sua em Herbologia. Nas aulas de defesa, em sua maioria aulas práticas ele ficava revezando entre seus novos amigos, embora gostasse muito de treinar com Prudence, Charlus não tinha muita paciência e sempre entregava o seu próximo movimento, Bill era muito distraído para essa aula.

Ele aprendeu que Charlus era muito bom em Defesa e Prudence conhecia quase tantas plantas quanto Neville e que Bill gastava muito tempo pensando em quadribol e por isso passava a maior parte do seu dia com Archie e Andrew, que era batedores do time e melhores amigos dele.

Prudence passava um tempo com Charlus e Harry, mas logo depois estava com uma de suas amigas, dizia que precisava de companhia feminina ou acabaria sem modos e grosseira.

Dorea gostava de ficar com Harry na biblioteca após as aulas de Aritimância e estava sempre tentando ensinar algo a ele, mesmo que não tivesse nada a ver com a escola. Normalmente não tinha. Harry não tinha refinamento, ela foi bastante clara ao dizer isso, foi feito sem nenhuma maldade ou arrogância e ela tinha se incumbido de ensinar o que fosse que ela achasse que Harry precisaria aprender.

— Vou fazê-lo ir a uma das festas do Slughorn. — Ela disse uma tarde.

— Sem chance, ele sequer sabe meu nome. — Pelo que Harry agradecia fortemente.

— Ele sempre traz bons contatos, ainda mais para nós do último ano. Ano passado Finn Finstock conversou com o Sr. Bones por trinta minutos e saiu daqui com um emprego garantido no Ministério como secretário pessoal e ele é nascido trouxa.

— O que tudo isso tem a ver comigo?

— Você não tem um nome para protegê-lo, por isso precisa que o Slughorn faça isso por você. Eu pediria ao papai, eu sei que ele poderia tutorá-lo, mas mamãe tem se mostrado não muita adepta de ajudar qualquer um que não esteja no Sagrado Vinte Oito.

— Sagrado Vinte Oito? — Harry não fazia ideia do que era isso.

— Não importa.

Harry nunca tinha pensado no que faria quando aquele ano acabasse, mas ele não estaria ali, certo? Ele não poderia ficar, tinha pessoas esperando por ele do outro lado, ele disse a Jorge que voltaria e ele queria tanto ver Ron e Hermione mais uma vez, receber um abraço da Sra. Weasley, ver Gina voando e Luna e Neville, Hagrid também. Ele tinha deixado tantas pessoas para trás e queria voltar para eles. Ele só tinha que garantir que quando voltasse não existiria nenhum Lorde das Trevas. Só isso.

— Você faz isso às vezes.

Harry voltou sua atenção para Dorea.

— Você está aqui e de repente parece estar em outro lugar, como se sua mente voasse para longe e você se perdesse em memórias ruins.

— Desculpe, Dorea. Eu juro que estava prestando atenção.

— Você sente falta das pessoas que deixou para trás, eu entendo. Mas você está aqui agora, você está bem, seguro. Você tem querer estar aqui. — Ela agarrou a mão dele. — Essa é sua realidade agora, é a sua vida. Você precisa pensar no seu futuro.

— E se eu não quiser ficar aqui?

— E ir para o mundo trouxa? — Ela parecia horrorizada. — Harry...

Um dos sonserinos sempre aparecia, uma hora ou outra, era como se Dorea tivesse um tempo específico para gastar com Harry e eles fossem incumbidos de lembra-la que ela não deveria gastar todo o seu tempo com um mestiço. Harry nem tinha se dado ao trabalho de aprender o nome daquele, eles nunca falavam com ele, só apareciam com alguma desculpa e levavam-na com eles, havia os olhares de incompreensão e desgosto, mas esses Harry já ignorava facilmente.

 

Então houve uma noite, ela tinha vindo antecedida por um dia muito longo que começou com Bill acordando todo o dormitório falando que aquele seria o primeiro jogo de quadribol da temporada, Charlus acordando mal humorado, algo que não era típico, Prudence também havia discutido com uma de suas amigas e sentou com eles no café, o que acabou com ela brigando com Charlus e Bill, por um motivo irrisório, mas os garotos a acusaram de ser mimada e metida e ela saiu da mesa bastante chateada. Isso tudo nas primeiras horas da manhã. Harry respirou fundo, era um sábado, não teria aula, ele tinha se organizado bem, algo que daria orgulho a Hermione, não tinha nenhuma tarefa atrasada, mas talvez isso se devesse a ninguém estar tentando mata-lo, portanto, ele iria tomar seu café lentamente, iria assistir ao jogo de quadribol e que Deus permitisse, mas Grifinória teria que vencer ou ele não sabia como aguentaria Bill, e depois ele poderia fazer qualquer outra coisa. Talvez escrevesse uma carta para Martha contando como era a escola e falando sobre seus novos amigos, talvez ele pudesse passear pelos jardins com Dorea, se ela não estivesse ocupada ou ficar jogando algo com Charlus, se ele estivesse de bom humor – Grifinória tinha que vencer.

Mas o correio chegou e com ele terríveis notícias. Grindelwald havia atacado novamente, dezenas de mortos, talvez centenas de feridos. Harry arriscou olhar para a mesa dos professores, Dumbledore estava ao lado do diretor Dippet e estava tão pálido que parecia doente. Harry se apiedou dele, mas também se irritou. Pessoas estavam morrendo, enquanto isso ele gastava seu tempo os ensinando sobre transmorfar parte do corpo e passando um pergaminho de 45 cm sobre o que haviam feito de errado e como consertar.

Harry queria subir do estrado e esfregar aquela noticia embaixo dos olhos de Dumbledore e perguntar o que ele ainda estava fazendo ali que não havia ido derrotar Grindelwald. Mas ainda era 1945, em algum momento o professor sairia de Hogwarts para enfrentar aquele que um dia chamou de amigo, que poderia ser o culpado da morte de sua irmã, que para Harry era o culpado, o feitiço tendo saído da varinha dele ou não. Ele venceria e seria o portador da varinha das varinhas. Enquanto isso eles só teriam que esperar. Ele teria que esperar.

Grifinória venceu. Charlus continuava irritado. Bill falava sobre a pequena vantagem que ganharam e que aquilo não era suficiente. Prudence não estava falando com nenhum deles, nem mesmo com Harry, porque ele era um menino e por isso igualmente idiota, estúpido e sem um pingo de sensibilidade. Dorea apareceu, o chamou para um passeio pelos jardins. Pollux se juntou a eles. De repente Harry estava rodeado de Sonserinos. Tom estava lá também.

Dorea achou por bem enrolar seu braço no de Harry, como se eles fossem um desses casais que saiam para passear na década de 40, que por sinal era a década que eles estavam, mas que continuava sendo estranho para Harry. Ele acha que ela só fez isso porque viu Avery se aproximando, ele não a afastou, mas achou que ela não deveria coloca-lo no meio do seu drama.

Pollux era o único a perceber as intenções da irmã, todos os outros demoraram a desviar o olhar do ponto em que o corpo de Harry e Dorea se tocava. Eles andaram e falaram sobre o clima como se estivessem em um filme de época inglês, Dorea gracejava e fazia pontuações cheias de veneno, todas direcionadas a Abraxas e Avery, para o contentamento do irmão e Lestrange, Harry sabia o nome dele agora.

Tom caminhava com eles e até arriscava algum sorriso, esses bem menos falsos do que Harry já tinha visto em outros momentos, mas era tão pequeno que talvez nem fosse real. Ele se mantinha em silêncio e arqueava a sobrancelha uma vez ou outra quando Abraxas soltava um “Tom concorda comigo”. Harry sabia que Tom queria fazê-lo calar-se, mas não o faria naquele momento e ele quase lamentou por Malfoy, quase.

Em algum momento Harry se tornou o assunto, ele estava esperando para quando isso acontecesse, não esperava que fosse com um grupo de sonserinos que não queriam nada além de afligir-lhe dor e vergonha. O primeiro eles poderiam conseguir, o segundo eles teriam que se esforçar bastante.

Como foi crescer como um trouxa?

Como foi ser educado em casa?

O que seu pai fazia?

E sua mãe, ela era trouxa, não é?

É verdade que ele fugiu porque a família queria mata-la?

É verdade que sua mãe fazia parte de um grupo que queria matar os bruxos e fugiu com seu pai quando descobriu o que ele era?

Ela ficou decepcionada quando descobriu que você não era um trouxa igual a ela?

Harry respondeu cada uma das perguntas, puxou de dentro de si uma força que não sentia fazia muito tempo, sua voz não tremeu, ele não se descontrolou. Ele sentia Dorea apertar-lhe o braço e agradeceu por ela estar tão perto dele, passando algum tipo de calor, dando a sensação que ele não estava sozinho ali.

— É verdade que você consegue produzir um Patrono corpóreo? — Tom perguntou de repente, calando o que fosse que Avery iria dizer.

— Er... Sim.

— Eu gostaria de ver. — Tom o olhava diretamente. Assim como Tom evitava olhá-lo, ele fazia a mesma coisa, era normal aquela sentir um embrulho no estômago ao estar sob os olhos de alguém, mesmo se essa pessoa fosse Tom Riddle o desafiando?

Expecto Patronum. — Ele fez um giro completo no ar, lembrou-se do sonho que teve com os pais, de um bolo e pessoas cantando os parabéns, de ver sua mãe sorrindo feliz.

O cervo prateado rompeu da varinha, ele galopou, muito animado por estar livre e se aproximou de Tom o olhando de cima, superior e austero.

— Ele é tão bonito. — Dorea falou encantada.

O cervo, como se tivesse entendido, se afastou de Tom e chegou mais perto de Dorea, seu movimento fez os sonserinos se afastarem. Ele a olhou de uma forma bem mais mansa que com Tom.

— Dizem que cada animal representa algo para seu dono. O que isso quer dizer sobre você?

Avery falou algo para Lestrange que fez os dois rirem, mas Tom ainda aguardava a resposta.

— Meu pai, ele era um animago, sua forma era um cervo. Meu patrono é meu pai.

Por quanto tempo os dois ficariam se encarando era um mistério se não fosse por Pollux se colocando no meio, cortando o contato visual dos dois. Ele passou a mão lentamente pelo dorso do animal, não o tocando realmente.

— É um belo feitiço, Hunter e fala muito sobre a sua destreza mágica. Seja bem-vindo ao clube de duelo.

Pelo menos depois disso Dorea achou que Harry já tinha se esforçado demais, ela o arrastou pelo jardim, andando tão rápido que ele acreditou que ela achava que algum deles iria tentar impedi-los. Quando já estavam dentro do castelo, subindo as escadas que os levou para um corredor vazio ela parou.

— Você foi muito bem. — Ela falou enquanto arrumava a jaqueta que tinha ficando desalinhada com a pressa. — Não que o pensamento deles vá mudar, mas hoje eles terão menos a falar sobre você.

— Eu não me importo com o que eles pensam de mim.

— Eu sei disso, é uma das coisas que eu gosto tanto em você. — Ela arrumou o próprio vestido.

— Por que você anda comigo, Dorea? Desde quando um Black se associa com mestiços?

A pergunta saiu com mais dureza do que Harry pretendia e a pergunta a pegou desprevenida.

— Você acha que eu o estou atraindo para algum tipo de ritual em que você será a oferenda? — Ela soltou uma risada nervosa.

Os gêmeos eram uma incógnita, Harry sabia que Pollux não foi um comensal, mas Sirius falou que ele seguia a mesma ideia purista de seus amigos, só que aqui ele falava com Harry normalmente. Ele tinha passado a tarde com sonserinos, virando alvo de brincadeiras e chacota, Pollux em momento nenhum os mandou parar, só parecia entediado e cheio daquilo. E tinha Dorea, que sorria, o tocava e agia como se eles tivessem sido amigos a vida toda.

Ele não os entendia.

— Eu tenho um irmão, Marius. — Ela não olhava para Harry. — Ele é uma criança linda, Cassie diz que ele é muito mais comportado do que eu e Pollux fomos, ele tem onze anos, nós tínhamos esperança, achamos que ele apenas não tinha despertado sua magia ainda, mas a carta nunca chegou.

Harry se sentiu tremer por dentro.

— Ter um aborto na família... Isso é inconcebível, uma vergonha... — Ela parecia repetir o que tinha ouvido, seus olhos tão brilhosos, mas nenhuma lágrima saiu. — Mamãe o mandou viver no mundo trouxa com uma prima renegada que teve a ousadia de casar-se com um nascido trouxa.

— Isso é...

— O melhor que conseguimos. — Ela o cortou. — Sabe-se lá o que ela estava pretendendo, mas Cassie tomou as rédeas, ela falou com nossa prima e ela veio busca-lo. Não há lugar na família para abortos e traidores do sangue. Ele foi queimado da tapeçaria, meus pais e tios nem falam o seu nome, é como se ele nunca tivesse existido.

— Dorea, eu sinto muito.

— O pior é que provavelmente eu nunca mais irei vê-lo, sei que mamãe vai garantir isso. Veja só o que aconteceu com Cedrella, ela ainda está vivendo no mundo bruxo, mas nós nunca a vemos, ela foi rechaçada do nosso convívio e eu nem tenho coragem de arriscar mandar-lhe uma carta, porque se mamãe descobre ela ficaria louca. Por sorte talvez ela consiga ver Marius, talvez eles possam ser uma família.

Ele queria perguntar quem era Cedrella e o que havia acontecido, mas achava que isso seria abrir uma nova ferida e não queria magoá-la ainda mais.

— Você quer provoca-los. — Ele deduziu.

— Mamãe vai ter urticárias quando souber que passo tanto tempo com um mestiço sem nome, ela vem planejando meu casamento com Avery a mais tempo do que posso contar e ela é tão obcecada por nos manter puros... — Ela balançou a cabeça irritada. — Não estou usando você, Harry, bem, talvez eu esteja, mas eu não estou mentindo, juro que não. Eu gosto de você, eu realmente gosto. Nós somos amigos, não somos?

— Eu gosto de pensar que sim. — Ele sorriu. Era bom pensar em Dorea como sua amiga, ele sentia que era certo.

Mas depois de um dia tão turbulento era pedir demais que Harry se lembrasse de tomar sua poção para não sonhar.

Pela hora do jantar Prudence já estava falando com ele, embora ainda ignorasse Charlus e Bill, ela envolveu Harry em uma conversa com suas amigas sobre quem tinha sido o melhor jogador da partida, cada uma tinha uma escolha e caberia a ele desempatar, ele escolheu por Prudence, apenas porque não queria vê-la irritada novamente.

Quando chegou ao dormitório puxou a cortina ao redor de sua cama e fechou os olhos exausto. Harry adormeceu antes de se dar conta que tinha deixado sua mente desprotegida, ele teria sorte e sonharia com sua família e seus amigos ou estaria vivendo novamente a guerra?



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