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História Come wake me up - One wish (Prólogo)


Escrita por: uncover5h

Notas do Autor


Quaisquer erros, prometo que conserto assim que os identificar.

Capítulo 1 - One wish (Prólogo)



Sem muitos esforços filosóficos de impropérios existencialistas, cheguei à conclusão - poucos minutos após o início da minha atividade pensante do dia, ou seja, assim que acordei - de que, tudo é uma consequência de se estar vivo, ou seja, eu facilmente poderia me livrar de cem porcento dos meus problemas se a morte, "angustia de quem vive", resolvesse fazer uma visita à minha vida e pôr um fim definitivo a essa confusão (por confusão, eu quero dizer: a minha vida). 
 Não me entenda mal, eu não sou uma daquelas adolescentes depressivas compulsivas, adoradoras da morte, obcecadas por músicas degradantes, que apreciam a tristeza da escuridão e usam lápis de olho preto borrado quase chegando na bochecha. Na verdade, eu pouco uso maquiagem, gosto de músicas regularmente adoradas por adolescentes da minha idade (embora meu gosto musical esteja num intervalo de Bruno Mars a Bridget Bardot) como como qualquer garota de 17 anos, gosto de pôr-do-sol, gosto da luz do dia e do fato de efeitos vintage funcionarem muito bem com a luz solar. 
 É claro que, embora meu gosto geral perpasse em meio ao gosto comum da juventude mundial, meus "motivos de gostar" estão comumente a anos luz dos "motivos de gostar" da maioria das pessoas. Costumo apreciar as coisas por um motivo real e justificável, e não somente porque a "onda do momento" está indo naquela direção; mas isso também é assunto para outros carnavais. 
  O importante para este carnaval, e digo carnaval porque a expressão representa muito bem a bagunça atual que é a minha vida, é que: naquela manhã de 3 de março de 2014, eu desejei, com uma fúria felina, que a minha existência fosse deletada da programação da existência humana. 
  O meu aniversário de 17 anos. Nunca tive nada contra aniversários, datas comemorativas, presentes legais (e os não legais também) e felicitações de saúde, felicidades e etc. Na verdade, isso me parecia muito genuíno e para algumas pessoas, datas comemorativas, eram umas das poucas oportunidades no ano de demonstrar algum carinho por outras pessoas, isso me fazia pensar que as suas existências poderiam ser justificadas, ou seja, nesses curtos espaços de tempo em que deixavam de lado o egoísmo para fazer o bem a alguém. Assim, eu ficava grata por essas pessoas existirem. Para outras pessoas entretanto, era uma oportunidade de receber algum carinho, e eu também ficava grata por elas. Bem, no meu caso, a cadência já estava em si maior, e para me explicar melhor, devo dizer: eu estava morrendo. A minha roda gigante já estava na última volta, descendo e descendo, sempre para baixo, nunca mais para cima. 
  Não conformada com o meu destino, que fora brutalmente colocado dentro de uma ampulheta bem menor do que as ampulhetas usuais da raça humana, minha mãe, ignorando o fato de a minha vida estar no seu último capítulo, resolveu me acordar com felicitações extravagantes de aniversário, balões coloridos, um mini cupcake com uma vela vermelha (isto porque, vermelho, como bem sabia minha mãe, era a minha cor preferida), e um chapeuzinho de princesa na cabeça (aqueles cones enfeitados com princesas da disney), cantando a batendo palmas, acompanhada de minha irmã, a pequena reprodução, quase xerox de mim, que sorria com um entusiasmo inocente de quem não tem a mínima ideia de que está batendo palmas para a morte. 
  Deixei os pensamentos depressivos se esvairem da minha mente antes de abrir os olhos e, considerando a dor da minha mãe e toda a sua recente luta para me manter viva e a provável constante agonia da eminência de perder a sua primogênita, coloquei um sorriso no rosto e me dei por satisfeita. 
  
     - Obrigada mama, - eu disse com a voz embriagada pelo sono - obrigada Sofi. 
     - Acorda preguicinha - minha irmãzinha disse, imitando o jeito que eu falava quando costumava acordá-la. 
     - Tô acordada preguicinha - eu disse, dando um sorriso para ela, que se jogou em cima de mim para um abraço que derreteu o meu coração. Apertei os olhos enquanto sentia aquele abraço sincero. Abri ligeiramente os olhos e vi algumas lágrimas atrevidas nos olhos de minha mãe. 
     - Vamos Kaki, apague a vela e faça um pedido - ela foi falando à medida em que eu e Sofia nos desfaziamos do abraço. 
      
    Fiz que sim com a cabeça e estendi a mão para que a minha mãe me desse o cupcake, e assim ela o fez. Encarei a vela por alguns longos segundos, pensando em algum pedido plausível, dadas as circunstâncias. Fechei os olhos e soprando a vela, desejei: 
   "Quero ter tempo suficiente para viver algo incrível e que faça a minha curta vida ter valido a pena."
    A chama se apagou. 
 


Notas Finais


Oi pessoas :)
Então, resolvi escrever. Não significa que eu seja uma escritora ou que eu faça algo excepcional escrevendo. De qualquer maneira, espero que gostem. Yay.


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