História Começo após o fim. - Começo após o fim.

“Sasuke Uchiha, 20 anos, pele branca, olhos Onix, cabelos pretos, 1,75 de altura”

Meus olhos não aguentavam mais de tanto chorar, minhas lágrimas haviam se acabado após cinco dias chorando sem parar; meu coração não aguentava tanta solidão após ter
perdidos meus pai, ambos em um acidente de carro quando vinham passar a virada de ano
comigo e com a minha esposa em minha casa. tudo foi tão rápido que depois de três dias
minha esposa morreu em um assalto, a qual o ladrão não se contentou em apenas roubar
seus pertences, ele teve que roubar a sua vida.

"Nada... era isso que me restou, absolutamente nada"

No dia seguinte após minha esposa ter morrido eu fui a IML ver o corpo, ao chegar lá
descobri que ela estava gravida, pois nesse dia ela voltava da clínica em que fora buscar os
exames; quatro semanas de gravidez; e uma vida que foi interrompido por um... não sei
como eu posso chamar um indivíduo desse pôs um ser humano não faria algo tão
desprezível, tão ignóbil como essa atitude.

E agora estava eu, sozinho e abandonado, pois tudo o que eu tinha foi tirado de mim,
dúvidas surgiam em minha mente como por exemplo "O que foi que eu fiz para merecer
isso?", "Onde eu errei?", "Deus me odeia tanto assim?" ou até mesmo "Porque eu não fui
no lugar deles?". Minha vida se tornou ruínas do que um dia era uma estrutura sólida e
resistente, nada mais do que apenas ruínas.

Agora estou eu, sentado no meia da minha sala com uma arma em mãos apontada para
minha cabeça, brigando comigo mesmo pois meu corpo não me obedece mas, não
conseguia apertar o gatilho, pois sempre que eu tomava coragem para consumar o ato,
minhas forças se esvaem e o que era apenas alguns quilos se torna toneladas.

"Fraco, isso que eu sou apenas um fraco, um covarde que não enfrenta as adversidades da
vida"

A vergonha de alguém que se intitulava o "FODA" agora não passa de um fracassado, um
cão que foi abandonado por seus donos, esquecido, isolado; nada faz mais sentido, a vida
deixou de ser bela, deixou de ser colorida, apenas escuridão e solidão; seu olhos que antes
brilhava agora é apenas um tom fosco, um borrão, não há mais vida em seu olhar não há
mais brilho; esquecido, sozinhos em seu quarto pensando em tantas possibilidades de ter
evitado tudo isso mas que agora são só desilusão, pois o tempo não volta, o que se foi,
jamais voltará... nunca mais.

  Uma lágrima solitária escorre pelo seu rosto, me surpreendendo de ainda haver uma gota
de lágrima que possa sair dos meus ductos lacrimais; começo a comparar o que eu era
antes para o que eu sou agora, me decepcionado comigo mesmo, eu estava no fim do
poço, me afundando cada vez mais, pois em vez de eu tentar subir e sair, eu cavo mais e
mais.

Quando não há saída e a esperança se some por completo e a escuridão me rodeia, a
única coisa que eu posso fazer é sumir, desaparecer da face dessa terra.

"Quem sabe o mundo fica melhor sem mim, afinal ninguém iria sentir a minha falta, a minha
existência não interfere no curso da vida, se eu desaparecer não fará diferença alguma...
nem sequer uma diferença."

Quando finalmente arranjou coragem suficiente para apertar o gatinho ouço a campainha
tocar uma vez, segundos depois uma segunda vez a campainha toca, não estava com a
mínima vontade de atender a porta, mas após a sétima vez que a campainha foi tocada, eu
me levanto estressado, guardo minha arma em uma gaveta da cômoda que tem perto da
porta que leva ao quintal da casa.
Seguindo em direção a porta, mais uma vez a campainha e tocada, eu ja estava
estressado passou na minha mente de pegar a arma e dar um tiro em quem quer que esteja
atrás daquela porta; minha mão levemente começa a girar o trinco da porta, o que faz soar
um som abafado. Abro a porta e não vejo ninguém dou um passo pra frente pra ver dos dois
lados mas dou um leve chute em uma sexta que estava coberta por uma manta, logo após
o contato com o meu pé, ouço um ruído baixo e abafado da sexta, me abaixo para ver o que
havia dentro dela.

Ao tirar a manta de cima meu coração gela, pois tinha uma criança que percebi que
não fazia muito tempo que tinha nascido, eu encaro o bebê que está dormindo
serenamente, seu peito sobe e desce com sua respiração leve, sua pele branca e seus
cabelos loiros fizeram despertar um sentimento em mim o qual eu não consegui discernir;
ele se  mexe na sexta acordando logo em seguida, ao abrir os olhos e me encarando pude
ver um mar invadir a minha alma uma luz azul surgir na escuridão, seus gemidos baixos faz
com que o meu coração se aqueça como uma fornalha, lágrimas que surgem do nada
começam a molhar meu rosto.

"Finalmente achei um motivo para viver."

Continua...