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História Common Opposites - Resolução


Escrita por: gyuzizi8

Notas do Autor


ʕ・ิɷ・ิʔฅ olá lobinhos aventureiros~~
Primeiro de tudo: ME DESCULPA, MIL DESCULPAS, MEU DEUS ME PERDOOOOEE!! AAAaaaaAAAH
*respira*
Eu sei que prometi que ia fazer double update e que ia atualizar semana passada. MASSSSSS!!! meu notebook pifou e a coisa foi feia dessa vez. Acontece que eu já tinha o capítulo todo no not, prontinho pra postar. E não, eu não queria escrever tudo de novo por isso até eu ter arrumado essa bosta velha aqui, eu não tinha intenções de atualizar. Ficou caro, mas eu consegui e aqui estou٩(╬ʘ益ʘ╬)۶
Então me perdoem, às vezes acontecem esses imprevistos desnecessários~~

Mal entendidos à parte, boa leitura. \(-_- )

Se tiver erros, finja que não viu kk eu tenho que revisar depois

Capítulo 11 - Resolução


Fanfic / Fanfiction Common Opposites - Resolução

Sunggyu se sentia como se estivesse num inferno.

Tudo estava quente. Ele ofegava e suava e estava em muita dor. Sua pele pinicava e grudava no lençol em baixo de si. Os cios sempre foram horríveis, mas dessa vez parecia três vezes pior.

Quando tinham um desses, Dongwoo costumava acompanhá-lo e ajuda-lo durante todos os dias – que variavam entre três e quatro dias – onde passava por aquela tortura e ele fazia o mesmo quando era a vez do outro. Mas agora Dongwoo não estava ali e a presença de Woohyun lhe deixava estranho.

Sunggyu não entendia. Não era para acontecer isso até o próximo mês. Algo desencadeara isso e o fato não deixou nem um pouco feliz. Na verdade, nem conseguia pensar direito. Encolheu-se e choramingou quando outra onda de calor veio. Obrigou-se a não se tocar.

O alfa tinha saído dali tão rápido que Sunggyu nem conseguiu pedir para ele chamar Dongwoo. Mas se ele foi embora, provavelmente deve ter ido para casa da matilha. Provavelmente, o outro ômega viria.

Sunggyu não queria passar por aquilo sozinho e sinceramente apenas esperava que acabasse logo.

ʕᵔᴥᵔʔ ~ ʕᵔᴥᵔʔ~ ʕᵔᴥᵔʔ~ ʕᵔᴥᵔʔ

Woohyun ficou perambulando em torno da casa – não muito perto também – mas não ousou entrar. Em sua forma lupina, a tortura era ainda maior porque sentia bem melhor o aroma doce. Mas estava sem suas roupas, então não se transformaria por enquanto. Assim também não precisaria conversar com Sunggyu, que chamava por ele.

Teve que se concentrar no máximo em seu autocontrole. Seu lobo interno grunhia e lutava para ir em direção ao paraíso que o tentava, mas sua consciência o impediu. Se ele fizesse o que seu instinto gritava para fazer, pela manhã dos dois se arrependeriam, Sunggyu o odiaria e Myungsoo provavelmente tentaria matar ele. Realmente, ele mesmo não queria aquilo.

Sunggyu não era aquele que amava. Não era aquele ideal para ser seu companheiro e nenhum cio forçaria ele a mudar de ideia.

 Agradeceu a Mãe Lua por conseguir controlar isso durante toda a noite.

Quando os primeiros raios de sol apareceram, o alfa se aproximou da casa em passos lentos. Tudo parecia quieto, aparentemente o ômega devia estar dormindo. Ele tinha passado a madrugada inteira choramingando e gemendo baixinho, não admira que estivesse cansado.

Decidido seguro por enquanto, correu em direção à casa da matilha.

Nem quinze minutos direito e encontrou a casa da fazenda. Entrou em passos curtos não querendo acordar ninguém, mas todos já estavam lá na sala conversando. Quando perceberam a presença de Woohyun, correram ao seu encontro.

– Woohyun-hyung!

– Nam-goon! Onde vocês estavam???

– Graças a Deus! – Hoya soltou um xingamento.

Foi bombardeado por perguntas, mas Woohyun os ignorou e foi até o quarto onde estavam suas coisas. Vestiu suas roupas e foi para sala, conversar com todos.

– Onde está meu irmão? – Myungsoo foi o primeiro a lhe perguntar, com um tom desesperado.

– Ele está naquela outra casa... – Woohyun coçou a nuca, envergonhado. – Aquela onde vocês me acharam aquele dia, que fica a alguns minutos daqui...

– O que ele está fazendo lá? Ele está bem? – Dongwoo estava preocupadíssimo, os olhos vermelhos.

– Ele... está no cio. – Woohyun desviou o olhar, seu rosto estava mais vermelho que o normal. Algo sobre aquilo era embaraçoso demais. – Eu não consegui trazê-lo pra cá.

– Então você deixou ele lá sozinho? – O alfa de cabelos pretos exigiu, agora nervoso.

– Eu não pude fazer nada ok? Não podia trazer ele e tinha que voltar aqui para levar mantimentos e Dongwoo-hyung para ajudá-lo. Fiquei a noite inteira com ele lá tá? Julguei seguro vir aqui só de manhã por causa dos caçadores. Ele não está machucado, nem nada. Apenas sofrendo pelo cio. Nesse momento, está dormindo na verdade.

Todos pareceram relaxar então Woohyun continuou:

– Desculpe não avisar vocês ontem e sumir assim. Eu saí para tomar um ar e ele me seguiu e então nos deparamos com um grupo de caçadores. Infelizmente, ele ficou fraco e aconteceu aquilo. Não deu tempo nem de pensar direito...

Dongwoo assentiu, mas olhou para Woohyun receoso.

– Nam-goon... você e Sunggyu-hyung.. não aconteceu nada, não é?

Woohyun franziu o cenho, ficando bravo.

– É CLARO QUE NÃO! Quem você acha que eu sou hyung? Eu nunca faria isso. Não sou um animal irracional ok?

– Eu sei, eu sei. Desculpa Namu. – O ômega se encolheu e abaixou a cabeça – É que.. quando estamos nesse período, seria impossível resistir. Eu não te julgaria, sabe... mas desculpa se te ofendi sem querer.

– Woohyun, fica calmo! Ele não disse por mal. – Hoya o defendeu e Woohyun bufou.

– Enfim... temos que voltar lá logo. Sungjong prepare água, comida, roupas e remédio se necessário. Enquanto isso, eu vou tomar um banho e saímos em um minuto. – O alfa ordenou e Sungjong assentiu e saiu em busca das coisas.

– Eu também vou vê-lo! – Myungsoo anunciou e Woohyun se virou para ele.

– Não tem necessidade e nem é sensato isso. Dongwoo e eu somos mais que suficiente lá!

– Na verdade, Woohyun... não precisa você ir também. Eu sei como pode ser tortuoso para você então fique aqui e descanse. Quando os cios chegam, sempre fica só nós dois lá... não tem nenhum problema. – Dongwoo disse.

– Hyung, se fosse para ir por vontade, eu também não iria. Mas não temos escolha. Há caçadores andando em grupos por ai. Sair sozinho não é uma opção. Vim aqui agora porque era uma emergência, mas se não fosse por isso, eu nunca me arriscaria.

– Eu também acho assim, Dongwoo-hyung. – Hoya disse. – Seria melhor se fosse ele, você e eu. Assim se houvesse algum problema, Woohyun e eu estaríamos lá.

– Não! – Woohyun protestou – Não tem porque você ir. Eu cuido dos dois muito bem e não é como se Dongwoo-hyung não soubesse se defender. Se Sunggyu soubesse que deixamos os maknaes sozinhos aqui, ele sairia daquela cama e nos mataria.

Dongwoo deu uma risadinha.

– Ele tem razão Hoya. – Dongwoo olhou o alfa com um olhar carinhoso e acariciou seu braço. – Ficaremos bem.

– Yah, nós sabemos nos cuidar muito bem. Vocês falam como se fossemos bebês. – Sungyeol resmungou, cruzando os braços.

– Como eu disse... não há necessidade de companhias desnecessárias, ainda mais com Sunggyu naquele estado. Eu só vou lá para protegê-los e manterei minha distância.  

– Companhias desnecessárias? – Hoya disse, levantando a sobrancelha. – Uau... o que deu em você Woohyun?

O alfa suspirou e se voltou para Hoya.

– Nada vai acontecer com eles, você tem minha palavra. Mas eu realmente preciso ir agora ta? Tchau.

Assim ele saiu e tomou seu banho, se vestiu – embalou algumas roupas – e saiu. Dongwoo já estava pronto e os dois partiram floresta afora.

Demoraram quase quarenta minutos para chegar ao lugar, já que eles não estavam transformados. 

Assim que estava se aproximando da casa, sentiu o aroma fraco, mas característico de longe. Parou a poucos metros dali. Dongwoo olhou para trás e percebeu isso.

Sua feição suavizou e ele colocou uma mão no ombro do alfa.

– É melhor você ficar por aqui mesmo. Ontem você conseguiu aguentar porque era o começo, mas o segundo dia é o pior de todos. Se o cheiro ficar muito insuportável, você pode se afastar mais ok?

Woohyun assentiu.

– Cuide dele, por favor.

Dongwoo ficou surpreso com o pedido vindo de Woohyun, mas assentiu mesmo assim, sorrindo.

– É claro que vou.

ʕᵔᴥᵔʔ ~ ʕᵔᴥᵔʔ~ ʕᵔᴥᵔʔ~ ʕᵔᴥᵔʔ

– Hyung...

Sunggyu abriu os olhos com dificuldade. Tinha dormido demais. A claridade entrando na janela não lhe ajudava também, por isso os manteve entreaberto.

– Aqui. Beba isto. Você precisa se hidratar.

– D-dongwoo....? – Disse o líder com a voz fraca.

– Sim, sou eu.

Já sentia o calor preenchendo seu corpo, mas ficou aliviado em beber algo gelado. Não conseguia ver direito, mas Dongwoo estava o limpando com um pano molhado. Depois de feito, sentiu outro pano molhado ser depositado na sua cabeça.

– Toma isto. – Dongwoo lhe ajudou a se sentar um pouco e Sunggyu obedientemente bebeu.

Pelo gosto amargo, já tinha alguma ideia do que era. Esse remédio fazia o cio se acalmar um pouco. Estava agradecido que seu amigo estava finalmente ali.

Depois de alguns minutos em silêncio, Sunggyu finalmente sentia que podia respirar novamente. O calor não tinha passado, havia aquela pinicação ainda, mas era mais suportável. Teria esse momento de paz até que a próxima onda viesse.

Ele se sentou na cama e encarou Dongwoo que limpava tudo em volta e colocava as coisas na pequena mesinha que tinha ali.

– Todo mundo está bem? – Ele perguntou ainda se sentia fraco e sem energia, mas o calor irritante passou um pouco.

– Claro que sim hyung. Ficamos morrendo de preocupação ontem. Vocês sumiram do nada. Só viemos saber o que aconteceu quando Woohyun veio até nós hoje de manhã. Myung estava quase tendo um ataque.

Sunggyu suspirou e olhou para a janela ao seu lado.

– Não sei o que houve. Estávamos passeando num momento e em outro... – passou as mãos no rosto – Que vergonhoso.

Deitou-se e se encolheu em conchinha.

– Hehe... hyung, eu admito que você não teve muita sorte naquele momento, mas Woohyun-goon lidou com isso muito bem. Podia ter acontecido um verdadeiro desastre.

– Eu sei. – Sunggyu resmungou. – Mas isso não quer dizer que vou me ajoelhar e agradecer para ele por não ter misericordiamente me mordido.

Dongwoo apenas riu e colocou um prato em frente de Sunggyu que voltou a se sentar e começou a comer com a ajuda do outro ômega.

– Falar nisso, será que ele comeu algo? Eu devia oferecer algo também...

– Ele está por aqui!!?

– Sim. Ele se ofereceu para ficar cuidando da área. Disse algo sobre caçadores ou algo assim.

Sunggyu se afundou no seu lugar.

– E você acha isso seguro?

– Por que não seria?

– Isso foi uma pergunta retórica, Dongwoo. – Sunggyu suspirou – Ugh... você sabe o que eu tive que passar ontem com ele por perto? Não quero repetir isso hoje e ainda por cima com essa droga no auge.

– Eu o avisei hyung. Ele não vai vir aqui e não se preocupe que com o remédio, não vai ficar tão sério.

Sunggyu não tinha nada para falar, então ficou quieto.

ʕᵔᴥᵔʔ ~ ʕᵔᴥᵔʔ~ ʕᵔᴥᵔʔ~ ʕᵔᴥᵔʔ

Dongwoo achou Woohyun a poucos metros, encostado numa árvore.

– Você quer comer algo?

Woohyun acordou dos pensamentos que estava tendo quando viu o mais velho e se levantou.

– Como ele está?

Divertido, Dongwoo observou a preocupação do outro.

– Bem melhor. As ondas vão continuar vindo mais tarde quando o remédio não fizer mais efeito, mas por enquanto ele está mais calmo. E então? – O ômega ofereceu a comida.

– Não obrigado. Eu já comi.

Dongwoo assentiu.

– Tudo bem. Nam-goon, eu preciso procurar um erva para fazer o remédio de novo. Eu só tinha uma porção pronta do meu último e ia fazer outro esse mês já que do Hyung estava chegando, mas veio tão de repente assim. Lá em casa não tinha.. então....

– Você vai procurar aonde?

– Eu não sei. Por aqui deve ter em volta. Eu costumo achar perto de casa, mas deve ter por aqui também.

– E você quer que eu vá com você?

– Uh? Não precisa. Eu não vou sair daqui de perto. Mas você pode dar uma olhada no Hyung para mim? Hehe... quer dizer.. se quiser conversar com ele também pode. Isso ajudaria a o distrair por enquanto...

Woohyun, apesar de hesitante, assentiu.

Dongwoo então saiu mata afora. O alfa se aproximou da casa com passos lentos. Não queria muito conversar com Sunggyu, mas já que Dongwoo pediu, ele faria.

– Sunggyu? – Chamou incerto.

Ouviu um suspiro surpreso em resposta.

– O que faz aqui?! – O tom era acusador.

– Dongwoo-hyung pediu para avisar que já volta. Diz que foi colher ingredientes para seu remédio de supressão.

Houve um silêncio por alguns minutos.

– Não pode ficar aqui! Isso só vai ficar pior e Dongwoo e eu sabemos nos cuidar muito bem.

– Você viu os caçadores. É melhor prevenir do que sofrer depois. Não se preocupe... não ficarei muito perto.

– Por que está fazendo isso? – A voz do ômega ficou mais nítida. Ele devia ter se aproximado da porta. Woohyun deu um passo para trás, sem perceber.

Woohyun não sabia. Franziu o cenho quando a resposta não veio na sua mente. Não tinha uma desculpa para isso, só sentia que precisava fazer.

– Não precisa fazer isso. Você sabe né? Se quiser pode voltar para a matilha e mandar Myungsoo vir. Não tem obrigação nenhuma comigo Woohyun. – Disse Sunggyu suavemente.

Na verdade, o alfa não sabia, mas os ferômonios que ele soltava sem saber, atrapalhavam Sunggyu. E depois de ontem, o mesmo estava envergonhado demais para encarar ele.

– Eu sei, mas eu vou. – Engoliu a seco quando respirou e o cheiro de Sunggyu estava lentamente ficando mais forte. – Encare isso como um favor. Talvez eu cobre no futuro...

– Tudo bem. Faça o que quiser então. Só não se aproxime tanto, por favor.

Woohyun assentiu, mesmo que a porta que estava na sua frente, os separava.

Para que as coisas não ficassem mais estranhas que o normal, Woohyun decidiu se retirar. Mas antes que soubesse, seus pés se arrastaram de volta e ele soltou aquelas palavras:

– Eu me preocupei. Foi isso.

O que recebeu em troca foi um silêncio agonizante. Considerou que Sunggyu tinha voltado a dormir então apenas suspirou.

– Por quê? – A pergunta saiu sussurrada, quase inaudível.

– Eu não sei na verdade... eu apenas não gosto de te ver assim, eu acho. Não se parece com você...

Woohyun ouviu um choramingo e decidiu se afastar. Outra onda do cio tinha chegado e ficar perto demais era um perigo.

Dongwoo chegou logo após isso. Abriu um sorriso gentil em agradecimento e entrou no casebre.

ʕᵔᴥᵔʔ ~ ʕᵔᴥᵔʔ~ ʕᵔᴥᵔʔ~ ʕᵔᴥᵔʔ

O dia passou sem muitos imprevistos. Woohyun caçou – para os ômegas também – e ficou cuidando da casa, rodeando-a ao redor. Às vezes tinha que se afastar também. Dongwoo tinha dito que naquele dia seria o mais forte, mas de alguma forma o remédio ajudava a diminuir esse impacto.

No terceiro dia, acordou com os primeiros raios de sol no horizonte. Dongwoo acordou logo depois e disse que Sunggyu tinha passado bem, apesar de ter certas recaídas de madrugada.

Woohyun não sabia por que o ômega se deu o trabalho de contar esse fato para ele, mas não disse nada apenas estranhou. Não é como se ele e Sunggyu fossem companheiros, Woohyun não precisava saber.

Mas ainda assim sentiu um pequeno alívio quando ouviu isso.

Fez seu desjejum com um coelho. Almoçou sopa que Dongwoo tinha trazido da casa principal. O cheiro do líder estava fraco no ar, mas Woohyun já tinha se acostumado com a fragrância para diferenciá-la com a de Dongwoo.

Sentou e encostou-se a uma árvore próxima em frente à pequena casa. Estava pensando na sorte que estavam tendo que nenhum caçador apareceu por ali. Também pensou na sua vida.

O Woohyun de antigamente nunca faria isso – largando mão do seu tempo para cuidar de dois ômegas que ainda por cima não eram da sua alcateia. Seu pai riria da cara dele se soubesse que naquela casa tinha um ômega no cio e Woohyun não estava fazendo nada sobre isso.

“Você não é um alfa de verdade.” Ele provavelmente diria. De qualquer forma, ele sempre foi o filho menos preferido. A ovelha negra da família.

Mas para falar a verdade, Woohyun não queria ser. Ser um alfa exigia preocupações demais. Talvez se fosse um beta, sua vida seria mais fácil.

Olhou para o casebre perdido no meio do nada, imponente, como se o tempo não fosse nada comparado a ele. Devia ter uns 70 anos ou mais ali, de qualquer forma, quem construiu fez muito bem.

Ali dentro, Sunggyu enfrentava seu próprio problema por ser um ômega. Enquanto do lado de fora, Woohyun egoisticamente desejava não ser um alfa.

Sim, talvez as coisas seriam outras se eles fossem diferentes.  

Mas infelizmente, a vida não funciona do jeito que a gente espera.

Quando a tarde chegou, Hoya apareceu.

Woohyun ficou em alerta por um segundo e se surpreendeu quando viu o outro, mas logo relaxou sabendo que era só seu amigo.

– Vim buscar Dongwoo-hyung. Ele disse que era pra vir no segundo dia.

Woohyun queria discordar e mandá-lo embora. Na sua garganta um rosnado ameaçava sair, mas sabia que era apenas Hoya. Hoya, seu melhor amigo e quem não faria mal a ninguém ali.

O alfa de cabelos pretos assentiu, e chamou Dongwoo. O mesmo saiu sorridente e seu sorriso aumentou ainda mais quando viu Hoya.

No fim, eles se foram – Dongwoo com a promessa que só pegaria algumas coisas e tomaria um banho para voltar na próxima hora.

Woohyun ficou de cuidar de Sunggyu até lá.

“Ele já está melhor. A febre passou consideravelmente. Até o final do dia, talvez possamos voltar.”

Dongwoo tinha razão. Assim que se aproximou do casebre, foi recebido por uma respiração calma.

– Woohyun?

– Oi?

Estranhou como o ômega sabia que ele estava ali já que não tinha feito nenhum barulho ou se anunciado.

– Dongwoo já foi?

– Já.

Silêncio.

– Você está melhor? – Perguntou hesitante o alfa.

– Estou. Só preciso de um banho completo.

A imagem de um Sunggyu se contorcendo nu na cama passou como um flash na sua mente, mas balançou a cabeça, descartando o indesejado.

– Hm. Isso é bom!

– Que eu precise de um banho?

– Que essa é sua maior preocupação.

Pôde escutar claramente uma risadinha baixa. Inconscientemente, seus lábios abriram num sorriso casto.

– De fato.

Uma pausa confortável se instalou. Apenas o som das folhas farfalhando e dos grilos, que surgiam na noite próxima, era ouvido.

– Ei. Posso te perguntar algo?

– Pode. – Woohyun se sentou no chão da porta da casa e recostou as costas nela.

– Naquela hora... não pensou em fazer nada não é?

– Como assim?

– Aquela hora... do cio... que estava eu e você aqui dentro.. não pens-

– Não! – Woohyun cortou, ofendido. – Eu não faria isso. Não sou esse tipo de pessoa.

Sunggyu riu, quase que saiu como deboche, mas o alfa fingiu que não era.

– Não minta. Um cio não é algo que se controla. A nossa sorte é que os meus são consideravelmente calmos. Se fosse outra pessoa com hormônios mais fortes... você estaria feito.

– Isso é calmo? Não gostaria de saber se fosse forte.

– É sério Woohyun! – Disse revoltado.

– Não aconteceu Sunggyu. Não é isso que importa? Acidentes acontecem...

– Você sabe que é mais novo que eu não? Não é educado me chamar pelo primeiro nome.

– Agora que descobriu que não sou educado? – Woohyun zombou.

De dentro da cabana, podia quase ver Sunggyu revirando os olhos.

– Não age mesmo como um príncipe. Não é mesmo feito para isso.

– É pra isso que existe meu irmão.

– Boohyun? Tantas coisas aconteceram que até esqueci de perguntar, como ele está?

– Casado. E provavelmente Rei dos Lobos e Líder da alcateia do sul.

– Ah.. então ele se casou. Fico feliz por ele. – O tom de Sunggyu era como se estivesse relembrando algo. Woohyun desejou ver o rosto dele. – E quanto se tornar Rei, isso já era  esperado.

– Ah... então você já contava que eu perdesse contra ele?

– Obviamente. – E o ômega riu. Woohyun fez uma careta.

– Pois não iria. Sou melhor que o Hyung em luta.

– Eu sei. Por isso provavelmente deveria ter se tornado Líder do Exército Sulino se não tivesse fugido.

O peito do alfa se apertou com aquilo. Não sabia o que sentia: saudades de casa, gratidão pela consideração de seu potencial ou uma sensação de fracasso por ter perdido isso.

– É... provavelmente. Mas eu não deixaria Boohyun matar meu pai para isso.

– Isso já deve ter acontecido Woohyun.

– Não.

– Não? – Estranhou o tom sério de Woohyun.

– Não. A tradição é assim, mas as regras podem ser discutidas caso o único candidato solicite adiamento em exceções, como por exemplo: tempos de guerra. Eu... prometi algo a ele numa carta que deixei antes de ir. Uma coisa que ele precisa muito e ele pode trocar por um favor comigo – mesmo sendo anulação de uma cerimônia. Pelo o que conheço do meu irmão, sei que ele fez.

Sunggyu ficou boquiaberto. Não sabia como Woohyun tinha vindo com um plano daqueles.

– Então... seu pai... ficaria vivo e Boohyun assumiria temporariamente por ser tempos de guerra, mas depois que tudo terminar, ele fará a luta oficial para a posição do novo alfa líder. O negócio é: não estamos em guerra Woohyun.

– Não estamos... ainda.

A frase ficou subtendida, mas Sunggyu entendeu mesmo assim.

– É uma ideia brilhante, mas apenas prorroga o que tem que acontecer de qualquer jeito.

– Quem sabe quanto tempo essa guerra vai demorar Sunggyu. Meu pai não está na melhor saúde. Se ele se for, que seja de forma natural.

– Mas... não seria melhor que ele morresse em combate? Para alfas, é mais honroso assim. Eu sei disso.

Woohyun não queria admitir, mas Sunggyu tinha razão.

– Não pelas mãos do próprio filho. Isso... é...

– Loucura? – Sunggyu perguntou. – Se te consola, eu também acho a tradição bizarra. Mas eu entendo. Apenas o alfa mais forte tem que liderar a matilha, se o antigo existir seria uma ameaça na posição. Se você assumisse uma alcateia e o antigo líder estivesse nela vivo, não se sentiria ameaçado constantemente?

– Não se fosse um familiar. E eu não entendo essa necessidade de sempre mostrar o poder dominante do alfa. Tudo que seria importante não é proteger a matilha, a família? Se tiver outros fortes, então é uma vantagem.

– Confesso que estou impressionado. Não sabia que você podia pensar assim. – Sunggyu disse com uma risadinha.

– Eu posso te surpreender mais se você largar seu pré-julgamento sobre mim.

Para falar a verdade, Woohyun também estava surpreso. Era a primeira vez que falava com Sunggyu tão civilizadamente. E por ironia, acontecendo durante um cio.

– Se você se esforçar, quem sabe...

ʕᵔᴥᵔʔ ~ ʕᵔᴥᵔʔ~ ʕᵔᴥᵔʔ~ ʕᵔᴥᵔʔ

O outro dia Sunggyu pode finalmente voltar para a matilha. Ele parecia consideravelmente bem e o cheiro doce tinha diminuído. Apenas Woohyun conseguia sentir uma fina parte da essência, que já estava impregnada nos seus sentidos.

Myungsoo o abraçou apertado e Sungjong também.

Sunggyu insistiu que estava bem.

Quantos todos entraram, Woohyun os seguiu atrás. Antes do líder se dirigir pra o quarto dele, porém, ele se virou e seus olhos se encontraram. Por um mínimo segundo, seu coração deu uma batida acelerada.

– Obrigado. – Disse, mas sem sair som. Mesmo assim, Woohyun soube o que era.

Sunggyu então sorriu e saiu, levando junto uma aversão mútua que poderia ter acabado ali naquele dia. 


Notas Finais


Sério não prometerei mais nada kk porque sempre que faço, acontece essas coisas kkk >.<
Dito isso, só garanto que atualizarei uma vez por semana (sem dia exato, vai ser no aleatório e quando eu estiver com tudo pronto)

Aaah eu disse que eles se aproximariam, mas não de uma forma legal kk >,> espero não lhes ter decepcionado porém o lemon não vai sair agora não hehehee seus apressadinhos~~ e.e

Também obrigada pra quem ta acompanhando e deixando favoritos e comentáriozinhos deliciosos <3 Vocês são lobinhos incríveis <3333333333333333333
Bjs da mih e até semana que vem~~ (é sério, juro kk)

PS: VIU! Quem quiser me adicionar como amigo, eu aceito todo mundo! Assim você ficará por dentro das atualizações porque comentarei tudo lá (aliás, eu tinha comentado q não podia postar semana passada)
Enfim, sintam-se a vontade!


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