História Como Acabar Com Um Amor - Conhecendo a Manu

Acordei não muito bem, a ressaca tinha me pegado mesmo. As cortinas já estavam abertas e com certeza mamãe teria tentando me acordar.

Fui para o banho e fiz toda a higienização matinal. Coloquei a camiseta de uniforme e um short aleatório. Peguei a primeira sapatilha que vi. Passei a mesma make de ontem, mas só pra não demonstrar muito a minha cara.

Fiz a mesma coisa de sempre, passei no quarto de Jason e falei com os meus pais, o assunto? O horário e meu comportamente. Mamãe deixou a gente na porta da escola e foi trabalhar. As meninas estavam sentadas no gramado.

Eu tinha a impressão de que estava sendo observada, e estava. Todos estavam me olhando. Talvez pelo show que dei ontem.

- Não precisam me proteger. -falei depois de levar sermão das meninas.

- A gente só quer o seu bem. O cara podia ter te matado. -Nah fala revoltada.

- Mas não matou. Eu tô aqui e bem. Arranjem um namorado e cuidem da vida deles por favor.

- Eu tô namorando o Gustavo Stockler. -Kefera diz depois de um longo silêncio.

- Eu tava brincando. Não era pra serem magoadas.

- Ele me pediu em namoro ontem. -ela ainda diz paralisada.

- Aaaaaah. - todas gritamos.

Era mais ou menos assim quando uma de nós começava a namorar, era sempre motivo de festa, afinal DESENCALHOU.

- Eu conheci um garoto. - foi a vez da Nah.

- Que? Quando!? -todos nos perguntamos.

- Ele é do 3°D e quase ninguém fala com ele. O nome dele é Gabriel. -ela da maia informações sobre o gato.

- Nah, isso é muito bom. -Bianca diz.

- Não sei se ele quer algo comigo. -ela diz triste.

- Claro que sim. Afinal o que pode acontecer de errado!? -Kefera diz.

- Isso. -Nah diz e olhamos para onde ela olhava.

Eram os garotos do time de futebol. Cocielo, Chris, Castanhari, Cellbit, Lira, Japa, Igor, Rezende e agora o Gabriel, Túlio e Gustavo Esse mundo está perdido.

- É impressão minha ou eles estão vindo pra cá? -Bianca falou e continuamos olhando fisicamente para eles.

- Oi meninas. -Júlio diz.

- Oi. -todas respondem menos eu.

- Sisi, podemos conversar? -Júlio diz.

- Siena pra você. E se for pra ocupar meu tempo não.

- É sobre aquela noite. Eu preciso explicar o que aconteceu. -ele diz triste.

- Olha, você não precisa de falar nada. Você tem sua vida e eu a minha. -falei num tom sério.

- Não vai lhe custar muito. -ele diz me puxando.

- Você tá me atrapalhando. -digo me soltando

- Cala a boca. -ele diz bravo.

- Oi? -fiquei indignada.

- Você sabe muito bem que eu não fiz nada.

- Então por que me chamou aqui? Eu tô cansada de viver como seu fantoche. Me deumixa em paz. Você seguiu sua vida e eu quero seguir a minha, mas vocr não deixa. Parece que quando tudo está bem, quando eu conheço alguém legal, você vem e acaba com tudo. A gente teve uma amizade legal. Mas passou.

- Não. Você parou de ser minha amiga por uma coisa fútil.

- Fútil? Aquilo acabou a minha vida. Você me fez passar os piores momentos da minha vida. Enquanto você estava lá no seu melhor momento. Eu estava em depressão.

- E é por isso que eu tô aqui hoje.

- Depois de um ano? Não venha com mentiras. Aliás eu vou pra aula. Não quero ficar mais nenhum minuto ao seu lado Canalha.

Saí sem rumo, Júlio era do tipo que se arrependia das coisas muito tarde, achando que as pessoas vão ficar esperando com ele e eu estava cansada disso.

Cheguei na sala e me sentei. Todos já estavam lá, um rosto que eu não via a muito tempo. Era minha amiga, a Manu, eu estava com muita saudade dela. Eu nunca mencione ela, até porque eu não gostava muito de falar dela.

- Oi Manu. -falei ao me sentar na cadeira ao lado.

- Siena? Oi. Meu Deus. Quanto tempo.  -ela diz surpresa.

- Faz mesmo. Você me deixou pra ir morar com os avós.

- Muita coisa mudou.

- Tá mais bonita. -falei sorrindo.

- Você também. -ela sorri.

O professor entrou na sala e começou a aula. Eu estava feliz, a Manu havia voltado para onde sempre deveria ter ficado e convenhamos que ela fez muita falta.

- Hey, quer almoçar comigo e com as meninas? -perguntei assim que saímos da última aula.

- Ah, não. Não quero atrapalhar. -ela diz.

- Que isso. Elas vão amar você. -falo e ela assente.

Fomos para o refeitório esperar as meninas. Elas nunca demoraram tanto. E foram chegando de pouco a pouco. Quando vi, tínhamos juntado três mesas e o time de futebol todo estava sentando conosco.

Era tão legal, as meninas haviam se dado super bem e convidaram a Manu para fazer o teste pra entrar para o grupo, mas ela rejeitou afirmando que seu lance era a música.

E era mesmo. Ela sempre cantou e sua voz era linda, aposto que ainda está bonita queria ve lá cantar.

- Que tal dar uma palinha? -falei e as mesas se calaram.

- Não. Eu tô bem. -ela fala sem jeito.

- Lembra quando cantávamos na igreja? Você arrasava com a primeira voz. Vai canta aí.

Ela respira fundo e começa. Eu conhecia a música e aposto que todos conheciam também. Pois todos nós estávamos cantando com ela. Ficou parecendo aqueles filmes norte-americanos.

                          * * *

- Minha cama. Que saudade eu estava de você. -falei jogando todas as minhas coisas no chão.

Liguei a TV e procurei alguma coisa pra assistir. Peguei um biscoito (sim eu falo biscoito) e deitei na cama vendo algum filme que passava. Estava deitada, quase dormindo quando ouvi meu celular tocando. Era mensagens chegando e ligações toda hora até que resolvi atender.

"LIGAÇÃO ON"

- Alô.

- Oi, Siena. Pode descer aqui um pouquinho? Estou na porta da sua casa.

- Como? -fui até a sacada e vi ele lá.

- Desce aqui. Tenho uma surpresa pra você.

- Eu não gosto de surpresa.

"LIGAÇÃO OFF"

Quando percebi ainda estava com a roupa do colégio, eu estava muito cansada, tinha deveres e trabalhos para fazer, limpar a casa para a mamis antes dela chegar, achar Jason e ainda fazer o jantar porque Júlio e seus pais viriam jantar aqui.