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História Como (Des)crushar Jeon Jungkook - Ignore todas as suas mensagens


Escrita por: taencantado

Notas do Autor


Oi gente bonita! Trouxe o terceiro capítulo! Queria agradecer pelos mais de 300 favoritos, vocês são demais mesmo, hein?!

Não deixem de comentar, isso me inspira a continuar ❤️

Boa leitura!!

EDIT: NÃO ESQUEÇAM DE LER A HISTÓRIA DE NOVO POR COMPLETO, POIS SOFREU ALTERAÇÕES!

Capítulo 3 - Ignore todas as suas mensagens


Fanfic / Fanfiction Como (Des)crushar Jeon Jungkook - Ignore todas as suas mensagens

 

Como (Des) crushar Jeon Jungkook

Capítulo III - Ignore todas as suas mensagens 

 

A mão dele estava sobre a minha cintura, me puxando para si. Trocamos um beijo desesperado, ao mesmo tempo em que tirávamos as roupas um do outro. Coloquei minhas pernas em volta do seu quadril, ainda em pé, e ele beijou meu pescoço, me levando a loucura, fazendo-me gemer seu nome. Passei a mão pelo seu abdômen definido até chegar ao seu...SEIO?

 

— AKEMI? — Gritei horrorizada — O que você ta fazendo na minha cama sua cadela?

Algo naquela expressão risonha não me cheirava bem, ela sempre solta esses risinhos quando está escondendo algo.

— Não sabia que você tinha sonhos eróticos a essa hora da manhã. — E mais risinhos, não preciso nem dizer que a essa altura já estava mais vermelha que um pimentão. Foi a gota d’água quando ela levou a mão ao peito e fechou os olhos, como quem atua numa peça de teatro. — Você estava gemendo assim “Jungkook-ah, awn, Jungkook-aaah”.

— Akemi!!!

Escondi meu rosto entre os travesseiros, minha dose de humilhação diária já tinha sido tomada e de brinde minha dignidade foi embora.

Suspirei fundo ouvindo as risadas incontroláveis daquela quenga de bordel barato, que só cessaram depois de alguns segundos.

— Ficamos de ir ensaiar hoje. — Respondeu minha primeira pergunta. — Não me diga que se esqueceu!

Sim. Eu tinha esquecido. Tinha esquecido completamente.

— Claro que não! Jamais esqueceria! — Ri disfarçadamente, ou pelo menos tentei.

— Então vá se arrumar! — Puxou minhas cobertas. — Já escolheu a roupa que vai na festa de amanhã?

— Eu já disse que vou apenas no jogo! Preciso realmente ir na festa também? — Contorci a face, como se tivesse acabado de comer uma sobremesa amarga demais. — Sabe que odeio festas!

E de fato odeio. Elas simplesmente insuportáveis, tem gente demais, barulho demais, pessoas bêbadas demais. Mas vira e mexe sou arrastada por Akemi, talvez para que ela tenha a garantia de que terá quem cuide dela enquanto põe os bofes pra fora no vaso de madrugada.

— Vai ser bom pra você, conhecer novas pessoas, sair desse casulo.

— É um casulo muito confortável. — Rebati.

— Mas não pode ficar presa dentro dele pra sempre. — Akemi suspirou — Jungkook não é o único homem no mundo, e odeio ver você sofrendo por ele como se fosse.

Minha boca se abriu algumas dezenas de vezes, mas nenhum som saia de lá. Todo esse tempo eu me mantive centrada em Jungkook, queria estar perto dele sem me importar se isso iria me machucar ou não, e nem ao menos percebi o impacto que isso causou nas pessoas ao meu redor.

— Me desculpa...por preocupar você. — Toquei sua mão com carinho, e ela apertou de volta, com um sorriso no rosto, e logo em seguida fez em manejo em negação.

— Não adianta me pedir desculpas e continuar pisando na bola. — Deixou o ar escapar pelos lábios. — Soube que ele veio aqui ontem.

Minha face ficou paralisada e meus olhos se esbugalharam tanto que pensei que iriam saltar das órbitas, desde quando Akemi virou agente do FBI?

— C-como você soube?!?!

— Digamos que eu tive um informante. — Balançou meu celular em mãos, maldita hora em que eu contei minha senha. Na tela, havia uma mensagem de Jungkook:

"Desculpe sair correndo ontem. Está tudo bem?"

Mordi o lábio, eu realmente havia vacilado.

— Vamos seguir o plano. — Me lançou uma piscadela. Em alguns segundos o histórico de conversas havia sido excluído e o número alterado para "NÃO ATENDER/RESPONDER".

— E nem ouse descumprir, se não eu mesma vou bloqueá-lo antes da hora!

— Ah, que dor, que dor! — levei as mãos ao rosto.

— E quando bloquear, nada de criar perfil fake pra ficar vendo os stories, eu tô de olho em você! — Akemi levou dois dedos aos olhos e depois os apontou pra mim, incrível como ela me conhecia tão bem.

Depois da ameaça de ter meu cabelo raspado e os dedos da mão arrancados com um quebra nozes, fui direto para o chuveiro. As cenas de ontem inevitavelmente vieram outra vez na minha cabeça.

 

FLASHBACK ON

 

O toque do celular de Jungkook invadiu o quarto, e fez com que ele se afastasse rapidamente. Mesmo sem entender direito, permaneci na cama.

— Alô? — Uma pausa foi feita, provavelmente para escutar o que a pessoa do outro lado da linha tinha a dizer. — Não, não estou ocupado agora. — Outra pausa. Soltei um suspiro. — Claro! — Seus lábios tinham um sorriso que eu já não via há tempos, um sorriso iluminado, cheio de animação. — Também estou com saudades, vejo você amanhã.

Quando ele se virou é claro que eu quis chorar, é claro que eu quis perguntar porque ele disse que não estava fazendo nada de importante. Mas apenas coloquei um pequeno sorriso no rosto, um sorriso morto, forçado, e também é claro que ele não notou.

— Desculpe, era a Misa, ela quer sair amanhã num barzinho novo na cidade. — Explicou e logo em seguida bagunçou meus cabelos. — Tenho que ir treinar com os meninos do time. Nos vemos no jogo, se cuida.

Logo depois ele saiu da mesma forma que entrou, pela janela. Dessa vez levando mais um pedaço de mim.

A parte cômica, ou talvez você veja como trágica, é que o menino que eu amo estava saindo pela janela do meu quarto, mas diferente dos filmes românticos ele está apaixonado por outra garota.

Se tem uma coisa que aprendi com Jeon Jungkook, essa coisa certamente foi que as pessoas que conseguem te fazer sorrir fácil demais, também arrancam lágrimas com a mesma facilidade.

 

FLASHBACK OFF

 

Saí do banheiro com uma roupa simples e os fios molhados.

— Vamos, os meninos já estão lá embaixo.

— Pode ir descendo, vou fazer uma coisa antes. — Pedi.

— Certo, mas vê se não demora.

— Pode deixar, capitã! — Assegurei.

— Ah, deveria comprar calcinhas melhores! - Gritou enquanto descia as escadas. 

— PORQUE VOCÊS TODOS ADORAM MEXER NA MINHA GAVETA DE CALCINHAS?!

Mirei a gaveta do cômoda, e foi impossível não ver o porta retratos branco estava em cima da mesma e, logo após, em minhas mãos, junto com a caixinha de madeira. Sentei no chão junto com eles, me recordava perfeitamente daquele dia. 

A neve caía lentamente, sem nenhum resquício do sol. Todos naquele parque vestiam seus casacos mais quentes, na tentativa de fugir do frio.

Nós tínhamos exatos cinco anos, e ainda assim eu era alguns centímetros mais alta que Jungkook. Estávamos sentados no chão, cansados demais para continuar brincando enquanto nossos pais conversavam.

— Jungkook-ah?

— Hm?

— Promete que nunca vai me deixar? — Fitei seus olhos, revelando meu medo. De todas as reações que eu imaginava, ele teve a única que eu não cogitei: simplesmente saiu correndo sem nem dar explicações e voltou na mesma velocidade em alguns segundos, agora com um dos anéis de sua mãe nas mãos pequenas e gorduchas.

— O que é isso? — Perguntei sem entender quando ele o colocou nas minhas mãos.

Ele abriu um sorriso um pouco banguela, mostrando a janelinha que seu dente deixou ao cair na semana passada.

— Quando esse anel entrar no seu dedo, você vai ser minha namorada!

— Vai demorar tanto! — Reclamei, vendo o enorme espaço que faltava preencher.

 

As lágrimas caiam enquanto eu buscava o anel dentro da caixinha pintada de rosa. Não sei porque fiz aquilo, mas o coloquei em meu dedo. Cabia perfeitamente, apesar de que agora isso não me ajudava em nada.

Num momento de raiva, joguei-o longe, assim como a maldita foto, que teve o vidro partido em mil pedaços. Eu só queria chorar, e mais que tudo queria que aquele sentimento escorresse junto com as lágrimas.

— Ta tudo bem? — Ouvi a voz de Jimin do outro lado, junto com duas batidas na porta. Ele entrou logo em seguida.

Sua expressão se tornou séria, quase como se estivesse com raiva, assim que me viu.

— Desculpa por fazer vocês esper-

— Tá chorando por causa dele de novo, não é? — Perguntou, já se agachando ao meu lado.

— E-eu só...

Não gosto de ver você sofrendo desse jeito. — Jimin levou seu polegar até meu rosto, secando o que conseguia. — Porque deixa que ele te trate assim? Além do mais, ele ama outra pessoa.

Abri um sorriso mínimo, era bom ter Jimin por perto.

— Não posso evitar. — Fitei o porta retratos quebrado ao chão. — Eu gosto dele.

— É isso mesmo que você quer? Ficar sofrendo por um cara que nem te dá a mínima? 

O silêncio tomou conta do lugar, poucos segundos antes de Jimin tomar meu rosto com a palma da mão, obrigando-me a olhar para ele.

— Escuta, eu-

— O que é que vocês tanto conversam? — Akemi apareceu na porta. — Vamos logo, já vai ficar tarde.

Jimin pareceu não gostar da interrupção, pois bufou insatisfeito enquanto se levantava.

O ensaio correu bem, durou algumas horas até que todos pegassem sincronia e a letra por completo. Enquanto eu cantava, Akemi e os outros tocavam os instrumentos, tudo do pequeno estúdio que tínhamos na garagem, lembro de como trabalhamos duro pra comprar tudo, ainda no primeiro ano. Agora só nos restava esperar o sábado.

— Seus pais não está em casa, não é? — Taehyung quis saber, num tom que já me deixou com suspeitas o suficiente para saber que coisa boa não vinha por aí. 

— Meu pai vai sair do trabalho e buscar minha mãe no aeroporto, chegam em cinco horas. — Falei, após o olhar no relógio de parede que eram exatas 15h32.

— Akemi, está pensando no mesmo que eu?!  — A olhou de lado, enquanto eu já fechava os olhos só de imaginar nas possibilidades de resposta, todas ruins.

— Verdade ou desafio! — Respondeu alegre. 

— Eu pego as bebidas! — Jimin se prontificou, ora ora veja quem estava saidinho.

— Eu estava pensando numa orgia, mas tudo bem. 

— Taehyung! — Soquei-o de leve no braço. 

— O que?! Era brincadeira! — Defendeu-se — Mas pelo menos você tirava as teias de aranha aí de baixo. 

Revirei os olhos em resposta. Ao mesmo tempo, Jimin chegava com três garrafas de gym, duas de wisky e um vinho caro que minha mãe provavelmente comeria meu cu quando soubesse que tomei. Pelo visto sou amiga de três opalas.

Fui obrigada a me levantar sob diversas ameaças que prefiro nem mesmo mencionar, me juntei a eles num círculo em frente a cama do meu quarto.

Akemi colocou um copo cheio com vinho a minha frente, o qual fui obrigada a beber como todos os outros. Com a garrafa já vazia no centro, minha amiga esfregou uma mão na outra com um sorriso no rosto, animada.

— Vamos lá, quem começa? — Perguntou. 

— Eu — respondi, já que estou na chuva, vou me molhar né. Rodei a garrafa, fazendo-a parar em Akemi, dei um sorriso. 

— Verdade ou Consequência?

— Consequência — Respondeu depois de alguns segundos pensando. A escolha dela me fez pensar bastante, o que Akemi, um livro aberto, folheado e lido de trás pra frente, teria para esconder de mim?

Refleti um pouco no que mandaria ela fazer, e logo uma ideia surgiu na minha cabeça. 

— Eu desafio você a beber aquela garrafa de gin inteirinha. 

— Sua vadia! 

— Ninguém mandou tentar me embebedar! — Retruquei, vendo-a se levantar e pegar a garrafa nas mãos e bebendo lentamente. Foram alguns minutos e um quase coma alcóolico, mas ela se recupera. O fígado eu não sei.

— Você me paga — Ameaçou ainda meio grogue, com os olhos semicerrados, girando a garrafa no centro. Caiu em mim, ai porra. Já tava com medo só de ver aquele sorrisinho mirabolante nos lábios dela, boa coisa não tava se passando por aquela cabeça de bêbada. 

— E então, o que vai ser? — subiu e desceu as sobrancelhas. Taehyung só ria da minha situação, sem dúvidas a pior parte do jogo da verdade é quando alguém vai se vingar de você. 

— Verdade — Respondi, não tinha nada pra esconder mesmo. Akemi nem espera eu terminar de falar direito e já sai perguntando:

— Com quem foi o seu último beijo? 

Santo Deus, de todas as perguntas que ela poderia fazer.

— Min Yoongi — Respondi de uma vez, vendo os olhos curiosos de todos. — Foi naquela festa idiota de primavera, eu sei que ele tem namorada e eu já me arrependi muito.

— Tá de brincadeira?! Eu daria tudo pra ter beijado aqueles lábios! - Taehyung gritou. 

— Você daria tudo pra ter beijado metade da cidade, Taehyung. — Jimin completou.

— Melhor que guardar pra terra comer!

Quem usa essa expressão em pleno “século” 2019?!

Quando dei por mim, Akemi já estava girando a garrafa.

— Jimin, verdade ou consequência? — Perguntou. 

— Verdade —  Foi sua resposta. 

— É verdade que você pretende chamar a S/N pro baile? 

— Akemi! — Fechou os olhos, claramente envergonhado. Eu só conseguia permanecer estática, mas meu coração em contrapartida se encontrava batendo forte como um touro. Não esperava por essa situação, e mesmo que esperasse não estaria pronta nem em cem mil anos. Jimin sempre foi como um amigo pra mim, nunca havia o visto de outro modo. Pelo jeito, eu estava sozinha nessa. — Sim, é verdade.

— Ownnn, seus fofos! Fariam um casal tão bonitinho, eu quero ser madrinha do casamento.

— Desculpe por isso. — Jimin pediu baixinho, direcionando o olhar para mim, enquanto Akemi estava em seu mundo paralelo dos sonhos.

Sorri em resposta, não queria deixar o clima pesado, pelo menos não mais do que ficou com aquela revelação, mas nada que a bebida não resolvesse. Jimin não parava de me encarar e eu queria muito dizer algo, mas simplesmente não sabia o que, então eu somente bebia.

Jimin girou a garrafa, que caiu em Taehyung.

— Você já beijou alguma mulher? — Perguntou e dei graças a Deus por 1. ele desviar do assunto e 2. eu sempre quis saber essa informação.

Akemi parecia prestar mais atenção no que sairia nos lábios do mais alto do que em todas as aulas do ensino médio juntas. 

— Uma vez. — Respondeu com simplicidade, mas foi como uma bomba no colo de todos. 

— O QUE? VOCÊ NÃO PODE TER BEIJADO UMA MULHER, TODA A MINHA VIDA EU IMAGINEI UM TAEHYUNG GAY. — Surtei, puxando-o pela camisa. É amiguinhos, é isso que a bebida faz com as pessoas, não bebam.

— Você gostou? Diz que gostoooou! — Akemi já estava arrastando as palavras. Tadinha, vai passar a vida sem dar um beijo nesse pedaço de mal caminho. 

— Hm...aceitável. Mas ainda prefiro homens. — Deu uma piscadela para Jimin, que riu da situação. Se eu não soubesse da mais nova do Park, diria que esses dois estão se pegando. — Ok, minha vez!

— Ele disse aceitável, você ouviu??? — Akemi sorriu feliz e incrivelmente tonta para mim. A esperança é uma coisa triste.

— Então, minha querida, como vai ser? — Tae perguntou para mim. Oh céus, que inferno. Tá, essa frase ficou meio estranha. — Lembre-se que você já usou sua verdade —  Se divertiu, suspirei derrotada, já imaginando o que estaria por vir — Eu desafio você a ir junto com o Jimin até o Jungkook agora mesmo e fingirem estar namorando. 

— O QUE? 

— Nem pense em negar, tem que fazer. Aposto que o Jimin não vai se importar, não é, Jimin?

— C-claro que não, vou com prazer. 

— Jimin!

Já que eu tava fodida, precisava de forças. Peguei a garrafa das mãos de Jimin, nem me importando se aquilo era forte ou se descia rasgando pela minha garganta. 

— O que foi? Preciso estar bêbada pra não me lembrar disso quando acordar. 

Naquele momento eu soube que eles eram os melhores-piores amigos que eu poderia ter pedido.

Olhei o visor do telefone. 03 horas pros meus pais chegarem. 03 novas mensagens de NÃO ATENDER: Atende o telefone.

Sorri, talvez isso pudesse ser divertido.


Notas Finais


E aí? O que acharam?

Até a próxima.

Sigam meu perfil: @taencantado


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