A campainha tocou e Larissa despertou de seu transe para abrir, eram Fernanda e Lucas, o casal mais perfeito e fofo que Lari e Maisa conheciam. Todos eram amigos desde a escola e era maravilhoso saber que eles estavam ali.
- Feeeeeeeeee! - Antes que Larissa dissesse qualquer coisa, Maisa gritou do corredor.
- Oi, Ma! - Fernanda correu para abraçar a amiga.
- Parece que nada mudou. - Lucas disse para Larissa rindo.
- Isso é um alívio. - Ela sorriu e deu um forte abraço no amigo.
- Ai, Lari, princesa, me dá um abraço também. - Fernanda correm em direção a Larissa.
- Gente! - Disse Maisa finalizando o abraço com Lucas. - O André está ficando com a gente por um tempo.
- Nossa! - Fernanda abraçou André. - Faz tempo que eu não vejo você.
- Verdade! Tudo bem, Fe? Como vão as coisas, Lucas?
- Estamos bem! - Os dois responderam juntos e todos riram.
- Vem, gente! Eu vou mostrar a casa para vocês. - Convidou Maisa bem empolgada.
*Campainha*
- E eu vou atender a campainha. - Disse Larissa em direção à porta.
A turma de direito havia acabado de chegar. Guilherme, Bella, Rayssa e Law cumprimentaram Larissa e acenaram para André.
Assim que Maisa, Lucas e Fernanda voltaram para a sala, o casal foi buscar algo para comer e Maisa reparou que André bebia sozinho num canto.
- Ei, como você se sente na primeira festa no nosso apê?
- Ma, você sabe que esse apê não é nosso?
- André, desde quando nós dois nos conhecemos.
- Aff, Ma. - Ele riu. - Que pergunta besta.
- Besta porquê?
- Porque você sabe muito bem que eu te conheço desde o dia em que você nasceu.
- Você me conhece desde que eu nasci. Mesmo morando em Recife, vocês passaram boa parte dos meus Natais comigo, evitando que fôssemos só eu e meus pais. Você meteu a porrada em Bernardo Ferrero, lembra?
- Aquele seu vizinho escroto?
- Ele mesmo. - Ela riu. - Aliás, você batia em qualquer um que me zoasse por ter dois pais. Você também me segurava nas costas pra que eu conseguisse pegar a goiaba no pé no sítio dos seus avós e também era o único que deixava eu entrar no queimado, porque eu era mais nova e ninguém queria brincar comigo, mas você brigava com todo mundo pra deixar eu entrar.
- Eu odiava ouvir você chorando e, pra ser sincero, eu dizia que você ia ser só café com leite, só por isso eles te aceitavam.
- É, eu deduzi. - Ela riu. - André, você pode ficar aqui tanto quanto a Lari, porque, para mim, vocês são minha família e me magoa muito saber que você não sente o mesmo por mim. - Ela abaixou o olhar. - Eu não tenho irmãos e boa parte da nossa família de sangue não concorda com o casamento dos meus pais.
- Ei… - Ele levantou o rosto dela. - Me desculpe. As coisas não têm sido fáceis e eu sou muito orgulhoso. Odeio aceitar ajuda. Não estou acostumado a fazerem nada por mim sem jogar na minha cara.
- Você nunca jogou na minha cara que ficou uma semana de castigo por bater no Bernanrdo por minha causa.
- Bater no Bernardo foi um prazer. - Os dois riram. - Mas, Ma, nunca mais diga que eu não sinto o mesmo por você. Desculpe se te fiz pensar isso. Você é minha irmã. Você levou a culpa por mim no lance do Floquinho e quando eu quebrei a louça francesa da minha avó, você me manda mensagens de texto irritantemente toda semana, só pra saber como eu tô, mesmo que eu tente te ignorar. - Ela sorriu. - Você é mais do que meu irmão de sangue jamais tentou ser. Então… Ma… Maisa… - Ele tirou o cordão que estava em seu pescoço, ajoelhou e estendeu para ela. - Você aceita ser minha irmã caçula? Mesmo sabendo que eu sou orgulhoso, grosseiro e um pé no saco.
- Oh, André! - Ela fingiu drama. - Mil vezes sim!
Os dois caíram na gargalhada. Então, André deu algumas voltas do cordão no pulso de Maísa e fez um laço. Ela tirou um de seus anéis e colocou no dedo mindinho dele.
- Pronto, eu nos declaro, irmão e irmã.
- Obrigado, Ma. De verdade, por tudo, sempre.
- Ah, que nada! Agora, que tal um gole dessa cerveja?
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