História Cómo Me Ves - "O que fazem aqui?"

Pov. Luna

Uma semana, uma infernal semana nessa cadeia!

Me cento em um dos bancos de cimento do pátio, hoje é dia de visitas todas estão recebendo visitas, as suas famílias veem os ver e eu sei que não receberei ninguém aqui hoje, o geito que meu pai me olhou aquele dia tinha tanto desgosto em seus olhos, desgosto de ter uma filha criminosa que passará alguns meses presa, que vai ter uma ficha criminal suja, com certeza ele não me deixará nem se quer ocupar meu cargo na empresa ficará tudo com Âmbar, apesar dela não ser filha dele ela sempre foi a preferida, eu sempre dei problema  sempre fui a desobediente, ficava com vários caras e Âmbar sempre fez o mesmo, só que eu nunca fiz questão de esconder sempre fui eu mesma! Meu pai já jogou na minha cara várias vezes que prefere Âmbar, que queria que ela fosse filha dele em vez de mim e eu sempre fiz de tudo pra não odiala, sempre tentei ser a "Irmã" dela e de nada adiantou, agora ela esta la vai roubar meu pai, meu cargo na empresa, tudo o que era meu, a única coisa que me sobrará vai ser a minha mãe, até por que ela está morta - Um riso nasal de desgosto acaba me escapando  - E não tem como roubar uma pessoa que está morta a anos.

levo a mão ao peito procurando a medalhinha que minha mãe avia me dado antes de morrer mas quando fui presa eles a tiraram de mim mesmo depois de ter implorado para ficar com ela. É como se meu chão cedesse, e tudo desmoronasse na minha cabeça, eu só queria que tudo fosse um pesadelo que eu só precisasse acordar para tudo melhorar.

- Mamãe, Mamãe - Ergui os olhos e meu coração se encheu por alguns segundos.

- O que vocês estão fazendo aqui? - Peguei Lucca no colo e Matteo me deu um Celinho rápido. 

- Nós viemos te ver! - Matteo disse de forma simples, ele estava lindo, calça, tênis, e uma camisa, tudo ficava bem nele, tudo realçava sua beleza.

- Mas...Mas por Que? Você deveria estar decepcionado com vergonha de mim - Abaixei a cabeça.

- Nada disso Luna, você errou mas é uma mulher incrível, é a mulher que eu escolhi para viver o resto da minha vida, é com você que eu quero viver ter filhos, pq eu não me contento só com o Lucca. Eu te amo Luna e te entendo, entendo você ter escondido e eu te amo! - Segurou meu rosto sorrindo e senti meu coração doer de alegria.

- Por Que? Por que tá me apoiando?

- Eu te entendo! E tenho meus motivos!

- Vai me contar? - admito que estava curiosa

- Sim! Quando você sair daqui eu te conto.

- Aaa Matteo - Fiz manha - Vai demorar

- Não vai amor, sua pena foi de 4 meses.

- Eu não entendo como me deram uma pena tão curta, não que eu esteja reclamando, longe de mim, To achando tempo de mais até, por que eu queria estar lá fora com todos voc...

- Luna - Matteo estava rindo - Luna, eu tenho ótimos advogados, e minha família tem muito dinheiro não foi difícil conseguir diminuir sua pena. Agora se acalma e para de metralhar palavras.

- Ai desculpa - passei a mão livre no rosto - Eu fico nervosa e começo a falar sem parar - Sorri - Por que seus pais quiseram me ajudar?

- Eles entendem Luna, vou te dizer meio por cima, eu passei por algo parecido a um tempo, A mãe do Matteo morreu em um incêndio e eu fui acusado, mas eu não tive culpa então a gente te entende.

[...]

É noite e consigo observar a lua por uma pequena janela da minha cela, a lua sempre foi uma inspiração meu nome vem dela e minha mãe me disse uma vez que mesmo que nos estejamos longe a lua sempre vai nos unir, sempre vai nos manter ligadas, e se um dia eu me sentir fraca sem forças pra continuar é nela  que eu tenho que buscar minhas forças. 

Eu sempre acreditei nisso, sempre fui ligada a essas coisas do sobrenatural e pode ser coisa da minha cabeça mas a lua me dá forças, me ajuda a seguir, sentir sua luz sob minha pele me deixa mais forte.

Me deito e continuo a olhar pela janelinha, sinto falta da minha mãe, se ela estivesse aqui me apoiaria, me ajudaria nessa situação não faria igual meu pai que me abandonou na primeira oportunidade.

- Boa Noite Lunita - Análise minha companheira de cela me deseja sorrindo do outro lado, ela torna tudo tão mais leve e suportável aqui dentro que acho que sem ela não suportaria estar aqui dentro.

- Boa noite Anita - Ela sorri e se vira pro outro lado se embrulhado nas cobertas.

Fecho os olhos e a única coisa que ilumina a cela é a luz da lua, da minha lua.

   POV RAMIRO

  -Calma po-digo tentando manter todos quetos.

-Calma?como vamos ter calma quando a Luna está presa ,meu filho-Yan dos bravamente

-Eu sei que é difícil pessoal-falo-estou felizao porque  fui  promovido no meu emprego a gerente, meus amigos-me gabei- que não é o momento mais legal,porém,tava pensando em faser uma comemoração.

Foi só isso é pronto,lá estava eu sendo vaiado.

-A Luna está numa situação desagradavel e você pensando em festa Ramiro!-Gaston protesta.

-Tabom,ok, entendi-bufo-voces não querem festa ,mas eu quero!-sai do Roller e fui pra rua.

Peguei meu celular e liguei pro Fabinho.Um amigo de farra.

-Fala meu parceiro-ele disse assim que atendeu.

-Iae Fábio, tava pensando em fazer uma festinha,topa?

-Opa,mas é claro, alguma comemoração?

-Meu chefe me colocou como gerente na loja de automóveis,agora sou mais importante ainda.

-Olha só, parabéns então-ele riu-mas se bem que você nem precisa trabalhar né? filho de gente importante.

-Mas eu gosto de conseguir minhas coisas independente dos meus pais serem empresarios ou não.Hoje então?

-Claro,tudo por minha conta, meu presente pra você.

-Valeu,deixo tudo com você então em.

-Pode ficar tranquilo,mais uma coisa, os teus pais vem?

Senti um frio na barriga e tive que desfarça.

-Nao,sem adultos sabe,eles vão estar viajando mesmo.

-Fechou, hoje a noite as 20:00 na minha casa .

~*~

  Parado esperando ela sair,assim eu estava com as mãos no bolso da calça.Eram quase oito horas.Mas eu queria vê-la.

Como esperei a porta foi aberta e a loirinha saiu.Ela estava linda.

Ao me ver ela juntou as sombracelhas enquanto caminhava até mim.

Sorri de canto.

-Ramiro?o que faz aqui.

-Vim te buscar pra irmos pra festa-disse calmo.

Ela cruzou os braços e me fitou intrigada.

-Vai mesmo fazer uma festa?

-Nao,meu amigo vai fazer em minha homenagem.Quero você lá,Yam.

Ela revirou os olhos.

-Tenho outro compromisso-ela disse seria.

Por um momento vacilei mas logo voltei a minha postura.

-É mais importante do que eu?

-Qualquer pessoa é melhor do que você,cabeludo-ouvi a voz divertida de Jim.

-Oi amiga-Yam a comprimentou sorridente.

-Entao ,é isso?vai me trocar por uma noite com sua melhor amiga?-fingir está ofendido.

-O que você acha?-Jim se intrometeu colocando as mãos na cintura-eu sou a melhor amiga e você é...um cazinho qualquer.

-Jim,cala boca-Yam a repreendeu -tchal Ramiro e parabéns pela promoção.

As duas então saíram.Bufei, teria que ir pra festa sozinho.

Bom,mulher era algo que não faltava nas festa do Fabinho.

~*~

  Já estava a meia hora ali.Sentia falta de algo que nem eu sabia.

  Todas as aquelas pessoas...eu as conhecia mas éramos íntimos,eu estava sentindo falta dos meus amigos,amigos de verdade.

Muitas garotas se aproximaram,mas eu fiquei com nenhuma,a única ué me interessava não estava ali.

Tava tudo muito bom.Ate meu celular vibrar.

Respirei fundo tentando não entrar em pânico.

  Calma,Ramiro.

Não tem mais -A.

Eu espero muito que realmente não tenha .

Era uma mensagem que dizia.

" Não está curtindo a festa?não se preocupe,irá melhorar.

-A"

Era só o que me faltava mesmo.

Olhei ao redor.

E não achei ninguém que médiae no celular estavam todos aproveitando a festa.

-Ta curtindo?-Fabinho veio até mim com um drink em mão.

Forçei um sorriso. Quero ir embora isso sim

-Claro,estou adorando.

-Toma essa caipirinha está divina-peguei a bebida de sua mão e tomei um gole.Que porra ruim é essa?

-É limão com acerola.

Assenti querendo vomitar aquilo.

É nessas horas que sinto falta das batidas do Matteo,o cara tem talento.

-Ah,tá na hora de te apresentar,você tem que dar seu discurso,vem comigo-mesmo sem querer o segui até o meio da festa...

Ele pegou um microfone.

Olhei ao redor e me senti desconfortável.Porra o que adianta ter todas essas pessoas aqui se se nenhuma se importa de verdade comigo?meus amigos fazem falta pra cacete.Ate minha família.

Foi então que vi ela.

Meu mundo parecia ter ficado iluminado quando Yan entrou puxando Jim a força.Elas me viram e sorriram para mim,eu devolvi o sorriso.

  Para mim ficar ainda mais surpreso vi Matteo parecendo um mendigo,tive quê rir do jeito que ele estava,todo dessarumado,mas mesmo assim ele estava ali pra me pratigiar,ele vinha junto de Gaston e Nina.

Uou,Nina? ela estava meio cabisbaixa junto de Matteo.Ambar e Simon passaram pelas pessoas de mais dadas,meus amigos estavam todos ali,cada um seus problemas e mesmo assim estavam ali pra me dar ajuda.

   -Peço atenção de vocês galera-Fabinho começou-pra quem ainda não conhece esse aqui é o homenageado da festa,Ramiro.

Uma salva de palmas foi dado pra mim.Sorri animado.

-Amigo,sei como isso é importante pra você,por isso tomei a liberdade de convidar um alguém pra falar uma palavras-ele sorriu pra mim e eu arquei a sombrancelha.

-Doutor Paulo venha cá.

Eu quase cai pra trás quando vi meu chefe saindo de uma multidão,por essa eu não esperava.

Ele comprimentou eu e Fabinho

-Fiquei surpreso com o convite do seu amigo,mas muito feliz também,não podia deixar de vir e te parabenizar pessoalmente Ramiro-Paulo disse as palavras calmamente.

Antes que ele pudesse terminar de falar.A porta foi aberta e uns murmúrios tomaram conta do lugar.

Não estava entendendo nada...até olhar para a multidão e de lá sair duas figuras que eu conhecia muito bem.

-Filho-a mulher disse emocionado e meio ao encontro me abraçando.

Pisquei algumas vezes tentando assimilar tudo aquilo.

Droga,mil vezes droga.

Todos olhavam aquilo confusos.

-Chegamos muito tarde Ramirinho?-Meu pai sorriu orgulhoso.

Isso não pode estar acontecendo,não comigo e agora.

-O que fazem aqui?-consegui perguntar

-Oras,viemos prestigiar nosso único filho-minha mãe disse toda sorriredente.

-Perdao... quem são vocês?-Paulo perguntou meio alheio a tudo.

-Os pais do Ramiro,é o senhor?-Meu pai tomou a frente .

Os murmúrios começaram mais uma vez.

Eu so queria fugir.

-Cara-tremi ao ouvi a voz de Fabinho-seus pais nao eram empresários?eles não estavam viajando?

-O que?mas claro que não,eu e minha esposa somos padeiros e não estávamos em viagem nenhuma-Meu pai contou e se voltou para mim-Filho...

-Nao me chama de filho-rosnei igual um cachorro -eu não os conheço!

O momento estava tenso .

-Ramiro...você nos convidou....o que está fazendo filho?-minha mãe começou a chorar.

-Eu não convidei vocês,nem sei quem são!-rir sarcástico-por acaso tenho cara de ser filho de padeiros?eu sou rico!

Gritei a última palavra alto e assustando eles.Meu pai abraço minha mãe espantado.

-Seu moleque! depois de tudo que fizemos por você meu filho,como pode dizer uma coisa dessas?

-EU NAO SOU SEU FILHO!-todos me olharam assustados e apreensivos .

-Ramirinho...

-PARA DE ME CHAMAR DESSE NOME RIDÍCULO,NEM TE CONHEÇO!.

-QUAL O SEU PROBLEMA?OLHA COMO FALA COM SUA MAE,RAMIRO!

-Vao a merda-eu sai dali sem olhar na cara de ninguém,as lágrimas desceram pelo meu rosto ,eu queria gritar,numa fui tão humilhado na minha vida.

Eu apenas entrei no carro que nem era meu e sai dali o mais rápido possível.