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História Como (NÃO) Conquistar sua Crush. -Jungkook. - Chapter Three


Escrita por: Lacrimous e Lacrimous_

Notas do Autor


Olá, olá! Como estão? Espero que bem. 140 favoritos? Acho que sou a garota mais feliz do mundo. Muito obrigado mesmo por lerem, por comentarem e acompanharem os avanços de Como (NÃO) Conquistar Sua Crush. Quero me desculpar pela demora, atualmente estou muito cansada, tanto psicologicamente quanto fisicamente. As atividades escolares estão me matando, mal ando dormindo. Prometo que tentarei arrumar tudo e tentar postar um cápitulo a cada uma ou duas semanas. O capitulo de hoje não está tão bom quanto eu esperava, mas espero que possam apreciar a leitura.

Capítulo 4 - Chapter Three


Fanfic / Fanfiction Como (NÃO) Conquistar sua Crush. -Jungkook. - Chapter Three

O verdadeiro motivo de eu saber quando alguém está mentindo se dá porque sou um bom mentiroso e um bom mentiroso reconhece outro.

Dois dias se passaram desde o ocorrido no mercado.  As aulas voltaram logo depois do feriado. Questiono o porquê de termos que comemorar o dia da criação do hangul. Afinal, o Japão comemora o dia da criação do Sushi?

O outono está se aproximando de sua metade.  As folhas dançam, enquanto o vento as carrega pelo ar. O cômodo funde o aroma de biscoitos e chá de camomila. As cortinas se movem lentamente e meus dedos tamborilam sobre a madeira lisa. Meus pés se movem inquietos e minha atenção é dividida.

– Suas notas estão extremamente baixas. Se quiser continuar jogando no time da escola deve ao menos melhorá-las. –Ela apoiou alguns papéis sobre a mesa, após grampeá-los e junta-los aos demais. A mais velha retirou os óculos que ficaram pendendo presos na blusa de botões e me encarou com suas mãos cruzadas. – Se não recuperar sua média, creio que irá perder o ano.

Os ponteiros do relógio que jazia acima da vidraça borrada arrastavam-se lentamente, emitindo baixos ruídos que tomaram minha atenção novamente. Cruzei os braços e fechei os olhos. Eu já conhecia minha atual situação, tinha total entendimento sobre, entretanto, não fazia nada para mudar. Foi um desinteresse repentino que começou no inicio do ano letivo. Agora se eu não me esforçar corro risco de repetir.

 – Estou fazendo aulas extras com uma amiga.

Minto sem o menor interesse.

– Sério? Espero que ajude em algo. Seria uma pena se um dos nossos melhores jogadores tivesse que repetir o ano. – Arqueio uma das sobrancelhas a par de sua afronta. – Melhore suas notas e não será necessário convocar o seu pai para uma reunião.

– É claro. – Dei de ombros. Meu pai dificilmente largaria o que está fazendo para vir em uma reunião do colégio. –Se me der licença, eu tenho que... Estudar.

-Ótimo! –Ela sorriu. Seus dentes se puseram a mostra e as rugas próximas aos olhos aparentes. Forcei um sorriso, levantando-me e curvando o meu corpo em respeito, antes da mulher me acompanhar a porta. –Juízo, Jeon.

Quando atravesso o arco da porta, entrevejo a silhueta robusta da acastanhada em surpresa, enquanto recua a mão que iria para a maçaneta. Ela desequilibra-se e vacila um passo para trás. Minhas narinas tremem e minhas sobrancelhas movem-se contrariadas. O olhar surpreso que trocamos se esvai quando ela vira-se prontamente para ir embora, sendo impedida por mim. Meus dedos tocam em seu pulso e apertam-no com cuidado. Sua pele é fria, porém macia.

– Qual o seu problema comigo?

– Hm? – Quando finalmente se virou a sua expressão era um misto de confusões. 

 Inspiro o ar, ergo o queixo e prendo-a em meu olhar. Seus olhos negros me encaram abruptamente e vislumbro seus ombros enrijecerem aos poucos, o peito inflar e as bochechas enrubescerem em rubi.

– Por que corre e finge não me conhecer quando estudamos na mesma sala a mais de um mês? – Retraio a mão de volta para o bolso, libertando-a de meu toque. – Sua desculpa de que não sabe quem eu sou, soou nada convincente naquele dia, sabia?

– V... Você é o rapaz da lojinha de conveniência?! -_____ desviou seu olhar para os próprios pés, parecendo pensativa, antes de me encarar novamente. –Eu não te conheço. Nunca falei com você, nem mesmo sei o seu nome. 

– Sempre foge quando tento falar com você.

– Há dias em que preciso trabalhar, então saio mais rápido. Não falo com ninguém da escola e nunca vi você tentando falar comigo. Tirando o dia que te vi na sala me observando a dormindo. Afinal, você é alguma espécie de tarado?  – Ela sussurra a última parte como se estivesse compartilhando informações secretas. Reviro os olhos e desvio minha atenção. – A propósito... Sobre sábado... –Ergui a sobrancelha, sem manter o olhar sobre a figura feminina. – Pode não contar para ninguém que trabalho lá?

– Por que eu contaria? Não é da minha conta.

– Não sei. Nessa escola qualquer coisa é motivo para se comentar nos corredores. Digamos que até qual cor de calcinha a capitã de lideres de torcida usa, acabo descobrindo sem nem ao menos querer. –Eu... não precisava saber disso.

Faço careta e caminho até a janela. As folhas farfalham frondosas, o vento sussurra incompreensível e meus cabelos caem dispersos sobre o rosto. Minha risada saiu soprada. Que garota estranha. Ela não partiu, apenas se virou de frente para mim. Suas orbes me analisavam cuidadosamente, como se tentasse desvendar algo. Quando cansei de seu olhar, decidi retribuí-lo.

 – E então?

Fiquei sabendo que nas últimas avaliações ela entrou para o top cinqüenta do colégio. Chegou perto de alcançar o primeiro lugar ficando abaixo somente de Jung Hoseok e... Min... Min... Young? Como era o nome dele mesmo?

E foi nesse exato momento que vi a oportunidade perfeita para resolver todos os meus problemas. Ela é minha solução.

– Não irei contar com uma condição.

– Condição? 

– Me ajude com meus estudos.

– O quê? – Sua testa se enruga, seus olhos se estreitam e seus lábios se comprimem. – Você é engraçado.

– Não estou brincando. Não pretendo contar sua “vida dupla ultra secreta” pra ninguém. Não me interesso pelo o que faz fora da escola. Porém, preciso que me ajude a melhorar minhas notas até o próximo simulado.

– Você está dizendo isso, sabendo que falta só duas semanas para o simulado? – Sua expressão exala confusão, enquanto me encara como se estivesse julgando a situação à espera de um sinal que pudesse estar brincando. – Isso é... Loucura.

– Sim.

– Eu acabei de conhecer você. Como pode me colocar nessa situação? 

– Irei pagar pelas aulas, se for preciso pelo meio de transporte e pela alimentação. Fora que posso ajudar com suas aulas de piano.

– Você toca?

– Não, mas posso achar um bom professor.

– Vocês acham que podem resolver tudo com dinheiro. – Pensou em voz alta. Seus dedos passearam pela sua pele até alcançar o queixo erguido. Estreitei os olhos e franzi o cenho. – Eu tenho que trabalhar! Por mais que eu queira, não posso ajudá-lo.

 – Eu disse que pagarei pelas aulas.

– Não posso abandonar meu trabalho. Não é tão simples assim.

– Em uma loja de conveniência?

– Queria que fosse em um café, soa mais romântico.

– E por que não trabalha em um?

– Por que não para de questionar sobre o que faço da minha vida? –Torceu os lábios, cruzando os braços, em seguida. – Você é meio intrometido, garoto da lojinha de conveniência.

 – Então, por que não aceita minha proposta? – Me aproximei de seu corpo, após me desencostar da estrutura gelada da parede. Ela deu dois passos para trás.  O canto de meus lábios se moveu em um sorriso, entretanto, só então percebi que era mais de sarcasmo do que divertimento. – É tentador, não acha? Vai estudar comigo e de quebra tirar uma casquinha.

– Você... É meio maluquinho. – Ela girou os calcanhares, dando as costas a mim. Coloquei-me ao seu lado com um sorriso sacana, enquanto nos afastávamos do corredor da coordenação. – Todos os alunos dessa escola são convencidos assim?

– Vai me dizer que você não quer?

– Eu acabei de te conhecer.

– Mentira. – Estalei os dedos no ar, abrindo um sorriso convencido. – Sentei com você na aula de química semana retrasada.

– Ah! Era você? – Seu tom levou a surpresa, fazendo meu sorriso murchar.

– Uau. – Ela tombou a cabeça para o lado. – Você é inacreditável. .

– Você parecia entediado de mais com a aula para eu reconhecer seu cabelo no rosto. Quem sabe se eu te encontrasse dormindo, poderia recordar de seus roncos?

– Eu não ronco.

– Mesmo? 

– Você é um pouco atrevida pra alguém tão calada.

O celular dela toca, e ela o pega em mãos. Seus olhos correm pelos pequenos símbolos destacados na tela e ela rejeita a ligação prontamente. Parece digitar algo e logo guarda o telefone de volta no bolso da saia.

– Amanhã, às duas horas no Green Coffe em myeongdong-gil. Por favor, não se atrase.

– Por que amanhã e não hoje?

– Tenho que trabalhar agora. Vou cobrir o turno de uma das funcionárias.  – ____  mordeu o lábio inferior, estalando os lábios um no outro. -Eu... Preciso ir.

– Quer uma carona?

– Não. Não é tão longe, posso ir caminhando. – Ela colocou o gorro rosa com um pompom felpudo na ponta; ajeitou a mochila nas costas e acenou, enquanto se distanciava. – Até mais, garoto da lojinha de conveniência. Não durma mais nas aulas.

Garoto da lojinha de conveniência? Deveria então chamá-la de "atendente"? Vejo a sumir e as folhas secas rodopearem no ar, após sua saída. Toco minha nuca, apertando delicadamente o local. Meus dedos se enrroscam nos fios longos e então percebo... Talvez eu deva cortar o cabelo.

...

– A mãe da MiCha fez crepes com chocolate pro lanche e depois ela convidou todas as meninas pra irem tomar chá na casa dela. -Reclamou, emburrada.

– Sim, e...?

– Eu quero comer crepe de chocolate. Por que nunca fizemos crepe de chocolate?

– Porque... Não sabemos fazer crepe com chocolate? -Dito como o óbvio.

– Podemos aprender.

– Você odeia usar o forno e não acho que temos uma máquina de crepes.

– Vamos juntar a nossa mesada pra comprar.  –Declarou determinada.

– Você por acaso está com inveja porque a mãe da Micha faz crepes pra ela levar pra escola? – Alfineto a garota, mudando de faixa. Um carro se aproxima pela direita, vindo disparado de uma saída da rodovia. Vejo nos espelhos que ao ultrapassá-lo, ele muda o percurso.

 – Não. Só quero poder chamar minhas amigas para poder tomar chá da tarde.

– Quer que eu aprenda a assar? – Ela me encara com um sorriso presunçoso, após cruzar os braços.

– Você é um desastre na cozinha, Jungkook. – Respondeu de forma indiferente e eu revirei os olhos. – Aquela garota que estava com você sabe assar?

– Você estava xeretando’?

– “Xeretando” é uma palavra muito forte. Quem sabe... “Passando por ali” quando sem querer vi meu irmão flertar com uma garota.

– Eu não estava flertando.

– E eu não estava xeretando.

Pestinha. Ignoro os próximos comentários maldosos de Minah, não atendendo a suas provocações. A tarde foi tranqüila, fiz um progresso no trabalho de Fisíca da senhora Paxton colocando o meu nome, a data e o tema e só então percebi que havia esquecido de pedir o número da garota. Estou morrendo de preguiça, mas  lembro que é o meu dia de cuidar do jantar quando Minah atravessa a porta de braços cruzados.

– Estou com fome!

– Tem dinheiro?

Nós dois recebemos mesada; Minah recebe referente a dez dólares e eu recebo trinta por semana, mas minha irmã sempre parece ter mais do que eu. Ela tem um cofre onde esconde todo o seu dinheiro como um esquilo esperto que estoca suas nozes para o inverno. Fora que ela consegue multiplicar fácil seu dinheiro quando empresta e cobra juros.

– Sim. Por quê? – Um sorriso cresce lentamente em seus lábios, mas é quebrado quando abro a boca para respondê-la.

 – Vamos pedir comida e nem pense em me cobrar juros já que também vai comer.


Notas Finais


Talvez _____ não tivesse um segredo tão grande.

O que achou? Como acha que serão as primeiras aulas de Jeon Jungkook?


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