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História Como (não) conseguir um namorado - Mate esse amor


Escrita por: justasmstan e CityLightx

Notas do Autor


Bom, boa noite primeiramente hehe.

Esse capítulo era pra ter saído mais cedo. Mas acabei me enrolando e me atrasei hehe

Peço desculpas se não estiver muito bom, sinto que acabei me estendendo muito em algo que era pra ser mais rápido, mas achei importante. Me digam depois se está muito cansativo.

Algumas coisas que tenho que acrescentar. Número 1: Eu sei que Dark não estreou perto do dia dos namorados (que na Coreia é em fevereiro), mas eu queria muito incluir essa referência porque eu AMO Dark e queria panfletar a série de alguma forma rs.

Segundo, a idade deles não está igual a idade Coreana porque eu não me sinto confortável em escrever dessa forma. Ou seja, o Hongjoong tem 16 na NOSSA idade, ok?

Não odeiem o Yunho e é nois.

Capítulo 2 - Mate esse amor


Ok, ter passado a noite acordado assistindo Netflix não foi a coisa mais sensata a se fazer, principalmente quando você é um estudante de Ensino Médio que tem aula no dia seguinte, mas eu realmente não podia deixar para ver a segunda temporada de Dark em outro momento. Prioridades, meus amigos.

Na verdade não sei em que momento acabei pegando no sono, só me lembro de estar mais confuso do que nunca enquanto me segurava para não dar um berro que provavelmente acordaria a vizinhança toda depois de terminar o quarto episódio. San e Wooyoung se despediram assim que me acalmei e parei de chorar, é claro que fizeram os mesmos comentários de sempre “Como você fica feio chorando, Hyung” ou “Espero que não vá assim para a escola senão vai acabar assustando todo mundo” … Aqueles dois cretinos.

Tinha prometido que encontraria Yunho na estação, mas acabei tendo que mudar os meus planos quando recebi uma mensagem que dizia para que eu não fosse para lá de jeito algum. Não entendi muito bem, mas como eu já não estava com muita vontade de sair de casa, fiquei até feliz.

Percebo que realmente não foi uma boa ideia ficar acordado até tarde quando me olho no espelho e percebo duas crateras embaixo dos meus olhos. Olha, cada dia mais os meus níveis de feiura me surpreendem.

Fico algum tempo penteando meus fios coloridos e dando um jeito no desastre que costumo chamar de rosto e me sinto um pouco desconfortável quando percebo a gata da minha mãe me encarando, quem foi que deixou esse bicho entrar aqui mesmo?!

Desço as escadas com todo o cuidado do mundo para não acordar o resto da casa. Esse é um dos poucos momentos em que eu agradeço a Deus por ser pequeno e leve, ser quase uma criança tinha suas vantagens as vezes. Vou para a cozinha e resolvo atacar o armário quando me lembro que minha mãe comprou doces no dia anterior.

Então, com a maior cautela do mundo abro alguns cookies para comer enquanto me arrumo para ir para a escola. Devem estar se perguntando o porquê que eu não quero acordar o resto da casa, e a resposta é simples: Estou saindo mais cedo para passar na casa de Yunho. Digamos que apesar de eu não ser o melhor amigo do mundo, as vezes eu gostava de agradá - lo, e como eu sei que provavelmente ele vai estar ocupado depois das aulas (diferente da minha pessoa, mas vamos relevar esse detalhe) vou acompanhá - lo até a escola. Muito fofo da minha parte, eu sei.

Me arrumo até que rapidamente e lanço um olhar confidente para a gata, que me encarava com uma expressão séria, ela realmente lembrava minha mãe às vezes. “Você fica quietinha aí, viu?” sussurrei. Não acredito que estava mesmo falando com um gato, mas eu nunca fui um modelo de pessoa normal e bem sucedida, então…

Fecho a porta com cuidado e saio o mais rápido que eu consigo dali. Yunho não mora tão longe assim, e como sei que o maior costuma acordar cedo – atitude essa que eu desaprovo – não me preocupo com a possibilidade de estar perturbando - o.

Sigo o caminho cantarolando o rap da Lisa (minha bias)  em Kill This Love enquanto me seguro para não parar no meio da rua e fazer a coreografia, eu não era o melhor dançarino do mundo, mas alguma coisa eu sabia dançar. Minha vantagem é que praticamente metade de Seoul ainda estava dormindo, então eu não passaria vergonha para um número tão grande de pessoas.

Para ser sincero, apesar de eu mesmo ficar me zoando, eu até que conseguia fazer muitas coisas, embora grande parte delas fossem inúteis. Por exemplo, eu costumo compor algumas músicas e até que sou muito bom nisso, além disso eu gosto de tocar instrumentos e não canto tão mal assim. É claro que eu não chego nem perto de Yunho, o que me dá um pouco de inveja, já que o desgraçado consegue ser bom em praticamente tudo o que faz, o que também me lembra outra pessoa, alguém que costumo chamar de pessoa mais odiável da face da Terra, e que outras pessoas costumam chamar de Park Seonghwa, ou melhor jogador de basquete da escola.

Apesar do apelido, não é como se nós dois quiséssemos matar um ao outro ou algo do tipo, só gostamos de implicar com absolutamente tudo o que o outro faz. Mas por quais motivos, Hongjoong?

Motivo número 1:

Nos conhecemos  – e somos rivais  – desde a infância.

Motivo número 2:

O Park sempre foi melhor do que eu em praticamente tudo (menos nas matérias da escola, é claro)

Motivo número 3:

Eu tinha (repito, tinha) uma quedinha por ele durante o fundamental, mas nunca contei isso para ninguém exceto Yunho (e provavelmente Mingi, não conseguia me lembrar), e como o Park estava sempre rodeado de garotas, acabei desistindo de me declarar e aos poucos fui me esquecendo desse período da vida que eu prefiro fingir que nunca aconteceu.

Motivo número 4:

É divertido ter um rival.

 

Uma curiosidade um tanto interessante é que Seonghwa além de meu rival também era meu vizinho e nossas mães são muito próximas, o que significa que o infeliz tem praticamente um passe livre para entrar em casa quando bem entender. Ainda não sei como ele resolveu me deixar em paz esse final de semana, provavelmente já deve estar sabendo do pé na bunda que eu tomei durante o dia dos namorados e resolveu me poupar de mais sofrimento, ao menos por um tempo.

Ou a segunda opção, que provavelmente é a mais provável de ser verdade, é que Seonghwa deve ter passado o final de semana inteirinho estudando para as provas, já que, de acordo com a cabeleireira da minha mãe, as notas do Park não estavam tão boas assim. Quase tive um ataque quando minha mãe sugeriu que eu o ajudasse a estudar depois da aula, porque de acordo com ela eu não fazia nada da vida e podia utilizar o meu tempo fazendo algo de útil. Confesso que me senti deveras ofendido, ficar ouvindo as músicas do meu homem – vulgo G Dragon – num loop infinito não era algo inútil.

Quando me aproximei da casa de Yunho, fiquei surpreso ao perceber que o mesmo já estava de pé e jurava ter visto outra pessoa pela janela do quarto, mas como não tinha dormido praticamente nada, não duvidava nem um pouco que eu estivesse imaginando coisas.

– Joong… O que está fazendo aqui? – Ok, não era essa a reação que eu esperava, mas resolvi fingir que nada tinha acontecido, já que provavelmente ele estava bem cansado após um final de semana irritante com seus parentes distantes. – Pensei que você não acordasse cedo de jeito nenhum.  – completou.

Esperei com que o Jeong saísse de casa para irmos juntos ao Colégio. Provavelmente estou ficando louco, mas parecia muito que Yunho conversava com alguém em seu quarto. Pare de pensar besteiras Hongjoong, devem ter sido os doces. Definitivamente foram os doces.

– Me desculpe a demora. É que eu realmente não esperava te encontrar aqui.

Esperei o maior me alcançar.

– É que como você me disse para não te encontrar na estação, achei que seria legal te acompanhar até a escola. Não vamos ter muito tempo durante a semana então resolvi que seria a melhor coisa a fazer.

– Realmente não esperava isso de você – ele riu e penso seriamente em dar uma rasteira no Jeong e sair correndo. Nisso que dá tentar agradar as pessoas  – Mas achei muito fofo da sua parte, Joong. – Finalmente algum reconhecimento. – Também senti sua falta. Não aguentava mais ficar ouvindo choro de criança e minha tia perguntando das namoradinhas.

Agora que parei pra pensar, Yunho e eu nunca chegamos a conversar sobre qualquer interesse amoroso por parte dele. Na verdade eu nem sequer sabia se Yunho era hetero – o que eu acharia um absurdo – ou se ele também curtia a mesma fruta que eu. Provavelmente perguntaria a ele mais tarde, não podia me esquecer de perguntar sobre isso.

– Mas e aí? San e Wooyoung te ajudaram ontem ou eu vou ter que bater nos dois mais tarde? – perguntou ele, mudando de assunto. Apenas fiz que sim com a cabeça e torci para que ele não fizesse mais perguntas sobre o meu final de semana. Esse era um assunto que entraria para lista das coisas que eu escolho não falar sobre. Com certeza já estava em primeiro lugar na lista. – Bom… Vamos rápido, você sabe que eu gosto de chegar cedo, não é mesmo? – novamente fiz um sinal positivo.

Andamos o resto do caminho sem dizer nem ao menos uma palavra, o que foi deveras estranho, já que geralmente não calávamos a boca quando estávamos junto. Talvez fosse o efeito Mingi, aposto que Yunho estava se segurando para não fazer inúmeras perguntas sobre o assunto.

Quando nos aproximamos do inferno que chamamos de escola, pude ouvir uma voz bem conhecida me chamar. Revirei os olhos e depois de algum tempo hesitante fui ver o que o infeliz queria. Como sempre, Park Seonghwa me olhava com aquele maldito sorriso sedutor no rosto e aquela vozinha irritante e seu tom o mais sarcástico possível.

– Sabe qual é o lado bom de acordar mais cedo e dar uma volta pela cidade? Fico sabendo de algumas coisas bem interessantes… – ele se aproximou – e tenho certeza de que o seu amiguinho aí ainda não te contou.

Olhei para Yunho que parecia mais confuso do que eu, porém estava um pouco nervoso.

– Já começou com os delírios logo cedo, Park? – provoco – Também fiquei sabendo de algumas informações que achei bem interessantes. – sorri travesso. – Se parasse de ficar se pegando com a primeira menina que vê pela frente talvez não estivesse com notas tão baixas assim.

– Se cuidasse mais da sua vida não estaria com esses chifres enormes na cabeça. – provocou.

Ok, ele já sabia do final de semana. Realmente ele era mais rápido do que eu pensava.

– Não sei do que está falando – respondi, sério.

Ele riu e disse enquanto deixava o local – Como acabei de dizer, pergunte ao seu amigo. Ele provavelmente saberá do que estou falando.

A essa altura Yunho já havia entrado. De qualquer forma, a última coisa que iria fazer naquele dia era me estressar por causa do irritante do Seonghwa.

Entrei ainda confuso, já avistando San e Wooyoung no pátio. Me pergunto quando que o casalzinho vai finalmente se assumir, ou se vão ficar a vida toda nessa de "ain nós não temos nada demais". Mas isso não importa, não quero saber de relacionamentos tão cedo, muito menos de outras pessoas.

Me juntei aos dois e os acompanhei até a sala de aula do segundo ano. Ainda era cedo e eu não estava com muita vontade de encontrar meus colegas, especialmente o imbecil do Seonghwa e o bobo da corte do Yeosang.

Cumprimentei Jongho e algumas meninas do segundo ano (que não sei por que raios ficam sorrindo quando me vêem, acho que a escola toda já sabe que eu não sou muito chegado no que elas têm a me oferecer), mas que também são bem simpáticas.

Ficamos conversando algum tempo sobre as novidades e Chaeyeon ficou me atualizando sobre as fofocas que perdi durante o final de semana.

– Tem algo que você não vai acreditar. – meus olhos quase saltaram. Se tinha algo que eu adorava era ficar informado – Sakura me disse que viu Seonghwa pegando outro menino atrás da escola na sexta. – Ok, eu realmente não esperava por isso – Acho que a escola toda já está sabendo, mas ele finge que nada aconteceu.

Eu realmente estava em choque. Jurava que Seonghwa era o homem mais hetero da face da Terra, mas era bom saber que eu, San e Wooyoung (se bem que os dois não eram assumidos) não éramos os únicos viados do colégio.

Depois de algum tempo (e de ficar sabendo de mais algumas coisas bem interessantes) fui para a minha sala, e não contive o sorriso ao avistar a cara do encubado. Com quem será que ele estava se pegando? Precisava descobrir isso urgentemente.

Me sentei ao lado de Yunho e contei a ele disfarçadamente a novidade, mas ele não parecia surpreso. Aparentemente eu era o único que não sabia dessa informação. Odeio estar desatualizado.

Só depois fui perceber que as garotas o estavam encarando durante a aula toda e que o Park estava agindo um pouco estranho… estava quieto demais.

O dia já começou péssimo com uma aula entediante de Física. Eu não entendia a necessidade de tantas leis e fico me perguntando quem deixou esses caras tão atoa a ponto de eles começarem a pensar uns negócios tão bizarros. Física simplesmente era a pior matéria da vida, mas como sou um ótimo aluno, presto atenção na professora e faço lindas anotações no meu caderno. Tenho que manter a fama.

Na verdade digamos que eu não tenho muita dificuldade em praticamente nenhuma matéria, agradeço muito aos meus professores por isso. Mas tem algumas que eu simplesmente acho que o demônio fez só para ferrar todos os estudantes na hora do vestibular, porque não é possível que isso seja obra de meros mortais. Física é do demônio, só isso mesmo.

Fico fazendo alguns rabiscos aleatórios no caderno enquanto espero a professora terminar de contar sobre o seu último relacionamento – que confesso, era mais interessante do que a matéria em si – e fico pensando o que será que o Park estava querendo dizer quando insinuou que Yunho estava escondendo algo de mim. Não queria perguntar ao Jeong simplesmente para que ele não pensasse que confio mais no idiota do Seonghwa do que no meu melhor amigo, mas não podia negar que estava curioso.

Yunho também parecia estranho, estava mais quieto do que o normal e parecia meio… tenso. Talvez fosse o reflexo de uma noite mal dormida – coisa que não era muito comum na vida do Jeong, que era todo certinho – ou talvez só não estivesse no seu melhor momento. Mas a forma como ele estava agindo… me parecia um pouco suspeita demais. Resolvi afastar esse tipo de pensamento, não queria duvidar do meu melhor amigo desde sempre.

Até que as aulas que se seguiram passaram rápido. O professor de matemática apenas revisou a matéria da semana anterior, a professora de história corrigiu alguns exercícios e a professora de Biologia começou a explicar alguma coisa, mas estava tão perdido em meus próprios pensamentos que não me lembro de uma única palavra. Provavelmente vou pedir o caderno de Yunho emprestado mais tarde.

A última aula do dia era Educação Física. Geralmente eu cabulava ou simplesmente dizia ao professor que não estava me sentindo muito bem, e como tínhamos uma boa relação – acho que eu o considerava o professor mais legal dessa bendita escola – ele aceitava que eu ficasse apenas observando o time de basquete treinar. E foi absolutamente isso que fiz hoje, nem sequer me dei o trabalho de trocar de roupa, e mal tive que explicar, pelo menos essa cara de quem não dorme há 1 semana serviu pra alguma coisa, não é mesmo?

Fiquei sentado na arquibancada junto com algumas garotas da minha sala. Conversei um pouco com Ryujin e ficamos assistindo juntos ao treino enquanto tínhamos uma vista privilegiada. E que vista hein…

A única coisa que me irritava era ouvir os suspiros iludidos toda vez que Seonghwa tocava na bola. Não sei explicar o porquê isso me irritava, mas acho que tudo que envolva esse idiota de sorriso charmoso acaba sendo um pouco irritante. Ou talvez eu só não goste de admitir que ainda o acho atraente, mas também, só um cego para não acha - lo no mínimo bonitinho. Mas isso não mudava o fato de eu querer mata - lo na maior parte do tempo.

Não pude deixar de me lembrar de quando Mingi ainda estudava naquela escola. Eu adorava ficar gritando seu nome na arquibancada e vibrar toda vez que ele acertava uma cesta. Ainda era doloroso lembrar dele e saber que provavelmente ele estava se declarando para outra pessoa naquele exato momento.

Na noite em que terminamos, fiquei me perguntando o que foi que eu fiz de errado? Será que eu não fui amoroso o suficiente? Será que eu deveria ter sido menos egoísta e perguntar mais sobre ele? Ou será que ele simplesmente encontrou alguém mais bonito e menos falante que pudesse oferecer tudo aquilo que eu não podia? Me fiz essas perguntas várias vezes, e apesar de imaginar as respostas, queria tanto que ele me dissesse pessoalmente. Mas acho que nunca teria coragem de questioná - lo sobre isso.

Acho que eu nunca fui muito confiante sobre a minha aparência ou sobre mim, num geral, mas estar com ele fazia com que eu me sentisse especial. Não porque todos se perguntavam o que alguém tão bonito e popular via em mim, mas justamente porque com tantas pessoas, eu fui o escolhido. Eu me sentia… diferente.

Nunca chegamos a brigar de verdade, e aparentemente estávamos bem. Talvez tenha sido por isso que o choque foi tão grande, já que em momento algum ele dera algum sinal de que não estava feliz com o nosso relacionamento. Pelo menos foi o que eu pensei.

Bom, mas eu não podia ficar chorando a vida toda. O jeito era superar e seguir em frente, mesmo que não fosse tão fácil assim. "Você é forte, Hongjoong. Ainda vai encontrar um homem maravilhoso e quando Mingi voltar implorando vai ver tudo o que perdeu". Era esse o tipo de pensamento que me reconfortava. Não me julguem, ainda era cedo demais para que eu simplesmente pensasse que foi melhor para os dois. Não sou de ferro, ok?

Só fui despertado de meus pensamentos vingativos quando percebi que a maioria das pessoas já havia saído da quadra, inclusive o time de basquete.

– Já que resolveu ficar aí só tomando banho de sol, sabe o que tem que fazer, não é mesmo?  – respondo que sim e pego as chaves que o professor joga. Nada de novo.

Geralmente, para não ficarem me enchendo a paciência por não fazer nada na aula, o professor me pedia para guardar as bolas, cordas e qualquer material que fosse usado na aula e que fechasse a quadra. E como 99% das vezes eu preferia ficar vegetando ao invés de correr que nem um destrambelhado, já tinha até me acostumado.

Tento fazer uma cesta com a bola de basquete e falho miseravelmente. É por esse tipo de coisa que eu prefiro ficar tomando meu banho de sol na arquibancada. Sou muito melhor torcendo do que jogando.

– Pelo visto você não é tão bom com bolas quanto eu pensei, não é mesmo Hongjoong?

Dou um riso irônico.

– Aparentemente eu não sou o único que gosta de bolas aqui. E não estou falando da de basquete – Encarei aquele rostinho perfeito e irritante com um sorriso vitorioso.

– Não sei do que está falando.

– Tem certeza? Por que a escola toda sabe. – mais uma vez podia ouvir o som da vitória. Ah, como era bom vê - lo daquela forma…

– Ah, isso não importa… Mas e aí, conversou com o seu amiguinho sobre o que eu te falei – ele é realmente rápido em trocar de assunto, tenho que admitir. – Bom, me parece que não. Então vou te dar uma dica, vá até a sorveteria que fica na esquina da casa de Yunho. Você vai encontrar uma surpresinha lá.

Eu devo ser muito lerdo, mas juro que não entendi onde o Park estava querendo chegar com tudo aquilo. Provavelmente eu não encontraria nada lá e ele riria depois da minha cara de trouxa todo preocupado se o amigo estava escondendo algo de si.

Mas infelizmente naquela situação eu realmente esperava que fosse mais uma brincadeira estúpida de Seonghwa. Estava torcendo para isso.

Tranquei a quadra rapidamente e guardei todo o material. Cumprimentei a mulher para quem eu entregava as chaves todas as vezes o mais rápido que pude e saí andando em passos largos exatamente para onde o Park me disse que Yunho estaria.

O lugar não era tão longe dali, mas confesso que estava tão ansioso, que no fundo, lá no fundo eu estava esperando demorar pelo menos 1 hora para chegar lá. O que não aconteceu.

15 minutos depois eu já conseguia avistar o local, então desacelerei os passos e tentei notar algo estranho enquanto me aproximava da entrada. Deixo meu celular cair e espero não ter chamado a atenção de muitas pessoas, me abaixo para pega - lo e me deparo com a provável cena que Seonghwa estava comentando. Yunho estava sentado olhando as horas na tela do celular que nem um louco. Não vi problema no que estava vendo, na verdade parecia uma cena normal.

Resolvi ficar esperando mais uns 5 minutinhos para ver se encontraria algo estranho, e no minuto que resolvo ir embora, vejo a causa das minhas recentes lágrimas e frustrações adentrar o local.

Não é possível.

Mingi se aproxima de Yunho e o Jeong levanta todo alegre e  os dois se cumprimentam com um selar. Os dois se olham e Yunho segura as mão do meu ex namorado. Repito, meu ex namorado.

Ok. Eu realmente não esperava por isso.

Acho que se tivessem me dado um tiro iria doer menos do que ver o meu melhor amigo engolindo o cara que havia me feito chorar que nem criança na noite anterior.

Só queria sair o mais rápido possível dali. Não queria que notassem a minha cara de trouxa ou as lágrimas que provavelmente se juntavam em meus olhos.

Sabia que não podia voltar para casa naquele estado porque provavelmente minha mãe me encheria de perguntas e eu não estava com paciência para responder a nenhuma delas.

– Hongjoong. – Não acredito que ele estava me seguindo – Ei, me espera.

Cerro os punhos.

– O que você faz aqui? Conseguiu o que queria? Rir da minha cara de otário enquanto me provava que sabia mais do que eu sobre o meu melhor amigo? Você venceu Seonghwa, agora por favor. Só me deixa em paz.

Acelerei os passos.

– Hongjoong, me espera. Não era essa a intenção… Eu só queria te ajudar.

– Me ajudar? De que forma isso iria me ajudar? Precisa rever os seus conceitos.

Continuei andando sem dar atenção ao que ele dizia. Só queria sair de perto dele e de qualquer pessoa que eu conhecesse.

– Para de correr, Hongjoong. Me espera – ele me alcança – Espera, você tá chorando?

Fungo, mais estressado do que nunca.

– Pode não parecer, mas eu também tenho sentimentos sabia?

– Não faça isso. – ele responde, quase me atropelando – Você sabe como odeio te ver chorar, Hongjoong. Vou me sentir culpado.

Ok, ele precisa aprender que não é muito eficaz dizer para uma pessoa que está chorando para simplesmente parar de chorar. Não é assim que funciona, apenas comecei a chorar ainda mais, no meio da rua com muitas pessoas me olhando. Eu odiava chorar com tanta facilidade.

– Por favor, para. – ele insistiu e me abraçou por 1 segundo, o que já foi o suficiente para me deixar surpreso – Vem, vamos pra minha casa. Não tem ninguém lá, e qualquer coisa você diz pra sua mãe que estávamos fazendo dever de casa. Vou dar alguma coisa pra você tomar.

Não relutei.

Posso dizer que não fazia parte dos meus planos passar a tarde chorando igual um bebê na casa de Park Seonghwa, enquanto ele tentava me acalmar sem obter sucesso algum.

Na verdade eu nem sequer sabia que ele possuía um coração ali dentro, muito menos que não gostava de me ver chorar. Mais uma informação que posso usar ao meu favor.

Quando finalmente parei de chorar e meu rosto foi perdendo a coloração vermelha, Seonghwa me ofereceu um chá (que eu aceitei meio que sem alternativas) e ficamos algum tempo em silêncio, provavelmente os dois sem coragem de comentar o que havia acontecido.

– Bom… sobre o que você viu na sorveteria, foi realmente infantil da minha parte. Acabei indo longe demais com a nossa rivalidade idiota. Isso não vai se repetir.

– Não é só culpa sua. Eu não devia ter chorado também, é que… não imaginei que veria aquela cena. Nunca.

– Eu flagrei os dois hoje de manhã. E ouvi quando eles combinaram de se encontrar. Achei que merecesse saber disso, só não sabia como te dizer.

– Bom… obrigado por isso. Eu acho.

– Eles foram idiotas. Os dois. Vão perceber o erro que estão cometendo, a culpa não é sua, Hongjoong.

– Eu sei, é só que… Eu ainda não entendi o porquê disso agora. Estávamos tão bem e eu estava tão… feliz.

– A culpa não é sua, ok? Algumas pessoas só dão valor ao que têm depois que perdem.

Ficamos em um silêncio constrangedor e então decido ir para casa. Concordamos em não comentar o acontecido com ninguém, o que provavelmente eu não vou cumprir e vou acabar comentando com San ou Wooyoung.

Assim que chego em casa encontro minha mãe na cozinha. Lhe dou um beijo no rosto e aviso que tenha bastante lição (o que é mentira) e subo para o meu quarto.

Tranco a porta e tomo um banho demorado. Provavelmente chorei um pouco mais enquanto tomava o banho, mas talvez fosse apenas a água caindo sobre o meu rosto. Já tinha chorado o suficiente para o ano todo.

Vesti a primeira roupa que encontrei e sentei na cama, sentindo meu celular vibrar. Era Yunho.

– Pensei que tinha morrido. Estou tentando te ligar faz um tempão e…

Eu o interrompo.

– Quando pretendia me contar que estava saindo com Mingi?


Notas Finais


Sou péssima com notas finais hehe. Foi isso por hoje é não esqueçam de comentar aí embaixo o que acharam viu.

Let's kill This love


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