História Como (NÃO) fazer um Teatro - Cinco - FINAL

Após todos os grupos apresentarem, chegou a hora da apresentação do nosso querido grupo.

Por algum motivo do além, Josuke, um aluno de outra turma estava lá.

- Meu deus, o Elvis? - Pergunta Trish.

- Não, é só Josuke - Disse Giorno

- Ele tem a mesma marca de nascença que o Giorno, expulsa ele - Disse Abbacchio.

Mesmo os outros integrantes do grupo não se importando com a presença do jovem, a professora pediu para que ele se retirasse para evitar um caos no auditório por parte de Leone.

Preparados para enfim apresentarem, Squalo e Tiziano, mesmo sendo de outro grupo, ficaram responsáveis por segurar o cenário.

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- Como todo o trimestre, a professora de português passava uma redação para ser realizada em grupo, sempre com um tema que envolvesse a integração dos alunos. Nesse projeto os alunos deveriam fazer uma redação contando um pouco sobre a vida de cada integrante do grupo. - Bruno começa a narrar - Um dos grupos formados tinha os seguintes alunos: Giorno, Abbacchio, Mista, Narancia e Fugo.

Os demais entraram no palco e se sentaram após se cumprimentarem.

- Então pessoal, já fiz mais ou menos um roteiro para o trabalho - Diz Giorno.

- Oi Giorno! Pra que fazer tudo isso? Não tem outras coisas para fazer não? - Diz Leone ao tirar os fones.

- Desde que eu não tenha que escrever nada... Não quero me cansar, tenho uma festa ainda hoje. - Mista lia a fala em seu celular.

- Bem, falta o Narancia, alguém sabe onde ele está? - Giorno encarou Fugo, que demorara um pouco para dizer a sua fala, já que estava realmente jogando no Nintendo que o fora emprestado.

- Provavelmente esqueceu que era para fazer o trabalho. Novidade! - Disse revirando os olhos, fazendo com que Giorno dê uma leve risada.

- E ai, rapaziada, tudo de boa? - Narancia aparece na cena gritando com voz de funkeiro e duas juliets (óculos de funkeiro) no rosto.

Nesse momento Abbacchio pôs a mão no rosto para disfarçar a sua risada de decepção.

- Por algum acaso esqueceu que era pra vir fazer o trabalho? - Perguntou Mista debochado.

- Relaxa ai, bro, acabei de chegar.

- Ok gente, vamos começar a redação. Para quem ainda não esta sabendo sobre o trabalho, vamos ter que falar sobre nossas vidas uns para os outros para no fim escrevermos uma redação.

- Mas que mer-- CAHAM saco... - Disse Abbacchio levemente desesperado por quase ter falado um palavrão na frente da professora - Bem que o Mista podia começar né?

- Agora não, estou conversando com meus mano. Pede pro Narancia, ele que chegou atrasado.

- Eu não, sai fora! Começa aí ô geek. - Narancia que estava ao lado de Fugo pôs seu braço em volta dele, fazendo o mais novo corar.

- Minha vida não tem nada de interessante... - Disse tentando ignorar o "amigo".

- Gente, nós temos que confiar uns nos outros e falar sobre nossas vidas, se não, o trabalho não vai funcionar! - Reclamou Giorno

- TÁ SE ACHANDO O PSICÓLOGO AGORA, GIRINO?? - Abbacchio estava realmente entrando no personagem...

- Já sei, vamos todos para suas casas e esquecemos isso, que tal? - Disse Fugo.

- Você já ouviu falar em recuperação? Então! Esquece esse trabalho. - Disse Narancia.

Houve uns segundos de silêncio, pois Narancia esquecera uma de suas falas. Até que Giorno finalmente continuou.

- OK, eu mesmo começo! Eu vivo com meus pais e dois irmãos, Niorju e Medro, amo ler livros, estudar, e espero um dia me formar em medicina igual meus pais.

- Então se é para nos enturmarmos, vou começar fazendo uma pergunta para aquele de preto ali - Mista guardara o celular. - É falta de dinheiro para você usar isso?

- Cala a boca ô cabelinho de capacete.

- Calma gente! Continuando... Fugo, é verdade que seus pais brigam muito, como o Narancia disse? - Disse meio hesitante, já que Narancia esquecera de dizer a tal fala.

- Você se acha mesmo o psicólogo, não é mesmo?Além do mais é uma perda de tempo!

- Ai ai, vamos acabar logo com isso para eu poder voltar para minha MANSÃO, diga-se de passagem, que iluminação ruim aqui, credo! - Disse Mista ao tirar uma foto - Bom, eu moro com meus pais e meu irmão, que é super legal e nos damos muito bem, amo meu celular, sou mega popular e tenho muitos seguidores no Instagram.

Mista quase espancou Squalo e Tiziano que começaram a rir por trás do cenário, mas teve que manter a classe para conseguir uma nota boa.

- Eu moro com minha avó e com meu avô, gosto de dar uns roles com meus mano lá na minha quebrada, e é isso. - Disse Narancia.

- Eu amo usar preto, gosto de ouvir musicas, tenho um Bru-- gato de estimação e é isso, não tenho mais nada pra falar.

- Tanto faz, eu tenho uma vida normal, tenho um cachorro, sou gamer e moro com meus pais que são casados há muito tempo e que se dão super bem.

Novamente Squalo e Tiziano cochicharam coisas como "Gamer não, Gay mer".

- Porém eles não estavam sendo verdadeiros em suas respostas. - Trish narrou.

- Ah mas Fugo, como seus pais se dão “super bem” se eu sempre que os vejo estão brigando? Não que eu reparasse! - Disse Narancia com um sorriso digamos que diferenciado.

- Fica quieto! Deixa de ser debochado com esse sorrisinho aí.

- Mas eu não tô sendo debochado! - Retrucou ele saindo do roteiro.

- CAHAM- E você Giorno? Semana passada não ficou chorando por ter tirado 7.5 na prova? Falando que seus pais não podiam saber dessa nota, se não iam brigar com você? - Abbacchio voltou ao roteiro.

- É... Realmente acho que não estamos sendo verdadeiros uns com os outros.

- Ah, você acha? - Squalo disse, desta vez mais alto do que deveria.

- SHHHH! Estamos falando que nossas vidas são perfeitas, mas todos aqui sabemos que não são.

- suspiro - Ok, meus pais não se importam muito comigo, na verdade moro com meus avós, já que eles se separaram e meu pai acabou perdendo a minha guarda. - Narancia disse desanimado.

- Pela ausência da participação de seus pais em sua vida, Narancia não tinha em quem se inspirar e não recebia a educação necessária. Então, vivia querendo chamar a atenção dos outros. - Bruno narrou

- Eu tenho muita inveja do meu irmão, porque ele tem muitos amigos e eu não. Eu pensei que adaptando o meu estilo e sendo o máximo parecido com ele, poderia ser popular também. - Mista se esforçava para se lembrar da fala.

- Mista era desse jeito, pois tinha muita inveja de seu irmão. Como seu irmão era o preferido da família, Mista era deixado de lado, por isso sempre tentava melhorar sua aparência, já que é a primeira coisa que os outros veem. Então poderia ser melhor que ele em pelo menos alguma coisa. - Narrou Trish

- Bem, não quero magoar meus pais, já que na família todos são inteligentes e seguem na carreira de medicina, mas não é o que eu realmente quero ser.

- Giorno era realmente bom nos estudos, mas também porque era forçado. Era obrigado a ser o melhor em tudo apenas para manter o legado da família.

A esse ponto do teatro já haviam pessoas dormindo, rindo e filmando (mesmo não podendo).

- Meus pais brigam sempre e estão em processo de divórcio, eu tento me distrair jogando. - Fugo ainda não parara de jogar no Nintendo.

- Pelo motivo de seus pais ficarem brigando, Fugo tinha uma vida muito triste, e para esquecer essas mágoas, ele vivia conectado ao seu celular ou a outros aparelhos eletrônicos.

- Bom, quando eu estudava em outro colégio, sofria bullying e uma solução que eu achei foi começar a mudar meu estilo, de um jeito que as pessoas não iriam mais querer ficar me incomodando, e sim, querer ficar bem longe. - Abbacchio disse também desanimado.

- Abbacchio sofria bullying em seu antigo colégio porque era muito quieto, o que fazia ser o mais isolado. O resto da turma ficava o chamando de nomes e coisas do tipo, então ele acabou achando como solução se tornar uma rocha e queria intimidar os outros para sentirem medo dele.

- Nossa, achei que só minha vida era toda cagada assim - Disse Fugo.

- Pelo visto, acho que até somos muito parecidos! - Giorno deu uma risada feminina claramente fingida

- Não é verdade? Mas é claro que eu sou um pouquinho mais normal que vocês. - Narancia disse convencido, o que fez todos falarem coisas do tipo "Aham, vai nessa..."

- Realmente, acho que nunca parei de usar o celular por tanto tempo. Terminamos certo?

- Sim! Já tem dados suficientes para construir a redação.

- Ah, sei que não conversamos muito, mas se precisarem contem comigo. - Disse Abbacchio fingindo felicidade.

- Comigo também! - Os outros falaram ao mesmo tempo, o que deu muito errado, pois ficou extremamente dessincronizado.

- Foi aí que aprenderam como a tristeza de Fugo, a frustação de Abbacchio, a inveja de Mista, o desespero de Giorno e a saudade de Narancia são importantíssimos para a nossa mente e que devemos controlar essas emoções para o lado mais da alegria. - Trish narrou, quase rindo de nervoso

- Certamente este foi um dos melhores trabalhos que fizeram em suas vidas. - Bruno terminou a narração.

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Abbacchio foi o primeiro a sair decepcionado e muito triste do palco;

- Ok, isso foi realmente muito triste.

- Ah vai, até que foi bom - Disse Narancia para animar o amigo.

- Se você não tivesse esquecido as falas...- Mista disse saindo do palco.

Rápidamente foram todos para trás do palco (onde a professora provavelmente iria dizer como foram na apresentação) e ela simplesmente mandou um "é, deu pra entender a mensagem".