1. Spirit Fanfics >
  2. Como não se apaixonar >
  3. I fell in love with her

História Como não se apaixonar - I fell in love with her


Escrita por: MOWF

Notas do Autor


Gente, não me matem, calma que já vai ter uma explicação para tudo isso. E lembrem-se, ela pode beijar quantos quiser, além de estar apaixonada pelos dois. Opa, acho que já falei demais

Capítulo 5 - I fell in love with her


Fanfic / Fanfiction Como não se apaixonar - I fell in love with her

Eu nunca dormi com tantas coisas controversas na minha cabeça. Por um lado estava super feliz pelo encontro que tive com Sam, mas por outro triste por provavelmente estar perdendo minha amizade com o Harry, isso se já não tiver perdido. Querendo ou não, ele é (ou era) um dos meus melhores amigos, além de eu estar apaixonada tanto por ele, quanto pelo Sam . Por isso minha cabeça está confusa sobre sentimentos. Com um, estou extremamente bem, mas com o outro, o oposto.

Ao chegar na escola, não sabia o que fazer. Ir falar com o Sam sobre ontem, ou ir falar com o Harry sobre, bem, ontem?

Resolvi falar primeiro com o Harry, já que antes de tudo ele é um dos meus melhores amigos, e é o que dizem, nunca troque amigos por namorados, não que Sam seja meu namorado, mas vocês entenderam.

Ao chegar no refeitório vi que todos os meus amigos estavam sentados na mesa conversando, todos menos Harry, que estava com a cabeça encostada na parede apenas existindo mesmo.

Cheguei perto da mesa e todos me olharam sorridentes, mas ao perceber minha cara estranha, diminuíram (drasticamente) o sorriso.

- Oi gente – sorri, um pouco forçada, mas sorri – então... Harry – ele me olhou parecendo surpreso por eu o chamar – Posso falar com você... a sós?

Ele demorou um pouco a responder, mas, por fim, apenas acenou com a cabeça, se levantando. Me virei e segui para fora do refeitório. Não sei se isso já aconteceu com vocês, mas parecia que o tempo estava passando mais devagar que o normal.

Ao chegar em um canto do corredor que ninguém nunca ia, me virei para ele, sem saber exatamente o que falar.

- Então... – Harry disse, vendo minha demora para falar algo.

- Bem, eu... – Toda a coragem de falar com ele foi se esvaindo aos poucos, mas agora já era tarde, tinha que continuar – eu queria falar sobre ontem.

- Olha, Ana, se for pra me xingar ou o que quer que seja eu vou me retirar, pois eu já...

- Calma, caramba – disse meio brava – Não é nada disso. É só que... poxa, eu odeio ficar brigada com você por uma coisa tão... – queria dizer tão superficial e boba, mas não era bem assim – Enfim, você é um dos meus melhores amigos, e eu sei que as vezes você pode se sentir bastante carente, e achar que gosta de mim – disse rindo. Harry nunca gostaria de mim. Eu nem sei se algum dia alguém vai gostar, pois, bem... eu sou eu. – Eu até meio que entendo. Sei que nos beijamos e você foi meu primeiro, mas, bem, como disse, você estava confuso e eu meio que... me aproveitei de você? – Fiquei confusa com minha fala. Não fazia o menor sentido, mas ok. Eu só queria que voltássemos ao normal, e se pra isso eu precisasse falar coisas sem sentido eu falaria – Bem... o ponto é, eu quero que voltemos ao normal. Eu amo... gosto da sua amizade, e você sabe disso, até por que somos amigos a, o que, 6 anos? Caraca, já somos amigos a muito tempo, nem tinha me tocado – fiquei chocada comigo, parando até de falar.

Até aquele momento eu não tinha ao menos olhado para seu rosto, mas quando olhei, seus olhos me mostravam fúria, mágoa e choque. Não sei qual prevalecia mais, só sei que os três são igualmente ruins, e não era bem o que eu esperava.

- Você realmente acha que eu menti sobre meus sentimentos? – De tudo que falei, essa foi a única coisa que absorveu.

- Claro que não, Harry, eu...

- Não! Agora é a minha vez de falar – disse, chegando mais perto, o que, com certeza, não era bom, então me afastei – Eu não sei se comecei a sentir o que sinto por você quando nos conhecemos. Eu só sei que desde que aquele b... desde que o Sam entrou na sua vida, eu venho tentando constantemente fazer com que você dê mais atenção a mim.

- Mas isso é algo que am...

- Nem ouse dizer que é ciúmes de amigo, pois EU sei que não é. E deixa eu terminar de falar, caralho. – Disse bravo, dando mais um passo em minha direção, e eu mais um para trás. – Eu já sabia que desde que você o conheceu, tinha uma queda por ele, então eu queria que você tentasse enxergar em mim o que via nele. E quando a festa da Charlotte chegou, no 8º ano, e você me viu ficando com Sarah, e eu sei que você viu, percebi que mesmo que gostasse do Sam, você também gostava de mim, talvez até mais que gostava dele. Então eu fiquei terrivelmente mais seguro, parecendo até que o sentimento por você havia acabado, mas quando você começou a frequentar aquela maldita sala de música e a maior parte do seu tempo começou a ser com ele, achei que fosse tarde demais para ter você.

- Nossa, você mostra seus sentimentos muito bem, me fazendo sofrer a cada vez que ficava com uma garota. Porque, achava que não doía? Pois saiba que doía, e muito.

- Eu sei, e eu me arrependo. Eu mudei muito esse ano, não sei se por você ou pelo sentimento que tenho por você, mas eu mudei. Eu só não queria te ver com outro, mas novamente estragamos tudo.

- Como assim, estragamos? – perguntei chocada.

- Quem saiu com ele depois de me beijar foi você – disse com tom de obviedade.

- Eu já tinha combinado de sair com ele antes de você me beijar.

- Eu, te beijar? Foi você quem me beijou – deu mais um passo em minha direção irritado, e eu, dessa vez, dei um em sua direção também irritada pela situação. Mas que ousadia a dele.

- Você quem me beijou primeiro. Se não fosse tão idiota em fazer cócegas em mim sabendo que eu não gosto, eu não teria tropeçado naquele maldito fio, não teríamos caído e você não teria colocado essa sua boca ridícula na minha.

- Essa minha boca ridícula? Todas as garotas dessa escola querem beijar essa boca que você não faz questão.

- Então porque quis beijar a minha boca, já que tem tantas outras a sua volta? – Nós nos aproximávamos mais a cada fala.

- Porque eu estou fodidamente apaixonado pela sua. – Disse e eu não soube o que responder.

De qualquer modo, não deu tempo, já que no instante seguinte ele juntou nossas bocas de um modo que chegava a ser violentamente bom. Era como se quiséssemos descontar as nossas frustrações nesse beijo.

Como estava virada para a parede, ele me empurrou com certa violência para esta, voltando a me beijar e puxando meu cabelo com uma força excitante. Eu dei impulso para cima, prendendo minhas pernas em sua cintura, também puxando seu cabelo.

Quando nossos pulmões clamaram por ar, eu desci meus lábios até seu pescoço e comecei a morder e beijar, com certeza deixando algumas marcas. Mas ele não parecia ligar. Na verdade, parecia estar gostando, já que apertava minha cintura a cada mordida.

Já não aguentando mais a separação de nossas bocas, Harry puxou meu cabelo até que ficássemos cara a cara e voltássemos a nos beijar mais ferozmente ainda.

Parecia nunca ter fim, mas como estava com as pernas enroscadas em sua cintura, senti um volume crescendo gradativamente no meio das minhas pernas. Acho que me assustei tanto (tudo bem, não foi muito), que parei de beijá-lo, e desci de seu colo, com a cara totalmente avermelhada de vergonha.

Ele não entendeu muita coisa. Era como se estivesse comendo um lanche muito bom e tivessem o arrancado de suas mãos. Tudo bem, essa analogia não foi muito boa, mas faz sentido no momento.

Envergonhada, apontei para o meio de suas pernas. Ele olhou para baixo e começou a ficar tão ou mais vermelho que eu.

- Eu acho melhor dar um jeito nisso – Harry disse, envergonhado.

- Eu também acho – disse, mal conseguindo olhar em seus olhos - e eu acho melhor pegar meu material, já que a aula já vai começar. – Olhei para o relógio e vi que já tinha passado da hora de ir para a sala – Parece que teremos que esperar na biblioteca.

- Bem, você pode me esperar para irmos juntos ou já ir para a biblioteca.

- Eu te espero – disse, o seguindo para a porta do banheiro masculino.

Quando ele entrou, eu sentei no chão e fiquei jogando algo no meu celular até ele aparecer e seguirmos em direção a biblioteca.

- E se nós simplesmente ficarmos no mesmo lugar em que estávamos para ficar conversando, já que lá dentro não pode conversar? – Harry propôs, entrando na minha frente.

- Por mim tudo bem – disse, me virando para ir.

- Você sabe que não precisamos agir desse jeito né? Afinal, foi apenas um beijo, quer dizer, nós já passamos da fase não sei o que falar. – Harry disse risonho.

- Eu sei, mas, bem. É diferente dessa vez.

- Diferente como? Nós somos amigos, antes de tudo.

- É diferente pois era mais simples lidar com você sendo um metido normal. Mas agora que conseguiu me beijar, mesmo eu sendo BV, eu não vou te suportar. Meu Deus, você vai ficar metido pra caralho – disse, zombando de tua cara. Ele me olhou chocado.

- Olha quem fala. Nossa, eu canto super bem e sou maravilhosa – me “imitou”

- Hey, eu não sou assim – disse rindo.

- Não? No karaokê você fica: ai, para, estou com vergonha. Uma música depois já está completamente solta. Até o final da noite só dá você no palco.

- Vocês que me obrigam – disse rindo. Era verdade, eu no palco me torno outra pessoa.

- Eu não te obrigo nada, você nem se esforça para tentar negar o pedido de subir ao palco.

- Bem, e você é só: Como eu sou bom com as mulheres, e: Eu canto mil vezes melhor que você.

- Nossa, com certeza. Mas você é: Os garotos vivem atrás de mim mas eu finjo que não quero ninguém, pois assim conseguirei mais homens caidinhos por mim.

- Que mentira, ninguém é caidinho por mim. Olha pra mim, aliás. – Apontei para meu corpo.

- Estou olhando. - colocou a mão no queixo fingindo me analisar.

- Besta. Eu falo sério, com Mel, Dani, Ali e Duda do meu lado, eu sou apenas uma mosca.

- Você é a garota mais linda que eu já conheci. Tudo bem que quando éramos crianças você tinha uma carinha de demônio – Olhei-o chocada. – Mas é o que dizem. Antes de se tornar uma borboleta, tem que primeiro ser apenas uma lagarta.

- Nossa, claro, com certeza – rolei os olhos.

- Eu estou falando sério – disse. – Nunca duvide da sua beleza.

- Tá bom, tá bom. Mas então... – disse rápido, mudando de assunto. – Já sabe com quem vai cantar?

- Sozinho mesmo – sorriu para mim.

- E que música irá cantar? – Perguntei animada.

Chegou mais perto de mim, falando no meu ouvido:

- Segredo – mordeu o lóbulo da minha orelha e eu me arrepiei.

Olhei para ele, que continuava bem próximo de mim, e aproximei nossas bocas. Começando o beijo com um selinho e terminando com, bem, vocês sabem.

***

Ao chegar em casa, fui direto para a cozinha dar um abraço apertado na minha vó.

- Que milagre aconteceu pra você vir me abraçar? – Disse, retribuindo o abraço.

- Você é muito dramática, sabia? Eu te abraço todo dia.

- Eu sei filha da vó, estava apenas brincando. – Sorriu, dando um beijo no meu rosto. – Mas agora me conte porque está tão feliz.

- Eu e o Harry voltamos a nos falar.

- Que bom Iza. Sabia que daria certo. Mas não foi só isso, correto?

- Nós nos beijamos de novo. Quer dizer, ele me beijou depois de me dizer que está apaixonado por mim.

- Mas você não estava namorando aquele rapaz ontem? – Perguntou confusa.

- Eu e Sam não namoramos, vó. Nós saímos e, bem, Eu não sou de ferro, e como não estamos namorando, tudo bem ficarmos com outras pessoas.

- Na minha época não existia essa coisa de ficar. Se você apenas paquerasse de longe, já estavam namorando.

- Mas você é velha, vó. Eu nasci ontem, praticamente – ri da sua cara chocada.

- Mas que criança desaforada você é. Eu não sou velha não.

- Tá bom, vó, tá bom – ri. – Mas enfim, acho que eu estou ferrada.

- Mas você não disse que não tem problema ficar com vários rapazes?

- Sim, mas não é esse o ponto. Eu estou apaixonada pelo Harry, mas também estou apaixonada pelo Sam.

- Filha, me escute. Você só está apaixonada por um dos dois. Não tem como você se apaixonar por mais de uma pessoa, bom, ter até tem, mas você sempre estará mais apaixonada por um do que pelo outro. E eu já sei quem você realmente ama.

- O que? Como você sabe se nem eu mesma sei? E quem falou em amor?

- É que eu já tenho muitos anos de experiência, e você está cega. Quando começar a enxergar verá por quem realmente está apaixonada. E para com essa bobagem de não acreditar no amor.

- E se eu nunca descobrir?

- Você vai, eu te garanto.

- Porque você não me fala?

- Porque você tem que descobrir sozinha, querida. Agora vá lavar essas mãos para almoçar, enquanto isso eu vou ligar para seus pais virem almoçar conosco.

Parei quando ouvi o que ela disse.

- Alguma ocasião especial? – perguntei meio dura.

- Não que eu saiba. Sua mãe apenas ligou e disse que viria.

- Tomara que não seja nada importante – disse, subindo as escadas – e que eles vão embora o mais rápido possível. – obviamente, falei baixo para minha vó não me escutar.

A questão é que eu não me dou bem com meus pais, acho que nunca me dei, nem antes de vir morar com minha vó.

Balancei a cabeça, obrigada a aceitar almoçar com eles. Mal sabia eu que minha vida estava prestes a mudar, não sei se para melhor, mas que irá mudar, isso com certeza.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...