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História Como (não) ser popular - (Não) confie no Jackson


Escrita por: inosukie

Notas do Autor


Oi gente, Mandy aqui. Quanto tempo, não nos matem por essa demora, hiatus e bloqueio influenciaram

Antes de vocês lerem o capitulo quero avisar que os primeiros cap da fic sofreram modificações (nada demais), mas se quiserem reler acho valido s2

E obrigada Aline, demonhadoyoda, por betar, fica ai os créditos para essa fofurinha e leiam as fanfics dela s2

O cap foi editado as pressas então pode ser que encontrem erros, quando eu voltar do curso irei ler melhor e arrumar ok?

Alias estou muito insegura quanto a qualidade do cap, se possivel deem uma nota de 0 a 10 nos comentários para o capitulo viu, isso vai ajudar?

Capítulo 15 - (Não) confie no Jackson


Fanfic / Fanfiction Como (não) ser popular - (Não) confie no Jackson

1 de maio de 2016

Me ferrei bonito!

08:11

Eu achei que o pior já tinha passado quando me assumi para os meus pais, mas eu estava completamente enganado. Isso porque:

1. Eu nem acordei espiritualmente ainda e o dia já tá uma merda.

2. A escola toda já tá sabendo de mim e de Hoseok. Como a notícia se espalhou eu não sei, mas sei que a rádio-corredor do inferno funciona muito bem.

3. Vai ter prova de Física sobre resistores, condutores e potenciais elétricos que eu tenho certeza absoluta que não vou precisar quando for vender bala de hortelã no farol.

Assim que entrei na escola todo mundo ficou me encarando como se eu fosse um cubinho de açúcar no formigueiro.

Acho que isso soou meio narcisista.

Mas enfim, dá pra acreditar que até as tias da limpeza e o próprio Charlie já estavam sabendo da novidade? Eu nem sabia que o rabugento do Charlie fazia outra coisa além de levar pobre indefesos para orientação e usar o banheiro dos alunos para fazer o número dois, isso porque se ele usar o banheiro dos funcionários suja pro lado dele, então ele caga no nosso.

E como se já não bastasse, Namjoon veio plantar mais o caos anunciando que a professora avisou no grupo de Física no Whatsapp que a nota da prova é a nota que ela usará pra fechar a média, e bem, ninguém estava sabendo disso porque só pessoas como Namjoon participam do grupo de Física.

Se não me engano o grupo tem 3 membros, contando com Namjoon e a professora.

Nesse momento eu queria que essa fosse a pior parte do meu dia, em menos de 3 horas acordado já dava pra ver que o mundo não tá conspirando a meu favor. Mas é claro que isso não aconteceu, sempre tem alguém pra cutucar a merda pra ela feder mais.

Quando eu falo “alguém” todo mundo já sabe de quem eu tô falando, né?

Se as coisas dessem certo, simplesmente não seria minha vida, e como é minha vida, alguma força que rege as leis do mundo decidiu colocar um imbecil chamado Jackson no meu ciclo de amizades.

E é aí que dia 1 de Maio entra para os dias que Yoongi desejaria nunca ter acontecido.

Se existe alguém que tem ideias piores que a do Namjoon, esse alguém é o Jackson.

Mas bem, para entendermos a razão de eu estar dizendo isso precisamos acelerar o tempo e irmos para o intervalo.

10:30

Durante o intervalo é bem comum ver os alunos da minha turma correndo iguais umas mulas sem rumo e sem lei pelo pátio da escola, porém hoje surpreendentemente está todo mundo com a cara pregada em cadernos e livros tentando aprender algo para a prova de física, e claramente não está funcionando, porque mais difícil que tapear o Namjoon, é conseguir aprender algo durante o intervalo onde é uma barulheira.

Todo mundo das outras turmas que passa perto da gente fica nos encarando curiosos. E quando me vêem com Hoseok, um sentado ao lado do outro, dão um sorrisinho debochado e nem fazem questão de esconder, teve duas garotas que falaram em voz alta e clara “olha ali o casalzinho”.

Taehyung passou perto da gente, mas fingiu que nem viu, só parou para cumprimentar o Seokjin e para fugir disfarçadamente — nem tanto assim — fingiu estar interessado em uma borboleta que passou voando perto dele e foi atrás dela.

Devem estar pensando que nossa turma é daquelas exemplares que os alunos gostam de fazer os deveres e deixar as matérias em dia, pois quem vê a gente assim, nem imagina o desespero que cada um deve estar passando agora.

Hugo está se esforçando tanto pra aprender que daqui a pouco ele está comendo o caderno com os próprios olhos.

Além de mim, que sei que não vai adiantar estudar, Namjoon é o único que não está estudando nada, porque ele já se garante em qualquer matéria de exata.

Hoseok já destacou o livro inteiro com o marca texto, a folha que antes era branca, está toda amarela.

Regina e o Jackson estão totalmente perdidos tentando um ajudar o outro a entender algumas fórmulas.

E Seokjin parece ser o único que está conseguindo estudar numa boa, mas com certeza Namjoon deve ter ajudado ele antes.

— Ah, isso é impossível! — Jackson fecha o caderno com agressividade. — Não tem como entender essas coisas. A gente não pode fazer essa prova hoje.

Todo mundo parece ter usado Jackson como desculpa para dar uma pausa na leitura e agora estão todos prestando atenção nele.

E é aí que o trem sai do trilho.

— Precisamos fazer algo para a professora não passar essa prova hoje — ele continua —, e eu já pensei em algo.

— O quê? — Hugo pergunta completamente interessado.

Até Chris e o Nick que estavam a metros de distância se juntaram a nós.

— Pôr fogo na escola? — Nick sugere.

— Melhor que isso — Jackson fala.

— O que pode ser melhor que colocar fogo na escola? — Nick ficou mais interessado ainda.

— Matar o Hugo e ligar para polícia falando que acabou de acontecer um homicídio? — Seokjin que se pronuncia agora.

Antes que Hugo pense em uma resposta para isso, Jackson pede silencio.

— O plano é duas pessoas desligarem os relógios da escola para simular perda da energia enquanto outras vigiam para ver se a barra está limpa, assim vão ter que liberar a gente.

Quando Jackson fala isso ele parece ser um gênio, mas acreditem, o desfecho dessa história faz tudo parecer estupidez.

— Só tem um problema nisso tudo, imbecil — Hugo fala o que todo mundo já estava pensando. — Os relógios são protegidos com cadeados, não têm como a gente abrir se não tiver a chave.

— Eu posso conseguir as chaves — Namjoon diz. — Esses dias eu tinha perdido a chave da sala do jornal da escola, fui pedir a cópia e me entregaram o chaveiro com todas as chaves, com certeza a dos relógios deve estar lá.

Tudo parece perfeito, né? Um plano bem elaborado, até Namjoon que estudou para a prova estava dentro dessa. Ia dar tudo certo, se eu não tivesse sido enfiado nesse plano.

— Quem que vai lá desligar? — Regina com uma simples pergunta fez todo mundo percebe que o plano era bom, mas era perigoso.

Charles tem a grande mania de ficar rondando a área onde ficam os relógios a cada quinze minutos, parece o pinscher endemoniado da minha vizinha que uma vez enterrou um osso dele no quintal da minha casa e toda hora ia lá ver se o osso não tinha sido roubado.

Aquela área é o território de Charles, é só um aluno muito louco, que não tem medo da morte se arriscaria a matar aula por lá e pior ainda, desligar as chaves dos relógios.

Aos poucos todo mundo na rodinha começa a perceber os sérios riscos de morte que essa missão oferece.

— Vamos fazer no dois ou um — Hoseok propõe. — As duas primeiras pessoas que colocarem números iguais, vão.

Eu sempre fui péssimo nesses jogos, e eu não preciso nem falar que foi eu e o Jackson que perdemos, preciso?

— Eu posso vigiar? — Chris se ofereceu.

— Que tal você e o Nick servirem de distração pro Charles? — Seokjin sugeriu meio malicioso, às vezes ele dá uma de Namjoon e fica meio maquiavélico. — Xinga ele de tudo que vocês tiverem vontade e saem correndo, tenho certeza que ele nunca vai alcançar vocês.

— Mais fácil é jogar água benta e ler a bíblia perto desse cara — Chris falou. — Certeza que ele vai ficar todo piradão.

Enquanto eles discutiam isso eu só conseguia pensar em todas as merdas que poderia dar nessa missão, desde causar algum prejuízo para a escola até meus pais serem processados por eu ter feito isso.

Namjoon resolveu ir pegar as chaves e até que ele voltasse, eu ainda tinha alguns minutos de vida e de decisões.

— Hoseok, você não quer ir no meu lugar, não? — Eu queria que isso tivesse parecido apenas uma mera sugestão, mas meu desespero estava claro.

— Não, muito obrigado, já tenho muitas anotações no meu histórico  — ele deu leve batidinhas no meu ombro. — Você consegue, não precisa ter medo, olha o Jackson, ele está tranquilo.

Eu olhei para o Jackson e bem na hora ele estava engolindo a saliva e deu um sorriso amarelo. Tranquilo...

Então Namjoon voltou com as chaves e entregou pro Jackson.

— Assim que o sino tocar, vocês vão — Namjoon falou e se dirigiu para o Chris e Nick. — Se quiserem distrair o Charles ele está perto do banheiro masculino, fala para ele que vocês perderam um celular e precisam de ajuda para achar.

Eles concordaram e o sinal tocou.

Nessa hora eu deixei tudo nas mãos de Jesus, porque se tivesse nas minhas iam cair de tanto que eu estava sem coragem e tremendo.

10:52

Eu e o Jackson já estamos há dez minutos testando várias chaves nos cadeados e nenhuma parece ser a certa, e ainda tem a possibilidade das chaves deles nem estarem no meio delas.

Tem até algumas gotas de suor escorrendo pela minha testa de tanto nervosismo que estou passando, me sinto como naquelas cenas de filmes que as pessoas têm que cortar os fios de uma dinamite prestes a explodir.

— Juro que vou arrombar esses cadeados! — Jackson está tão nervoso que até para uns segundos para respirar e então ele gira a chave e o cadeado finalmente abre, agora só falta outros quatro cadeados.

Espero que Chris e Nick estejam indo bem nessa, porque se Charles vier para cá agora, é o nosso fim.

Os relógios ficam em um corredor bem nos fundos da escola, um lugar onde nem os fantasmas costumam ir porque dizem que tem uma maldição pior que eles por lá, chamada Loco, as lendas dizem que se trata de uma coisa que sempre que sente cheiro de humano sai para devorar essa pessoa.

Eu não acredito nessas coisas, mas o corredor é tão sombrio que te faz criar uma pequena dúvida.

Tem um bloco com dois cômodos perto, que provavelmente é onde o Charles reabastece as energias dele, e esse bloco parece ter sido construído antes mesmo que a própria escola porque a tinta exterior dele e toda desbotada e uma das janelas tem até um furo.

Enquanto eu olho para o bloco feio e sem vida, Jackson consegue abrir mais um cadeado.

— Jackson, eu vou enfiar um rojão no meio da tua bunda se você não for logo com isso. — Pelo tempo que ele tá demorando já dava para ter maratonado a trilogia de Senhor dos Anéis na versão estendida.

Volto a encarar o bloco e consigo imaginar mais ainda porque os fantasmas e demônios como o Namjoon, por exemplo, devem evitar esse lugar, o bloco é realmente feio, e para evitar concorrência esses tipos de existências preferem manter distância. Porque realmente não dá para o Namjoon assustar ninguém com a cara dele perto desse bloco.

Fico imaginando se tem mais algum motivo que leva os alunos a andarem por aqui além de ser para desligar as chaves de energia ou esconder um corpo. Provavelmente não há nenhum motivo além desses.

— Quando eu abrir o último cadeado, você sai desligando tudo simultaneamente e eu vou ir trancando, ok? — Jackson fala e abre mais um.

Nesse momento eu vejo um vulto surgindo no corredor, meu corpo ficou no chão, mas minha alma foi pra longe, mas era só o Chris com cara de quem tinha corrido uma maratona.

— Vocês não vão acreditar! — Ele fala como se tivesse presenciado a coisa mais louca da vida dele. — O Nick mandou o Charles ir tomar no cu, Charles está correndo atrás dele igual um touro. É bom vocês andarem logo antes que o Nick leve a chifrada fatal.

Jackson parece pegar impulso e começa a testar as chaves com mais agilidade.

Não demora muito para ele conseguir desencadear todos.

Quando eu vou desligar a primeira chave a gente escuta um barulho vindo do bloco.

— É o Loco! — Chris sussurra.

— Para com essas idiotices, Chris, você acredita nessas merdas? — Jackson resmunga.

— Não quero pagar para ver — Chris fala fazendo o sinal da cruz nos ombros.

Jackson arfa incrédulo e olha para mim tentando buscar apoio, mas eu estou tão pálido quanto o Chris porque juro ter visto algo se movendo pela brecha da porta do bloco. Crio coragem para desligar tudo de uma vez e assim faço, tentando sair dali o mais rápido possível. Chris não desgruda os olhos da sala da onde se originou o barulho só que agora ela está totalmente escura.

Aí a gente escuta algo que parece uma espécie de cheirada, como se um bicho estivesse cheirando. Jackson que estava sem medo agora começa até trancar os cadeados na velocidade da luz.

Ai a porta do bloco se abre mais um pouco e algo sai de lá, só dá tempo do Jackson trancar o último cadeado antes que a gente comece a correr igual o Hugo no dia que a Teresa perseguiu ele.

— Ave Maria! — Chris exclama assim que a gente consegue se chegar aos corredores movimentados da escola. — Deus é mais!

— O que diabos era aquilo? — Jackson perguntou.

— O Loco! — Chris responde como se isso fosse o obvio.

— Que porra de Loco, o quê! Não acredito nessas coisas, não — agora ele estava tentando pagar de machão, mas minutos atrás estava correndo igual uma gazela fugindo do leão.

— Você não viu? A porta se abriu! — Chris falou. — Só pode ter sido o Loco.

— Eu vi algo passando por lá — concordei com o Chris.

Tenho certeza que a gente iria continuar essa discussão se os corredores não tivessem ficado movimentados porque os professores liberaram os alunos. Decidimos ir ao encontro dos meninos para pegar nossos materiais e depois procurar os restos de Nick que devem estar espalhados pela escola.

11:20

Demorou para achar o povo porque eles já estavam na parte de fora da escola nos esperando, Nick estava com eles com cara de quem tinha ganhado o dia e naquele momento, tirando a parte do “Loco”, e a fofoca sobre mim e o Hoseok o dia parecia completamente feito.

— Vocês demoraram, hein... — Namjoon comentou.

— Acho que a gente viu o Loco — Chris falou.

Regina revirou os olhos, Hugo e Nick ficaram interessados no que a gente tinha a dizer e Namjoon e Seokjin pareceram indiferentes a isso.

— Como assim? Como ele é? — Hugo perguntou. — Não tem como ser mais assustador que a Regina, tem?

— Não deu para ver, a gente saiu correndo — Chris confessou.

Nessa hora o Seokjin começou a chorar de rir e pela cara do Chris ele não gostou disso, eu e o Jackson ficamos sem entender.

— Sério, gente? — Seokjin não sabia se ria ou relinchava. — O Loco é um cachorro, seus idiotas. É um pinscher.

— Então é a mesma coisa que um capiroto, porque nunca vi raça de cachorro mais invocada que essa — falei, mas por dentro eu estava aliviado de ser só um cachorrinho.

Seokjin voltou a rir, e eu e o Chris já estávamos nos comunicando por telepatia e marcando de atormentar o Seokjin no dia seguinte.

Aí percebi que o Hoseok não estava no meio deles, olhei para todas as direções do estacionamento onde os alunos já estavam esperando os ônibus escolares e não vi sinal dele em nenhuma parte.

— Cadê o Hoseok? — Perguntei temendo a resposta.

— Ah... — Regina não sabia como me falar o que eu já estava suspeitando. — Ele foi conversar com o Taehyung.

— No fim quem levou chifrada foi você, não o Nick — Jackson deu leves tapinhas no meu ombro.

Eu sinceramente não sabia o que pensar disso. Hoseok com certeza não faria isso, mas ele deveria pelo menos me avisar que iria conversar com ele.

Ok, minha cabeça começou a criar mil paranoias e possibilidades e eu estava tentando não demonstrar isso, tentando parecer totalmente indiferente a esse fato porque o grupinho todo estava me olhando esperando que eu fizesse algo. Se o chão onde eu estava fosse de terra, eu já tinha cavado um buraco e enterrado minha cara lá.

Por sorte, Jimin e Jungkook apareceram.

— Nossa, acabou a energia logo quando nosso grupo ia apresentar o trabalho — Jimin comentou contente —, eu nem tinha estudado nada. Deus salvou minha vida.

— De nada — Jackson falou.

Fiquei mais uns 20 minutos na frente da escola, esperando Hoseok dar o ar de sua graça, e finalmente ele apareceu. Os outros já haviam ido embora, como se tivessem alguma coisa pra fazer, mas por algum motivo eu achei que seria bom se eu esperasse Hoseok.

Bom, eu só achei.

Eu tava jogando no celular quando vi silhueta ruborizada dele se aproximando, mas não havia sinais de Taehyung.

Vai ver ele ficou lá dentro procurando a vergonha na cara que ele não tem.

— Que demora, hein? Tava fazendo o que lá dentro, conversando ou construindo a muralha da China? — Falei quando ele chegou mais perto.

— Conversando com Taehyung, e agora eu preciso conversar com você também. — Ele parecia sério, e eu raramente via Hoseok sério. — Como eu disse, eu tava conversando com Taehyung e a gente decidiu voltar.

Nessa hora o mundo parou de girar de tão lento que foi pro meu cérebro digerir a informação. Eu fiquei uns dez segundos sem falar nada, tentando raciocinar e sentindo meu coração acelerar um pouco mais.

— Calma, é brincadeira. — O desgraçado rachou de rir e eu soltei o ar com força, aliviado, porém com raiva.

— Eu vou te dar um murro tão forte, Hoseok. Vai pro inferno! — Eu peguei a mochila do chão e dei as costas, começando a andar pra qualquer direção longe dele.

Se minha vida fosse um desenho animado, com certeza eu estaria vermelho e soltando fumaça de raiva. Hoseok é um idiota e eu vou escrever isso mil vezes nesse diário.

Ele me puxou de lado e me abraçou, enterrando minha cabeça no ombro dele e me deixando sem oxigênio pra respirar.

— Desculpa, Yoongi, foi só brincadeira. Eu não faço mais isso. — Disse ele claramente arrependido.

— Você é um saco. — Eu me afastei bufando, disposto a largar essa idiotice pra lá. — Sobre o que conversaram?

— Sobre nós, eu avisei você na aula esses dias que era melhor eu conversar com ele ao menos. — Ele passou o braço por cima de meus ombros e começamos a andar. — Ele tá bem com isso, eu acho. Nada que uma garrafa de goró não resolva, foi o que ele disse.

Se eu bem conheço Taehyung, daqui uns dias ele já vai estar pegando outros, que nem fez até agora.

Hoseok me deixou em casa e foi pra dele na desculpa esfarrapada de que iria fazer o trabalho de Sociologia, mas eu sabia que ele iria dormir a tarde toda.

Não que eu vá fazer coisa diferente.

18:14

Eu já acordei no desespero.

Minha mãe me acordou dizendo que o Jefferson havia ligado e convocado a gente para uma reunião lá na escola naquela hora. Se o Jefferson ainda tá naquela escola e chamando a gente pra uma reunião lá só pode ter acontecido duas coisas:

1. A energia voltou, e isso quer dizer que eles ligaram os relógios novamente;

2. Ou seja, descobriram a gente.

E é isso mesmo.

Quando entro no corredor onde fica a direção já posso ver Jackson, Namjoon, Chris e Nick sentados do lado de fora da sala com cara de quem acabou de ir a um velório, minha mãe arfa quando vê o Namjoon lá, mas por dentro ela não deve nem estar surpresa. Meu pai por outro lado parece não ta nem ai, tenho certeza que o que eu apronto na escola é praticamente nada comparado ao que ele fazia.

Minha mãe para na frente do Namjoon esperando alguma explicação para entender o que estava acontecendo.

— Os pais podem entrar, o diretor está esperando vocês, depois ele vai conversar com a gente — Namjoon explica.

— Espero que vocês não tenham matado nenhum aluno, não tenho dinheiro para pagar advogado para isso — ela murmurou antes de entrar.

Meu pai só deu uma expressão que parecia dizer “então é isso, lá vamos nós”.

Quando ela fechou a porta Namjoon pareceu ficar mais relaxado. Jackson estava com cara de quem já estava vendo a morte e o corpo dele estirado na frente. Chris estava rezando, não sei o que deu nesse garoto que ultimamente ele tem pedido salvação para qualquer deus que esteja escutando ele. E Nick parece não esta nem ai com isso, na verdade, essa situação parece até divertida pra ele, acho que ele é dessas pessoas que gosta do perigo.  

— Ai, eu tô fodido! — Jackson exclama — Meu pai vai parar de me dar mesada.

Namjoon ri.

— Nossa, que drama… — Ele diz. — Os meus vão me esfolar vivo, isso é claro, depois de me torturarem.

— Não sei o que meus pais podem fazer comigo agora — confesso — eu ainda tô cumprindo o último castigo… Eles vão ter que ser muito criativos dessa vez.

Eles acabam rindo.

— Meus pais não estão nem aí se eu aprontei algo — Nick fala. — Eles só ficam com raiva quando eu sou pego fazendo algo errado e chamam eles aqui… Eles sempre falam “da próxima vez faz direito”.

— Por isso que você não ficou com medo de provocar o Charles — Chris conclui.

Não basta o Nick ser porra loca, os pais dele também tão cagando para isso, daqui uns dias o garoto é capaz de pôr fogo na escola mesmo e os pais dele só brigarem com ele por ele ter sido descoberto e deixado provas do crime.

Eu só sei que enquanto eu escuto os garotos conversando e espero meus pais saírem daquela sala eu penso que deveria ter aproveitado a tarde para jogar LoL, quem sabe ter dado mais umas beijos no Hoseok ou lido ao menos mais um volume de One Piece, pois eu realmente não sei o que me aguarda nos próximos minutos.

Talvez a morte.

Os pais começam a sair, os primeiros foram os pais do Jackson, assim que o garoto viu os pais dele ele se levantou na hora, eles nem olharam para o Jackson simplesmente passaram reto de cara fechada, ou seja, o Jackson tá muito fodido.

Os pais do Namjoon saíram depois olharam decepcionados para mim, com raiva para o Namjoon e com desprezo pros outros meninos. Depois saíram dois caras que provavelmente eram os pais do Nick, e sim, no caso dele é literalmente dois pais.

E a mãe do Chris saiu prestes a dar um puxão de orelha nele, só se controlou porque viu os outros pais sendo civilizados e fuzilando os filhos com os olhos.

Meus pais foram os últimos a sair, a minha estava com uma expressão fria e isso só significava uma coisa: eu to muito ferrado.

— Em casa a gente conversa — ela disse baixinho para mim.

Eu entendi como: em casa eu te mato.

Jefferson apareceu na porta e indicou para a gente entrar.

E lá estava eu indo sentar naquele sofá de couro grudento mais uma vez, Jackson se sentou de um lado e o Chris do outro. Namjoon e Nick foram sentar em duas cadeiras enquanto Jefferson se confortou em uma poltrona que ficava de frente para o sofá e às cadeiras, ele tinha uma prancheta e uma caneta na mão dele.

— Então, meninos, a situação de vocês não é nada boa… — ele confessou. — No código da escola, isso que vocês fizeram poderia ser punido até com expulsão.

Jackson está tão desesperado que ele está segurando minha mão e apertando ela com força e nem percebe isso.

— Ai, meu deus do céu! — Chris berra, literalmente berra. — Você vai expulsar a gente! Eu posso fazer oferenda para todos os deuses e entidades, mas, por favor, não me expulsa…

Jefferson levanta a mão indicando para ele ficar quieto e se acalmar.

— Eu disse que vocês poderiam, mas não vão… Agradeçam aos pais de vocês e ao professor Robb que sugeriu algo melhor — ele diz então fica a prancheta na nossa direção e entrega para o Namjoon.

Namjoon pega hesitante e começa a ler o que está escrito no papel.

— Robb sugeriu que para evitar expulsão vocês vão ter que tirar nove em pelo menos cinco matérias e ao assinar no final desse papel vocês vão concordar com isso — Jefferson explica.

Namjoon ri, vitorioso, para ele isso é fácil.

Eu começo a fazer os cálculos e ver as chances que eu tenho de conseguir executar esse acordo e sinceramente, elas não são nada boas, eu já comecei o bimestre com o pé esquerdo porque dormi na maioria das aulas e fiz poucos trabalhos, eu já contava que nesse bimestre eu fosse passar por pouco, agora eu vou ter que virar Einstein.

Namjoon devolve a prancheta para Jefferson que tira a folha que Namjoon assinou e já guarda em uma pasta, aí ele passa a prancheta para Nick que assina e depois faz o mesmo processo com os outros garotos até que chega minha vez.

No papel tem três espaços, um espaço é onde Jefferson vai assinar, outro é onde meus pais assinaram e um é para eu assinar, na parte superior da folha tem um texto falando sobre o ocorrido e sobre o acordo para evitar expulsão.

Como eu não tenho outra alternativa, pego a caneta e assino.

Minha intuição nesse momento diz: Min Yoongi, você está muito ferrado.


Notas Finais


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