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História Como sair impune de uma vida miserável - L3ddy - Vamos pra casa?


Escrita por: policehistory

Notas do Autor


Olar!

Mas gente, quantas pessoas bravas com o Gustavo no capítulo anterior, Jesus Cristo! kkkkkkkk

Aqui vai uma chuva de amor pra vocês, só pra compensar pelo sofrimento de ontem ❤

Boa leitura!

Capítulo 29 - Vamos pra casa?


Fanfic / Fanfiction Como sair impune de uma vida miserável - L3ddy - Vamos pra casa?

Nashik, 5:20 PM

Narradora

 

 

Estava feito.

A explosão detonou a enorme cobertura do palácio dourado que enfeitava o centro de uma das maiores cidades da Índia. Após confirmarem se Peter Scott estava mesmo em seu dormitório rodeado por guardas com fuzis encaixados em suas mãos que continham uma fucking suástica como tatuagem, Olioti e Natália posicionaram as dinamites em cada extensão das paredes externas e nos corredores que conseguiram ter acesso.

Não foram discretos. Queriam que soubessem que alguém os estava vigiando, Natália mais do que Lucas. Era visível o prazer da loira quando esconderam-se nos arredores, Olioti a viu suspirando enquanto encostava a cabeça na parede e fechava os olhos assim que o incêndio começou. Já haviam retirado as roupas indianas e revelavam suas vestes negras sem qualquer simbologia; ambos vestiam calças de lona justas, camisetas pretas e coturnos policiais.

Andavam agora pelo cômodo detonado, poucos minutos após verificarem que o incêndio havia baixado. As sirenes do corpo de bombeiros já soavam, policiais já cercavam a área, mas isso não os preocupava.

Com duas armas em punho, rabo de cavalo e ainda utilizando seus óculos em estilo aviador, Natália encontrou o corpo. Jazia no chão ao lado da cama, totalmente queimado, mas suas feições ainda eram reconhecíveis. Os olhos frios da garota fixaram nas orbes sem vida de Peter, pra onde apontou a arma.

 

- Eu disse que iria te encontrar um dia, você errou feio em confiar em mim, Scott. Você achou que a menininha não se lembraria? Esqueceu-se de onde eu vim, seu desgraçado?! – Gritou com todas as forças.

 

Lucas franziu. Caminhou até a Natália e colocou sua própria mão por cima da dela que estava apontada para o morto, abaixando-a.

 

- Ei, acabou, sim? Nós conseguimos. – Ela tremia e se afastou de T3ddy, guardou as armas no coldre de sua calça e grunhiu. Foram ouvidas algumas batidas abaixo do chão em que estavam. – Vamos sair daqui, logo eles conseguirão passar pelos escombros.

 

A loira nada disse, apenas andou em direção ao enorme buraco feito pela explosão, pronta pra pular. Olioti a seguiu, porém antes que chegasse até a beira, viu um porta retrato queimado e virado no chão aos seus pés. Sem saber muito bem o motivo, abaixou-se, imaginando que tipo de fotografia um homem daquele poderia ter em seu quarto. Quando virou o objeto nas mãos, seu coração parou.

 

- Não disse que era pra irmos? – Natália o chamou, porém Olioti nem ouviu. Apenas virou o porta retrato na direção da amiga, que arregalou os olhos com o que viu.

 

Atrás do vidro estilhaçado e com a moldura destroçada, estava a fotografia de Christian Figueiredo.

 

 

São Paulo, 01:30

.

 

Ainda estava tentando entender o que aconteceu. Há exatos vinte minutos havia entrado de volta em seu apartamento e, mais do que qualquer coisa, queria encontrar alguma explicação para o que aconteceu entre ele e Gustavo. Já havia trocado de roupa, de volta com seu pijama e, deitado na cama, passou as mãos pelo rosto.

Aquilo nunca havia acontecido. Gustavo nunca tinha se aproximando daquela forma, e muito menos intensificado seu olhar a ponto de desviá-lo para os lábios do loiro. Bem, pelo menos não que Luba tenha percebido. Mas o pior não foi isso, pior foi... Ele ter feito o mesmo. Por um milésimo de segundo o viu de outro jeito, o viu como um homem, não apenas como amigo.

 

- Eu devo estar muito doente, com certeza. – Falou consigo mesmo, e bateu o braço na outra extremidade da cama. Mais do que nunca sentiu saudades de Lucas, precisava senti-lo, beijá-lo, fazer amor... Seu corpo esquentou apenas com a expectativa de rever seu amado. Agarrou o travesseiro e inspirou profundamente, sentindo o leve aroma de frutas acalmar-lhe os nervos. Aquela semana estava sendo dolorosa para Luba, não podia entrar em contato com T3ddy, não naquela missão especificamente. Então não sabia quando o moreno voltaria e muito menos se estava bem. Aquilo o corroía por dentro e xingou-se internamente por se dar conta de que, há menos de uma hora, estava a dois passos de... Enquanto seu verdadeiro amor estava, provavelmente, correndo risco de vida.

Deixou com que as lágrimas molhassem o pano macio, se martirizando por ser tão fraco. Não suportaria viver com a ideia de que seria o causador de mais um sofrimento de T3ddy, sabendo que o moreno confiava nele de forma completa.

 

Jamais permitiria uma aproximação daquelas novamente. Jurou a si mesmo que nunca mais deixaria Gustavo lhe afetar daquela forma, mesmo que tenha sido algo tão sutil.

 

Aos poucos entregou-se ao sono reparador com a certeza de que Lucas Olioti era o amor de sua vida.

 

 

(...)

 

 

 

Acordou com o som estridente de seu celular tocando na mesinha ao lado da cama. Abriu os olhos bem devagar, já fazendo careta por ter seu sono perturbado e, muito a contragosto, desenroscou-se do travesseiro de T3ddy e esticou o braço para atender o aparelho sem nem ao menos ver o nome na tela. A voz do outro lado era alegre e surpresa.

 

- Lucas Feuerschütte! É assim que quer ser redator da MIlleniumm, acordando atrasado? – Gabriela Fadel. – Anda, levanta essa bunda daí, estou te esperando aqui embaixo!

- Não quer falar mais alto? Acho que meus vizinhos não escutaram. – Resmungou. Naquelas últimas semanas tinham se aproximado bastante, a garota era muito simpática e a amizade entre os dois fluía tão naturalmente que era como se se conhecessem há anos. Para sua imensa surpresa, soube que ela já morou em Tubarão anos atrás, e se perguntou como nunca a havia visto. Porém Gabriela ficou com o olhar vazio para o nada quando foi questionada pelo amigo, e Luba sentiu que ela tinha uma história na querida cidade, uma história que ainda não estava pronta pra contar.

- Se reclamar eu vou embora e te deixo aí hein?! – Riu e desligou. Luba levantou-se e se arrastou em direção ao banheiro, a cabeça um pouco dolorida, mas sentiu que estava melhor da gripe. Tomou um banho rápido e escovou os dentes. Vestiu a primeira calça que viu, uma camiseta verde musgo e colocou seus óculos de sol quadrado e preto no alto da cabeça. Estava com o coração apertado, a saudade de seu T3ddy estava lhe deixando louco, precisava desesperadamente ter notícias dele.

A lembrança do que aconteceu na noite anterior começou a lhe passar pela cabeça, mas ele a balançou, expulsando-a de lá. Suspirou, frustrado, pegou a carteira e seu celular e saiu do apartamento, com o estômago roncando, já pensando no que iria comer quando chegasse na Milleniumm, agora que sua dieta era restrita.

 

Ao chegar no térreo, cumprimentou o porteiro, e quando saiu já viu a azulada dentro do carro o aguardando. Antes de entrar no veículo, no entanto, viu um vendedor de rosas oferecendo-as para os comércios que haviam ali e teve uma ideia.

 

- Bom dia, meu querido. Pode me ver um buquê de rosas amarelas, por favor? – Pediu ao se aproximar do homem, que sorriu e lhe entregou um lindo ramalhete que continha também alguns botões, além das flores abertas. Luba pagou e agradeceu, entrando no carro em seguida.

- Mas meu amor, não precisava, que coisa linda! – Gabbie brincou. Sabia que não era pra ela, e balançou a cabeça em negação já sabendo de quem se tratava.

- Bom dia, flor do dia! Sinto lhe informar, mas essas flores não lhe pertencem, não hoje. – Abraçou a garota de lado e saíram em direção à revista, não sem antes passar em algum lugar para comprarem café da manhã.

 

Quando chegaram, desceram do carro e caminharam até a entrada do edifício.

 

- E ele deu notícias? – Gabbie perguntou. Luba abaixou a cabeça e negou, sentindo seus olhos queimarem, mas respirou fundo e e ensaiou seu melhor sorriso.

- Não, mas acredito que logo menos ele chega. Você sabe, visitar a família em um lugar tão distante da cidade é assim mesmo. – Mentiu.

- Quando você menos esperar ele aparece, pode ter certeza. – A garota sorriu confiante e entraram na revista.

 

Júlia, já com seu matinal mau humor, revirou os olhos ao vê-los entrar e voltou a digitar em seu computador quando viu as flores nas mãos de Luba, deduzindo que o garoto já ia dar um jeito de puxar o saco da chefe. Como sempre ele veio em sua direção e abriu um lindo sorriso.

 

- Bom dia, Júlia! – Cumprimentou alegre, e a menina respondeu de forma contida. Já havia alguns dias que Luba tentava uma aproximação com a recepcionista, sempre sorrindo pra ela e tentando puxar conversa, mas estava tão acostumada em tratar as pessoas daquela forma que a única coisa que o loiro conseguiu arrancar dela foi um pequeno sorriso tímido quando ele elogiou seus cabelos outro dia.

- Perda de tempo... – Gabbie murmurou, mas ele a ignorou. Luba rodeou o balcão e estendeu as mãos com as flores para Júlia, que o olhou surpreso.

- Sim, são pra você. Sabe, às vezes tudo o que a gente precisa é de gentileza, e eu tenho isso de sobra pra te dar, Júlia. Por favor, aceite.

 

Por um breve momento Luba podia jurar que os olhos da garota ficaram marejados, mas ela disfarçou e pegou o buquê, totalmente vermelha. Adorável.

 

- O-Obrigada, senhor Feuerschütte, mas não precisava. – Por fora era uma rocha, mas dentro de si sentiu seu coração derreter um pouquinho com a surpresa do colega. Ninguém nunca tinha feito algo parecido antes, todos a olhavam de soslaio e evitava qualquer conversa com ela. Mas ele não... Aquele teimoso enchedor de saco não desistia dela.

 

Luba sorriu e piscou pra ela, afagando seu ombro. Saiu de trás do balcão e foi andando com Gabbie para seu departamento, já recebendo vários bom dia calorosos dos colegas de trabalho.

 

 

(...)

 

 

Finalmente. O dia correu devagar, mas divertido como todos os outros. Os três amigos – Gabbie, Castanhari e Luba – saíram pela porta da frente da Milleniumm, já combinando sobre a viagem que teriam que fazer à Londres, na Inglaterra, para dar continuidade ao projeto da revista.

 

- Na próxima semana iremos então. – Felipe disse. Ele era o líder nessa empreitada, junto com Erica e mais alguns produtores da área de entretenimento. Lucas ficava cada dia mais fascinado pela inteligência do co-produtor, que já tinha anos de experiência.

- Amo Londres, vou amar voltar lá. – Gabbie falou já tirando a chave de seu carro da bolsa. Luba já se imaginava no país com seu amor, andando pelas ruas londrinas à noite, tomando café nas deliciosas cafeterias daquela belíssima cidade.

Desceram as escadas da entrada e, ao olhar do outro lado da rua, Luba estacou.

 

Apoiado na lateral do Mustang negro, o moreno estava com os pés cruzados e com as mãos nos bolsos. Vestia uma linda camisa de botões no tom roxo-magenta, e uma calça jeans preta, e sua franja castanha caía por cima de seus óculos de sol redondos.

 

Um lindo sorriso estampava seu rosto. Lucas.

 

Tirando os próprios óculos e o apoiando sobre a cabeça, o coração de Luba parecia que ia sair correndo pela Avenida Paulista. Tudo sumiu ao seu redor e suas pernas fraquejaram, mas não o suficiente para que o impedisse de andar na direção do seu homem.

 

- Luba, o que... – A voz de Gabbie passou despercebida e o loiro apenas atravessou a rua, cada passo fazendo sua ansiedade aumentar.

- Ei... – A voz grossa e rouca ia lhe dizer algo, mas foi impedido ao sentir os lábios rosados chocarem-se contra os seus, em um impulso louco e desesperado. Olioti sorriu surpreso e Luba queria apenas senti-lo, tocá-lo, ter certeza de que estava ali. Agarrou a nuca do moreno enquanto pedia passagem para explorar-lhe a boca, que foi cedida prontamente.

 

Não se importaram com o fato de que estavam no meio de uma avenida movimentada, e muito menos com as pessoas ao redor. Apenas se entregaram naquela bolha de amor, sentindo a saudade ser sanada aos poucos enquanto sentiam o sabor dos lábios um do outro.

 

Naquele momento cada dúvida que havia dentro da cabeça de Luba foi respondida, e dentro de seu peito habitava apenas o sentimento mais profundo e intenso por aquele homem que agarrava sua cintura com voracidade enquanto se beijavam. Ofegantes, afastaram-se e T3ddy mordeu o lábio inferior do outro, fazendo um som manhoso escapar dos lábios de Luba, que em um leve momento de torpor, sussurrou olhando no par de olhos chocolate.

 

- Vamos pra casa?

 


Notas Finais


Talvez saia mais um hoje, não tenho certeza.

Beijos xuxus


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