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História Como Se Livrar De Um Demônio Apaixonado - A vida é imprevisível sim


Escrita por: Myung-

Notas do Autor


Este capitulo ficou grande demais, por isso eu decidi reparti-lo :D (Quem me conhece sabe que tenho nervoso a postar cap com mais de 3000 palavras UHASHUSAUHSUHSAUH')
Então, temos mais dois capitulos pela frente.
Atualizei antes de responder os comentários do ultimo capitulo, mas vou responde-los sem falta! Tem 94 PQP ASUHSHAUHUSAHUSAUHAS' E somos 1667! Gzuis!
AGORA VÃO LER CAMBADA AUHSUHAHUAUH <3

Capítulo 20 - A vida é imprevisível sim


Fanfic / Fanfiction Como Se Livrar De Um Demônio Apaixonado - A vida é imprevisível sim

Um sábio, certa vez, disse que a vida é imprevisível. Eu sempre achei isso uma idiotice, afinal, sou eu quem a controlo, certo? Como poderia ela me surpreender? Mal sabia que a única coisa idiota nessa história era eu.

Deixe-me recapitular como a vida é imprevisível sim.

Olá, sou Jeon Jungkook, o cara mais burro que você já conheceu. Eu era um fodido, com um pai que não se importava comigo e uma má-drasta que nutria um certo desejo sexual por mim. Eu tinha alguns amigos e nós gostávamos, como quaisquer pessoas, de zoar uns aos outros, de sacanear uns aos outros. Toda sexta feira nós nos juntávamos na casa de um membro do grupo, Kim Namjoon, e lá, nós brincávamos de desafiar uns aos outros.

E eu fui desafiado a invocar um demônio.

Eu não acreditava, não fazia a mínima ideia que existia um mundo em nosso mundo, que criaturas espirituais existiam sim. Por isso, desdenhando, eu revirei os olhos e aceitei aquela merda de desafio.

Na semana seguinte, nós fizemos o ritual. Apenas Namjoon não compartilhava da mesma opinião que Yoongi e eu, ele estava como Hoseok que resmungava todo o tempo sobre ter medo por causa do filme A Morte do Demônio, ele sabia que tudo aquilo era real desde o início.

 

Namjoon entregou um cordão para cada um, havia uma pedra clara que parecia ser mágica de tão linda que era. Cada um colocou em seu próprio pescoço e então ele abriu um dos livros que estava sobre a mesa, leu algumas palavras que estavam escritas em Latim. 

O que é isto? — perguntou Hoseok. 

Proteção. — Disse Namjoon quando terminou. — Vai que o demônio queira nos arrastar para o inferno. 

Se ele existe, né. — Completei. 

Vamos ver. — O loiro apoiou suas mãos sobre a mesa e me lançou um sorriso.

Sim, ele sabia. Namjoon sempre soube no que estávamos nos metendo, ele sabia que todas aquelas criaturas eram reais, mas eu estava tão cego no que acreditava que não dei-me o beneficio da dúvida. Desde o início eu nunca quis escutar ninguém, e, por isso, agora estava naquele porão, com todos me encarando com os olhos arregalados.

Não, Jungkook. Você matou ele. Eu sentia como se meu mundo tivesse acabado.

— Eu nunca quis isso...

— Espera um pouco. — pediu Yoongi. — Por que você nunca disso isso a ele? Por que ficou nesses joguinhos de “você tem a chance em suas mãos” e blá blá blá? — sua voz elevou-se. — Vocês, porra, vocês poderiam ter evitado isso desde o início se tivessem dito!

— Não era assim tão simples. — respondeu Taehyung com as mãos juntas. — Jimin não me deixou dizer, nunca entendi o porquê.

De repente, Namjoon correu até seu livro e começou a folheá-lo de forma desesperada.

— Merda, não tem nada aqui que diga algo sobre.

— Não tem nada que possamos fazer, é inútil. — disse Taehyung.

— Mas… E se eu… — suspirei. — E se eu fosse até lá? E se eu o impedisse de entrar?

— Ele está enfeitiçado, Jungkook. — respondeu Namjoon. — Nada do que você fizer ou disser, vai mudar.

— Eu preciso tentar. — encarei o loiro, meus olhos marejados. — Eu cometi um erro, eu preciso consertar.

— Não adianta, não dá mais. — Luci se ajeitou na cadeira enquanto encarava o chão.

— Tem que ter algo que possamos fazer. — disse Hoseok se aproximando da mesa. — Mesmo que tenhamos vinte e cinco por cento de chances.

— A única solução seria a do Jeon, de ir até lá.

Após Namjoon dizer aquelas palavras, todos olharam para mim, inclusive Taehyung. Antes que eu pudesse pronunciar algumas palavras, escutei a porta do porão ser aberta de forma violenta e em seguida passos fortes descendo as escadas. Quando olhei em direção ao fim desta, lá estava o outro ser espiritual que havia ajudado a virar minha vida de cabeça para baixo. Ele me encarava com os olhos marejados, vermelhos e com os punhos fechados. Eu me senti minúsculo naquele momento.

Mas Seokjin tinha razão em querer me matar.

— SEU FILHO DA PUTA!

Ele estava pronto para voar em meu pescoço, sua velocidade era sem igual e eu não sabia o que fazer, apenas fiquei paralisado. Quando fechei meus olhos já esperando o que estava por vir, apenas senti um pequeno vento acariciar meu rosto e quando voltei a enxergar, Taehyung estava parado em minha frente.

— Saia, Taehyung! — o Kim deu um passo em sua direção. — Eu vou matá-lo!

— Seokjin, você não vai fazer nada. — respondeu o loiro.

Eu estava quase tremendo de medo.

— Você ainda o defende? Você sabe o que ele fez? O Jimin também me ligou, ele me avisou que esse aí ia se livrar dele. — sua voz vacilava vez ou outra. — Você ainda vai defendê-lo? Eu não acredito nisso!

— Sim, Jimin pediu para que eu cuidasse dele e tenho certeza que te pediu o mesmo.

— Eu não vou honrar esse pedido, me recuso. Eu vou é quebrar a cara desse babaca, eu vou fazer ele ficar em pedacinhos.

— Eu… — tentei falar, mas minha voz parecia estar engasgada.

As lágrimas já estavam rolando de forma desesperadas por minhas bochechas.

— M-Me desculpem, eu não queria isso! — finalmente consegui falar. — Eu estava cego pela raiva, pelo ciúme, eu me deixei levar. Eu nunca quis que ele morresse, eu só achei que se o Jimin fosse embora, ficaríamos bem. Não iriamos mais nos machucar.

Um silêncio mortal se instalou naquele porão, apenas meus soluços ecoavam.

— Se vocês soubesse o quanto meu coração doí, o quanto estou arrependido. Por Deus, eu queria morrer no lugar dele!

Levei minhas mãos aos meus próprios cabelos e os segurei com força.

— É por isso que eu quero ir até ele, que eu quero vê-lo! — pedi entre meus soluços. — Eu preciso tentar, não posso conviver com esse fardo. Ter entregado a morte a pessoa que mais amei nessa vida.

Pude apenas escutar um suspiro cansado do Lúcifer.

— Eu preciso tentar… — pedi.

Todos permaneciam quietos, apenas encarando o chão, até que Taehyung se pronunciou.

— Os espelhos são os nossos portais para o mundo carnal, sempre que precisamos vir aqui, usamos os espelhos. Basta apenas recitar algumas palavras.

Dito isto, o loiro virou-se para mim.

— Você irá até o seu quarto, que foi onde estava com Jimin e olhar para o seu espelho. — mexeu suas próprias mãos. — Depois, você recitará as palavras que te ensinarei e isso vai levá-lo aos portões do inferno ou próximo deles.

Apenas assenti. Apesar de parecer um tanto tranquilo, meu corpo estava arrepiado e estava nervoso demais. Taehyung me contou tudo o que eu deveria saber e após disso pôs suas mãos em meus ombros.

— Jungkook, se não tiver mais nada a se fazer, não faça nenhuma idiotice e o deixe ir.

— Eu não desistirei, farei qualquer idiotice para trazê-lo de volta. — respondi o mesmo que me encarou surpreso.

Dito isto, ele apenas deu um pequeno tapa em meus ombros e me soltou. Eu respirei fundo antes de olhar para todos e meus amigos vieram até mim para me abraçar, enquanto Taehyung e Seokjin apenas observaram.

— Não faça nenhuma estupidez, Jeon. É sério! — pediu Yoongi.

— Volte para nós. — disse Hoseok.

Namjoon apenas deu um beijo no topo de minha cabeça enquanto apertava todos nós, como se fosse nosso pai, o que não era mentira. Ele era chato as vezes, mas sempre se importava conosco.

Eles me soltaram dando espaço para que eu passasse, caminhei em direção a escada, mas ao passar por Seokjin, eu parei. Meu olhar, que estava baixo, foi até ele, o encarei com seriedade.

— Eu o trarei de volta, eu prometo.

— Só desfaça essa merda. — respondeu com os braços cruzados e eu apenas assenti.

Girei os calcanhares e voltei a andar em direção a escada, enquanto apertava a beirada de meu casaco.


 

(…)


 

Saltei correndo do metrô, subi as escadas da estação de forma rápida, vez ou outra tropeçando e batendo o joelho nos degraus. Algumas pessoas me olhavam, sem entender o porquê de meu desespero, mas este tinha um nome, sobrenome e estava a caminho da destruição.

Ao sair da estação, atravessei as ruas de forma desleixada, sem olhar por onde ia e parando alguns carros. Corri pelas calçadas até a minha casa que não era muito longe dali. Abri a porta sem qualquer cuidado, o escritório de meu pai parecia estar acesso, não prestei muita atenção. Subi os degraus com minha visão embaçada devido as lágrimas, era um misto de tristeza, desespero e esperança.

Porque eu tinha esperança que conseguiria salvá-lo e me agarrava a ela mesmo ainda tendo um pouco de dúvida.


 

Eu espero que vocês tenham tido um bom motivo para terem me chamado aqui. 

Girei os calcanhares, a voz vinha de trás de mim. Meus olhos se arregalaram quando me virei, havia um homem ali de cabelos ruivos e roupagem justa preta, lembrava muito um gogoboy ou michê. Ele era bonito, na verdade, não pude deixar de reparar. Era bem diferente do que eu esperava.

MUITO. 

Quem é você? — Perguntei meio nervoso. 

Sou Park Jimin, o demônio que você invocou.


 

Respirei fundo ao chegar a porta de meu quarto, a pressa parecia ter acabado e só restou o medo. Medo do que aconteceria ao abrir aquela porta, ao entrar naquele espelho, medo do que eu presenciaria.

Mas o medo de perdê-lo para sempre era ainda maior, então eu tinha que ser forte. Por ele.

 

As respostas são essas: a primeira é A, a segunda E… — Ele disse-me todas. 

Não posso fazer isso, Jimin. É trapaça. 

— Jeon, não é hora para ser um santo. — Ele se sentou na cadeira vaga ao meu lado. — Anota isso logo. 

Mas… 

Você prefere reprovar? 

Não. 

Então anota logo! 


 

Eu fechei os olhos por uns segundos e depois os abri, minha mão girou a maçaneta de forma lenta e eu abri a porta. O quarto estava como quando eu sai, no mesmo jeitinho, exceto pelas flores que estavam sobre a cama.

As flores que eu recusei de forma fria e rancorosa.


 

Se você quiser, eu posso ser seu amigo. Sei que não sou um “Senhor de algo”, mas se quiser, sei lá, extravasar, tocar o terror, conversar, desabafar. Eu estarei aqui. — Ele me olhava atentamente. — Não quero ser apenas um mestre.  

Park nada respondeu, apenas ficou me observando com os olhos arregalados por um tempo, talvez não tivesse tão acostumado com as pessoas fazendo algo por si além de Lúcifer. Ele continuava quieto me observando e então o demônio abriu um pequeno sorriso enquanto assentia com a cabeça.

Jimin apertou de leve a minha mão que segurava a dele.
 

Olhei para o espelho e era como se ele me olhasse de volta. Eu estava nervoso, tenso e minhas mãos estavam geladas. Me aproximei do vidro e o toquei, era como se eu sentisse sua presença com aquela ação e por um momento meu peito se encheu de esperança outra vez, minha mente gritou dizendo que tudo ficaria bem.

 

 Estava feliz por ele estar feliz.

 Park me puxou e como eu estava distraído, nem tive tempo de recusar. Começamos a dançar juntos, bem próximos, quase colados. Ele me encarava, fixamente e eu vacilei, ficando envergonhado por seu olhar intenso. Logo ele riu ao me ver corado. Nossos passos eram sincronizados, como se já tivéssemos dançados juntos milhões e milhões de vezes.

 Era louco como tudo ultimamente, entre nós, estava tão sincronizado. Como se nós já tivéssemos vivido esses momentos milhões e milhões de vezes.

 Os olhares grudados, os passos sincronizados e os corpos juntos enquanto a pista de dança sumia ao nosso redor.

 

Eu recitei as palavras enquanto tocava o vidro, os olhos fechados. Quando os abri, a cor do espelho havia mudado, uma coloração branca e eu vi que era ali a minha deixa.

— Por favor, esteja bem. — sussurrei enquanto forçava meu corpo contra o portal que me engoliu rapidamente.

Abri meus olhos, estava de pé em um cruzamento em uma estrada de terra, estava no meio dele. Havia quatro estradas me cercando e todas elas eram largas, o céu era escuro, mas não como a noite. Não havia estrelas, não havia lua, era negro e sem detalhes.

Em uma dessas estradas, pude ver, no horizonte, um enorme portão. Estava bem longe de mim, muito mesmo, parecia que o lugar que eu havia aparecido era como o início daquela longa estrada, não sei. Ou devia ter muito mais.

Comecei a andar a passos rápidos em direção ao portão, quanto mais eu andava, parecia que nunca chegava. Era como se ficasse distante a cada passo que eu dava. Depois de alguns minutos, o desespero foi tomando conta de mim e isso fez com que eu começasse a correr. Logo as lágrimas também vieram e, em meio a uma fraca cegueira devido ao choro, eu pude ver que estava me aproximando.

Respiração acelerada, pernas já um pouco cansadas, eu tive que parar por uns instantes e foi ai que me apoiei em meus joelhos. Enquanto normalizava minha respiração, pude escutar algo ecoar.

Por quê…? — novamente.

E fiquei ereto novamente, olhando em volta, tentando achar o dono daquela voz.

Não continue.

Não conseguia encontrá-lo.

— Você irá se arrepender.

Não, eu já estava.

Você não vai conseguir.

— Não!

Você vai assisti-lo morrer.

— Não, eu vou conseguir!

Após dizer isto, eu voltei a correr e então as vozes pararam de ecoar. Taehyung havia me avisado sobre isso, que o inferno brincaria com minha mente, já que eu era um humano e quanto mais fosse me aproximando dos portões, seria ainda mais perigoso.

Senti o medo tomar ainda mais conta de mim quando o cheiro de enxofre estava se fazendo presente.

A cada passo, a cada respiração, meu desespero ficava ainda mais nítido. Eu ainda não havia encontrado-o, mas conseguia ver os portões e estes estavam muito próximos.

E foi então que meus olhos arregalaram-se, que meu coração parecia que havia parado e minhas pernas também.


 

— Eu não deixarei você cometer o mesmo erro que eu por algo fútil. Jamais.

— Não é algo fútil, Jimin. Eu gosto da sua companhia, de verdade. Não quero que mais cedo ou mais tarde você decida ir e nunca mais volte.

— Você não deveria ter esse medo idiota. — Park desfez um pouco o abraço para que pudesse me olhar.

Ficamos a alguns centímetros de distância, seus olhos eram mais brilhantes de perto. Já estava mais do que corado.

— Eu gosto de você, Jungkook. — tocou uma de minhas bochechas. — De verdade, eu me senti muito bem quando estou contigo. Você fez acender sentimentos dentro de mim que nunca haviam sido explorados, me sinto mais humano ao seu lado. Não há porquê ir embora.


 


 

Ele estava ali, há alguns metros de mim, com suas roupas sujas e desajeitadas, os olhos tomados pelo mesmo preto dos céus. Suas unhas grandes como garras.


 

Eu vou te mandar de voltar, Park. — respondi, quase cuspindo toda aquelas palavras com um orgulho tremendo.

Como se estivesse feliz por vencer aquela discussão. Não pude hesitar em mostrar um sorriso vitorioso, mesmo as lágrimas escorrendo por minhas bochechas.

Que morreu logo em seguida.

Ah, então vai em frente.

Como assim, vai em frente? — perguntei confuso. — Você não vai me impedir? Não vai implorar?

Não. — respondeu sério.

Eu estou falando sério, eu não vou hesitar.

Então faça, Jungkook.

Eu farei. — funguei e então girei os calcanhares, indo em direção a porta.

Eu só irei te pedir uma coisa. — parei ao escutar sua voz. — Nunca se esqueça do que eu lhe disse naquele quarto na casa de praia, foi verdadeiro.

 

E, por um instante, eu… Eu quis morrer por tê-lo colocado ali.

Logo eu voltei a correr, estávamos próximo dos portões, Jimin parecia longe e sem a menor perspectiva. E, sem pensar duas vezes, eu o agarrei por trás de forma desesperada, forçando-o a parar.


Notas Finais


Iai, já que estamos na reta final e tivemos alguns flashbacks, me digam qual foi a sua parte preferida na história! haha' Para mim, sem duvidas, foi a do "Senhor Capeta" e a dos discos de vinil. Nossa, vou sentir muitas saudades <3

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