- Kenma?
Kenma virou-se para Kuroo, parado ao lado da porta.
- Quando foi que você conseguiu trazer um console inteiro?
- Eu tenho meus jeitos – Kenma respondeu apenas, e Kuroo deu de ombros. Estivera ouvindo barulhos estranhos desde uma meia hora antes, e agora que foi ao quarto de visitas que Kenma estava hospedado, descobriu que eram apenas os efeitos especiais do videogame.
- Quer jogar comigo? – Kenma perguntou, acenando para a tela e o console.
- Eu preciso estudar – Kuroo respondeu, e Kenma fez uma cara de emburrado e incrédulo. – Mas claro, eu fico aqui uma meia horinha. Tem outro controle?
- Acho que não...
- Nem, não faz mal – Kuroo sentou-se na cama ao lado de Kenma, sentindo o colchão afundar. – Eu vou só assistir então. Nunca fui o melhor nesses jogos que nem você, de qualquer jeito.
Kenma mexeu nos botões do controle, arrumando o headset na cabeça, começando a falar; Kuroo permaneceu em silêncio enquanto o jogo começava, exibindo uma tela chique em 3d com personagens humanoides.
- Se for pra escolher um, escolhe a Arqueira – Kenma disse no fone, e Kuroo correu os olhos pela interface. – Isso. Agora vai...
Kenma clicava nos botões do controle do PlayStation com uma velocidade impressionante, às vezes fazendo barulho devido à força aplicada.
- O objetivo, Kuroo, é derrotar o time inimigo e destruir as torres pra chegar no Cristal principal, chamado Nexus – Kenma explicou, afastando o fone do headset, e sinalizando com o rosto para o mapa no canto da tela. – Um jogo PvP, cinco jogadores em cada time, e tem as magias também.
- Magias tipo o quê?
- São diferentes pra cada herói, cada personagem, mas um exemplo é essa aqui – Kenma apertou um conjunto de botões e a personagem na tela disparou uma enorme flecha colorida, acertando uma horda de monstrinhos vermelhos que se aproximavam.
- Legal...
O jogo continuou, Kenma de vez em quando dando um conselho ou fazendo um comentário no headset, e Kuroo foi involuntariamente se aproximando conforme o jogo ficava tenso. Não soube exatamente quando foi que seus braços foram parar ao redor da cintura de Kenma, mas ele não parecia reclamar.
- Vamo’ lá, qual é... Só mais um... Pouquinho! Uhul!
Ao destruir o enorme cristal vermelho, a tela mostrou um letreiro dizendo ‘’Vitória’’ em letras azuis e douradas. Kenma tirou o headset e começou a comemorar e rir sozinho, sem nem se dar conta de Kuroo bem atrás dele. Kuroo começou a brincar com os dedos na barriga de Kenma, apoiando o queixo em um de seus ombros.
- Ahaha—Ah! Kuroo, n--! Hahahahah ~
Era errado pensar que Kenma parecia um anjo, tão sorridente assim?
Kenma acabou deitado naquela cama, rindo tanto que seus olhos marejaram, e Kuroo começou a rir também.
- Ahah—Ahh... Chega, chega—Hahah!
- ...Faz um tempo que eu não te vejo rindo assim... – Kuroo comentou enquanto limpava os olhos marejados de Kenma, o menor ainda sorrindo. As próximas palavras de Kenma foram sussurradas, quase inaudíveis, mas Kuroo as guardaria para sempre no coração.
- Acho que é só com você que eu rio assim, Kuroo...
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