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História Como tudo começou - para Vegeta - O casamento - Parte I


Escrita por: ksnrs

Notas do Autor


DBZ não me pertence e seus personagens também não.
O intuito dessa fanfic é totalmente interativo e sem fins lucrativos.
Por isso, não me processem, por favor. Não tenho como pagar uma fiança e da cadeia não dá pra postar.

Já tá dando pra juntar os pedacinhos.
Todo mundo já sacou o que vai acontecer.
Basta saber como.

Eu já sei! kkkkkkkkkkkkkk

Boa leitura!

Capítulo 80 - O casamento - Parte I


O caminho que percorreram pra chegar até a Cidade Satan era conhecido. Tinham feito o mesmo na noite anterior. Mas hoje, sei lá, tava mais bonito. Pelo menos Bulma achou.

Por serem os padrinhos, era de bom tom que chegassem mais cedo. Por isso, quando saíram de casa, na Capital, era final da tarde. Com quase uma hora de viagem pra chegar até o salão onde seria realizada a cerimônia e a festa, ela conseguiu ver, perfeitamente, o encerramento daquele dia que tinha sido tão... diferente. Sentada no banco passageiro, já que Vegeta pilotava, pela dificuldade dela em fazer isso com os saltos, Bulma via os raios alaranjados invadindo as nuvens, rasgando-as, como as rajadas de ki que ele e os amigos dela soltavam quando estavam lutando. E essas nuvens absorviam parte da cor, se escurecendo em partes mais afastadas, já abraçando a escuridão da noite. As árvores, tremulando, com as folhas amarronzadas pelas sombras do crepúsculo, reverenciando a passagem dos três. O sol, ao fundo, se despedindo, triste, por ter que abrir mão desse dia tão único, quando ela ouviu da boca de seu sayajin que ele queria estar perto dela. Então, olhando pra fora, pro céu vermelho, Bulma deu um sorriso satisfeito, sem som. Apenas os lábios se mexeram, achando aquilo tudo tão bonito.

- Que foi? – Vegeta perguntou com a voz suave, diferente do normal, tirando Bulma tranquilamente daquela contemplação serena.

Ela voltou a sorrir. Aí se virou pra ele. Com o mesmo sorriso.

- Não sei. Um pressentimento.

Ele ficou tenso. Mas tentou não transparecer.

- Pressentimento? De quê? – perguntou, tentando parecer o mais calmo e indiferente possível. Ao mesmo tempo, colher informações se ela sabia sobre o plano dele.

Bulma se arrumou no assento, saindo daquele estado de torpor. Mas ainda estava feliz. Olhou pra ele com os olhos mais doces que tinha.

- De que nada na minha vida pode melhorar, sayajin. – Aí olhou pra cima, pensando melhor. – Melhor: eu tenho o pressentimento de que eu sou a mulher mais bonita, mais inteligente e mais feliz do mundo! – e deu uma risada gostosa. Há tempos não usava o bordão de Bulma Briefs. Mas agora, tinha o adendo de ser a mais feliz.

Vegeta riu de volta. Em silêncio, pensava: “Não, se depender de mim, minha Bulma! Se ficar na minha mão, ainda dá pra melhorar!” – e a olhava com os olhos mistos de amor e dissimulação.

Quando chegaram no local, já foram recebidos, animadamente, por Goten, que estava ansiosíssimo à espera de Trunks. Ao desceram, Vegeta chamou o filho de canto.

- Trunks, presta atenção no que eu vou falar: isso é uma festa. Não fica com essas coisas de inseto por aí. Você é um príncipe, filho do príncipe dos sayajins! Tem que se comportar como um, tá me escutando? – a voz grave, em tom de ordem. – Se eu te ver correndo ou se enrolando com esse moleque antes da festa acabar, a gente vai conversar sério em casa. – e estreitou os olhos pro menino entender bem do que ele tava falando.

Trunks engoliu uma saliva. Ele lembrava de quando o pai nem ligava pra ele. Nesse segundo, fez uma comparação mental pra saber se preferia antes ou agora. Não chegou à uma conclusão lógica. Concordou com a cabeça, os olhos arregalados. Era uma ameaça clara, ele tinha entendido. Virou pra mãe.

- Faço minhas as palavras do seu pai, filho. Você tá tão bonitinho... – e deu uma olhadinha de longe, sorrindo pro garoto. – Estraga essa roupa pra você ver se eu não estrago você, quando a gente chegar em casa! – e terminou sorrindo um riso meio louco, que conseguiu deixar Trunks mais assustado do que o olhar intenso do pai. Ele concordou de novo. Foi se afastando devagarzinho. Nem Goten abriu a boca. Saiu meio de lado, sem fazer barulho. Nem um, nem outro, achou bom correr.

- Acho que ele tem mais medo de você do que de mim. – Vegeta concluiu, depois de ouvir a ameaça de Bulma. Até ele tinha ficado meio cabreiro.

Ela riu, gargalhou.

- Como se eu fizesse alguma coisa... – e revirou os olhos. – É só da boca pra fora. Eu tinha que manter uma postura, né, V? Nem sempre você tava por perto, pra ajudar, como agora... – o tom tinha uma certa reprovação.

Ele sabia disso. Sorriu um sorriso amargo, concordando com o que tinha ouvido. Deu o braço pra Bulma se apoiar e foram em direção ao lugar.

Cerimônia e festa seriam realizados no mesmo lugar. No campo, uma espécie de casa no lago. Tudo já estava lindamente decorado, com lanternas de papel pendendo de um lado a outro pelo ar. Os troncos das árvores, enfeitados com luzes pequenas, amarelas. No meio do descampado, uma tenda, muito grande foi montada. Lá, estavam dispostas cadeiras brancas em uma área, com uma espécie de reservado, onde os noivos trocariam os votos, e os convidados assistiriam à tudo. No resto do espaço, um tablado grande, que é onde se daria a recepção. O ideal em espaços assim é que a festa não se restringe à um só lugar. Toda a área verde era passível de ser utilizada e, nela, também tinha decoração com flores e idealizações voltadas pras crianças. Simples, bonito, romântico.

Vegeta e Bulma caminharam entre aquelas luzes, analisando, em silêncio, todos esses detalhes. Esse casamento fez parte da rotina deles nesses últimos meses e, querendo ou não, estar ali, agora, era o encerramento de um ciclo. Só os dois, sob a noite que começava a cair, vendo os frutos do “trabalho” de ambos: a dança de Bulma e o conselho de Vegeta.

Já perto do deque que levava ao lago, iluminado pelas pequenas luzes, Vegeta parou. Apontou pra cima.

- Igual o seu vestido. – e sorriu, ao ver que Bulma acompanhou o movimento do dedo com os olhos.

Ela tinha adorado essa ideia de vestir o céu. Mas quando olhou pra cima, não pode concordar mais. Era literal, o que ele tinha dito. Realmente parecia. O azul do vestido de Bulma não era claro. Era um tom diferente, entre o médio e o escuro, quase um cinzento. E os cristais, conforme ela se mexia, refletiam as luzes, brilhando sem parar. Pequenas estrelas cintilantes. Quando olhou de volta pra Vegeta, encontrou os olhos mais apaixonados que já tinha visto.

- Igual ao meu vestido. – repetiu, concordando com ele. Tanto na afirmação, quanto no amor. Se aproximou devagarzinho. Olhou pros lados discretamente e parou, bem próxima a ele. Vegeta percebeu isso. Tanto o movimento de se aproximar, tanto o de parar. Ela ainda estava confusa, preocupada. Não estava a vontade. Riu, em pensamento, da ironia. Agora, era Bulma que não se aproximava dele em público. Respirou fundo. Deu um passo longo em direção à ela e a abraçou, colocando o braço todo em volta do corpo frágil e bonito de sua terráquea. A outra mão, colocou no bolso, remexendo o que tinha lá dentro. Quanto mais colocava a mão naquele objeto, mais sentia que era o certo a se fazer. Deu um sorriso sincero, que Bulma nem viu. Ficaram ali, alguns minutos, até serem cortados pela voz gritada de Mr. Satan.

- Bulma! Graças à Kami! – o homem gritou vindo em direção à eles. Já recebeu o olhar de ódio de Vegeta e deu uma vacilada. – Eu estou atrapalhando alguma coisa?... – perguntou, amedrontado, ao ver os olhos negros o fuzilando.

Bulma se soltou do braço de Vegeta rapidamente, como se tivesse sido flagrada fazendo algo errado. Se recompôs e o respondeu:

- Claro que não, Satan! O que houve? Por que essa gritaria? – ainda tava meio assustada.

- Videl... – ele baixou os olhos. – Ela está muito nervosa... E eu... eu não sei como ajuda-la. – terminou, chateado. – Esse é o momento em que uma garota sente falta da mãe, não é? – olhou pra Bulma, com um sorriso constrangido. – Você poderia, por favor, ir falar com ela? – pediu, em tom de súplica.

Bulma se compadeceu. No início quis ficar ofendida. Não era tão velha assim... Mas entendeu o que ele quis dizer. Deu uma olhadinha pra Vegeta. Depois olhou de volta a Satan.

- Vamos lá! Onde ela está? Na casa? – ele concordou, aliviado, com a cabeça.

Vegeta perguntou à ele por Gohan. O homem informou que ele também estava na casa, em outra acomodação. O sayajin foi falar com ele. Era a hora do rapaz entrar no plano. Entrou no lugar procurando o ki do garoto. Foi fácil achar. Além de ser um maldito de um moleque poderoso, o imbecil do Kakaroto tava junto. Isso ia atrapalhar um pouco, mas ele dava um jeito. Entrou no quarto do jeito de sempre. Sem bater, sem avisar. Sempre que fazia isso, se deparava com situações, no mínimo, curiosas.

- Mas que merda tá acontecendo aqui?! – perguntou, apavorado, vendo pai e filho, todos enrolados com a roupa, só de cuecas, sem saber nem por onde começar a se vestir.

Gohan, nervoso como nunca, já jogou a calça no chão com força.

- Eu não consigo vestir isso. Não sei pra quê?! A Videl inventa cada coisa... – e bufou, irritado.

Mas o Goku viu uma oportunidade.

- O Vegeta sabe! – gritou, animado. – Ele ensina! Olha lá, como ele tá bonitão! – e o apontava, fazendo o sayajin rosnar. Gente, como ele detesta esse Kakaroto.

Vegeta fechou a porta. Respirou fundo. Precisava do Gohan casando pra poder fazer seu plano funcionar.

- Levanta, moleque! – deu a ordem. Gohan não levantou. Só o olhou de cara feia. – Que que é?! Vai casar de cueca?! E não me olha de cara feia não, que a minha é bem pior! – excelente argumento.

Goku caiu na gargalhada. Parou quando os dois o olharam bravos. Aí ficou quietinho.

- E você, seu idiota, vê se aproveita pra se vestir também! – Vegeta deu a ordem. Começou a organizar, tipo um maestro. Primeiro este, depois aquele, agora esse aqui, por fim esse. Pronto! Uma crise a menos. Em questão de minutos estavam os dois arrumados.

Gohan se acalmou. O sorriso tranquilo, de sempre, se colocou de volta no rosto. Já tava todo bonitão, pronto pra casar. Empolgado, feliz, animado, apaixonado. Milhões de adjetivos poderiam descrever o rapaz nesse momento. Então, Vegeta chamou ele de canto:

- Moleque, eu preciso de uma coisa. – falou, sério, e ficou o encarando. Era sempre assim. Ele falava que precisava, não falava o quê e queria que os outros adivinhassem.

- Vegeta, se eu puder te ajudar, eu até faço. Mas eu preciso saber o que é primeiro, senão... – foi interrompido pela voz estridente de Goku.

- O que vocês estão cochichando aí? – sempre feliz, sempre animado. Queria saber também.

Vegeta já rosnou. Precisava dar um jeito de sumir com ele de lá. O desconforto dele foi tão visível, que Gohan percebeu.

- Pai, você pode ir ver se tá tudo bem com as garotas? – pediu, olhando diretamente à Vegeta, que entendeu que o rapaz fez isso mais por ele do que pelas moças.

- Eu não! Sua mãe tá mais brava que o normal, hoje! Ela já me ameaçou umas mil vezes... – foi interrompido por Vegeta.

- Tem comida lá. – falou direto.

Goku analisou um segundo. Depois chegou a conclusão de que valia a pena ir até ela. Saiu rapidinho. Aí, tranquilo, Gohan se virou pra Vegeta.

- O que é? Do que você precisa? – a voz de Gohan era um tanto preocupada. O Vegeta vem te pedir uma coisa. Você acha que é coisa boa? Ah, tá.

Ele andou pra lá. Andou pra cá. Tomou coragem. Precisava fazer isso e precisava ser o Gohan. Enfiou a mão no bolso do paletó e tirou o cartão de memória.

- Eu preciso que você coloque essa música pra tocar. – falou de uma vez, em um fôlego só.

Gohan ficou olhando aquilo, sem entender.

- Que horas? Agora? – falou, numa boa.

- Não, seu imbecil! No casamento. Sei lá que horas. – e continuou andando de um lado pro outro.

O bom do Gohan, é que ele é esperto. Sacou tudo.

- Só confirma com a cabeça se eu tiver certo: essa música que tá aqui – e mostrou o cartão – é pra você e pra Bulma, e você quer que seja tocada em um momento especial. É isso? - Vermelho que nem um pimentão, Vegeta concordou com a cabeça. Ele tava certo. – Tudo bem, Vegeta. Eu faço isso com o maior prazer. – e colocou o cartão no bolso.

Vegeta acenou com a cabeça. Então, respirou fundo. Muito fundo. Tinha mais uma coisa pra acertar e aí, dependeria só dele. Pela primeira vez, ele teve a certeza de que quando estivesse nas mãos dele, daria tudo certo. Tava quase relaxado, quando viu Goku entrar pela porta.

- Não tinha comida lá, Vegeta! E a Chichi gritou comigo, como se não houvesse amanhã! – Goku ralhou.

Vegeta deu uma risadinha. “Acho é pouco!” – pensou. Deu uma última olhada pra Gohan, que devolveu o olhar cúmplice e saiu. Destino: Trunks.

Era tentador ver aquele homem andando pelos corredores com aquela roupa chique. Os passos fortes, os ombros largos, o vento se abrindo no meio pra ele passar. O rosto sério, buscando alguma coisa. Os olhos fechados, concentrado em alguma coisa. O ki do filho. Quando achou, dobrou o corredor entrando em um outro, lateral, sem nem precisar olhar pra ver se tinha alguma coisa que obstruísse a passagem. A determinação de um soldado que marcha em direção à batalha. Encontrou Trunks e Goten em uma espécie de pátio, conversando animadamente.

- Trunks, vem cá! – chamou, quando entrou no lugar. Os dois vieram. Vegeta se abaixou e colocou a mão no bolso. – Trunks, eu vou precisar da sua ajuda em uma coisa muito importante! – falou, segurando a mão fechada.

- O que o senhor tem aí? – Goten perguntou, curioso.

Vegeta nem tinha reparado no menino. Mas quando ouviu a pergunta, não viu nem o garoto. Viu Kakaroto. Era igualzinho. Impertinente do mesmo jeito. Fez a pior cara que tinha e berrou:

- Não te interessa, moleque sem educação! Some daqui! – Goten, com os olhinhos arregalados, saiu rapidinho, correndo pro outro lado, sendo seguido pelos olhos furiosos de Vegeta. Trunks também ficou esperto. Não queria um grito daqueles. Mas com ele, Vegeta falou mais baixo. Não tranquilo, já que sua voz era tensa: - Presta bastante atenção no que eu vou te falar agora. – e encarava o filho profundamente. – Você vai fazer uma coisa durante o casamento.

Trunks ficou curioso. Ao mesmo tempo, ficou preocupado. A mãe tinha falado mil vezes que, durante a cerimônia, ele devia ficar imóvel, ao lado dela, sem nem respirar. Se ele fizesse qualquer coisa, ele estaria perdido. Olhou pro pai em dúvida: obedecia os olhos negros ou os azuis? Viu Vegeta abrir a mão, que estava até branca de tanto apertar uma coisa.

- Tá vendo isso aqui? – e mostrou o anel na palma suada. – Quando eu te der um sinal, você vai entregar ele na mão da sua mãe, sem ninguém ver. – Encarou o menino, que tinha uma expressão séria. – Trunks, você tá me entendendo?

- E se ela ficar brava comigo? – o garoto perguntou, preocupado com os avisos prévios da mãe.

- Não vai. – Vegeta respondeu, tentando tirar as dúvidas que ele tinha. Colocou o anel no bolso do paletó de Trunks e o segurou, colocando as mãos nos bracinhos do menino. – Você não pode perder isso, filho. – E o encarando com os olhos mais corretos que tinha, encerrou: - Você é a pessoa perfeita pra fazer isso.

Trunks não sabia porque era a pessoa perfeita. Naquele momento, achou que era porque estaria ao lado da mãe. No futuro, entenderia que era por outro motivo. Concordou com a cabeça. Ia ajudar!

- Ótimo! – Vegeta disse, satisfeito, se levantando. – Não perde e presta atenção em mim. Quando eu te fizer um sinal com a cabeça, entrega pra sua mãe. Certo?

- Certo! – o garoto confirmou.

O último ponto estava alinhado. Agora, era só esperar que cada um deles se cruzassem, ligando tudo da maneira mais perfeita possível. Tão tranquilo quanto podia estar, Vegeta saiu dali. Tava ansioso pra esse maldito casamento começar de uma vez. Foi caminhando, devagar, em direção ao lugar onde Gohan estava. Nem sabia porque estava indo pra lá, mas não tinha outro lugar pra ir mesmo. Então a viu. O seu pedaço de céu. Lá longe, rindo de alguma coisa que alguém tinha falado. Aquela risada alta, vulgar, escandalosa de sempre. Do outro lado do corredor, junto com outras mulheres que, provavelmente, estavam ajudando a garota. Incrivelmente bonita, arrastando aquele vestido azul pelo chão. Afogando todo mundo naqueles olhos que pareciam o mar noturno. Ele parou um minuto, olhando-a de longe, vendo, de novo, a forma como ela conduzia as coisas. Novamente comparou sua calma com a de um general prestes à ir pra batalha. Como tudo se tornava simples depois do toque de Bulma. Como tudo era simplório, se comparado à Bulma. E ali, a observando, a admirando, viu seus olhos azuis se virarem pros dele. Viu o sorriso discreto aparecer de longe. Um leve rubor na face, por ter sido pega sendo tão espontânea. Não fez menção de ir até ele, nem ele de ir até ela. Apenas se cumprimentaram, levemente, docemente, com um aceno de cabeça e um sorriso. Um último olhar e ambos seguiram seus caminhos.

Quando chegou ao quarto onde Gohan estava, Vegeta nem percebeu que carregava um sorriso no rosto.

- Você tá com uma cara muito estranha, Vegeta... – lançou no ar, Goku. Logo, o sorriso do outro se desfez. Era incrível a capacidade de Goku pra irritá-lo.

- Ah, cala essa boca, seu verme. – já rosnou, Vegeta, querendo cortá-lo por ali mesmo.

- Eu sei porquê você tá assim. – ele falou, tranquilo de tudo. Vegeta já olhou apavorado pra Gohan, que fez sinal de que não tinha dito nada. – Eu vi a Bulma. Ela tá linda! – falou, até animado demais.

Por um lado, Vegeta se tranquilizou. Não tinha sido descoberto. Por outro, se irritou.

- Sabe, Kakaroto, se você soubesse a raiva que eu tenho de você, você não ficava me enchendo a paciência desse tanto.

Goku e Gohan riram. Vegeta rosnou e cruzou os braços.

- Não precisa ter ciúme, Vegeta! – Goku falou, tirando uma com a cara dele. – A Bulma é minha amiga. E ela não é tão bonita quanto a Chichi. – encerrou, argumentando os pontos dele.

Aí o Vegeta que riu.

- Se você diz... – com um sorrisinho irônico no canto da boca. Goku não entendeu. Mas não gostou da cara dele.

Gohan, pressentindo um início de confusão, olhou agradecidamente no relógio e constatou que a hora tinha chegado.

- Bom, é isso! – falou, respirando fundo. – Tá na hora! – olhou pros dois e recebeu olhares diferentes, mas ambos incentivadores.

Saiu, escoltado pelos dois sayajins. Se encaminhou pro lugar onde seria a cerimônia. Os convidados já haviam chegado e se sentado nas cadeiras que estavam dispostas no lugar. Todos viram, encantados, aquele moço tão jovem, preparado pra se casar e ansioso pra receber uma outra menina, também tão jovem quanto ele. Mais amor do que isso, ninguém nunca tinha visto. Gohan esperou, sozinho, naquele pequeno reservado, uma espécie de altar, enquanto Goku e Vegeta se encaminharam pra entrada da tenda, pra acompanhar suas respectivas parceiras.

Houve uma pequena organização prévia: Maron, filha da androide e de Kuririn, entraria na frente de todos jogando flores. Depois, Chichi e Goku, junto com Goten. Seguindo, Bulma e Vegeta, junto com Trunks. E, finalmente, Videl, linda, de noiva, de braço dado com Mr. Satan. Lá na frente, Chichi, Bulma e Trunks ficariam ao lado de Videl, e Goku, Vegeta e Goten ficariam ao lado de Gohan. Esteticamente ficaria mais bonito se Trunks fosse pro outro lado e ele reclamou, querendo isso o tempo todo. Mas, na última meia hora, não tinha falado mais nada. Bulma agradeceu à Kami, por ele finalmente ter ouvido seu pedido de paz.

Quando se reencontraram, na entrada da tenda, Vegeta estendeu o braço pra Bulma se apoiar. Sorrindo, ela o fez.

- Tá preparada? – ele perguntou baixinho, olhando os olhos despreocupados da mulher.

- Preparada? Do jeito que você tá falando parece que a gente tá indo pra uma batalha, sayajin. – ela riu, respondendo de um jeito descontraído.

- Não, não uma batalha. – ele falou, pensativo. – Tá mais pra um “tudo ou nada”. – encerrou, dando um sorriso misterioso de canto.

Bulma o olhou preocupada. Os olhos azuis faiscaram. Mas não sentiu medo. Se sentiu... ansiosa.

- Como assim? – perguntou, vacilante. Vegeta não respondeu. Só aumentou o sorriso que já tinha no rosto. A música de entrada já tinha começado.

- Vamos? – fez um movimento com a cabeça, indicando que deviam andar. Ainda o olhando, Bulma começou a caminhar. Só olhou pra frente, quando chegou na entrada da tenda. “Tudo ou nada”. Ficou com isso na cabeça o tempo todo. O que significava? Por que ele estava com aquela cara? E a mudança de comportamento? Seguiu, pelo corredor, até o altar onde Gohan esperava. Lá, se separou de Vegeta e seguiu pro lado de Chichi, sendo escoltada, de perto, por Trunks, que também tinha um sorriso estranho. Que raios tá acontecendo aqui?


Notas Finais


Acho que eu nem preciso dizer que


CONTINUA...


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