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História Como tudo começou - Surpresa


Escrita por: _FoCsI_LaDy_

Notas do Autor


Olá, amores!

Passando p deixar mais um capítulo pra vocês!

Espero que gostem! Boa leitura!

Capítulo 15 - Surpresa


Fanfic / Fanfiction Como tudo começou - Surpresa

Aiolos dormia tranquilamente em sua cama, após o dia exaustivo que passou em função dos seis pequenos. Ocupado em ensinar o que sabia para eles, mal lembrou que seu aniversário seria no outro dia e tudo que pensou ao se deitar na noite anterior foi descansar para estar bem ao acordar.


A cada dia que passava, o sagitariano se sentia mais cobrado por realizar a missão que lhe foi incumbida, ao mesmo tempo que se preocupava com o destino de seu irmão mais novo, caso algo acontecesse a ele. Teria que prepará-lo o quanto antes e tinha plena convicção de que Aiolia seria um grande guerreiro.


O menor ainda não fazia idéia do que aquilo tudo poderia significar de verdade. Fato mesmo é que sentia orgulho de si, ainda mais, por ver que Olos estava prestes a conseguir o que mais desejava desde que chegou no santuário: ser um cavaleiro de Atena. Para ele, seu irmão era seu herói.


A promessa de adquirir o posto mais alto entre oitenta e oito guerreiros era cobiçada por muitos. E desde a última guerra santa contra Hades, o santuário foi refeito aos poucos sob a administração de Shion, o grande mestre do santuário. 


Dohko havia sobrevivido também, mas o melhor amigo do antigo cavaleiro de Áries também tinha um caminho a seguir. 


Ao longo dos anos, ambos se encontraram algumas vezes para discutirem sobre o futuro do santuário e foi num desses encontros que Shion revelou a ele que as estrelas haviam lhe mostrado algo importante: Atena reencarnaria novamente e que isso custaria o sangue de alguns de seus guerreiros.


Ao mesmo tempo que havia ficado feliz com aquela notícia, Dohko sentiu que Shion havia visto algo a mais, omitindo alguma coisa dele. Como conhecia o amigo muito bem, resolveu esperar o momento certo até que o mesmo lhe contasse o que tanto o preocupava. Só havia visto aquele mesmo olhar uma outra vez e aquilo não significava boa coisa.


— 


Depois de se despedir do mesmo na outra noite, Saga combinou com Angel e Shura para ajudá-lo com os preparativos da festa surpresa e acabou surpreso, quando viu Giovanni se aproximar e acabar ajudando-os também.


Ao acabarem de enrolar os docinhos, Shura e Giovanni se despediram do maior aos bocejos e seguiram para lavarem suas mãos. Angel passava a cobertura no bolo, tomando cuidado para deixar as camadas perfeitamente cobertas, quando viu Saga se aproximar e tocar em sua cabeça.


— Pode deixar o resto comigo. Deve estar cansado.


Angel olhou para ele seriamente e balançou a cabeça para os lados.


— Não! Eu quero terminar sozinho.


— Tem certeza? Parece cansa…


— Sim! Tenho! — disse ao continuar passando a cobertura de um lado para o outro sobre o pão de ló.


— Certo. — disse e se afastou, terminando o que fazia, mas de olho no menor. Ainda que dissesse o contrário, o pequeno já demonstrava cansaço não só pelas feições, seu ritmo havia caído.


Minutos após a última conversa, Saga notou que Angel havia se sentado no banco e começou a esfregar os olhinhos algumas vezes. Antes da teimosia voltar a reinar, limpou as mãos e o pegou no colo, vendo-o adormecer em seguida. 


Assim que entrou no quarto, o colocou na cama devagar e cobriu os três, saindo dali em silêncio. Deixou uma fresta da porta aberta e manteve apenas uma vela do candelabro pendurado no corredor acesa.


Angel se virou, abraçando Giovanni e Shura agarrou instintivamente um cacho do cabelo dourado entre seus dedos como fazia todas as noites.


Saga voltou para a cozinha e guardou tudo, ajustando o despertador para acordar cedo no outro dia. Além de arrumar tudo, subiria até o templo para falar com o grande mestre sobre a possibilidade de levar os outros pequenos para se divertirem um pouquinho com os outros.


Assim que os primeiros raios invadiram o quarto, Saga se virou na cama, mas seu sono não perdurou por muito tempo. Ao ouvir o barulho estridente do objeto ao seu lado, bateu com o punho sobre ele e agarrou o travesseiro ainda cansado. Mal havia dormido, mas não poderia correr o risco de pôr tudo a perder, ainda mais quando se tratava de Aiolos.


Ainda de olhos fechados, se levantou da cama e foi esfregando os olhos, enquanto caminhava pelo corredor até o banheiro. A temperatura estava um tanto fria aquela manhã, mas isso não foi o suficiente para que tomasse um banho quase frio. 


Após colocar suas roupas, passou pelo quarto dos menores e pensou em acordá-los naquele instante. Como ainda pretendia tomar um café forte pra acordar de vez, resolveu conceder-lhes mais uns minutos de sono. Olhou pela janela, vendo o monte ao fundo e pensou que após acordar os três pequenos, ainda teria de passar na outra casa para pegar os outros três para finalmente subir até lá. Desistir não era uma opção.


— 


Aiolia dormia no peito de seu irmão, quando foi pego com cuidado e levado até a sala, onde estava os outros dois. O pequeno reclamou um pouco, mas logo voltou a dormir, quando sentiu os cabelo serem afagados do jeito que gostava.


Ao seguir o maior até a outra casa, Milo segurou sua mão, ainda lutando contra o sono que sentia e continuou puxando Camus com a outra mão.


— Quelu dumi…


Saga olhou para ele e parou para abrir a porta de sua casa.


— Poderá dormir mais um pouquinho, mas não muito. — disse e tocou a mão na cabeça do louro para que entrasse primeiro.


Camus seguiu com ele e logo deu os bracinhos para Angel, assim que o viu.


— Quelu mimi…


O louro o segurou em seus braços e o carregou até o sofá, deixando-o em seu colo. Milo foi logo atrás, puxando o suéter de Angel e deitou a cabeça ao lado do braço do ruivinho.


Shura ficou responsável por ficar com Olia e o abraçou, cobrindo-o com uma mantinha que foi estendida por Saga. 


— Fiquem aqui e se comportem. Eu já volto.


Giovanni que não estava junto aos outros, puxou a calça do maior e olhou para ele.


— Quero ir com você.


Saga olhou surpreso e como viu que os outros dois já haviam dado conta dos pequenos dorminhocos, assentiu.


— Está bem. Vamos. 


Ambos seguiram até o caminho pelas doze casas, mas Saga ainda não estava satisfeito com o que havia preparado para o amigo. Ao pensar que ainda estava faltando algo, o grego parou no caminho e Giovanni parou também, olhando para ele.


— Por que parou?


O grego pôs as mãos nos bolsos, vendo que não tinha nada e soltou um suspiro.


— Eu esqueci do presente.


Giovanni levou as duas mãos até a nuca e revirou os olhos.


— E a festa?


Saga olhou para ele e continuou caminhando.


— Eu sei, mas queria comprar algo.


— Mas precisa de dinheiro…


— Eu sei, italiano.


Giovanni deu de ombros e seguiu sem falar nada. No caminho, pensava seriamente em ajudá-lo, ao mesmo tempo que estranhava seu próprio pensamento.


— Pede e paga depois.


Saga olhou para ele e novamente parou.


— É isso! Isso! — disse e pegou a mão do menor e saiu correndo com ele até Rodorio.


Sem ter tempo pra reagir, o italianinho o seguiu até lá, soltando alguns risos.


— Saga! Para! — disse e soltou mais risos durante o percurso.


— 


Kanon cochilava, enquanto seu amigo revezava acordado, quando ouviu uma conversa ao fundo. Aquela voz tão familiar entrou em seus ouvidos, o que foi o suficiente para que visse seu irmão em seu sonho. 


O mais novo olhava para o mar, como costumava fazer meses antes e quando viu seu irmão se aproximar com o bote, correu até ele para abraçá-lo.


A voz foi ficando mais alta, conforme se aproximava de onde estava e quando olhou para o rosto de seu irmão, estava com outra aparência. Os cabelos claros, agora eram escuros e seus olhos continham uma tonalidade quase avermelhada. Seu olhar era diabólico.


— Não… irmão…


O garoto viu que o amigo estava tendo mais um de seus pesadelos e acabou acordando-o, antes que o mesmo começasse a gritar como nas outras vezes.


— Acorda!


Kanon acordou de repente e olhou em volta, vendo que não havia passado de um sonho ruim. Passou as mãos sobre a testa suada e depois sobre o rosto, ouvindo novamente aquela voz.


— Mas…


Ao olhar para as barracas dos comerciantes, viu um garoto passando o pé de um lado para o outro, sobre o chão batido e falando algumas coisas que não entendia. Olhou para outro ponto e quando ouviu novamente a voz que conhecia bem, sentiu uma batida falhar e arregalou os olhos.


Saga...


O maior sorriu para a mulher, pegando o pacotinho de suas mãos e a agradeceu, puxando o outro garoto com ele para outra direção. 


Kanon se levantou, chamando a atenção do outro garoto e acabou seguindo-os, ignorando seu chamado:


— Ei, garoto! Ei!


Saga e Giovanni pegaram o caminho de volta para o santuário, sem notarem que estavam sendo seguidos e assim que passaram pela entrada, Kanon se escondeu em meio a algumas árvores.


Então é aqui que você vive… — pensou e olhou para o monte, vendo uma luz brilhar naquele instante.



Shion tomava café em seu quarto, quando ouviu algumas batidas em sua porta. O louro afastou a bandeja, colocando-a ao lado e levantou, estranhando as batidas naquela hora da manhã.


Mu.


Ao abrir, viu um dos guardas ali e o mesmo o reverenciou, abaixando o olhar.


— Mestre. Desculpe interrompê-lo, mas um daqueles garotos, Saga, está lá fora querendo falar com o senhor.


— Saga… certo. Diga que já estou indo. Obrigado.


— Sim, senhor. — disse e acenou com a cabeça, saindo dali.


Shion se vestiu rapidamente e instantes depois, encontrou Saga na companhia de Giovanni. O mais velho se aproximou deles, vendo-os se ajoelharem diante dele.


— Bom dia. 


— Bom dia, mestre. Peço perdão por ter vindo tão cedo, mas precisava falar com o senhor.


O italianinho olhava curioso para o mais velho e desviou o olhar, assim que notou que o mais velho havia olhado para ele.


— Certo. O que os traz até aqui?


Saga voltou o olhar para ele e logo ouviu o barulho da porta ranger, quebrando o silêncio que se formou naquele pequeno instante.


Shion viu Aldebaran entrar na companhia de seu pequeno pupilo e logo estendeu a mão ao menor, porque o conhecia muito bem.


— Ora… tão cedo e de pé. 


— Papai. — Mu abraçou a perna dele e fechou os olhinhos, sonolento.


— Tio. Eli nau palava queto. Polisso tosse eie. Dicupa.


— Tudo bem. — afagou o cabelo do taurino — Já esperava por isso — olhou para Saga e Giovanni — Ele ainda está se adaptando — disse e olhou para o pupilo, acariciando seus cabelos — E Shaka?


— Num sei. Eli num tava. Eu acudô i só vi o Mu.


Meditando tão cedo…


— Certo. Espere e já levo vocês para tomarem café.


— Tá! 


— Papai… — puxou a veste.


— Só um minuto. — voltou a olhar para Saga — O que dizia?


— Bom, vim pedir permissão para levá-los comigo até a ala dos cavaleiros. Hoje é aniversário de Aiolos e achei uma boa oportunidade para reunir os menores não só para comerem, mas interagirem entre si.


Shion ouviu as palavras do mais novo e desviou o olhar para Aldebaran que se pronunciou de imediato:


— Nivesálio? Tem boio e suquinho?


— Sim. Docinho também. — Saga complementou.


— Oba! Quelu i! Dessa, tio? Dessa? — puxou a mão dele, insistindo.


Shion soltou um riso e acabou assentindo. 


— Está bem. Concedida.


— Mu! Coida! Vamu pu nivesálio. Vamu! — disse e o chacoalhou.


— Quelu dumi cum meu pai…


— Eu vô samá o Saka! Pela eu, tá?! — disse e olhou para Saga, antes de sair atrás do louro.


— Está bem.


— 


Shaka cochilava em posição de lótus, quando ouviu a voz de Aldebaran lhe chamar, despertando-o do sono.


— Saka! Sakaaaa!


O louro respirou fundo e ajeitou uma mão sobre a outra, unindo os polegares.


— Nau guita! Num vê que Saka medita?


Aldebaran parou ao lado e olhou para ele.


— Dicupa. Só quelia samá voxê pu nivesálio.


— Nivesálio? — abriu um olho.


— É! Vamu? Elis tau espelanu.


— Hum. Nau quelu.


— Puquê nau?


— Saka nau seti bem, puquê muta zenti sófi sem tê pá cumê.


Aldebaran soltou um suspiro e se sentou ao lado, lembrando da vida que vivia no Brasil.


— É vedadi. Mai, póbi tamém faiz nivesálio. Vamu lá? Vamu? 


— Saka nau góta de saí…


O brasileiro voltou a ficar de pé e respirou fundo.


— Si Saka num vai nu nivesálio, nivesálio vai até Saka! — disse e puxou o menor, levando-o com ele.


— Mi sóta! Saka num qué i! Saka pefeli meditá!


— Lá nu nivesálio, voxê meidita!


— 


Uma hora depois...


Aiolos se virou para o lado e como deu falta de Aiolia ao seu lado, abriu os olhos e olhou em volta.


— Olia?! Olia, onde você está? — disse e esfregou os olhos, encaixando o pé nas sandálias — Olia! 


O sagitariano deixou o quarto, notando o silêncio na casa e foi até o quarto, vendo que o os menores não estavam ali também. Preocupado por não terem o hábito de saírem sem ele, seguiu até a casa de Saga e bateu lá algumas vezes.


Ao ver que tudo estava em silêncio na casa do amigo também, olhou pela janela na tentativa de ver alguma coisa, mas estava tudo escuro.


Aiolos novamente bateu na casa e a mesma acabou se abrindo sozinha, deixando-o intrigado.


— Mas o que… — disse e empurrou a porta devagar, olhando em volta e quando ligou o interruptor, levou um susto com os pequenos que gritaram alto, saindo de onde estavam escondidos.


— Supesaaaaaa!! 


Saga viu o amigo sorrir, enquanto abraçava os menores e logo teve o olhar do amigo inteiramente para si, pois sabia que aquilo só poderia ter sido coisa dele.



Notas Finais


Obrigada por lerem!


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