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História Como tudo começou - O segredo de Saga


Escrita por: _FoCsI_LaDy_

Notas do Autor


Olá, meus amados!

Passando pra deixar mais uma atualização pra vocês.

As coisas daqui pra frente irão mudar um pouco. Aguardem.

Boa leitura!

Capítulo 24 - O segredo de Saga


Fanfic / Fanfiction Como tudo começou - O segredo de Saga

Kanon se agachou imediatamente para socorrê-lo e o abraçou com lágrimas nos olhos, pois ocorreu em sua cabeça a hipótese de ter matado o próprio irmão. 


— Saga!! Não… — disse e encostou o rosto sobre o topo da cabeça do mais velho e logo ouviu um gemido baixo vindo dele — Saga! Saga, você está vivo? Irmão?! — disse e o apertou em seus braços, mas para seu azar, o gêmeo não estava com a menor paciência para afagos depois do que houve.


— Me solta, seu idiota… — disse e se afastou, levando a mão até a cabeça, constatando que a pancada havia sido forte — Por que fez isso? Por quê? — perguntou alterado.


— Isso? Por que você entrou sem me avisar? Sabe quanto tempo fiquei esperando? — perguntou magoado — Eu fui um burro em acreditar que talvez você pudesse se importar a ponto de vir aqui ficar comigo.


Saga baixou o olhar e sentiu uma pontada na cabeça ao suspirar.


— Eu… estou aqui, não estou? — apertou os olhos com a dor.


Kanon levantou e estendeu a mão para o mais velho, puxando-o assim que foi alcançado.


— Vem. Eu vou cuidar disso… 


Saga o seguiu até a cama e sentou, pensando nas possíveis desculpas que teria de dar ao ser questionado por aquele ferimento. Olhou para o irmão que estava concentrado limpando o machucado e suspirou.


— Eu me importo… 


— Hã? — levantou o olhar.


Saga levou a mão até a do irmão e segurou.


— O que você disse… sobre importância. 


Kanon arregalou os olhos e desviou o olhar corado. Fazia algum tempo que seu irmão não se mostrava daquele jeito, porém, não iria perder a oportunidade de aproveitar o momento.


Saga piscou os olhos e olhou para o pacote caído junto à porta, imaginando o quanto aquilo poderia ser diferente se tudo tivesse ocorrido do jeito que esperava. 


— Eu trouxe algo pra você… — disse e fez uma careta de dor.


— Pra mim? — arregalou os olhos — Mesmo?


Saga achou graça da expressão do gêmeo e sorriu, assentindo positivamente.


— Sim, está lá. — apontou para o pacote caído próximo da porta.


Kanon olhou para o embrulho e se levantou rapidamente para pegá-lo. Assim que o alcançou, balançou algumas vezes para tentar adivinhar o que era. Olhou para o irmão com um sorriso bobo e viu ele gesticular para que abrisse logo o presente. 


Sem paciência, Kanon rasgou o papel e olhou curioso para o pingente, olhando em seguida para o irmão. 


— O que é isso, irmão?


— Venha, eu vou explicar. 


Kanon assentiu e foi até ele, sentando ao lado com a pedra na mão. Olhou novamente para ela, curioso para saber o motivo do irmão ter escolhido aquele presente e viu a mão dele se aproximar com um pingente igual.


— É a pedra de Gêmeos. 


— Pedra de Gêmeos? — tocou a ponta do indicador sobre uma e depois a outra.


— Sim. Achei que comprando duas pedras de nossa constelação, pudéssemos ficar mais perto um do outro. — sorriu — A moça da tenda disse que toda pedra possui uma energia, então acho que eu usando ela e você usando a sua, podemos ficar sempre conectados pela energia delas. 


Kanon olhou para ele e depois para as pedras. Colocou o pingente no pescoço e o abraçou forte.


— Obrigado, irmão. — disse baixinho — Esse é o melhor presente que eu poderia ganhar na vida. Eu sempre vou levar ela comigo pra me sentir mais perto de você. 


Saga retribuiu o abraço e encostou a cabeça na dele, alcançando os dedos pelos fios loiros que caíam rente ao ombro.


— Eu também, irmão. Sempre.


— 


Dias depois…


Após fazer uma pausa do treinamento com o trio, Saga resolveu esticar as pernas abaixo da sombra de uma árvore que tinha por ali.


Apoiou a cabeça sobre o braço esquerdo e levou a mão até a cordinha para puxar o pingente para fora. Olhou para a pedra e soltou um leve sorriso, ao lembrar da noite em que encontrou Kanon pela última vez.


Tenho que vê-lo logo… já faz quase uma semana.


Ainda distraído com a pedra, mal teve tempo para guardá-la e viu os três garotinhos se aproximando dali.


— Saga! — Angel se antecipou e pegou um lugar ao lado dele, desconfiando do maior que parecia esconder algo antes de se aproximar.


O que será que ele escondeu? 


Os outros dois sentaram do outro lado do geminiano que apenas suspirou pois tinha o plano de ficar um pouco sozinho, arruinado agora com a presença dos três pequenos.


Ah, ótimo… era tudo que eu precisava.


— Viemos saber, quanto tempo ainda vamos esperar pra treinar de novo? — perguntou o italiano.


Fale por você, Giovanni. — pensou Angel ao revirar os olhos.


— Eu também tô bem. Já descansei e quero treinar. — disse Shura, arrancando um sorriso de canto do amigo italiano.


Saga respirou fundo e se sentou, olhando para eles, notando que Angel o observava.


Mas o que ele tem agora? Será que viu a pedra?


— Está bem. Eu já tô indo. Agora, voltem pra lá e façam o aquecimento. 


Giovanni e Shura se levantaram no mesmo instante e assentiram positivamente.


— Sim, senhor. — disseram e saíram correndo dali para fazer o ordenado.


Saga olhou para o pequeno ao lado e ergueu uma sobrancelha.


— Isso também vale pra você, Angel.


O louro suspirou e se levantou, vendo o maior também fazer o mesmo e puxou a cordinha que ficou aparente devido a inclinação. 


— Então, é isso… — olhou para a pedra. 


— Devolva isso! — disse e arrancou o colar das mãos do pequeno, vendo o quanto Saga parecia bravo — Nunca mais faça isso de novo, entendeu? Nunca mais!


A cada entonação de voz do grego, o pisciano dava um passinho para trás, o que fez com que enchesse seus olhos de lágrimas, pois não estava o reconhecendo mais.


— Saia daqui! Vamos! 


Antes que pudesse ver suas lágrimas, Angel saiu correndo dali, mas ao contrário do que se esperava, saiu em direção a saída da arena. 


Aiolos ouviu os gritos de seu amigo e viu o pequeno sair em disparada depois, olhando para Aiolia, Milo e Camus. 


— Fiquem aqui. Eu já volto.


Os pequenos assentiram e viram o maior ir em direção a Saga, vendo o mesmo passar as mãos sobre o rosto, depois que Aiolos gesticulou algumas vezes. 


Milo cutucou Aiolia e o leãozinho olhou para ele com aquela mesma carinha de que estava pronto para aprontar. Camus cruzou os bracinhos e ergueu a sobrancelha, pois não desobedeceria o maior.


— Vamu lá pá vê qui elis tão falano?


— Mai… meu imãozão disse pá ficá.


— Si ficá aqui, nau vai sabê nada.


Aiolia olhou para os mais velhos, que continuavam gesticulando e suspirou. 


— Eu quelu sabê.


— Vamu logo! — pegou a mãozinha do grego e viu Camus colocar as dele por cima.


— Nau vau! O Aioios dissi pá ficá i vamu ficá us teis! — franziu o cenho.


— Lága, paíto de fófulu! A zenti vai e nau vai ipedi di i!


Aiolia olhou para os dois, afastando do meio deles e olhou para seu irmão que ainda estava conversando com Saga. Olhou para os amigos que já estavam se aproximando para briga e voltou a entrar no meio, abrindo os bracinhos para afastá-los.


— Nau é pá bigá! Qui saco! 


— Sai da fenti! Eu vô lebentá eie!


— Vem, eu quelu vê! — disse Camus com os punhos levantados.


— Cega, voxeis! Ou eu vô samá meu imão!


Milo rangeu os dentes e virou a cara, se colocando de costas. Camus fez o mesmo e cruzou os bracinhos.


— Tô di mal, cabeio de vassola! Na póxima lebento issu que sama di cala…


— Podi vi… voxê nau é nada. Pica-pau fancêis… — mostrou a língua.


Camus mostrou a dele e ficaram ambos mostrando a língua um para o outro, deixando Aiolia sem saber o que fazer.


Imão… vóta logo. 


— 


Enquanto isso…


Após treinar com Aldebaran e Shaka, Mu foi guiado por um dos guardas até o templo de Shion que o aguardava para os treinamentos que deram início na ida até Jamiel.


Assim que entrou no salão, foi até ele de cabeça baixa e olhou para ele com os olhinhos brilhando de tristeza.


— Pu que elis nau podi mai ficá aqui?


Shion estendeu uma mão em direção a ele e o puxou para perto, passando os dedos pelos fios loiros.


— Eu sei que sente falta, mas você terá que passar mais tempo aqui. Eles têm um treinamento diferente do seu agora… — disse e o viu inclinar a cabeça para olhá-lo.


— Nau é zustu… — baixou o olhar — Itão nau quelu mai teiná aqui. Vô teiná cum elis. — fez bico.


Shion respirou fundo e o colocou sentado em uma perna, olhando para o rostinho de seu pupilo. Não gostava de vê-lo triste, mas como todos os outros ali, ele tinha uma missão a cumprir e não podia ser tratado diferente da maioria. Não queria que fosse assim.


— Olha pra mim, Mu. — disse e viu os olhinhos verdes encontrarem os seus — Você não tem escolha. Todos seus amigos estão aqui por um mesmo motivo e acho que agi mal com você até esse momento. Isso precisa parar.


Mu piscou os olhinhos que brilhavam com intensidade cada vez mais e abaixou a cabeça.


— Nau sei u qui qué dizê, papai…


— Acho que sabe, sim.


Como Mu já estava desenvolvendo algumas habilidades psíquicas, logo se deu conta do que Shion queria lhe dizer. Entretanto, por mais que seu mestre também soubesse disso, se negava a crer que tudo poderia ser diferente dali por diante.


— Papai… — encheu os olhinhos e o abraçou, soltando o choro. — Nau quelu qui mudi. Pufavô… 


Shion sentiu o coração dividido, mas não teve outra opção. Se quisesse mesmo que a armadura sagrada de Áries fosse de seu pupilo, teria que tornar as coisas um pouco mais difíceis para o amadurecimento dele. Contudo, essa não era uma tarefa muito fácil para Mu e para ele mesmo.


— Não faz… 


— Papai… — soluçou, apertando a roupa e deixando mais lágrimas caírem.


Shion o afastou, limpando as lágrimas e acariciou o rosto avermelhado do choro. Estava realmente odiando vê-lo sofrendo daquele jeito se perguntando onde havia errado.  


É tudo minha culpa.


— 


Aldebaran estava sentado na arquibancada um pouco afastado do restante, enquanto observava Milo e Camus botando a língua um para o outro. Desviou o olhar para os maiores, vendo-os conversarem calmamente e do outro lado, Giovanni e Shura treinando alguns golpes entre eles. Suspirou ao lembrar que só veria Mu durante a manhã de treinamentos e se perdeu em meio a pensamentos. Pensou até se aquilo tudo tinha a ver com ele.


Voltou a olhar para o chão, desenhando as letras “M” e “U” e lembrou da noite em que o pequeno havia voltado de Jamiel para ficar com eles. 


Aldebaran e Shaka não desgrudaram do amigo um minuto sequer. Aproveitaram a presença do menor para matar a saudade que sentiam, entretanto, uma notícia veio à tona, pegando os dois amigos de surpresa: Somente Mu retornaria para o templo do GM. 


Uma hora após o retorno de Mu, o guarda veio para buscá-lo e após muito choro, foi levado de volta para o templo do patriarca. Aldebaran e Shaka acabaram se afastando dos outros e quase não se falaram desde que aquela noite se passou.


Após acabar seu treinamento, Shaka se aproximou dos maiores e puxou a mão de Saga, interrompendo a conversa deles:


— Zá teminei…


Aiolos olhou para o rostinho avermelhado do pequeno e depois para Saga, vendo que ele precisava de mais cuidados.


— Saga, você esqueceu de colocar o protetor nele de novo, né?


— Droga, é mesmo… — bateu com a mão na própria testa.


— É melhor levá-lo pra casa e dar um banho nele, antes de passar um hidratante. Ele é muito branquinho. Não pode pegar sol assim e… — interrompeu ao lembrar de Afrodite — Faça isso logo! Eu volto depois. — disse e foi procurar o louro.


Shaka deu os bracinhos para o maior e encostou a cabecinha no ombro, soltando um longo suspiro.


— Eu sei que está doendo. Me desculpe. Eu prometo que vou cuidar de você.



Angel chorava em meio às plantinhas que estava cultivando atrás da casa que morava com os amigos. Passou a costa das mãos sobre o rosto úmido, magoado por ter sido tratado daquele jeito e desabafou com suas “amigas” sobre o que estava sentindo.


Aiolos o achou minutos depois, se aproximando devagar pois estava ouvindo a voz do menor como se estivesse falando com alguém. Assim que espiou pelo canto da casa, viu Angel sentado com os braços apoiados nos joelhos e os vasinhos com as mudinhas ao seu redor, como se fossem seus ouvintes. 


— Tudo por causa daquela droga que ele usava no pescoço… vocês precisavam ver… ele gritou comigo várias vezes. Eu aposto que aquela porcaria deve ser um presente daquele Aiolos. — secou o rosto.


Colar? Um presente meu? Como assim?


— Sempre ele… sempre. 


Aiolos piscou os olhos, indiferente com os ciúmes do pisciano e saiu dali para falar novamente com seu amigo. 


As desculpas de Saga para aquela atitude não estavam batendo com o que o loiro havia dito ali e estava desconfiado que seu melhor amigo estava escondendo alguma coisa. Só restava saber o que.



Notas Finais


Obrigada por lerem!


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