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História Como tudo começou - Uma nova descoberta


Escrita por: _FoCsI_LaDy_

Notas do Autor


Olá!

Como prometido, estou postando novamente mais um capítulo pra vocês com um intervalo de tempo menor.

Hj tem surpresa.

Boa leitura

Capítulo 7 - Uma nova descoberta


Fanfic / Fanfiction Como tudo começou - Uma nova descoberta

Meses atrás...


O pequeno garoto olhava as chamas cortarem o céu noturno, enquanto gritos eram proferidos diante da tragédia que estava bem diante de seus olhos.


O orfanato onde vivia, desde que era bebê, aos poucos vinha abaixo, assim como a esperança dos que tentavam desesperadamente resgatar os pequenos anjos que não conseguiram sair a tempo.


Enrolado em um cobertor com parte de seu rosto sujo de fuligem oriunda da fumaça, o pequeno ruivo teve seus fios chamuscados pelo fogo ao ser retirado do quarto onde estava.


Olhou para o fogo que se alastrava pela casa e teve alguns flashes do momento em que viu alguns de seus amigos ficando para trás. Não compreendia muita coisa pela pouca idade, mas sabia que teve sorte por ter escapado. Assim como ele, apenas poucas crianças tiveram o mesmo destino.


Olhou em volta, ainda com medo do pânico das pessoas ao seu redor e resolveu se afastar do grupo, pois teve medo de ficar ali sem saber o que seria feito depois. Pegou o caminho para um mundo que até então não conhecia e seguiu para o mais longe possível.


Caminhou pelo acostamento, ignorando os carros que passavam sem saber direito onde estava, enquanto ainda podia ouvir os gritos de pavor em sua mente.


Seus pés doíam e olhou para a estrada que parecia nunca ter fim, sentindo alguns pingos caírem em seu rosto. Olhou para o céu, vendo algumas nuvens se iluminarem e se apressou para achar algum abrigo antes que a chuva começasse.


A brisa gelada o castigava enquanto batia em seu rosto, acompanhada da fina garoa. Assim que viu a silhueta de um homem parado diante dele, congelou. O farol do carro ofuscou sua visão e instintivamente deu alguns passos para trás com receio do desconhecido.


— Estive à sua procura, mas custei a acreditar que era você mesmo.


— Quem é voxê? — tirou a mão do rosto e olhou para o homem.


— Não precisa ter medo. Você é uma das crianças que escapou do orfanato, não é?


O menor ficou em silêncio e acabou percebendo naquele instante que o homem estava com uma garrafa na mão. O mesmo terminou de virar o frasco e jogou mato a dentro, passando a andar em sua direção.


— Vem… eu vou te levar de volta. — disse ao esboçar um sorriso do qual o pequeno ainda não compreendia.


— Num quelu. — disse e saiu correndo ao seu modo, mas logo foi alcançado e teve o cobertor úmido da chuva arrancado de seus braços.


— Não dificulte as coisas, moleque idiota! — disse e apertou o braço, arrastando-o com ele para o carro. 

— Nauuu!!! — soltou um grito e começou a chorar. — Me sotaaaa!


Não muito longe dali, um homem que pegava carona até o orfanato, sentiu a mesma sensação como a de instantes antes da instituição começar a pegar fogo.


Não pode ser… isso é…


Sem pensar, pegou a mochila que carregava e saltou da caçamba do carro em movimento. Saiu em disparada para o local de onde sentia o pequeno cosmo e conforme se aproximava, suas suspeitas aumentavam em relação a outra pessoa que estava junto do menor.


O homem jogou o ruivo no banco sem o menor cuidado e assim que viu o outro se aproximar, sentiu seu rosto ser chutado. Colocou a mão sobre o maxilar e levou a mão até o bolso para acabar logo com o que lhe foi mandado.


— Maldito moleque!! — disse e tirou o canivete do bolso já preparado para usar, quando parou com a mão estendida em direção ao menor.


O ruivo olhou com os olhos marejados e se encolheu para trás, assim que viu o homem cair por cima dele. Olhou para a expressão sem vida em seus olhos e logo tomou outro susto ao ver outro homem surgir ali.


— Você está bem? — perguntou e retirou o corpo, jogando-o no chão. — Venha comigo. — disse e estendeu a mão a ele.


— Num quelu. Tenhu medo. — disse e se encolheu.


— Sei que você está com medo pelo que aconteceu agora, mas eu juro pelos deuses que não tenho qualquer intenção de machucá-lo.


— Zula memo?


— Sim. 


— Zula com o dedinho? — mostrou para ele e viu o maior sorrir, juntando o dele com o seu.


— Juro. Agora, vamos. Temos que sair daqui. — estendeu a mão e, dessa vez, o pequeno ruivo a segurou sendo tirado dali.


O homem o acomodou no banco da frente e jogou o corpo no porta-malas do carro. Sabia que não poderia deixar tudo como estava para não levantar suspeitas e dirigiu até um local do qual havia conhecido algumas semanas desde que chegou no território francês.


Assim que chegou no local, colocou o menor pra fora do carro e teve a idéia de usar uma brincadeira para que o mesmo não visse o que estava pra acontecer.


O pequeno cobriu os olhos e começou a contar devagar, de acordo com o que o mais velho lhe pedira.


Aproveitando o momento, o homem misterioso conseguiu realizar seu plano com sucesso, ao ver o carro afundando aos poucos no rio. Após ver o carro totalmente submerso, sentiu sua blusa ser puxada e olhou para o lado.


— Num tem gaça. Voxê num iscodeu.


— Desculpe. — sorriu sem graça. — Bom, temos que pegar o caminho de volta. Você deve estar com fome.


— Eu… — interrompeu ao sentir o estômago roncar e corou. — Dicupa. 


— Tudo bem. Eu também estou faminto. — disse e o pegou no colo, saindo dali.


Após uma longa caminhada, chegaram ao local onde o homem estava hospedado e seguiram para o quarto alugado. 


O mais velho olhou para suas reservas e viu que não havia muitas opções, além de comida instantânea. 


— Desculpe. Só tem macarrão. Acabei comendo as últimas frutas que tinha no frigobar e…


— Eu adolo macalão! — disse e abriu um grande sorriso. 


Contagiado pelo sorriso do pequeno ruivinho, abriu um sorriso e assentiu. 


— Tudo bem, mas depois de comer, banho pra você.


O menor assentiu e sentou no banquinho e pouco a pouco, começou a sentir o cheirinho delicioso que vinha da pequena panela. Após alguns minutos, devorou o prato servido com rapidez, o que chamou a atenção do maior.


— Wow! Você estava mesmo com fome. — disse e soltou um riso, vendo o menor corar. 


— É. — disse e baixou o olhar.


— Bom, então agora banho. 


— Zá?


O mais velho soltou outro riso e foi até o banheiro para ligar o chuveiro, ajustando numa temperatura quentinha para o pequeno. Alcançou uma de suas camisas para que ele vestisse assim que saísse do banho e lavou as roupinhas do menor na pia do banheiro. Saiu dali para estender na janela e logo viu o ruivinho surgir de volta com a roupa arrastando no chão. 


— Tá gandi.


— Eu sei, mas suas roupas estavam molhadas e se continuasse com elas, iria amanhecer doente. Não queremos isso, não é? — perguntou e viu o pequeno balançar a cabeça para os lados. — Certo. Agora está na hora de dormir.


— Tá. — suspirou e deu os bracinhos para que fosse colocado na cama.


O homem sentou ao lado e olhou para ele aliviado. Já fazia semanas que estava a procura dele, mas não havia achado nenhuma pista de seu paradeiro. Agradeceu aos deuses por tê-lo achado a tempo de uma desgraça ter acontecido e sabia que teria que voltar o quanto antes para a Grécia. Sua missão estava cumprida.


— Voxê vai xê meu papai? 


Sem graça com a pergunta do pequeno, o mais velho coçou a cabeça e olhou para o lado.


— Bem… serei, até que você chegue ao santuário.


— Chegui? aode? O qui é satuaio?


— Bem… — respirou fundo — É pra onde você vai. Você foi um dos escolhidos, dentre milhões de crianças nesse mundo para uma missão importante.


— Escoído? — disse e colocou o dedo no queixo —  


— Sim. Fui recrutado para encontrar a criança, cujo destino é se tornar um cavaleiro de Atena e essa criança é você. — disse e tocou a ponta do nariz dele.


— Num itedi… Cavaieio? Como nas histoinhas? — continuou olhando curioso.


— Não, exatamente. Bom, eu explico melhor a você amanhã. Agora precisa dormir. Boa noite.


— Boa noti… ah, eu num sabi xeu nomi.


— Jean. E o seu?


— Camu.


O maior assentiu e o cobriu com o lençol, apagando o abajur.


— Tenha bons sonhos, Camu.


— Bigadu, Zean. Voxê tamém.


— 


Atualidade


Dias depois…


Saga e Aiolos treinavam na arena, enquanto eram observados pelos três menores que olhavam para ambos com curiosidade e admiração. Do trio, quem realmente estava mesmo interessado em ver a luta, era o italiano. Angel olhava para o céu distraído por ter se cansado da luta e Shura passou a ficar de olho nos menores que corriam pela arena aos risos.


Ao ver que ambos estavam cada vez mais afastados dali, se levantou e acabou perdendo-os de vista. Olhou para os maiores que continuavam a luta concentrados e depois para os outros dois sentados.


Ninguém viu. Então vou eu mesmo. — pensou e seguiu atrás dos pequenos que continuavam correndo em direção aos limites do santuário.


Ao ver um homem conversando com o guarda, Milo parou e pôde perceber que além do maior, havia mais alguém ali. 


Aiolia viu que o amigo olhava atento para a movimentação próxima de onde estavam e logo se virou também para olhar.


— Óia… tem um homi e uma minina. — disse Aiolia ao apontar ambos para o louro.


— Num apota, bulo! Eies vão pecebê. — disse e baixou o braço do outro.


— Bulo é voxê. Toto. — fez bico e mostrou a língua, mas foi ignorado.


— Quem selá ela? 


— Num sei. Puquê a zenti num vai lá? 


— I si o papai dela fo babo?


— Eu num tenho medo. Polisso vô lá. — disse e saiu a passos firmes até onde estavam.


Milo sentiu vergonha por não ter ido antes que o amigo e logo o alcançou, passando correndo por ele.


— Quem cegá pimelo é muié do padi. — mostrou a língua e viu o outro se zangar e ir atrás.


Ao notar a presença dos dois pequenos, o homem interrompeu a fala e olhou para eles.


— Eu não disse que teria outros como você, Camus?


O ruivo olhou para ambos e ergueu uma sobrancelha, voltando a olhar para o maior.


— Elis palecem bulos. Tem até a cala igual.


O maior soltou um riso e passou a mão pelas madeixas avermelhadas.


— Não seja assim. Tenho certeza que vai se dar bem.


O ruivo voltou a olhar para eles e cruzou os braços.


— Num aquedito nisso...



Notas Finais


Camus é tão neném 🥺🥺🥺


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