Nesse momento vemos uma Astória diferente sabendo que ela também está com pé na cova, eu ficaria com ciúmes óbvio, mas sabia que estaria melhor com outra. Não só questão de lógica mas de apego emocional e racional. Eu fiquei sufocada com as dores, pois eu sei a dor de perder um filho, mas só que ele não nasceu e tenho flashes daquele dia e daquela dor. Se passaram 10 anos desde então, e ainda sinto como se fosse ontem, a dor fica anestesiada na gente. Perda de um filho não é somente uma parte que si que se vai, mas também uma parte da sua alma. De um ser desejado. Nunca superei. Sobre os gritos, nem mesmo os gritos abafam qualquer tipo de dor! Mas sim, é uma perda imensurável na sua vida e dependendo como foi, se torna um hábito chorar. No primeiro ano chorei todos os dias, não só pela culpa, remorso ou algo assim(mesmo eu tendo culpa!?) Não sei. Quando vejo que esse caso é algo que a pessoa não conta como um vírus desses, aí eu me peguei abalada também. Quando lembro do bebê que perdi, só me faz a vontade de ter outro filho, não para substituir mas dar devido amor. Lembra muito o caso de covid em crianças que me deixou paralisada quando acompanhei os noticiários. Se tem uma coisa que eu aprendi nessa vida, prefiro chorar de alegria que por agonia e dor. Essa dor nunca cessa. Podem passar por anos e nem todos tem a mesma sensibilidade de ver que isso é impossível. Como sempre uma fanfic especial. E nessa me encontrei de novo.