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História Complicated - Teste, Nomes e Mentiras


Escrita por: Vincent_E

Notas do Autor


Reta final

Capítulo 4 - Teste, Nomes e Mentiras


Fanfic / Fanfiction Complicated - Teste, Nomes e Mentiras

Já fazia mais ou menos sete semanas desde que Alan estava internado no hospital; Ele não demoraria muito para receber alta. Crista despertou, tendo seus olhos incomodados pelo filete de luz do sol que invadia a janela do quarto de Lisa, e iluminava todo o seu corpo nu sobre a cama. Lisa não se encontrava no quarto, assim como em nenhum outro lugar da casa. Então se lembrou que, ela havia avisado á sua companheira que sairia mais cedo para visitar Alan no hospital.

Crista se levantou, iniciando um longo e demorado bocejo, espreguiçando cada parte de seu corpo. Pegou suas roupas jogadas na beira da cama, as vestindo rapidamente, visando não demorar mais do que alguns minutos na casa da amiga, no quarto de Alan (Haviam ficado lá, pois tinha uma cama de casal).

Porém, um papel jogado no chão, debaixo de sua calcinha, chamou sua atenção. Ela esticou seu braço para pegá-lo, e se surpreendeu ao lê-lo. Era um exame de gravidez;

 

Nome: Lisa Poot Carter

Idade: 19 anos completos

Resultado do Teste: Positivo

Para Crista, era como se apenas aquelas palavras estivessem escritas ali. Lisa realmente estaria grávida? Se sim, há quanto tempo escondeu isso dela? O que mais a afetou foi...ver quem era o pai.  Estavam ficando já á algum tempo, (Mesmo que ninguém soubesse) e concluiu que era algo que a Rosada deveria em algum momento tê-la contado. Deixou novamente o papel no chão, amassando-o do jeito que encontrou. Decidiu que deixaria que Lisa a procurasse para falar sobre esse assunto por si mesmo. Assim, após se vestir, pegou as chaves da residência que Lisa deixara na escrivaninha ao lado da cama e trancou a casa, deixando-as debaixo do tapete. Em seguida saiu, rumo ao apartamento de Doonie. Era sábado, e ela havia prometido passar o dia com ele. Mas acabou encontrando uma figura inusitada no caminho, um colega muito próximo...

- Ah, é você. Acho que vai curtir saber de umas coisas – Ela disse, abrindo um sorriso.

...

 

Alan sentia as mãos de Lisa cuidadosamente repousadas sobre a sua, enquanto despertava devagar. Esta estava olhando pela janela, para aquela mesma flor que vira no dia em que entrou pela primeira vez naquele quarto de hospital. A rosa branca, viva como nunca, totalmente em simetria com o tom e as cores frias que constituíam o ambiente do quarto. 

- Você não passou a noite aqui, passou? – Perguntou ele, fazendo com que ela parecesse sair de um estado de transe mental e a olhá-lo.

- Não... – Confessou – Faz uns dez... ou quinze minutos desde que eu cheguei. –

- Ótimo.  – Ele disse, abrindo um fraco sorriso – Cadê aquela sua “amiga”? Você parecia estar bem colada com ela nesses últimos dias.

- Ela teve uma noite agitada. – Disse Lisa, num tom inocente, apesar de, obviamente, não ser exatamente o caso. – Vai estar na casa do namorado hoje, o dia todo. –

-... Você... Chegou á conversar com o Elliot sobre aquilo? – Ele perguntou, fazendo Lisa se surpreender com o comentário. – É eu sei. Eu achei o papel do exame no bolso da sua calça. –

- D-Desculpa, eu devia ter te contado antes... – Ela disse, olhando pra baixo. Iria soltar a mão do irmão, mas ele a segurou.

- Está tudo bem. – Ele soou inevitavelmente compreensivo, como sempre. Era isso que fazia com que Lisa se sentisse tão confortável perto dele.

- Ele... Tá com outra garota agora. – Ela disse, com pesar. Fazia bastante tempo desde que não o via, e quando o via, era com aquela ruiva. Ainda sentia falta do garoto, e isso era nítido.

- Entendo. – Ele apertou a mão da irmã – Não se preocupe, nós vamos passar por isso juntos, Liz. Eu prometo que vai ficar tudo bem. – E sorriu. Lisa teve que se contar para que seus olhos não marejassem. – Você já pensou num nome pra ele? Ou ela, sei lá? – Ele riu depois desse comentário.

- Se for menina, Sally. Se for menino... Alan. – Ela disse, com um sorriso no canto de seus lábios.

- Awn, como é fofa! – Ele disse, esticando o braço para apertar a bochecha da garota.

Ambos se encararam em silêncio por um tempo. A respiração dos dois ficou pesada enquanto seus olhares se encontraram. Mas antes que qualquer observação sobre isso fosse feita, o Dr Joshua entrou pela porta do quarto, com sua prancheta em mãos.

- Boa tarde. – Ele disse.

- Boa tarde. – Eles responderam, quase ao mesmo tempo.

- Sr Alan, tenho o prazer de lhe informar que receberá alta mais cedo. Hoje á noite, caso desejar, já poderá retornar á sua casa, evitando fazer algumas atividades, mas podendo sair de nossas instalações á vontade. – Ele disse, fazendo com que ambos sorrissem.

- Eu venho te buscar hoje. – Ela disse, com um sorriso – Ás oito em ponto, sem falta! –

Ele apenas assentiu, voltando a olhar para o teto.

- Finalmente vou me despedir desse lugar. São tantas boas lembranças... Espera, não, não tem nenhuma. – Ele brincou.

- Então Aly, tenho que ir agora. Você sabe, trabalho... – Ela disse meio angustiada em ter que ir logo agora.

- Tudo bem. Não se esqueça de voltar pra buscar seu Oni-Chan. – Ele disse, bocejando.

Então, se despediram. Lisa foi ao seu trabalho, passando o dia de certa maneira até que tranquilo demais. Mas foi ás três da tarde que esse dia prometeu que iria dali pra pior.

Elliot entrou pela porta do estabelecimento. O coração de Lisa gelou, e ele colocou as mãos sobre o balcão, visivelmente alterado.

- Por que mentiu pra mim?! – Ele disse, num tom que a assustou, chamando inclusive a atenção de alguns clientes em volta deles. Seu olhar oscilou, entre ele e o chão, havia ficado nervosa. Talvez por estar de frente pra alguém que a abandonou, talvez por medo... Talvez por outro motivo.

- Do que você tá falando seu idiota? – Mesmo com medo, sua frustração conseguiu superar a hesitação. Mas sabia bem o motivo de ele estar ali, sabia que pergunta ele faria. A única coisa que ela com certeza não saberia fazer naquele momento seria respondê-lo sem demonstrar uma insegurança descomunal. Ela havia mentido pra ele, e sabia disso. Sabia que ele, na verdade...

- Por que caralhos você me disse que EU era o pai?! – 


Notas Finais


"Há mais do que os olhos podem ler"


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