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História Complicated - Quem é vivo sempre aparece


Escrita por: MrsA7xLp

Notas do Autor


Oláááá! Tudo bem com vcs? Espero que sim. 😊
Cheguei aqui com mais um capítulo pra vcs. Espero que gostem.
Enfim, não tenho muito o que dizer. Só espero que vcs tenham uma boa leitura e que por favor não me abandonem. Kkkkkk

Capítulo 53 - Quem é vivo sempre aparece


Levi Ackerman

Acordei com uma sensação de ter dormido mais do que devia. Ao ver que Elisa estava dormindo abraçada a mim, me virei com cuidado para olhar as horas no relógio que estava em cima do criado mudo ao meu lado direito e quando fiz isso, constatei que era seis e quinze da manhã. Quando fiz um movimento mínimo para sair, Elisa acordou.

-Bom dia. -ela falou com os olhos um pouco aberto.

-Bom dia. -sorri e beijei a testa dela. -Dormiu bem?

-Sim. E você?

-Bem também... Agora eu preciso levantar. Tenho que fazer algo pra você comer. -falei já me levantando e Elisa me segurou pela blusa.

-Não precisa, nem tô com fome.

-Precisa sim. -insisti. -Sem falar que eu tenho que deixar algo pronto pra você almoçar. Então, deixa eu ir fazer logo. É rapidinho. -sorri e Elisa fez uma cara de quem se deu por vencida.

-Tudo bem.

Sendo assim, me levantei de vez da cama e saí do quarto, indo em direção a cozinha... Ao chegar na mesma, preparei o meu café da manhã e o da Elisa. Depois, voltei ao quarto para chamá-la pra comer. Com muita dificuldade, Elisa se levantou e assim fomos pra cozinha.

Inicialmente, começamos a comer em silêncio, mas depois tratei de puxar assuntos aleatórios afim de esconder o meu incômodo de ter que deixar Elisa sozinha.

Assim que terminamos o nosso café da manhã, lavei as poucas coisas que sujamos e depois, tanto eu quanto Elisa, fomos para os nossos respectivos quartos.

(...)

Terminado meu banho, me enxuguei e vesti minha cueca, logo em seguida, coloquei minha calça social que eu usava de costume. Passei a toalha nos cabelos afim de secá-los um pouco e quando terminei, penteei eles da mesma forma que sempre faço. Então, saí do meu quarto e fui até o da Elisa. Afinal, eu tinha que fazer a assepsia da perna dela.

-Posso entrar? -falei dando duas batidas na porta que estava entreaberta.

-Pode. -Elisa falou e assim eu entrei.

-Vim fa... -parei assim que dei de cara com a Elisa somente de calcinha e sutiã. -Caralho, porque você não disse que estava se vestindo? -falei voltando pra trás e puxando a porta junto.

-Qual é, Levi? -Elisa falou rindo. -É só uma calcinha e um sutiã, como um biquíni em uma praia. -ela falou e eu pensei: "Mas você não está em uma praia e sim na minha casa e ver esse tipo de coisa pela manhã é um tanto tentador."

-Tsc, mas você deveria ter avisado. -falei tentando desfazer da minha mente a imagem dela seminua.

-Entra aí. -Elisa falou e eu entrei. -O que você ia falar assim que entrou?

-Eu ia dizer que vim fazer a limpeza da sua perna. Tem que ser feita pela manhã e a noite.

-Ah tá. Então, bem na hora. Acabei de tomar banho. -ela sorriu e sentou-se na cama. -Você já vai sair? -Elisa perguntou quando eu me sentei ao lado dela com o kit de primeiros socorros nas mãos.

-Daqui a pouco. -falei sinalizando com a mão para que ela se ajeitasse mais na cama e colocasse a perna em cima da minha coxa. Elisa fez e assim comecei a limpar a perna dela. -Tem certeza que não quer chamar ninguém pra ficar aqui com você?

-Não precisa. Eu vou ficar bem.

-Ok. Você é quem sabe. Mas se precisar de algo, pode me ligar. -falei e ela assentiu.

-Quando for na hora do almoço, vou ligar pros meus pais pra falar a respeito da enfermeira. Pelo menos eu fico sabendo quando eles pretendem contratar uma. Daí você não fica tãããão preocupado em me deixar só.

-Mas você realmente não pode ficar só.

-Levi, eu só estou sem memória e com a perna fodida. Não é como se eu fosse ter um ataque epilético aqui. -Elisa falou e começou a rir.

-Eu sei que você não vai ter um ataque, mas ainda sim a senhorita não pode fazer esforço.

-Hum, tá bom.

Encerramos a conversa e junto dela a limpeza na perna da Elisa. Ela agradeceu e eu fui terminar de me arrumar.

Assim que terminei, peguei as minhas coisas, fui até o quarto da Elisa, me despedi dela e caminhei em direção a porta que havia na cozinha que dava acesso a garagem. Feito todo esse percurso, destravei meu carro, entrei no mesmo e liguei ele. Esperei o portão abrir e depois tirei o carro.

Tudo pronto, apertei o botão do controle do portão e esperei o mesmo fechar. Assim que fechou, me mandei pro trabalho.

(...)

-ATLANTA?! Como assim, Hoffman? -perguntei quase caindo da cadeira quando o meu superior falou pra onde eu seria transferido.

-Desculpa, Ackerman. Mas foi o mais perto que conseguimos.

-Caramba, Hoffman, não dá. Mesmo que eu quisesse ir, é muito longe. Ficaria horrível pra eu vir visitar a minha mãe e sem falar que dentro desses quatro meses aconteceram muitas coisas. Tanto é que eu esqueci completamente dessa transferência.

-Entendo. O Farlan me contou por alto o que houve e eu no seu lugar também não iria. -Hoffman falou e eu o encarei. -E então, vai querer cancelar mesmo?

-Sim, vou.

-Ok. O pessoal do escritório de Atlanta vai ficar bem triste por saber que você não vai. Sua fama é impecável dentre os advogados de acusação. -Hoffman falou e eu comecei a rir.

-Eu só faço o meu trabalho.

-E faz muito bem feito... Enfim, vou entrar em contato com a sede e pedir para que eles revoguem o seu pedido.

-Muito obrigado, Hoffman. -falei e ele assentiu.

Sendo assim, encerramos o assunto e eu me retirei da sala dele. Em seguida, fui pra minha.

Elisa Zackly

E como eu havia falado ao Levi, quando foi na hora do almoço eu liguei para os meus pais para falar sobre quando eles pretendem contratar a enfermeira. E para a minha surpresa, segunda-feira ela já estará aqui.

Depois da nossa conversa, fui almoçar. Assim que terminei de comer, meu celular que estava quase ao lado do meu prato, em cima da mesa, começou a tocar. Quando vi, era o Levi.

-Oi. -atendi.

-Liguei pra saber se você já almoçou.

-Acabei nesse instante.

-Hum, boa menina. -ele falou e começou a rir.

-E você, já almoçou?

-Tô indo agora... Ah, lembrando que eu saio cedo daqui hoje. Ok?

-Ok.

-Então, deixa eu ir. Até mais tarde.

-Até. -falei e depois desligamos.

Me levantei com a ajuda das muletas, peguei o prato juntamente com os talheres que eu sujei e levei-os até a pia. Com um pouco de esforço e sem encostar a perna ruim no chão, consegui lavar o prato. Feito isso, sequei ele e os talheres e depois os guardei.

Saí da cozinha e fui caminhando em direção ao meu quarto. Mas antes que eu chegasse, parei em frente a porta entreaberta do quarto do Levi e não sei o que me deu que acabei entrando.

Olhei em volta e vi que o quarto dele é extremamente arrumado. Geralmente, homens costumam ser bagunceiros, mas o Levi não. Parei de observar o quarto quando os meus olhos pararam em um porta-retrato que estava em cima do criado mudo. Me aproximei do mesmo e peguei o porta-retrato. Assim que vi a foto, arregalei os olhos um pouco. Era eu e o Levi.

A foto era claramente eu fazendo uma selfie e o Levi atrás de mim, me abraçando. E pelo plano de fundo, provavelmente essa foto foi no natal. Tinha neve e parecia ser no Rockefeller Center.

Eu queria muito me lembrar desse momento, mas nada vinha a mente. Então deixei o porta-retrato no mesmo lugar e caminhei em direção ao closet. Assim que abri, um cheiro maravilhoso invadiu minhas narinas. Acendi a luz e vi todas as roupas e sapatos extremamente organizados. 

Eu ri um pouco ao ver tudo arrumadinho e depois percorri os olhos até o compartimento de baixo. Ao ver uma caixa média, entrei no closet e caminhei na direção onde o objeto estava. Peguei o mesmo e fui em direção a cama. Coloquei a caixa em cima do colchão e depois me sentei, colocando as muletas de lado.

Assim que abri a caixa de cor marrom, me deparei com várias fotos ali dentro. Todas eram minhas com o Levi, de vários momentos que eu acho que foram importantes. Por exemplo, uma foto em que eu estava vestida com uma beca e abraçada com o Levi. Provavelmente isso era a minha formatura? É, acho que sim.

Depois de passar um bom tempo olhando as fotos que estavam dentro daquela caixa, achei melhor cessar a minha curiosidade e guardar as coisas. Feito isso, deixei o quarto do Levi e fui para o meu. Optei por assistir alguma coisa até a hora dele chegar.

(...)

-Elisa? -Levi me chamou assim que escutei a porta da sala sendo fechada.

-AQUI NO QUARTO. -gritei e em poucos segundos Levi apareceu.

-E aí, como foi o dia? Você ficou bem? -ele perguntou e beijou minha cabeça.

-O dia foi normal e eu fiquei bem sim. -sorri.

-Que bom... Bem, eu vou tomar um banho e depois irei ao supermercado. Preciso comprar umas coisas. Quer que eu traga algo?

-Acho melhor eu ir com você. Tenho que comprar absorventes, os meus acabaram e a minha menstruação virá daqui a dois dias.

-Ok. Então eu vou tomar banho e daí a gente vai.

-Tá bom. -falei e Levi saiu do quarto.

Já que ele foi tomar banho, decidi trocar de roupa... Feito isso, permaneci no quarto esperando por ele.

(...)

Ao chegarmos no supermercado, Levi pegou um carrinho e depois fomos as compras... Ele começou pela parte das frutas e verduras e depois seguiu para a parte dos não-perecíveis. Levi pegou alguns pacotes de arroz, macarrão, feijão e algumas outras coisas.

-O que você quer almoçar amanhã? -ele perguntou enquanto a gente ia pra parte das carnes.

-Não sei.

-Não tem nada em mente?

-Nada. -falei e comecei a rir. -Me surpreenda. 

-Tá bom. -Levi falou e começou a rir.

-Levi? -chamei ele.

-Oi.

-Enquanto você escolhe as carnes, eu vou logo pegar o que eu preciso. Ok?

-Tá bom.

-Eu tô na parte de higiene pessoal.

-Certo. Daqui a pouco eu vou lá. -Levi falou e eu assenti.

Sendo assim, segui pra seção de higiene pessoal... Ao chegar no largo corredor com prateleiras enormes, comecei a procurar pelo absorvente que eu costumo usar. E quando encontrei, vi que ele estava na parte mais alta da prateleira.

-Inferno. -resmunguei pra mim mesma.

Mesmo com a dificuldade de estar com a perna lascada, ainda me apoiei na perna boa e estiquei meu braço o mais alto que pude e ainda sim estava complicado. Mas quando eu menos esperei, vi uma mão pegar o pacote que eu estava tentando pegar. Então me ajeitei e olhei para o ser que fez essa gentileza. Era um homem alto, branco, olhos azuis e cabelo loiro.

-O-obrigada. -falei quando o homem me entregou o pacote.

O cara não falou nada, ele apenas ficou me encarando como se me conhecesse. Pude até ver um certo brilho no olhar dele. 

-Ah, te achei. -Levi falou antes que eu falasse mais alguma coisa pro homem. -Eu tô levando sorvete pra gente tomar enquanto assistimos alguma coisa hoje.

-Ok. -falei e Levi desviou a atenção que estava em mim para o homem que ainda continuava parado quase ao meu lado.

Os dois trocaram olhares como se cada um ali fosse puxar uma foice. Eles não diziam absolutamente nada, mas só pelo clima pesado que se instalou ali, vi que não ia sair algo de bom.

-Erwin. -Levi finalmente falou.

-Levi. -o homem respondeu. -Então é verdade mesmo que você está com a Elisa? -o tal do Erwin perguntou e eu arregalei meus olhos e pensei: "Ele me conhece?"

-Não que seja da sua conta, mas como você mesmo pode ver, sim. Eu estou com a Elisa. Agora se me der licença, eu preciso ir. Vamos, Elisa. -Levi finalizou e deu meia volta com o carrinho. Eu, como não estava entendendo nada, segui ele. Olhei algumas vezes pra trás e vi o homem me encarar.

-Ei Levi, o que diabos aconteceu ali? -perguntei enquanto íamos em direção ao caixa.

-Nada que você precise saber agora. -Levi respondeu sem olhar pra mim.

-Como assim? Aquele homem disse o meu nome. -falei e Levi suspirou.

-A gente pode ao menos chegar em casa? -ele perguntou e eu assenti. -Ótimo.

Por fim, encerramos a conversa e Levi começou a passar as coisas.

Erwin Smith

Ver a Elisa ali, me deu um misto de alegria e tristeza. Alegria por saber que ela estava viva e bem e tristeza por ver ela naquele estado. Sem memória e com a perna fodida.

Eu senti uma vontade enorme de abraçá-la, mas provavelmente ela iria ficar assustada e me empurrar. E embora eu já soubesse, através da Mikasa, que a Elisa estava com o Levi, ver os dois naquele momento me deu uma raiva que eu não pude descrever. Passei quatro meses sem ver ela e quando a vi, ainda foi com o patético do meu irmão.

Eu daria tudo pra voltar no tempo e não ter feito aquela tempestade no copo d'água só por saber que ela e o meu irmão já tiveram algo. Me arrependo de cada segundo que eu deixei ela de escanteio só por causa da minha raiva idiota e sem contar na vontade que eu tinha de morrer por ter ido pra cama com a Annie.

Eu tenho plena convicção de que fui um bosta na vida da Elisa e tenho mais convicção ainda de que mesmo que ela volte a se lembrar, ela não vai querer nada comigo. Quem sabe a Elisa me perdoe, mas eu nunca a terei de volta nos meus braços.

Enfim, enxuguei as poucas lágrimas que se formaram nos meus olhos e tratei de sair o mais rápido possível daquele supermercado.

Levi Ackerman

Foi uma péssima hora pro Erwin aparecer. Digo uma péssima hora porque Elisa não fazia ideia de que o motivo do acidente foi por causa da traição dele com a melhor amiga dela. Óbvio que o pessoal só disse à ela que foi um acidente de carro, mas ninguém disse o motivo.

Agradeci imensamente por virmos o caminho todo sem dar uma palavra. Eu estava me preparando psicologicamente pra falar tudo à ela e eu realmente estava nervoso com o tipo de reação que a Elisa poderia ter.

Enfim chegamos em casa. Guardei o carro na garagem e tratei de levar as compras pra dentro. Elisa me ajudou a guardar algumas coisas e depois se retirou, indo pra sala. Terminei tudo e fui até onde ela estava. Me sentei ao lado dela no sofá e a encarei.

-É agora que você me diz quem é aquele homem? -ela perguntou calma, porém com uma certa ansiedade na voz.

-Sim, é agora... -respirei fundo e comecei a falar.

(...)

Quando terminei de contar tudo, Elisa permaneceu em silêncio. Ela parecia processar toda e qualquer informação que eu dei.

-E então? -perguntei e ela me olhou. Depois, começou a rir.

-Isso é tão estranho. Parece coisa de filme. -Elisa falou enquanto ainda ria. -Eu estava noiva do seu irmão, daí uma vez ele quase me agrediu, eu tentei ajudar ele, depois ele descobriu que eu e você já tivemos algo, a gente brigou e algum tempo depois eu peguei ele na cama com a minha melhor amiga. Puta que pariu, que história, não? Daria um belíssimo roteiro pra um filme ou uma novela. -ela ainda riu mais um pouco.

-Me espanta um pouco te ver agindo com tanta naturalidade. -falei tentando sorrir um pouco.

-Levi, isso que você me contou é bem tenso. Mas pra mim, que estou nessas condições de não lembrar, nem fede e nem cheira. Talvez eu fique triste quando lembrar e se é que eu vou lembrar. Mas até o momento eu tô de boas.

-Fico mais aliviado de você estar de boas. Eu estava preocupado com a sua reação. Pensei que você não estivesse pronta pra ouvir tudo que te falei.

-Está tudo bem. -ela falou e sorriu.

-Que bom... Então, me ajuda a preparar o jantar? -perguntei e ela assentiu. -Ótimo. Depois da janta, a gente escolhe um filme e detona aquele pote de sorvete que está na geladeira. Fechado?

-Fechadíssimo. -Elisa riu.

Por fim, ajudei ela a se levantar do sofá e depois seguimos pra cozinha, para fazer o nosso jantar.

 


Notas Finais


Olha só, a margarida colocou a cara no sol. 😂😂😂

Enfim, espero que vcs tenham gostado. Logo eu trago o próximo.
Beijos. 😘


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