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História Complicated - Eu me recuso a acreditar


Escrita por: MrsA7xLp

Notas do Autor


Olá amadas e amados. Tudo bem com vcs? Espero que sim.
Demorei né? Mas graças aos deuses estou de volta e com mais um capítulo pra vcs lerem nessa quarentena. ☺️

Bom, aqui no começo teremos um flashbackzinho. E lá nas notas finais, deixarei o link do look da Elisa. Então se quiserem olhar, só ir lá.

Sem mais enrolação, vamos ao capítulo.
Boa leitura.

Capítulo 7 - Eu me recuso a acreditar


Elisa Zackly

Depois de um mês inteiro treinando com o Levi, finalmente eu havia deixado a minha birra com ele de lado. Tudo isso porque a minha amiga Kim descobriu que estava grávida e não ia mais poder treinar. Então, tive que ficar com ele. E com isso fui me adaptando as coisas dele.

Era noite de sexta-feira quando o professor encerrou o treino. Arrumei minhas coisas e saí junto do pessoal. Levi não tinha o costume de se despedir, então, fiz o mesmo. Não era acostumada a dar bom dia a cavalo. 

Me despedi das meninas e fui até onde minha bicicleta estava. Peguei a chave que estava no bolso da frente da minha mochila e destravei minha bike. E enquanto eu guardava a trava e o cadeado, escutei alguém me chamar.

-Elisa? -olhei pra trás e era o Levi.

-Oi.

-É... Você vai fazer alguma coisa amanhã a noite?

-Até onde eu sei, não. Por quê?

-Você quer sair comigo? -ele perguntou me encarando.

-É... Pode ser.

-Às sete então?

-Sim. Você anota meu número ou eu anoto o seu?

-Anota o meu. -ele falou e eu peguei meu celular para salvar seu número. -Você me manda seu endereço pelo whatsapp e eu passo pra te pegar.

-Tá bom.

-Tchau, até amanhã.

-Até. -Levi entrou em sua Range Rover e eu peguei minha bicicleta e fui pra casa.

Enquanto eu ia pedalando rumo à minha casa, ia pensando nesse convite do Levi. Porque raios ele me convidou pra sair? Até porque nós dois já percebemos que só nos falamos por causa do treino. Eu não tinha interesse em conhecê-lo, e acho que isso era mútuo. Mas enfim, vamos ver no que vai dar essa saída.

Assim que cheguei em casa, guardei a bicicleta e fui logo tomar um banho. Após o banho, me enxuguei e vesti um blusão para dormir. Mas antes de dormir, aproveitei para mandar o endereço da minha casa pro Levi. 

Desbloqueei o celular, liguei o wi-fi e acessei o whatsapp. Fui no contato dele e mandei o endereço. E antes que eu pudesse sair do aplicativo, Levi estava me ligando. Encarei aquela chamada por alguns segundos e finalmente atendi.

-Ligou sem querer? -perguntei.

-Não. Se eu tivesse ligado sem querer, obviamente eu teria desligado antes mesmo de você atender.

-Ok. Mas, o que você quer?

-Aproveitei que você me mandou o endereço e resolvi perguntar se tem alguma sugestão de lugar pra gente ir. Quem sabe um que você goste.

-Hum... É, eu curto comida japonesa. Mas se você tiver sugestão melhor que essa, fique a vontade.

-Não, tudo bem. Eu gosto de comida japonesa. Inclusive, conheço um restaurante muito bom.

-Ótimo. Então, combinado.

-É, combinado.

-Agora vou desligar. Boa noite.

-Boa. -e assim desligamos.

Coloquei o celular em cima do criado mudo e em seguida desliguei o abajur. Me deitei e esperei que o sono tomasse conta de mim.

Na tarde seguinte...

Depois do almoço, aproveitei pra arrumar minha casa. Ainda bem que ela não era tão grande, então eu terminei logo. 

Após toda a arrumação, fui escolher a roupa que eu usaria hoje a noite. Como Levi não era ninguém em especial, pelo menos não pra mim, escolhi algo simples. Uma jardineira jeans com uma blusa branca de mangas compridas com três listras pretas em cada braço e a gola não era muito alta. E pra calçar, apenas uma rasteirinha.

Assim que terminei de escolher o que eu ia vestir, meu celular tocou. Peguei o mesmo e vi que era a Mikasa que me ligava.

-Oi Mika.

-Ei garota, você tá bem?

-Estou. Por quê?

-Desde ontem que você não dá notícias.

-Correria meu bem. Trabalhar e estudar não é fácil. Ainda mais quando se estar no último semestre. Sorte a sua que só precisa estudar.

-É verdade... Mas enfim, vamos sair hoje? Vai todo o pessoal.

-Eu até ia se já não tivesse um compromisso.

-Ah é? E com quem?

-Um garoto lá da academia. Ele treina comigo.

-Hum. Namoradinho hein? -Mikasa começou a rir.

-Esse garoto seria o último com quem eu namoraria. Ele é um tanto boçal. Parece que não dá a mínima pra nada.

-Nossa. Parece até um primo meu... Mas se você diz que ele é isso tudo, então porque você vai sair?

-Educação. Sou muito educada pra recusar um convite. -falei e Mikasa começou a rir.

-Ok então. Depois me conta como foi.

-Tá bom.

-Vou desligar. Bom encontro.

-Valeu. Beijos.

-Beijos. -desligamos.

(...)

As seis e meia eu fui tomar meu banho. Quando terminei, me enxuguei e vesti minha roupa. No rosto, passei apenas pó, rímel e blush. Nos lábios, um gloss bem clarinho. Depois, amarrei meus cabelos em um rabo de cavalo, passei perfume e por último peguei minha bolsinha e fui pra sala esperar o Levi chegar.

As sete em ponto Levi me mandou mensagem dizendo que já havia chegado. Então peguei as chaves de casa, sai e tranquei a mesma. Caminhei até o carro dele e logo abri a porta.

-Boa noite. -falei ao sentar no banco e em seguida fechei a porta.

-Boa noite. Podemos ir?

-Claro. -sendo assim, Levi deu partida e nos mandamos para o restaurante japonês.

(...)

Assim que chegamos, procuramos uma mesa mais ao fundo do restaurante. Nos sentamos e logo o garçom veio nos atender.

-Boa noite. Sejam bem vindos ao Takahashi. -o garçom falou nos entregando os cardápios. -Vou deixá-los a vontade para escolher. Quando terminarem podem me chamar. -eu e Levi assentimos e o rapaz se retirou. Então, começamos a olhar as opções.

Em um certo momento, desviei meu olhar pro Levi e infelizmente ele fez o mesmo. Caralho. Fiquei morta de vergonha. Quase afundei meu rosto no cardápio. Eu odeio ter que admitir, mas o Levi é lindo.

-Já escolheu? -sua voz me tirou dos meus devaneios.

-Ãn... Já.

-Ok. Vou chamar o garçom. -Levi fez sinal e o rapaz veio.

-Posso anotar? -o sorridente garçom perguntou.

-Sim. -Levi falou. -Pode falar o seu, Elisa.

-Eu vou querer um combinado pequeno de sushi e sashimi. E pra beber, um suco de laranja com gelo e açúcar.

-O mesmo pra mim. Só mudarei o suco. Ao invés de ser laranja, vou querer de limão. Com gelo e pouco açúcar.

-Anotado. Mais alguma coisa?

-Não. -eu e Levi falamos ao mesmo tempo.

-Ok. Com licença. -o garçom se retirou.

O silêncio que se instalou depois que o garçom foi embora, era torturante. Era visível a minha inquietude diante daquilo. Eu olhava a decoração do restaurante, olhava as pessoas que estavam por ali, mas nada adiantava. E até que finalmente Levi resolveu abrir a boca.

-Está tudo bem com você? -ele perguntou.

-Tá... Mentira, não está. -Levi me olhou sem entender. -A gente vai ficar nesse silêncio mesmo? Porque eu me recuso a acreditar que só vamos comer e não conversar absolutamente nada. -Levi soltou um riso anasalado.

-Aposto que você quer perguntar alguma coisa.

-Acertou.

-Vá em frente.

-Porque você me chamou pra sair, Levi? Achei que a gente só se falasse devido ao treino.

-Também achei que fosse isso. Mas aí, percebi que você é bem legal. Então resolvi arriscar em te chamar pra sair.

-Hum... Fiquei impressionada. Não esperava algo assim vindo de você. 

-Sério? Eu pareço tão babaca assim?

-Não vou mentir, mas sim. Você parece um babaca. -comecei a rir. -Você fez sua própria caveira quando quase me atropelou. E desde aquele dia, eu fiquei com um certo ódio de você.

-Qual é Elisa, já te pedi desculpas. E olha que nem é com todo mundo que eu faço isso.

-Hum, tá bom... Mas enfim, o que você faz da vida?

-Sou advogado de acusação. E você?

-No último semestre de psicologia.

-Interessante. Vai continuar a carreira acadêmica?

-Talvez.

-Você só estuda ou trabalha também?

-Trabalho meio período. Dia de quinta e sexta, no Starbucks.

-Legal.

Nossa conversa foi interrompida com a chegada dos nossos pedidos. Agradecemos o garçom e ele se retirou. E assim, nos pusemos a comer.

(...)

Durante o jantar conversamos bastante. E bem, o Levi não era aquele monstro todo que a minha mente criou. Ele só era um tanto reservado, mas ainda sim boçal. Isso não tinha como negar.

Quando terminamos de comer, resolvemos ir embora. Levi chamou o garçom para trazer a conta. E assim que o mesmo trouxe, nos levantamos para ir até o caixa. Insisti muito para dividir a conta com o Levi, mas ele não deixou. Feito isso, saímos do restaurante.

-Aceita um sorvete? -Levi falou quando paramos em frente ao seu carro.

-Olha, se eu disser que não, é porque estou doente. Então eu aceito. -sorri.

-Não sou muito fã de doce, mas conheço uma sorveteria muito boa que fica a dois quarteirões daqui.

-Ok. Então vamos lá.

Levi deixou o carro no mesmo lugar e fomos a pé até a sorveteria.

-Sabia que eu gosto muito da sua tatuagem? -Levi se referiu a minha tatuagem de dragão vermelho que ficava do lado direito das minhas costas.

-Sério? -falei surpresa.

-Sim. Ela é muito bonita.

-Obrigada. -sorri um pouco envergonhada. -Fiz ela quando completei meus dezoito anos. Meu pai quase surtou.

-O mal de todos os pais. Acabam surtando quando o filho faz algo que eles não fariam.

-Verdade.

Quando percebi, chegamos na tal sorveteria. Entramos e fomos até a vitrine onde tinha vários sabores de sorvete. Fiquei olhando e olhando, até que uma moça apareceu.

-Boa noite. -ela sorriu. -Já se decidiu?

-Ah, sim. É, vou querer uma bola de twix. 

-Certo... E o senhor? -a moça perguntou ao Levi, que estava do meu lado.

-Uma bola de mousse de limão.

-Ok... Podem ir se sentar, que eu levo pra vocês. -sendo assim, eu e Levi fizemos o que a moça falou.

Nos sentamos em uma mesa aleatória e esperamos o nosso sorvete.

-Esse é o ritual que você faz? -perguntei encarando ele.

-Que ritual?

-Chama a garota pra jantar e depois tomam um sorvete? -Levi começou a rir.

-É. E por último eu as levo para o meu calabouço e retiro seus órgãos.

-Credo. -eu falei e nós dois rimos.

-Eu não sou de levar garotas pra sair. Depois de uma merda bem chata que aconteceu comigo, eu me isolei bastante. Então, você é praticamente a primeira que eu chamo pra sair depois de muitos anos.

-Nossa. Fiquei curiosa pra saber o que houve com você.

-Quem sabe um dia eu conto.

-Tudo bem.

Nosso sorvete chegou e então começamos a comer.

(...)

Levi me deixou em casa já era quase onze horas. Ele estacionou em frente a minha casa, tirou o cinto de segurança e ficou me encarando.

-O que foi? -perguntei retirando o meu cinto também.

-Só estou pensando se eu consegui extinguir a visão horrível que você tem sobre mim.

-Talvez tenha. Mas isso só quem vai dizer é o tempo. -sorri. -Você mostrou um lado seu que eu jamais pensei que pudesse existir.

-Então isso já é um ponto positivo.

-É... Enfim, tenho que entrar. Obrigada pelo jantar e pelo sorvete.

-De nada.

-Boa noite e cuidado na volta pra casa.

-Pode deixar. -ele falou e eu saí do carro. Caminhei até a entrada da minha casa, retirei a chave da minha bolsa e antes que eu pudesse abrir a porta, Levi me chamou. -Elisa? -olhei pra trás e vi ele vindo em minha direção.

-O que foi?

-Eu esqueci de fazer uma coisa. -sem nem ao menos me deixar perguntar o que era, Levi se aproximou mais de mim e passou sua mão pela minha nuca e me puxou para um beijo. -Boa noite. -ele falou quando paramos de nos beijar. Levi sorriu e em seguida voltou para o seu carro, ligou o veículo e se mandou.

E depois desse beijo, eu mal sabia que ia ficar tão louca por ele.

***

-Elisa, você tem que parar de derramar suas preciosas lágrimas por esse filho da puta. Ele não merece. -Annie falou enquanto eu bebia a vodka que estava em meu copo.

-Eu não consigo, Annie. Eu amo demais aquele merda. Eu tô sofrendo de uma forma como eu jamais sofri. Nem no término com o meu primeiro namorado eu não sofri assim, e olhe que foram quatro anos de namoro.

-Você só vai esquecer ele quando conhecer outra pessoa. -Sasha falou.

-EU NÃO QUERO OUTRA PESSOA SASHA! -gritei. -Eu só quero ele. -e com isso eu chorei mais. -Só queria entender o porque de ele ter mudado praticamente da noite pro dia. Ele deixou de ser aquele Levi interessante que me levou pra jantar e tomar sorvete, e passou a ser um Levi pau no cu.

-Isso já era de se esperar Elisa. Não queria dizer isso, mas eu te avisei. -Mikasa falou passando a mão em meu braço.

-Eu me recuso a acreditar no que ele falou, Mikasa. Não acredito que esse tempo todo ele estava comigo sem sentir nada e que tudo isso era por pena. EU ME RECUSO A ACREDITAR NESSA MERDA! -bati a mão na mesa.

-Acho que você precisa descansar. -Sasha falou. -Já chega de tomar vodka. -ela pegou a garrafa e saiu em direção a cozinha.

-A Sasha está certa. -Annie falou.

-Eu vou passar a noite aqui com você. -Mikasa falou.

-Não precisa. Eu não vou fazer nenhuma merda.

-Eu sei que não vai. Mas eu quero.

-Que seja.

-Então, eu e Sasha vamos nessa. -Annie falou e se levantou da cadeira. -Fica bem tá. -ela deu um beijo na minha cabeça.

-Qualquer coisa, só ligar pra gente. -Sasha falou e me abraçou enquanto eu estava sentada.

-Obrigada meninas. Eu não sei o que seria de mim se eu não tivesse vocês.

-Amigas são pra essas coisas e muito mais. -Mikasa completou.

-Agora vamos indo. Tchau. -Annie se despediu juntamente com a Sasha.

-Tchau. -eu falei e Mikasa foi acompanhar as duas até a porta.

Talvez a melhor forma de aceitar que acabou, é se conformar. Mas, e se a conformação nunca chegar? E se eu não conseguir esquecer o Levi, mesmo começando a gostar de outro? Eu realmente não sei o que fazer. Só espero que o tempo cure toda essa minha dor e me deixe ser feliz.

 

 


Notas Finais


E aí, o que acharam?

Como prometido, aqui vai o link do look que a Elisa usou para sair com o Levi.
https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn%3AANd9GcTaefiwUKjouCrlhkSTnSLCnn8P8PVCEJ7TucV7XWLskemoHhOr

Espero que tenham gostado. Logo postarei o próximo. Beijos. 😘


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