História Complicated. - Camp Rock

POV Amy

            Melhor eu parar de ir pra festas, alguma coisa sempre acontece. Dylan estava meio chateado desde ontem.

            — Dylan, o que aconteceu depois que você saiu correndo?

            — Nada demais.

            — Nada de mais tipo, muita coisa?

            — Eu fui atrás da Laura e achei ela, achei que precisasse de ajuda, mas ela estava bem. Estava abraçada com o Alex.

            Eu comecei a rir.

            — Qual é a graça? — Ele perguntou.

            — A graça, meu bem, é você.

            — Eu?

            — Você está com ciúmes.

            — Não estou não.

            — Claramente está. E deixa de ser bobo Dylan, não foi a Laura quem o Alex beijou.

            — É, foi você...

            — Já terminou de arrumar suas coisas?  — Disse mudando de assunto.

            — Já. — Ele disse me mostrando várias malas.

            — Vamos passar três dias, Dylan, não um mês.

           

Além de eu estar a mais de um mês esperando aquele passeio seria uma ótima oportunidade para ficar longe de tudo por um tempo. Foi o que eu pensei até entrar no ônibus e ver tudo sentado em um banco.

“Eles odeiam mato, não vão estar lá, eu te garanto” foi o que a Laura disse, se ela estivesse aqui a mataria, infelizmente ela não veio.

E pra melhorar Dylan estava deprimido.

            Estava começando a me arrepender de ter vindo, mas decidi que não posso ficar mais vivendo a mercê do humor das pessoas.

            Quer dizer uma hora elas são totalmente idiotas e arrogantes, depois são mais idiotas ainda, e depois são as mais doces do mundo só pra te dizer que gostam de outras pessoas.

            Já outras apenas te beijam sem explicações e depois fogem.

           

 

            Passamos um tempo no ônibus e finalmente chegamos numa espécie de acampamento. Tinham alguns chalés onde ficaríamos divididos em turmas, vieram dois ônibus de turmas então não tinha tanta gente.

            Graças ao destino, o diretor, os organizadores do acampamento ou Deus, os meninos ficavam em chalés diferentes dos das meninas. Foi uma pena por causa do Dylan, mas com o humor dele...

 

 

                        POV Luke

            Pensei bastante sobre o passeio, mas decidi que ir seria bom para me afastar dos problemas, vulgo John.

            Alex como um bom conselheiro concordou comigo.

            Mas como a vida não está ao meu favor, Amy entrou naquele ônibus, e por um lado fiquei feliz, feliz porque ela estava lá, mas por outro não, porque se ela estava lá significava que essa conversa teria que acontecer mais cedo.

            Estava tudo bem por enquanto, quando estava só Alex era mais fácil mas descobri que com Amy por perto tudo ficava mais difícil. E eu não conseguia parar de pensar na possibilidade de eles ficarem juntos, mas eu tentava não pensar nisso. Acho que Alex tentava me fazer não pensar nisso também, por que ele ficava tentando conversar comigo o tempo todo.

           

 

            Fiquei no mesmo chalé que Alex, e Dylan, e de mais uns dois meninos.

            No primeiro dia teríamos uma trilha para conhecer o lugar, que não era apenas um acampamento.

            Eu estava procurando uma oportunidade pra falar com ela, sobre o que Luke? Não sei. Eu só precisava falar de uma vez com ela.

            Depois do café da manhã, fomos para tal trilha, e aquele lugar era enorme, eu estava tentando me aproximar da Amy, mas o Alex ficava indo pro outro lado, e quando estávamos perto o suficiente ela resolve tropeçar, e eu ia segura-la mas Alex estava mais perto então ele segurou em seu braço e ela disse alguma coisa antes dele sair pro outro lado da trilha e eu o seguir.

            Aquilo já estava me deixando agoniado de verdade.

            Acho que o destino tá tirando uma com a minha cara.

 

 

                        POV Amy | Dia 1.

            A gente estava naquela trilha ao que parecia uma eternidade, e Dylan estava um pouco mais feliz então resolvi dar as boas novas (ou não).

            — Dylan, eu... — como eu ia falar isso pra ele? — Eu... eu e o Jean estamos namorando.

            Então ele começou a gargalhar.

            — Você poderia ser humorista Amy.

            — Mas é verdade.

            — Ahan...

            — Dylan eu to falando sério...

            — Não Amy você não pode ta falando sério!

            — Por que não?

            — POR QUE VOCÊ TEM QUE FICAR COM O LUKE! — ele disse praticamente gritando.

            — Dylan!

            — Por que você tem que ficar com o Luke! — ele disse cochichando gritando.

            — Não tenho não! Aliás ele gosta de outra menina. Eu sou só tipo... a amiga dele.

            — Você e o Alex, eu até posso engolir. Mas você e o Jean?! Você e o Jean?!

            — Dylan da pra parar de pirar.

            — Não! Emanuelly Collins você não vai estragar o meu shipp!

            — Que shipp?

            — Lumy! Ou... Alemy — ele falou o ultimo com um pouco de desgosto revirando os olhos.

            — Dylan, presta atenção, a vida não é uma fanfic!  — Acho que o Dylan estava muito estressado ultimamente.

            Depois disso ele começou a surtar dizendo que eu e Luke tínhamos que nos casar ter filhos e ir morar num castelo de marshmellow... ou algo do tipo, porque eu comecei a prestar tanta atenção no surto dele que não prestei atenção onde pisava e tropecei em uma raiz de arvore. La se vai meu rostinho lindo...

            Quando Alex me segurou impedindo que eu me esborrachasse no chão.

            — Ahn, obrigado...  Alex é... — Eu não sei o que eu ia falar. Eu nunca sei o que vou falar eu só começo. Mas não tive que falar nada por que ele fugiu para o mais longe o possível. Qual é o problema desses meninos?

            — Eu odeio ele — Dylan disse.

           

 

            Depois da trilha voltamos para os nossos chalés, não havia nenhuma regra que impedisse que entrássemos em outros, apenas não podíamos dormir lá, então depois de Dylan se arrumar ele foi pro meu chalé e fomos jantar.

            Podíamos jantar em qualquer lugar, o que eu achei muito bom, eu e o Dylan fomos jantar em frente ao meu dormitório.

            Parece que os meninos tiveram a mesma ideia por que foram comer em frente ao chalé deles que ficava aonde? Em frente ao meu.

            Luke... O complexo Luke. Que sempre me confundi.

            Alex, eu sei que gosto do Luke, mas do Alex...

            Jean, o meu namorado gay.

            Dylan, o meu melhor amigo gay, só que hetero.

            Aliás é importante dizer que Jean não veio nesse passeio para minha sorte, eu não preciso de mais confusão.

 

            Depois do jantar teve uma fogueira onde comemos doces, e conversamos, algumas pessoas levaram bebidas e bebiam escondidas, Luke e Alex estavam o mais longe o possível do outro lado da fogueira.

            Eu sentia falta de Luke, bobagem eu sei, como alguém pode sentir falta de algo que nunca teve, mas eu sentia, falta de sua idiotice, de fazer aquele trabalho imbecil com ele, de assistir série com ele, e droga eu sentia falta até de jogar comida naquele cabelo loiro.

            Não é como se não nos víssemos mais, mas não era como antes quando fomos comer cachorro quente, sim, dançamos em 1864, e nos vimos ontem na festa de Halloween, mas... não era igual, não sei explicar, mas não era...

            Depois da fogueira fomos dormir, e eu achei que não conseguiria, mas eu estava tão cansada da trilha que foi fechar os olhos e apaguei.

 

            Dia 2.

            Acordei com o instrutor do acampamento que entrou no chalé gritando e acordando todo mundo para o café da manhã, achei desnecessário.

            Me prometi que iria esquecer o Luke. Que não iria mais deixar ele brincar comigo como se eu fosse um tipo de substituição que ele usava quando precisava de alguém. Mas lá estava eu, sem conseguir parar de pensar nele, e sem conseguir para de olhar pra ele, como se estivesse hipnotizada.

            — Sabe o que eu acho engraçado? — Dylan falou.

            — Dylan você acha tudo engraçado.

            — Você olha pra ele quando ele não está olhando, e ele olha pra você quando não está olhando, vocês não se olham diretamente.

            — Ele olha?

            — Ai pelo amor de Deus, vocês são as pessoas mais enroladas que eu conheço!

            — Hmm. E você já falou com a Laura?

            Dylan revirou os olhos.

            — Só estou dizendo... Lumy is real...

            — Dylan... Eu estou com o Jean agora — era estranho falar isso em voz alta, aliás era estranho falar em voz baixa, em pensamento, gritando, era estranho de qualquer forma.

           

                        POV Luke

            Estávamos naquela fogueira e Alex fez questão de se sentar longe da Amy, e tudo que eu conseguia pensar era como as chama realçavam seus olhos verdes, eu sentia falta dela, idiota eu sei como sentir falta de alguém quem você vê todo dia? Mas eu sentia.

            Falta de sua companhia, de fazer aquele trabalho estupido com ela, assistir tv, ou dela me beijar em uma festa sem avisos. Merda, sinto falta até de quando ela tentou jogar macarrão em mim.

 

            No café da manhã Amy estava lá, bem ela sempre estava, não é? Eu me perguntava como ela era de manhã quando estava em sua casa, ela não tomava café isso eu sabia.

            Depois do café fomos para a atividade do dia que era de escalada, sim eles querem nos matar, vou sair desse acampamento uns dez quilos mais magro.

            Passamos a tarde inteira naquela coisa, e só paramos para lanchar, e voltamos para os chalés para jantar.

            E depois a fogueira.

            Voltamos para o chalé de noite para dormir, e apesar de passar o dia todo escalando não conseguia dormir, talvez fosse pelo fato de ser o segundo dia nesse acampamento e eu não conseguir para de pensar em... tudo.

            Sai pra tomar um ar, e sentei na varanda. As estrelas estavam exclusivamente mais bonitas hoje. E a lua brilhante.

            Quando ouvi o barulho da porta se abrir e lá estava ela, Amélia. E ela brilhava mais que a lua, finalmente poderíamos conversar.

            — Oi. — Falei.

            — Por que você sempre me fala oi? Só oi? — Ela disse se aproximando.

            Porque toda vez que eu te vejo Amélia, eu perco a fala, e só consigo me lembrar de dizer oi... poderia ter dito isso, mas o que eu disse foi mais ou menos:

            — É.. Eu não sei.

            — Você está nervoso?

            — Não...

            — Está sim — ela disse sorrindo, aquele sorriso que iluminava a noite — quando está nervoso o seu cabelo fica assim...

            — Assim?  — Falei olhando pra cima.

            — Todo bagunçado — naquele momento nada mais parecia existir, éramos só eu e ela.  — Eu gosto.

            — E o que você sabe sobre mim? — Falei a provocando.

            — Eu sei que...

           

            Continua….