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História Conexão Barra Funda - Itaquera - Itaquera


Escrita por: Bluefox203

Notas do Autor


Finalmente estou chegando no último capítulo dessa fanfic que amei escrever!
Obrigada demais quem nos acompanhou até aqui e espero que gostem 🥰

E não posso deixar de agradecer a @AgathaLis, beta perfeita que me ajudou com toda essa história 💚

Capítulo 5 - Itaquera


Fanfic / Fanfiction Conexão Barra Funda - Itaquera - Itaquera

O sol já batia forte no meu rosto e eu olhava a tela do celular enquanto balançava a perna em um ato claro de nervosismo. Sakura estava presa no trânsito a caminho da casa dos meus pais em Itaquera e eu agradecia por isso. Sim, um péssimo namorado por querer que ela se atrasasse, mas eu estava aceitando qualquer minuto a mais que o universo me desse para tentar encontrar um plano viável para toda aquela loucura. 

Justo eu, que sempre fui bom em formular estratégias, estava em uma sinuca de bico com tudo isso. De um lado, tinha meu pai, que queria almoçar com a camisa do time — sob protestos de minha mãe —, e do outro tinha Sakura, que não tinha a mínima ideia que estava vindo direto para a toca dos leões. Mas, afinal, o que poderia dar errado? 

Talvez tudo, segundo o frio na espinha que eu sentia ao lembrar das situações em que vi a Haruno esbravejando com os internos. Céus, eu sei que merecia depois de toda essa mentira, mas ainda sim esperava que algum ser divino interviesse entre a raiva da rosada e minha pessoa. 

— Olha que bonitinho, está nervoso porque vamos conhecer a namorada. — Escutei minha mãe cochichar, não tão baixo assim, para a mãe da Ino, que riu ao seu lado. 

Ah, se elas soubessem o porquê desse nervosismo todo! 

— Calma, mano, vai dar tudo certo. — Chouji apareceu me dando um tapinha nas costas e me oferecendo um copo de cerveja. — Pensa, se o Corinthians ganhar, pelo menos a gente vai ter o que comemorar. 

— Ótimo jeito de me animar. — Bufei frustrado comigo mesmo, dando um gole na bebida gelada. 

A campainha logo tocou e naquele momento o som me pareceu as trombetas do apocalipse, porém respirei fundo e me levantei indo abrir a porta. Assim que a vi, Sakura sorriu docemente para mim e selou nossos lábios, me fazendo lembrar o porquê de me encontrar naquela situação.

Ela era simplesmente a mulher mais incrível que eu já havia conhecido na minha vida e não queria que nada nos atrapalhasse. 

— Feliz aniversário! — falou animada, me abraçando forte. 

— Obrigado, você está linda. — Sorri que nem tonto admirando o espetáculo de mulher na minha frente. 

— Claro, não poderia fazer feio conhecendo os sogros, né? 

Dei uma risada nervosa com o comentário, torcendo para que de dentro daquela bolsa ela não resolvesse tirar uma camiseta verde. Mas é claro que aquilo não aconteceu, e quando minha mãe viu a médica só faltou se derreter por ela. 

Dona Yoshino estava radiante com a nora, exibindo Sakura para todo mundo na festa, fazendo questão de apresentar a norinha dela. A fase um estava resolvida, elas haviam se entendido e isso tirava um peso enorme das minhas costas. 

Porém, quando Sakura foi conhecer meu pai que as coisas começaram a desandar. Por sorte, ele havia concordado em tirar a camiseta até a hora do jogo, mas pela cara que ele fez ao analisá-la, sabia que dali viria merda. 

— Muito prazer, Sakura, sou pai do bonitão aqui. — Bateu nas minhas costas, sem deixar de encarar a coitada da Haruno. 

— O prazer é meu, senhor Shikaku. O Shika fala muito de você. 

— Acho que te conheço de algum lugar — ele falou rapidamente, levando a rosada a me olhar de canto, claramente confusa. — Eu não sei de onde, mas tenho certeza que já vi seu rosto. 

A Haruno riu nervosa, sem saber o que responder. E só aí eu lembrei da fatídica quarta-feira de um mês atrás, quando vi a rosada na torcida do Palmeiras, e claro, meu pai a viu também. 

É, quando falam que mentira tem perna curta, vai por mim e acredita, porque uma hora ela volta pra te assombrar. 

— Eu nunca esqueço um rosto. — O maluco do pai se gabou, e do jeito que eu conhecia a peça e sua memória de elefante, não ia demorar muito para ele se lembrar. 

— Que isso, você deve estar confundindo ela com alguém. — Tratei de cortar aquele assunto de uma vez, impedindo-o de continuar com seu interrogatório. — Pai, deixa eu levar a Sakura para conhecer a Ino, daqui a pouco ela vem aqui buscar pessoalmente. 

E sem esperar uma resposta puxei a rosada que riu disfarçada, provavelmente reconsiderando onde estava se metendo. Isso que ela nem sabia do melhor. 

Se a Sakura se deu bem com a minha mãe, não consigo nem comentar como foi com a loira, depois de meia hora as duas tagarelas riam como se fossem amigas de infância e eu já considerava ter perdido minha namorada para a Yamanaka. 

— Você é incrível Sakura! — Ino falou alto depois de mais um gole em sua cerveja. — Só faltava torcer para o Coringão para ficar mais perfeita! 

— Ino! — Chutei sua cadeira no impulso, aguardando o que iria sair da boca da Haruno. 

Primeiro seus olhos se cerraram, como se estivesse processando a fala da outra e nisso eu já comecei a ficar mais branco que papel, porém, para a minha surpresa, a médica abriu um sorriso dando uma alta risada. 

— Você é muito engraçada, Yamanaka! 

Meu suspiro de alívio foi tão grande que deve ter soado alto. Para mim já havia sido uma vitória a rosada ter levado na brincadeira, contudo todo meu senso de sobrevivência me alertava que aquela situação não era nem de perto a minha, afinal, eu estava mentindo para ela há semanas e isso definitivamente não era uma boa maneira de se iniciar um relacionamento. 

Mas quando eu achei que aquele assunto seria passado e que teria uma maneira de contar as coisas com calma, o fanático que eu tenho em casa chegou falando alto e batendo nas costas do Akimichi mais novo. 

— Tá chegando a hora hein, molecada! — O olhar de Sakura se transformou em uma interrogação e meu pai logo percebeu, resolvendo, para o meu desespero, continuar explanando sobre aquele assunto. — Hora de ver o coringão destruir aquele timeco sem mundial. E hoje vai ser ainda mais bonito porque é aniversário do Shika! 

— Pai… — resmunguei tentando parar com tudo aquilo sem tirar os olhos de Sakura, que alternava seu rosto entre o meu pai e eu, parecendo tentar entender qual era a daquele circo todo. 

— Deixa disso, Shikamaru! E Sakura, você está mais que convidada para o próximo jogo do Corinthians, porque só assim para esse aí voltar a ir aos jogos comigo! — A Haruno continuava muda, aumentando ainda mais meu desespero. — Falando nisso, você gosta de futebol?

Quando eu digo que meu pai tinha uma capacidade gigantesca de continuar falando sem perceber a hora de parar, isso é a mais pura verdade e essa pergunta foi o necessário para eu realmente me intrometer naquela conversa que já tinha colocado coisa demais a perder. 

— Não, ela não gosta — respondi antes da minha namorada conseguir abrir a boca e mais que depressa me levantei, segurando a mão da rosada que estranhamente ainda não tinha jogado um copo de cerveja em mim. — Vem, eu preciso conversar com você. 

O caminho até meu quarto de infância foi silencioso e isso estava me deixando mais nervoso do que se fosse ao contrário. Abri a porta do cômodo e se ela não tivesse captado a mentira deslavada que eu havia contado nas últimas semanas, toda a decoração de futebol faria esse trabalho. 

— Sakura, eu, eu nem sei por onde começar. Me desculpa por ter mentido, eu não queria te perder e por alguma razão idiota achei que seria melhor esconder isso de você. — Saí falando tudo que se passava na minha cabeça. Era realmente impressionante como todo meu cérebro parecia se derreter quando o assunto era ela! — Idiota, isso que eu fui, e eu sei que agora você vai querer terminar comigo, mas mesmo assim eu precisava tentar…

— Shika! — Sua voz alta me interrompeu e eu finalmente consegui parar e encarar seu rosto, porém a expressão que encontrei definitivamente não foi a que esperava. 

Sakura ria. Na verdade, naquele momento ela já gargalhava e pela primeira vez em muito tempo eu não conseguia formular nenhuma teoria. 

— Eu já sabia…

— O que? Como assim você já sabia? — perguntei incrédulo, reavendo todos os meus passos para saber em que momento deixei passar alguma coisa.

— Suas meias. 

— Minhas meias? 

— Suas meias no primeiro dia que ficamos. Elas tinham o escudo do Corinthians.

Ela falou risonha, me fazendo relembrar daquele dia em que todas as minhas meias estavam sujas e eu precisei recorrer a peças antigas. Me julguem! Eu não achei que iria conseguir fazer um mulherão como a Sakura já ver minhas meias no primeiro encontro. 

— Então por que você não me falou antes? — perguntei chocado, ainda não entrava na minha cabeça. 

— Para um cara ter um par de meias do Corinthians e usar isso em um primeiro encontro é porque ele é doido por futebol, e isso foi só mais um plus de como você é perfeito para mim. — Seus braços se entrelaçaram no meu pescoço, me beijando suavemente. — E sério, foi muito engraçado ver você tentando esconder isso de mim. 

Sua risada debochada voltou e eu tive que acompanhá-la, mesmo que ainda estivesse passado com toda a situação.. Ainda era surreal para mim como tudo se encaixou e eu agradeci mais uma vez por ter essa mulher comigo. 

Agora, finalmente, eu posso dizer que encontrei a mulher perfeita e ainda vou poder ver os jogos com ela. 

Fala sério, o que mais eu poderia querer? 

— Então, já que você não se importa, quer dizer que rola você usar uma blusa do corinthians para mim? Tenho certeza que você vai ficar muito gata em preto e vermelho…

— Não força, Shikamaru! — Seu cenho se contraiu e percebi qual era a linha a não se cruzar. 

— Eu tinha que tentar…

A beijei tirando aquela carinha de brava da minha — diga-se de passagem, única — palmeirense favorita. 

Decidimos que não iríamos contar nada naquele dia sobre o time do coração da Haruno para não estragar a festa de aniversário, mas tudo ficou mais difícil depois que o Palmeiras meteu um gol desempatando a partida. 

— Chupaaa Corintianada! — o grito de Sakura foi o único naquele momento de tristeza para o pessoal da minha família, e o suficiente para o meu pai ligar os pontos e entender que agora contava com uma nora palmeirense, um dos seus piores pesadelos, diga-se de passagem. 

Se foi por conta do gol do adversário ou da Sakura, a gente nunca soube, mas que o senhor Shikaku teve uma batedeira no coração naquele final de tarde, ele teve! Porém tudo terminou bem, porque no fim, agora além de uma nora palmeirense ele ganhou de brinde a chefe da ala de cardiologia.


Notas Finais


É isso pessoal! Obrigada por quem chegou até aqui ❤️

Ps: Sakura mandou avisar que já se sente de alma lavada depois da última Libertadores, porque o Shika teve que escutar durante uma semana que o Palmeiras ganhou rsrs


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