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História Confesso que... - Capitulo 18


Escrita por: gabyborges_

Capítulo 18 - Capitulo 18


Ambar e Simon andavam pelo centro. Ela mostrava a ele tudo o que a cidade tinha a oferecer e ele não podia está mais ansioso para descobrir mais e mais. Era tudo tão diferente e insano. Coisas como você pode misturar doce de leite e café e isso magicamente fica gostoso ou pode simplesmente adicionar açúcar no abacate, ainda que o mexicano preferisse com sal. Os dois andavam pelas ruas desgarrados e risonhos.

Era uma sensação ótima ser livre pela primeira vez e fazer o que quiser.

-Então...-Ambar parou de andar por uns segundos e ficou na frente dele. A garota era bem mais baixa e claramente tinha que elevar-se para olhar diretamente nos olhos do moreno. -Nós temos que ver a parte difícil. Não vai dá para escapar para sempre.

Simón tinha que admitir que ela tinha razão e que por mais que ele desejasse fugir de tudo, ainda existia um tudo a se resolver.

-Temos que ver um apartamento ou um local que eu possa ficar. -Simón lembrou. -E um trabalho.

-Trabalho? -Ambar não entendeu. Tudo o que ela conheceu da vida dele era luxo e muito dinheiro, não era algo que ele precisasse.

-É. -Simón disse. -Eu não posso ficar sem fazer nada, não posso simplesmente voltar a cantar sem ter que dá explicações e não posso mostrar para os outros que eu sou rico, quando eu não faço nada.

-Então teoricamente você pretende fingir para todo um país que não é famoso? -Ambar desdenhou. Andou um pouco mais na frente dele.

-Era essa a ideia. -Simón disse com firmeza. -Eu não quero que as pessoas em tratem diferente porque eu sou famoso ou algo do tipo. Eu quero ser eu mesmo aqui.

-Mas Simón, o mundo apesar de toda essa distância, ainda é relativamente pequeno. E você não vai se misturar com o povo do roller. -Ambar disse andando mais um pouco.

-Que? -Simón não entendeu. -Como que não me misturar?

-Simón eles não são legais, eles fingem gostar de você e depois te apunhalam, você sabe o que fizeram comigo, achei que já soubesse disso. -Ambar o olhou chateada.

Não, ela não deixaria que eles tomassem a única coisa que ainda pertencia a ela.

-Você não pode escolher com quem eu ando e com quem não. -Simón cruzou os braços. -Eu posso ser amigos deles e isso não me afetaria em nada.

-Você faria isso? -Ambar disse irritada.

-Por que não? -Simón respondeu com a mesma intensidade.

-Então tá, mexicano, abra-se as consequências como por exemplo, não falar comigo por um tempo. -Ambar virou-se. Sua expressão de raiva pairava por seu rosto.

Ela dava pisadas fortes no chão enquanto se distanciava do rapaz.

O telefone de Simón vibrou, ele abriu um sorriso de imediato. Era ela, com certeza ia chama-lo de idiota e que estava o esperando mais a frente.

Enganado.

-Alô? -Simón disse ao ver o número desconhecido.

-Ei! É o Pedro. -O rapaz falou. -É o Simón quem fala né?

-Sim. -Simón disse um pouco desconfiado.

-Pegamos seu número com a Jasmin.

-Com quem? -Simón não entendeu de imediato.

-É, gostamos de você e gostamos de seus conselhos musicais, vamos fazer uma reuniãozinha no nosso apartamento hoje, sei lá, você quer vir? -Pedro o chamou.

Era isso, Simón iria fazer exatamente o que Ambar não queria.

-É claro. -Simón respondeu.

Ambar estava chateada. Brigar com Simón era como se ser esfaqueada. Doía muito mais do que qualquer dor.

Ao se olhar no espelho da porta de saída, identificou uma lágrima. Se sentia sozinha.

Olhou-se mais uma vez. Ela não sabia se estava adequada para um jantar com seu pai. Ou melhor, seu projeto de pai.

Um vestido azul, o cabelo preso e fios caindo pelo rosto.

Se não estivesse bem, quem ligaria? Gary não merecia a melhor das aparências.

Ambar se sentiu nervosa ao entrar no restaurante, ela desejou que Simón estivesse ali para dizer que tudo ia ficar bem. Mas ela conseguiu estragar sua última chance de segurança.

O restaurante era o preferido de sua madrinha, era elegante e estava completamente vazio.

Vazio.

Ambar suspirou. Olhou para os lados um pouco assustada.

-Olá. -Ouviu uma voz vindo de trás.

Se assustou.

-É, oi. -Ela abriu um sorriso falso e estendeu a mão.

Mas foi acolhida do por um abraço. Um abraço tão apertado que lhe faltou o ar. Ambar começou a achar que a cena estava patética de mais.

-Tudo bem. -Ela se afastou.

-É tão bom ver você, aqui, na minha frente, tão grande. -Ele acariciou os meus cabelos.

-Pensei que você espiasse todos os momentos da minha vida.

-Eu estava sempre com você mas eu não podia te ver de verdade. -Ele ajeitou a cadeira para que ela sentasse.

-Por que? -Ambar sentou-se. -Por que esconder de mim sua existência?

-Por que era perigoso de mais.

-Perigoso de mais? -Ambar o olhou fria. -Eu fui humilhada, rastejada, quebrada, mudei de país, depois voltei, passei anos sem amigos e você acha que saber quem era meu pai era perigoso de mais?

-A minha intenção não era te aborrecer. -Gary disse. -Eu só não podia te manter com todo o meu mundo. E foi uma ótima ideia que Sharon te criasse, ela fez um bom trabalho.

-Um ótimo trabalho. -Ambar desdenhou. -Qual sua relação com ela?

-Com Sharon? -Ela bebeu uma taça se vinho. -Uma amiga das antigas.

-Uma amiga? Você larga sua filha com sua amiga?

-Não exatamente assim. -Ele disse. -Ela é a chefe do departamento da Red e nossas empresas são coligadas.

-Coligadas? Coligas por que? -Ambar não entendeu de imediato.

-O meu irmão era casado com a irmã dela. -Gary disse enquanto cortava o pedaço de carne. Ambar sentiu um leve calafrio em sua espinha.

-Então sua família e a minha familia,quer dizer, a família da Sharon em um laço? -Ambar perguntou interessada.

-Sim. -Gary mastigou.

-E por isso as empresas tem um departamento ligado? E como? Como eu sou a Sol Benson e sou sua filha? -Ambar estava ansiosa por mais informações.

-É. -Gary gaguejou. -Sua mãe não era exatamente um exemplo.

-Minha mãe? -As mãos de Ambar tremeram.

-Lily. -Ele sorriu para ela. -Lily Benson. -Ele acrescentou. -A garota que hipnotizava todos os caras.

Ambar ficou parada, olhando para o nada. Era tudo tão estranho, tão sem sentido. Ela queria tanto Simón naquele momento.

-Você está bem? Parece distante. -Gary a chamou.

Ambar apenas o olhou de volta.

-Briguei com meu namorado. -Ela disse. Era em partes verdade.

-Ele é um cara de sorte. -Gary deu um sorriso. -Ser namorado de uma garota tão inteligente e bonita.

-Tenho certeza que nesse momento ele não acha isso. -Ambar olhou para a mesa. -Igual, não importa. Isso iria acontecer em algum momento.

-Isso o que? -Gary estava interessado. Era bom conhecer a filha.

-Brigarmos. Discordamos. Terminarmos. Nessa ordem. -Ambar disse com frieza.

-Nem tudo é o que imaginamos, Ambar. As vezes as pessoas tem que cair bem a baixo para tornar o que estão perdendo.

Ambar estava cansada. Se jogou na poltrona da sala com seu litro de vodka. Estava tão mal que cogitou tomar aquele litro inteiro de uma só vez.

-Por que? Por que as pessoas sempre te abandonam? -Um gole.

-Por que elas nunca acreditam em você? -Outro gole.

-Por que você espera tanto dos outros? -Mais um gole.

Ambar já estava zonza. Um pouco desnorteada. As lágrimas invadiam seu rosto.

Não faça nenhuma besteira, ela repetia a si mesma a todo instante.

-Oi. -Uma voz conhecida se aproximava, era baixa. Ambar não quis olhar, por que ela sabia bem quem era e não queria que ele tivesse aquela visão dela.

Não queria mostrar o seu pior lado.

-Eu sou um idiota. -Simón disse olhando para ela. -Eu sou um tremendo idiota.

Ambar olhou para ele. Enxugou as lágrimas.

-E eu sou um idiota que ama você. -Ele se ajoelhou. -Me perdoa. Eu não queria te magoar, não queria dizer aquilo, é que muitas coisas na minha vida andam de cabeça para baixo e eu ainda não sei direito como arruma-las. -Ele foi sincero.

Simón não tinha ido a festa. Ele cogitou ir. Mas ficou parado 2 horas em um banco de uma praça olhando para o céu. Era horrível não poder dizer a Ambar como se sentia. Era horrível não ter com quem dividir a dor.

-Você quer transar comigo? -Ambar perguntou rapidamente.

Simón a olhou meio em choque.

Era bem evidente que ela estava bêbada, qualquer ser humano seria capaz de notar isso. Mas Ambar sabia que ela não estava tanto assim.

-Que? -Simón tentou fingir espanto. Mas ele queria.

-Transar ou melhor na sua linga, "fazer amor" -Ela disse entre as aspas.

-Ambar eu não acho que seja uma boa ideia. -Simón acariciou o rosto dela.

-Então você não quer. -Ambar o olhou brava.

-Não, eu quero, eu quero muito, mas você não parece bem. -Ele tentou se explicar.

-Quem liga para como eu me sinto? -Ela se levantou, cambaleando. -Eu mesma não ligo. Acho que talvez eu deva ligar para o Matteo, talvez ele queira aliviar minha vontade de pelo menos sentir uma gotícula de prazer nesse dia horrível.

-Não faça isso. -Simón se aproximou dela.

A distância era pequena de mais.

-Que? -Ambar tinha desafio em seu tom de voz.

Simón a beijou. Forte. Intensamente. Suas mãos percorriam o corpo da garota com agilidade e frieza. Ele conduzia as mãos por lugares e apenas um toque a fazia delirar. Ambar estava viciada naquilo. Simón e Ambar tentaram subir as escadas, mas o que eles faziam era uma mistura entre agarramento contra o corrimão e beijos apaixonados.

Eles estavam demorando tempo de mais para subir.

Quando finalmente chegaram no quarto. Simón arrancou o zíper do vestido da loira. Era um vestido muito bonito, quase que pedia para ser rasgado. Ambar suspirou. A excitação respairava pelo seu corpo.

Simón a jogou na cama. Pronto para iniciar.

Até que algo não foi como ele planejava.

Ambar dormiu.

Simón adorava ver ela dormir, apesar de que a garota tinha deixado ele da pior forma. Excitado e esperançoso.

Ele podia vê-la dormir daquela maneira para sempre, parecia tão profundo. Ele apenas acariciou o rosto dela.

E quando nem notou, também já estava dormindo.

Eram 8 da manhã quando o telefone de Simón vibrava, ele procurou ele pela cabeceira de Ambar, ainda meio sonolento, atendeu.

-Alô? -Simón tinha a voz ainda rouca. Olhou para o lado e Ambar continuava dormindo.

-Oi, é o Pedro, de novo, desculpa está ligando a essa hora mas você já achou o apartamento?

-Ainda não. -Simón abafou seu bocejo.

-É que estamos procurando mais um colega para dividir apartamento, se você estiver interessado... -Pedro dizia pragmático.

-É uma ótima ideia. -Simon respondeu alegre. -Podemos falar sobre isso mais tarde?

-É claro, bom dia. -Pedro desligou.

Era o começo de uma nova história.

Ambar odiava o pós bebedeira. Sua cabeça doía e seu corpo não a respondia de forma adequada. Os óculos escuros amenizavam sua aparência ainda sonolenta.

-Ambar, você quer assim? -Disse Nico mostrando a arrumação das tigelas novas.

Ambar fez apenas um sinal positivo. Ela não sabia exatamente como sua voz se comportaria.

Nico estranhou.

-É, sabe o que seria legal? -Simón chegou por trás dela, depositando um beijo sobre sua bochecha.

Ambar achava ele fofo mas naquele momento queria dar uma bofetada na cara dele, não era legal falar no ouvido de uma pessoa com ressaca.

-O que? -Ambar disse baixinho.

-Você me dar um emprego. -Ele deu um sorriso.

-Um emprego? -Ambar baixou os óculos.

-É, eu sou bom com as pessoas, posso atender, posso limpar, posso servir....

Ambar riu.

-Você? O cara que canta ao luar? -Ela desdenhou.

-Esse lugar não envolve música também?

-por que não? Se você quer tanto... -Ambar o olhou.

Simón a abraçou com toda força. A cabeça de Ambar girava tanto que ela não sabia nem em que concordava.

Simón estava meio perdido com oa afazeres. Nico e Pedro tinham mostrado basicamente o que ele tinha que fazer.

Lavar.

Limpar.

Misturar.

Servir.

Não podia ser tão complicado, Simón pensou.

Ainda meio intrigado, estava perdido com a lista de afazeres.

-Quer uma mãozinha? -Uma garota morena se aproximou.

-É, não. -Simon falou meio nervoso. -Não sou o melhor dos garçons mas posso tentar te atender.

-Não precisa, eu trabalho aqui. -A garota sorriu para ele.

-Ah graças a Deus. -Ele suspirou. -Como se faz isso? -Ele mostrou o bloco de notas.

-É Simples. -Ela piscou para ele. -Prazer, Daniela. -Ela estendeu a mão.

-Simón. -Ele disse com um sorriso.

Luna olhava a cena ao fundo. Simón não podia ser mais ingênuo.


Notas Finais


Espero que gostem do capítulo, vocês são demais.

Eu criei uma nova fic, um pouco diferente do que eu geralmente escrevo, espero que gostem
https://www.spiritfanfiction.com/historia/com-amor-simon-13589350


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