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História Confidences - Confissão especial: Não tão só.


Escrita por: LukaHatsune

Notas do Autor


POR FAVOR LEIAM AQUI! IMPORTANTE!

Olá meus nekos! Feliz natal!

Sim, postei um especial, e foi quase um parto escrever ele. Porque eu simplesmente pensava: "Meu Deus o natal vai passar e minha fic vai ficar sem especial. Meus leitores queridos, socorro eles não podem ficar sem especial alguém me ajuda."

Enfim, depois de passar meu domingo todo pensando eu consegui escrever, e é um belo Ladynoir para vocês!

Agora os verdadeiros avisos: Esse especial é completamente paralelo a fic, ele não influencia na história, é como se fosse um filler, quem assiste Naruto ou qualquer outro anime vai me entender.


Eu só vou postar de novo ou dia trinta ou dia trinta e um porque eu quero lançar outro especial, e eu não quero deixar pra última hora como foi esse.

Então, era só isso meus nekos. E eu espero de coração que vocês gostem, porque eu fiz de todo coração. Lembrando que criticas construtivas e sugestões são sempre bem-vindas, tá?

Beijos e até lá embaixo!

Capítulo 14 - Confissão especial: Não tão só.


A neve fria caia bailando junto com o vento manso. Os ombros de Chat se contraiam com a sensação gélida. Do alto da Torre Eiffel Chat observava a cidade da luz mais iluminada do que nunca poderia imaginar. Ele não saia de sua casa durante o natal, não tinha essa oportunidade, e quando tinha não fazia questão de aproveitá-lá. Desde que a mãe desaparecera o natal tornara-se uma data amarga tanto para ele tanto para seu pai.

Eles não se viam na véspera de natal, Gabriel passava o dia trancado em seu escritório e Adrien se trancafiava em seu quarto se afogando nas próprias tristezas e lágrimas. Não gostava de sair e ver as famílias felizes, com sorrisos alegres e cheias de abraços carinhosos para dar, enquanto a sua se mantinha distante, faltando um pedaço, e ele largado de lado sem nem mesmo se importar se alguém ligava para ele ou não.

Uma lágrima correu por seu rosto, tão fria quanto a neve em seus ombros. Não queria sentir aquela saudade que machucava, já havia se acostumado com sua solidão, mas não importasse o quanto ele tentasse, ele não poderia esquecer que estava sozinho novamente naquela noite de véspera de natal.

—Chat Noir?

Virou-se e viu Ladybug se aproximar mansamente próximo dele. Os olhos azuis preocupados focados em si. Ele apressou-se em secar o rosto com as costas frias da sua mão para logo em seguida forçar o melhor sorriso que podia.

—Como vai my lady? —Levou a mão ao peito em um breve sinal de respeito, mas amaldiçoando a si mesmo por não conseguir disfarçar a voz embargada.

O olhar sério de Ladybug não se desfez mostrando que ela não caíra naquela encenação fajuta. Conhecia bem o parceiro, e ela sabia que ele não estava bem. Aproximou-se dele e olhou fundo em seus olhos, Chat estava tremendo por dentro. Sentia que se ela fizesse apenas a menção de perguntar se ele estava bem não poderia segurar tudo o que sentia.

Mas ela não o fez. Parou a seu lado e tirou o pouco de neve que havia sobre seu ombro e cabelos. E depois disso, apenas voltou seu olhar para Paris.

—O que faz aqui a essa hora? —Perguntou sem o encarar. —Não deveria estar em casa?

—Não tem porque eu estar em casa. —A respondeu com um tom amargo na voz vaga. —Eu não comemoro o natal já tem muito tempo.

—Por quê?

Ela esperou a resposta que não veio. Chat passou a mão por trás da nuca e bagunçou de leve os próprios cabelos, naqueles atos sem nexo Ladybug viu que ele não queria falar sobre aquele assunto. Não o forçaria, afinal desde que ficara o observando na calada da escuridão ela vira que ele não estava bem, não era como agia todos os dias com seu auto-astral e ego inabalável. Ele parecia desamparado, sozinho, como um gato indefeso largado no meio da neve.

Aproximou-se mais dele e deixou que Chat apoiasse a cabeça em seu ombro. Levou uma de suas mãos aos fios loiros ainda gélidos pela neve que tirara e os acariciou ouvindo do soltar algo como um suave ronronar, mas nada mais que isso.

Seu gatinho não estava feliz.

—É lindo, não é? —Ele disse em meio a um longo suspiro. —Ver Paris tão iluminada e tão festiva.

—Realmente é muito lindo. —Concordou não evitando sorrir ao continuar a admirar a cidade que tanto amava coberta pela neve.

—Em cada uma dessas casas tem uma família feliz, comemorando o natal. —Chat apontou para cada uma das casas visíveis do alto da Torre. —E eu infelismente não estou em uma dessas famílias. Estou só My lady.

Aquilo fizera o coração de Ladybug doer, Chat sempre demonstrara que sua relação com a família não era das melhores, mas afirmar com tamanha certeza que não estava entre o que ele chamava de "família feliz", afirmar com tanta certeza que estava só fazia tudo parecer mais doloroso.

Afastou-se dele e pegou sua mão. O sorriso em seu rosto o deixara confuso, mas ela pegou mais firme em sua mão e o puxou.

—Nada de tristeza hoje gatinho. —Sua voz saíra doce. —Vem comigo, vamos ver Paris do jeito que apenas nós podemos.

Chat a olhou confuso, mas sorriu logo depois quando a viu pular do alto da Torre Eiffel e ressurgir com seu ioiô pulando pelos telhados brancos de Paris.

Poucos segundos depois ele estava atrás dela. E Chat Noir teve que admitir que ele nunca havia visto Paris daquela maneira. Sempre que corria e saltava por ela assim ele nunca teve tempo para realmente admirar o quão bela era sua cidade.

O vento havia se tornado menos intenso e se tornara agradável mesmo com o frio que trazia. As luzes haviam se tornado mais brilhantes aos olhos de Chat, o cheiro de peru assado e de chocolate quente se tornara infinitamente agradável. Talvez fosse por finalmente ter esquecido sua tristeza, ou talvez por já não estar mais tão só em meio a aquela véspera de natal.

Podia ouvir a risada doce de Ladybug a sua frente por não conseguir alcançá-lá por mais que tentasse. Nunca imaginou que passaria a véspera de natal longe da família, mas há anos ele também nunca imaginou que passaria aquela data longe da mãe. E também, nunca imaginaria que passaria aquela data ao lado de Ladybug, sua amiga, sua companheira, e a pessoa que mais amava e admirava no mundo.

Ele podia sentir falta da mãe, podia sentir falta da presença do pai, mas ele nunca, em nenhum momento trocaria aqueles breves minutos valiosos com sua lady.

Quando finalmente ela parou debaixo do telhado de uma casa ofegante ele a alcançou. Com o rosto quase que paralisado em um sorriso ele soltou uma gargalhada contagiante que fez até mesmo ela rir. Poderia estar cansado, poderia estar levemente suado apesar da temperatura, mas estava feliz.

Poderia falar para quem quisesse ouvir: Naquele momento ele estava feliz.

—Está alegre gatinho? —Ladybug o perguntou ainda ofegante pela risada e pela corrida pelos telhados.

—Alegre como nunca um lady. —Sorriu novamente adorando a sensação de sentir que o sorriso que carregava era realmente verdadeiro. —Pronta para mais uma corrida?

Estava pronto para pular novamente quando sentiu a segurar seu braço. O rosto corado pela corrida parecia ter ficado mais rubro, e ao aproximar-se mais Ladybug parecera até mesmo tremer.

—O que foi?

Ela não respondeu. E em um momento ínfimo de coragem ela o puxou para mais perto e juntou seus lábios aos seus.

Apenas alguns segundos foram necessários para que Chat pudesse vir de encontro a realidade e pudesse retribuir o suave beijo que recebia. Em um momento de sincronia que foi embalado pelo som de sinos tocando marcando a meia-noite.

Ambos em uma sintonia que apenas parceiros e amigos como eles podiam ter. Um momento único em que até mesmo a neve parecia ter voltado a cair para marcar aqueles breves segundos valiosos.

Quando o ar se fez irrevogavelmente necessário eles se separaram e com um sorriso Ladybug olhou para cima sendo acompanhado por Chat logo em seguida.

E ele riu ao ver que haviam parado justamente sob vários ramos de azevinhos pendurados na porta.

E ele agradeceu profundamente a quem havia criado a tradição de beijarem-se debaixo de azevinhos.

Ladybug acariciou o rosto de Chat Noir ganhando sua atenção. No rosto havia um sorriso de compaixão que mesmo sem palavra alguma ele pode sentir que aquilo tocara seu coração.

—Escuta Chat. —Sua voz saíra tenra. —Eu seu que está triste, eu sei que essa sensação de alegria não vai durar por muito tempo porque eu conheço você o suficiente para saber disso.

Chat escutava a tudo em silêncio segurando a sua mão em seu rosto mantendo aquele toque.

—E eu também não sei pelo que você está passando, não sei pelo que a sua família está passando. Mas eu quero que você saiba que eu sempre, sempre estarei aqui com você. —O sorriso em seu rosto era singelo. —Encare como uma confissão ou uma promessa, mas eu não vou deixar você ficar sozinho, seja no natal, seja em qualquer ocasião. Eu sempre estarei aqui com você. Me entende?

—Eu entendo Ladybug. —O sorriso em seu rosto veio em uma mistura de gratidão e conforto. —Essa é uma das poucas coisas que tenho certeza.

—Feliz natal mon chaton.

—Feliz natal mon cher.

Chat Noir beijou suavemente a mão da menina a sua frente. Depois disso mantiveram os olhares fixos por um minuto até que ela sorriu marota e correu novamente pulando para o alto de um telhado.

—Agora me alcance se puder!

Chat respirou fundo em um momento de paz interior inegável. Sorriu novamente e antes de acompanhá-lá em uma nova corrida fez uma breve reverência.

—Sim, my lady.


Notas Finais


Só pra saber: Mon chaton: Meu gato
Mon Cher: Minha querida.

Eu espero realmente que vocês gostem, não se esqueçam de comentar tá?

Beijos e feliz natal para vocês!


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