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História Confidences - 15 confissão: Ação e reação.


Escrita por: LukaHatsune

Notas do Autor


OLÁ MEUS NEKOS!

Meu Deus que saudade que eu estava de vocês! ME desculpem mesmo pela demora, mas é que veio o feriado e eu fiquei ironicamente se tempo de novo. E então veio um bloqueio do pesado e como eu não queria fazer um capítulo tão sem graça como o último eu resolvi esperar um pouco, só que então minhas provas começaram e como elas acabaram hoje (aleluia!) ,minha inspiração voltou junto e eu o capítulo saiu!

Pois é, vida meio corrida.

Mas enfim, chega de enrolação, aqui está o capítulo, eu espero que gostem e até lá em baixo!

Capítulo 18 - 15 confissão: Ação e reação.


 

Marinette corria de um lado para o outro. Levando linhas, agulhas, tecido e parando frente a frente com o manequim vestido com um moletom preto com uma estampa verde de uma pata de gato. Era simplesmente a roupa que havia prometido a Chat Noir.

Ela gostara do resultado, o que não lhe agradava de maneira alguma era a tamanha ironia de seu ato. Queria esquecer.

Queria como tudo no mundo esquecer seu nervosismo, queria esquecer-se das palavras, do toque, do cheiro, da sensação dos lábios se tocando. Tudo que queria era esquecer-se do maldito gato preto que atormentava seus pensamentos.

E como fazia isso? Terminando a roupa daquele mesmo maldito gato preto. Às vezes, nem mesmo ela entendia seus próprios atos.

─Não acha que é um jeito errado de tentar esquecer? ─A voz de Tikki soou a seu lado enquanto mastigava um dos vários cookies em seu prato. ─Sabe, você deveria dar uma volta pela cidade, ou fazer uma ronda. Seria mais... Sensato.

─Eu sei Tikki. Eu sei. ─Ela bufou deixando a linha de lado e olhando para a pequena Kwami. ─Eu queria fazer isso, mas eu não consigo! Tudo que eu consigo é fazer essa porcaria de moletom!

─Você é um pouco confusa.

─Eu não sou “um pouco confusa” Tikki. Eu sou a confusão em pessoa!

Sentou na cadeira da escrivaninha e olhou para o relicário em seu pescoço. Uma pequena peça dourada, um delicado formato de coração, dourado e reluzente como ouro ─e ela não duvidava que fosse mesmo do mais puro ouro─ uma pequena peça trancada a sete chaves.

─Onde eu estava com a cabeça quando deixei ele me dar isso Tikki? ─Perguntou a Kwami ainda com os olhos fixos na pequena e encantadora peça.

─Bom, acho que ela estava no beijo que vocês deram.

Tikki riu mesmo vendo o olhar sério de Marinette cair sobre ela. A Kwami podia ver que a amiga estava tensa, ela podia ver naqueles grandes olhos azuis. Ela não sabia como agir, ou no que pensar, pela primeira vez em muito tempo desde que havia se tornado a Ladybug, ela viu Marinette sem ter idéia do que fazer.

─Hey, Mari. ─Tikki disse em uma voz mansa ao flutuar até a sua frente. ─Fica calma, foi só um beijo. E vamos lá, não foi a primeira vez que você o beijou.

─É Tikki, mas uma coisa é a Ladybug o beijar para livrá-lo do feitiço de um akuma, a outra é a Marinette o beijar por livre e espontânea vontade! ─Marinette exclamou levantando os braços para cima em um momento de pura frustração. ─E isso me deixa muito confusa.

─Confusa?

─Sim. Antes era só uma visita ou outra, uma briguinha idiota, a gente se entendia depois disso e tudo ficava bem. ─Respirou fundo. ─Só que ai tudo começou a se complicar. Foram mais visitas, aconteceu aquele problema com ele seja lá o que tenha sido e aquilo me deixou com o coração na mão. Eu nunca me preocupei tanto em toda a minha vida. E então ele trouxe todas aquelas flores e depois veio essa droga de beijo! E eu não sei o que fazer, eu não sei nem o que eu sinto!

─Calma. ─Tikki murmurou sentando-se em seu ombro. ─Vai ficar tudo bem. Você vai entender tudo isso.

─Como você sabe?

─Além de ter pelo menos cinco mil anos de experiência... Eu confesso a você, que é só algo de uma ação e reação.

─Como assim?

─Vocês se tornaram próximos, é normal que você se preocupe, é normal que você fique confusa. Uma ação e uma reação, entende?

─Sim, acho que entendo. ─Sorriu minimamente.

Marinette respirou fundo. Olhou novamente para o moletom preto, tirou uma coberta qualquer de seu guarda roupa e o cobriu.

─Acho que chega de pensar em garotos e sentimentos por hoje Tikki. ─Ela disse olhando para a Kwami que ainda se enchia de biscoitos. ─Agora eu vou fazer o que eu faço de melhor.

─Dormir?

─Exatamente.

...

O silêncio e o escuro do quarto eram aconchegantes e torturantes. Deitada na cama Natasha abraçava as próprias pernas e tentava inutilmente conter ás lágrimas que desciam como cascata por seu rosto.

Mas afinal, o que ela podia fazer? Acabara de descobrir que o marido, o homem que mais amara em todo o mundo era um monstro, alguém frio, cruel, bruto. Alguém que tinha a coragem de machucar ao próprio filho. Seu único filho.

Tudo o que ela conseguia se perguntar era: Por quê?

Levou as mãos ao rosto e tentara secar ao menos um pouco que as próprias lágrimas. Não conseguia se pensar chorando por alguém como ele. Mas então, o olhar de Adrien repleto de dor, tristeza e decepção invadiam a sua mente e como um soco eles traziam a dor. E então vinham os soluços que lhe rasgavam a garganta, vinham às lágrimas quentes que desciam por seu rosto em um mais profundo sinal de tristeza.

Afinal, onde ela estava naquela hora? Onde ela estava quando o filho mais precisava dela?

─Não, não, não.

Seu estado de negação era evidente. Não podia acreditar, por mais que tentasse, ela falhava miseravelmente todas às vezes. Adrien não mentira, disso ela tinha a mais absoluta certeza, sabia reconhecer uma mentira, mas aquilo não chegava nem mesmo perto, nem mesmo conseguia assemelhar-se a uma simples mentirinha.

Mas mesmo assim, não conseguia crer.

Levantou-se e andou pelo quarto. Aquele lugar que na última manhã lhe trouxera lembranças tão boas e quentes de repente tornara-se tão diferente, frio... Parecia uma imensa ilusão. Parou em frente a sua tão adorada penteadeira branca e encarou-se no espelho. Olhos vermelhos, cabelos desgrenhados, a verdadeira imagem de um conflito.

Deixou que as mãos tocassem a madeira nobre da qual era feita e sentiu a frieza, até que elas encontraram-se com o vidro frio e ela o olhou. Um porta-retrato, uma simplicidade tocante para tudo que era tão exageradamente luxuoso naquela casa, mas havia sido uma escolha dela. Um simples porta-retrato com uma única foto dela e de Gabriel, tirada em seu casamento. Como ela estava feliz aquele dia, como ele parecia estar feliz naquele dia. Naquele dia ela não pensara em absolutamente nada. Não pensara em que sua vida poderia se tornar, não pensara em como tudo poderia ficar confuso, corrido, perigoso e conturbado.

Naquele dia, ela simplesmente estava feliz. E podia ver aquilo no próprio olhar capturado.

Pegou a pequena peça e a admirou por um breve segundo. A mais pura raiva a corroeu e teve vontade de jogá-la ao chão, de estraçalhá-la em pedaços e rasgar a foto. Mas novamente não pode. Novamente a sua fraqueza não a permitira fazer aquilo. E então, simplesmente a virou para baixo e ali a deixou.

Confusa, estava tão confusa. Não conseguia encarar a mais dura verdade, sua mente era incapaz de processar tudo. Queria sair, queria respirar ar puro e sentir a brisa fresca da noite, mas ela sentia que se saísse dali naquele momento deixando para trás seu cubículo protetor sentia que desmoronaria. E ela não queria fazer aquilo lá fora, não queria desmoronar na frente do filho.

Ele já havia sido forte o suficiente por ele mesmo completamente sozinho. Estava na vez dela fazer aquilo e ser forte pelos dois. E ela faria aquilo.

Tudo que ela precisava, era de um pouco de tempo.

...

3h: 30min.

O celular de Marinette vibrou e seu toque ecoou alto por todo o quarto. Ela coçou os olhos tentando espantar o sono e a ardência que o brilho da tela acessa lhe causou. A foto de Alya estava em sua tela e pelo impulso e curiosidade do fato da amiga a ligar no meio da madrugada ela atendeu.

E antes que pudesse dizer uma palavra à voz de Alya soou alta e raivosa em seus ouvidos.

Marinette o que você tem na cabeça?

─Alya? O que foi? ─Perguntou ainda com a voz arrastada de sono.

O que foi?O que foi? Como assim o que foi Marinette?Não venha bancar a desinformada! ─Marinette pode ouvir a respiração pesada de Alya. ─Eu fico fora por um fim de semana e você me apronta isso?

─Alya, do que você está falando?

A ligação caiu, Marinette olhou confusa para o celular e logo em seguida uma mensagem chegou com um link. Clicou nele sem saber o que esperar. E quando enfim a página carregara, ela emudecera, sentiu toda a cor de seu rosto desaparecer e então levou a mão fria a boca.

O site de uma revista de prestigio de Paris. E em uma das matérias mais acessadas o titulo grande e chamativo:

“Garota misteriosa é flagrada em meio a um beijo romântico com um dos maiores heróis de Paris.”

E logo abaixo, uma foto dela e de Chat Noir, no topo do Arco do Triunfo.

 

 


Notas Finais


Pois é gente, ação e reação.

E Natasha, meu Deus como eu amo essa mulher, ela tenta ser forte até quando é difícil.

Espero que tenham gostado, comentem e me digam o que acharam, okay?

Beijos!


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