História Confident - Something never seen

Você tem o direito de mostrar ao mundo
Algo nunca visto
Queremos ouvir você gritar
Você não está sozinha

      Justin dirigia com um sorriso no rosto enquanto eu planejava mil formas de como começar a procurar as meninas. Eu sabia que daria certo. Na verdade, eu tinha certeza. Quando chegamos a casa do Jace, Justin saiu do carro antes de mim e me ajudou com Joey, todo o cuidado era pouco, pois ele era muito frágil. 

     Toquei a campainha e ouvi algumas vozes se aproximando. Justin segurou minha mão esquerda que estava livre mostrando que estava ali comigo.
   - Oi... - disse a mesma menininha do parque assim que abriu a porta. Abri um sorriso.
   - Olá. Sua mãe está? - estremeci ao pronunciar aquelas palavras. Era esquisito. A menininha assentiu e correu para chamar a mãe. Ficamos plantados na porta até Charlotte aparecer. 
   - Oi, desculpa ela não sabe atender visitas - Charlotte disse abrindo a porta ainda mais para que pudéssemos entrar - Bea, por que não pediu que eles entrassem?
   - Desculpa. Eu num sabia - Bea falou coçando os olhinhos. Estava bem obvio que tinha acabado de acordar.
   - Ah.. Jace não está. Ele saiu para comprar o jantar e daqui a pouco ele está voltando. Querem esperar? Posso fazer um suco e sanduíche - ela disse se sentando no sofá, gesticulando para que sentássemos também. 
   - Eu quero sandluiche! - Bea disse sentando no colo da Charlotte. Sorri olhando para Justin que colocou o braço ao meu redor.
   - Você acabou de comer sua vitamina Bea! - Charlotte negou rindo. Bea fez uma careta.
   - Na verdade eu vim falar com você... 
Charlotte desmanchou o seu sorriso. Sorri a confortando, não era o que ela pensava que fosse.
   - Eu... não tenho palavras pra me desculpar Je.. Callie.. Eu... Ah me desculpe... 
   - Vamos só fingir que isso não aconteceu. Eu te desculpo. E não era isso que eu vim tratar com você. É um assunto bem legal e eu quero sua ajuda, se você puder me ajudar, claro - falei rindo. Justin pareceu gostar do que eu disse. Charlotte ainda desconfiada assentiu.
   - Estou disposta - ela sorriu.
   - Então... Eu fui na boate e não sabia que tinha falido. Encontrei o Andrew e um policial e enfim... O fato é que a boate não pode simplesmente fechar as portas. E as meninas que trabalhavam lá pra sustentar a família e colocar comida na mesa? 
Charlotte assentiu novamente sorrindo.
   - Isso mesmo, inclusive eu - ela sorriu em um tom triste.
   - Tenho uma solução pra isso... O pai do Justin é engenheiro e ele compra e financia locais que sejam bons para compradores. Se ele arrumasse um comprador para a boate, e se reuníssemos as meninas de antes, tudo voltaria ao normal e totalmente diferente. Não seria mais uma boate ruim. Poderíamos fazer algo tipo um clube ou uma danceteria com atrações mesmo. Um lugar para o público de qualquer idade, homens, mulheres, meninos e meninas! - falei empolgada. Charlotte sorriu mais ainda.
   - Isso é... Incrível! - ela explodiu. Ri com sua alegria. - Sério! Minha nossa!
   - Sim... Só precisamos encontrar as meninas e falar com o Jeremy! - falei pensando no tempo que tínhamos. Eu precisava de uma estratégia.
   - E se eu e você formos com o Jace e o Justin for falar com o pai dele? - sugeri olhando para Justin que assentiu, concordando com a ideia. 
   - Ele já está pra chegar então só precisamos descobrir onde elas moram... - Charlotte disse arrumando Bea no colo.
   - Eu pensei que você soubesse! - meu sorriso de desmanchou.
   - Eu não sei. Mas tem uma gaveta no escritório do Andrew que tem a ficha de cada uma das meninas e claro, onde moram - ela completou. Era pura sorte. Estava tudo dando certo.

Justin POV

      Callie estava realmente animada com aquela ideia de reerguer a boate com a Charlotte por esse motivo eu faria de tudo para que sua felicidade fosse compensada.
   - Tem certeza eu não se importa em fazer isso? - Callie perguntou pela milésima vez antes de eu entrar no carro.
   - Tenho. Pode deixar que eu falo pro meu pai direitinho o que você pretende fazer
   - Obrigada. E não se atrase pro jantar! - ela disse animada. 
Assenti ligando o carro. O escritório do meu pai não ficava muito longe dali, portanto, gastei apenas 10 minutos.
      Estacionei na vaga perto do carro do meu pai e entrei logo me deparando com a secretaria.
   - Gostaria de falar com meu pai.
Ela abriu um sorriso e mexeu em alguns papeis em cima da mesa, debruçando-se na mesa. 
   - Sala de sempre. Ele está sozinho - ela disse por fim. Segui para a sala rápido. Bati na porta e logo ouvi a voz do meu pai autorizando minha entrada.
   - Filho, o que faz aqui? - ele perguntou rindo. Apontou para a cadeira na sua frente para que eu sentasse.
   - Um assunto do seu interesse!
Ele sorriu interessado.
   - Diga!
   - Tem uma boate para vender na Sunset e Callie está com uma ideia de reergue-la de um modo diferente para que as meninas que trabalhavam lá tenham como se sustentar... Você poderia encontrar um comprador? - perguntei esperançoso. Meu pai assentiu mexendo em seu computador.
   - É essa boate? - ele apontou para a tela.
   - Essa mesma!
   - Otima boate, localizada em um local movimentado, bem visitada e... seria um bom investimento. Estou dentro!
   - O que você quis dizer com esse "estou dentro"?
Ele riu.
   - Vou comprá-la. E deixe que Callie a administre, ela tem potencial e aliás, ela mesma teve a ideia! - meu pai disse fechando o notebook. Uma boate para Callie?
   - Dar a boate pra Callie? 
   - Isso.
        Callie estava se esforçando muito pra colocar a vida daquelas meninas em um rumo melhor, e eu admirava tudo aquilo nela. Se essa boate ficasse com ela, não seria nada alem do que ela merece mesmo.
   - Vamos fazer assim... Eu compro! - falei batendo na mesa. Meu pai arregalou os olhos rindo.
   - Você tem dinheiro pra comprar uma boate? 
   - Não. Exatamente. Financiamento. Você é meu pai, estou relaxado! 
Ele riu mais uma vez balançando a cabeça.
   - Que diferença faz eu comprar e deixar pra Callie e você "comprar" e dar pra ela?
   - A diferença é que o aniversario dela é daqui a duas semanas. Vamos apressar. Quero aquela boate novinha antes disso! - falei imaginando a boate.
   - Uma coisa sexy?
Neguei com a cabeça.
   - Uma coisa com estilo. A primeira boate barra danceteria parisiense de Miami! - falei colocando minhas mãos no ar como um slogan lembrando que Callie é apaixonada por Paris. Meu pai riu assentindo. 
   - Uma nova etapa para uma nova vida! - ele disse. Exatamente. Recomeçar uma nova vida era o que precisávamos.