História Confie no Amor - Confie na família

— Vai criar um buraco no chão. — Naruto falou, enquanto ajeitava a gola do haori.

Sasuke andava de um lado para o outro, ansioso. Parou, quando Naruto pousou as mãos sobre sua cintura e o puxou para perto dele. O cheiro agradável da loção pós barba o acalmou, assim como o beijo que recebeu. Os lábios de Naruto moviam levemente sobre os seus e depois ele sorriu, elogiando o Uchiha.

Sasuke vestia um quimono cinza escuro, sóbrio e bem tradicional. Os cabelos negros penteados para trás, com a franja alongada jogada para o lado. Naruto acariciou seu rosto e voltou a falar que tudo ficaria bem.

Ele não precisava da aprovação da família para manter aquele relacionamento. Entretanto, Sasuke queria que todos se dessem bem. Com isso, para resolver de vez qualquer problema, convidou também Senju Tobirama para o almoço.

Quando soube, Naruto riu, depois o consolou, pois sabia que aquele seria o dia mais longo da vida deles.

O Clã Uchiha era bem arborizado e progredia, como era de se esperar. Longo na entrada, encontraram Sarada, que cumprimentou os três de forma polida. Naruto passou a mão nos cabelos da menina, bagunçando-os.

— Ali temos uma mercearia com produtos vindos do País do Chá. — Sasuke comentou com Tobirama, que pareceu interessado no lugar. Ele sabia que o Segundo Hokage era um grande apreciador de ervas. Naruto piscou em sua direção, afinal, fora ele que contou as preferências do Senju.

A recepção na casa de Sasuke foi de surpresa e choque. Sua mãe, felizmente, foi a primeira a acolher Tobirama e Naruto, acompanhando-os até a sala, onde serviu bebida par aos dois. Fugaku sentou-se ao lado de Tobirama, o maxilar rígido e o semblante sério, ouviu o elogio do segundo hokage à Mikoto sobre sua casa.

— Essa casa foi construída pelo pai do meu pai. — Fugaku falou sério.

— É, eu me lembro do velho Kidama. — Tobirama começou a narrar algumas lembranças e logo a conversa fluiu. Madara e Izuna chegaram em seguida, quando o almoço seria servido. Os olhares dos Uchihas fuzilaram o Senju à mesa, mas sentaram-se a pedido de Mikoto, que havia passado a manhã toda cozinhando.

Sasuke sentou-se ao lado de Naruto, observando-o bem a vontade com sua família, participando das conversas e até mesmo entregando algumas histórias de Tobirama, arrancando risadas de Izuna.

— Eu gostaria de aproveitar que estamos todos aqui para dizer algo. — Sasuke ficou de pé, olhando os rostos descontraídos. Apesar de ser professor e encarar uma turma cheia de crianças diariamente, não era comum ele ter a atenção de toda a família para si. — Obrigado, por nos receber hoje. — Sasuke olhou para Naruto e Tobirama. — Naruto é importante para mim, então quem for importante para ele é bem-vindo na minha vida. Infelizmente, Iruka-sensei e os outros estão em missão, por isso somente Tobirama-sama pôde comparecer a esse momento.

— E a nossa casa está aberta para aqueles que nosso filho ama. — Mikoto falou, sorrindo ao virar-se para Fugaku. — Não é mesmo, querido?

Fugaku concordou, um pouco relutante.

— No começo eu queria apenas me afastar de todos para conquistar minha independência e buscar minha identidade. — Sasuke voltou a falar. — Mas não posso simplesmente tirar um braço ou a perna quando bem desejar. Da mesma forma que eu não posso afastar minha família, ou a pessoa que eu amo da minha vida. — Ele respirou fundo, sentindo os dedos tremerem levemente, quando Naruto segurou sua mão, transmitindo calor e segurança. — Eu queria me desculpar pelo meu comportamento, mas, entendam, que esses meses ao qual senti segurar as rédeas do meu destino, foram importantes para eu retornar ao lugar que pertenço.

Mikoto agradeceu ao filho, levantando-se e dando um abraço nele. Sasuke foi acolhido pelos familiares, em um momento raro de troca de carinho. Itachi sorriu para o irmão, Sasuke notou que ele usava a aliança dada por Shisui.

Mikoto os convidou para descansarem na varanda, enquanto ela servia uma bebida para aquele início de tarde.

— Aquelas são gyokuro? — Tobirama desceu os degraus e caminhou pelo jardim, enquanto Madara e Izuna o acompanhava de perto.

— Sim, são especialidades do nosso Clã. — Izuna respondeu, cruzando os braços.

— Verdade? Então é de vocês que meu empregado consegue gyokuro?

Não demorou muito para que Izuna e Tobirama discutissem sobre a melhor forma de preparar um chá com a erva. Aproveitando que a atenção não estava sobre eles, Naruto puxou Sasuke de volta para a sala, segurando sua mão.

— Que tal me mostrar onde você dormia? — O loiro perguntou, com um sorriso obsceno, enquanto Sasuke o repreendia. — Vamos dar uns amassos, como a gente deveria ter feito quando éramos adolescentes.

Sasuke acabou cedendo e logo eles estavam no quarto que ele dividiu com Itachi por algum tempo. Assim que fechou a porta, Naruto o segurou pela cintura, beijando-o no pescoço, fazendo Sasuke sentir um arrepio pelo corpo. Ele virou, ávido pelos lábios do Uzumaki, correspondendo o beijo na mesma intensidade. As bocas se moviam ansiosas pelo contato das línguas, a mão dele ergueu e puxou o cabelo loiro, aprofundando o beijo, enquanto a língua penetrava a boca de Naruto de forma lasciva.

Naruto o empurrou na direção da parede, onde enfiou a mão por baixo do quimono e afrouxou o cinto para que a mão entrasse por dentro do tecido e o acariciasse entre as pernas. O volume em sua mão o fez sorrir ainda mais. Naruto o masturbou devagar, sentindo os dedos molharem pelo líquido seminal.

Sasuke gemeu, a cabeça apoiada no ombro de Naruto, enquanto as pernas bambas se mantinham em pé com apoio. Mas não levou muito tempo para notarem a ausência dos dois. Ouviram a voz de Mikoto pelo corredor e rapidamente se afastaram.

— Querido, vou servir um bolo. — Mikoto disse, batendo na porta. — Peça para Naruto vir também.

Sasuke ouviu os passos da mãe se afastar e os dois começaram a rir.

— Sua família até que não é tão ruim assim. — Naruto o abraçou pela cintura, antes de saírem do quarto.

— É muito cedo para você dizer isso, Naruto.