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História Confissões de uma Docete em crise! - Uma visita inesperada


Escrita por: Sibylla

Notas do Autor


Alô alô! Eu cheguei com mais um capítulo, minha gente bonita!!
Sentiram a minha falta? Espero que sim!

Estou me esforçando aqui para atualizar com mais frequência, mas está bem difícil arranjar tempo, e eu sei que querem me matar por causar tanta ansiedade em vocês. Só saibam que amo vocês e prometo que os próximos capítulos vão estar cheios de novidades! Vem muita emoção por aí! Segura na mão de Deus e vem comigo porque é sucesso!

Espero que curtam e que tenham boa leitura. Qualquer coisa, deixem seu comentário aí. Muito obrigada a todas, fiquem na paz de Batman e...fui! <3

Capítulo 33 - Uma visita inesperada


Fanfic / Fanfiction Confissões de uma Docete em crise! - Uma visita inesperada

Com a chegada da semana que iríamos ao acampamento, combinei com Rosa e Alexy para fazermos compras no shopping logo após o termino das aulas, e eu sabia que não iria conseguir escapar diante de tanta insistência dos dois. Tenho sorte que meus pais estavam mais flexíveis do que o normal, e permitiram que eu saísse um pouco, mas acho que mereço esse crédito porque me esforcei nos últimos dias para provar a eles que havia me atualizado sobre as matérias, das aulas que havia perdido enquanto estive no hospital.

Assim que o sinal anunciou que estávamos liberados para voltar para casa, foi como se os alunos estivessem comemorando férias, de tão empolgados e eufóricos que estavam pela chegada da semana da viagem. Poderíamos escapar de alguns dias de aulas, mas algo me diz que não serão flores e alegria enquanto estivermos naquele acampamento. A escola não seria tão gentil de deixar os alunos desfrutar dias de descanso e lazer, sem introduzir atividades acadêmicas ainda que em um cenário campestre. Não que esteja sendo pessimista, mas estou sendo realista e me baseando em fatos. Uma excursão não é um momento só de lazer. Por isso, não encaro essa viagem com tanto entusiasmo como os outros, acreditando que serão dias de pura diversão. Pressinto que tem algo que irá nos preocupar e até gostaria de torcer para que estivesse errada sobre essa sensação, mas essa minha intuição maldita nunca me enganou.

 

Quando me juntei com Rosa e Alexy, pegamos o primeiro ônibus rumo ao shopping, e durante o caminho discutimos sobre os eventos que foram propostos durante o acampamento. Eu consultei a lista que constava na carta da escola, e teríamos que comprar trajes esportivos. Rosa estava convicta de que haveria momentos de recreação e logo me intimou a passar à loja de Leigh para cuidarmos dos trajes casuais, pois segundo ela, agora que estava com Castiel, eu deveria tomar mais cuidado com peças elegantes e que me valorizassem.

Alexy: - Concordo. Você tem que sempre estar atraente.

Kadnyss: - Está dizendo que não sou atraente?

Alexy: - Longe disso. Mas quanto mais você encantar melhor, não acha?

Olhei com desconfiança para Alexy, porém, ele parecia se divertir pelo modo que sorria para mim e me lançava sua piscadela furtiva. Refleti sobre as palavras de Alexy e olhei para Rosalya, e ela não me parecia discordar dele. Vi seu olhar inquisitivo enquanto arqueava sua sobrancelha com vontade, e percebi que tinha meu voto vencido sobre qualquer argumento que pudesse contestar contra eles.

 

Ao chegarmos ao shopping, fomos à loja em que a vitrine expunha trajes esportivos. Perdi as contas de quantas vezes me enfurnei naquele provador e tive que suportar uma grande vergonha em desfilar pela loja, sendo alvo de tantos olhares ao passo que era julgada por Rosalya e Alexy. Depois de escolher os modelos mais adequados, e aprovados pelos meus rigorosos estilistas, fui ao caixa para pagar minhas roupas e saímos da loja para entrarmos em outra. Nesta, tanto Alexy como Rosa foi até o mostruário e pela cara deles, nenhuma das peças o agradavam. Eu dei de ombros e caminhei pela loja, e como já me bastavam as que tinham comprado e nenhum look me chamara a atenção, sentei-me na cadeira mais próxima e aguardei a dupla finalizarem a inspeção deles.

Alexy provou algumas camisetas, mas nada parecia satisfazer seus gostos e Rosalya partilhava da mesma situação. Então, nos dirigimos para a loja de biquínis, mas deixei bem claro que não iria desfilar pelo recinto e eles não ofereceram resistência a isso. Eu e Rosalya fomos ao provador, enquanto Alexy ainda perseguia a atendente para procurar mais opções de modelos de roupas de banho.

Rosalya: - Sabe Kadnyss, também temos que passar na loja de lingeries. Esse acampamento pode deixar você e Castiel mais próximos.

Kadnyss: - ROSA!

Rosalya: - O que foi? Eu falei a verdade!

Claro, o que há de errado em dizer em voz alta para qualquer estranho ouvir que dois adolescentes podem experimentar um pouco mais da intimidade? Ela não poderia me constranger mais.

Eu terminei de vestir o biquíni e observei meu reflexo no espelho do provador, dando uma volta no próprio eixo, como se procurasse algum defeito. Não sou muito fã da cor rosa, mas como tinha detalhes em azul e alguns penduricalhos, o traje acabou me agradando. Ainda tinha que ter outra opção porque muitas atividades seriam na água, então, reservei a peça em um canto para poder provar os outros modelos. Quando vesti o outro, de cor vermelha com estampas em tons mais claros, fui abordada brutalmente por Rosalya que abriu a cortina do meu provador e me surpreendeu a ponto de me fazer dar um sobressalto.

Rosalya: - Não fuja do assunto, Kady!

Kadnyss: - Agora não, Rosa! E dá para fechar essa cortina?

Rosalya: - Não finja que não sabe o que está rolando entre você e Castiel. Todo mundo já percebeu e eu falei porque sou sua amiga. Você tem que estar preparada se isso acontecer. O acampamento pode...

Kadnyss: - Rosa, olha só, eu não quero falar sobre isso, ok? Nada vai acontecer. Eu e Castiel estamos bem desse jeito e estamos junto a poucas semanas, então, é bom não apressar as coisas. E ele sabe disso. Eu sei disso.

Rosalya: - Se você diz...

Kadnyss: - Não está acontecendo nada. Nem mesmo é um namoro ainda.

Rosalya: - Como assim não é namoro?!

Kadnyss: - Namoro é o que você tem com o Leigh. Eu e Castiel ainda estamos nos conhecendo e só estamos juntos.

Rosalya: - Você só pode estar brincando comigo, Kady! Quer dizer que se outra garota se engraçar para o Castiel, você vai ficar numa boa? E nem vai se importar?

Kadnyss: - Se ele fizer isso, o que vou poder fazer? Implorar para ele ficar comigo?

Rosalya: - Você lutou com tanta bravura para se aproximar dele e agora age como se fosse só conveniente estarem juntos! Pare com isso! Lógico que estão namorando!

Kadnyss: - Vamos nos concentrar nas compras, ok? Podemos deixar essa conversa para um lugar mais apropriado. Sem ninguém para nos escutar.

Vi Rosa revirar os olhos por ser vencida pelas minhas palavras, e antes de fechar a cortina, examinou o biquíni que eu estava provando e balançou a cabeça assentindo que estava aprovado por ela. Eu nunca tinha chegado a discutir com Rosalya daquele jeito, mas tudo o que está acontecendo é bem mais complexo do que se pode imaginar. Rosa é romântica e uma garota apaixonada, e por isso não entende o motivo de levarmos com calma porque foge do tradicional. Também sei que Castiel pensa da mesma forma porque até o presente momento, não me trata como uma namorada ou leva a sério o fato de estarmos juntos. Nem mesmo nos encontramos fora da escola. E isso seria o que namorados fariam, não?

 

Depois de provar os biquínis que mais me agradavam, fui ao caixa e paguei pelas peças, e ao ver que sobravam poucas notas na minha carteira, dei conta de que não poderia extrapolar mais com tantos gastos. Alexy e Rosa se juntaram a mim logo que saímos da loja e nos dirigimos até a praça de alimentação. Como não estava com fome, eu disse a eles que os encontraria depois enquanto iria verificar outras vitrines, à procura de algum look novo. Eles concordaram, e percebi que Rosalya me olhou como se não me reconhecesse, mas não disse nada.

Segui meu caminho para longe da praça de alimentação, deixando meus amigos, e passei calmamente por cada vitrine, observando cada modelo exposto nos manequins. Todos eram muito formais para um acampamento, e outros não faziam muito o meu estilo. Perdia as contas de quantas lojas visitei e não encontrei nada que me brilhasse os olhos. Realmente, acho que encontraria trajes diferentes na loja de Leigh.

Dei meia volta e fiz o caminho para a praça de alimentação, mas quando estava procurando por Rosa e Alexy, tomei um susto ao ouvir um grito, parando no lugar como se tivesse sisdo petrificada. Ouvi passos na minha direção, e ao virar meu rosto, minha visão ficou turva por um manto de cabelo azul escuro que cobriu o meu rosto. Achei que estivesse sendo agarrada por alguma maníaca, mas assim que reconheci a voz, retribui o abraço de Lety.

Lety: - Eu não acredito que te achei, Kady! Puxa, quanto tempo!

Kadnyss: - Você me assustou, mas é bom revê-la, Lety. Já faz tempo desde que nos vimos pela última vez.

Ela me libertou de seus braços e dei um passo para trás para olhar para minha velha amiga de infância. Eu e Lety éramos como melhores amigas, das que são inseparáveis e dividem confidências. Mas depois que me mudei da Califórnia, nosso contato enfraqueceu e eu me sinto mal por isso.

Lety: - Decidi fazer uma surpresa para você.

Kadnyss: - E você sabia que estava no shopping?

Lety: - Eu liguei para a sua mãe e ela me contou que poderia te achar aqui.

Kadnyss: - Ah entendi. Bom, mas e você? Como andam as coisas?

Lety: - Nada bem. Desde que você foi embora, Los Angeles não é mais a mesma coisa. Eu sinto muito a sua falta.

Kadnyss: - Eu também sinto. Ultimamente, as coisas foram difíceis por aqui, mas eu estou me ajustando.

Lety: - E então? Quais são as novidades?

Parei alguns segundos para refletir e não quis contar ainda sobre Castiel e que quase havia morrido na escola. Encolhi os ombros, sem saber por onde começar e o que dizer, mas assim que abri a boca para responder a sua pergunta, vi Alexy e Rosalya se aproximando de nós. Lety se virou para eles e abriu um sorriso simpático a eles.

Kadnyss: - Ah Lety, quero que conheça meus amigos: Alexy e Rosalya. Rosa e Alexy, essa é a Lety, minha amiga da Califórnia.

Alexy: - Muito prazer, Lety.

Rosalya: - Prazer em conhece-la.

Lety: - O prazer é todo meu.

Ficamos parados em frente a uma loja de eletrônicos, e Lety rapidamente prendeu a atenção de Rosa e Alexy com uma animada conversa sobre as festas da Califórnia, e até mesmo contou sobre algumas que havíamos ido juntas.

 

Passeamos mais um pouco pelo shopping, mas com o entardecer, Rosalya nos alertou que deveríamos passar na loja de Leigh e Lety não pareceu muito animada.

Kadnyss: - Por que está com essa cara?

Lety: - Ah é que eu preciso voltar para a casa da minha tia. Mas o que você acha de nos encontrarmos amanhã? Posso ficar na sua casa?

Essa era a Lety. Destemida e despojada, sem receios de fazer suas perguntas e arriscando-se a tudo. Ela sempre foi de ir em casa, passar a noite, e pelo visto, ela não mudou em nada.

Kadnyss: - Acho que tudo bem. Tenho que ver com meus pais, mas prometo que te ligo, ok?

Lety: - Super! Vou ficar te esperando!

Ela me abraçou com força e se despediu de Alexy e Rosa. Quando vimos Lety ir embora, demos meia volta e caminhamos até as escadas rolantes, onde encontramos Ambre e sua dupla de retardadas nos olhando com suas típicas poses de esnobes, se perdendo entre risinhos debochados. Seria o momento perfeito de persegui-la e cumprir a ameaça que fiz no hospital, mas Alexy me deteve e me fez caminhar junto com ele e Rosalya para bem longe delas.

 

Mais tarde, depois de irmos à loja de Leigh e terminar nossas compras, e sentir minha carteira completamente pobre, retornei para casa e subi direto ao meu quarto. Deixei as sacolas em um canto, logo depois me jogando na cama, soltando um longo suspiro e me deparando com o cansaço físico de um dia agitado. Ouvi batidas à porta do meu carto e ao virar o rosto na direção da mesma, fiquei surpresa ao ver meu pai. Eu esperava que minha mãe quem viesse falar comigo, pois era bem o costume dela fazer isso. Eu me levantei para sentar-me e assim que ele se aproximou, puxou a cadeira que jazia em frente à escrivaninha e me olhou com preocupação.

Kadnyss: - Que cara é essa, pai?

Pai: - Eu quero conversar com você sobre esse acampamento.

Antes que ele pudesse continuar sua conversa, ouvi meu celular vibrando na minha bolsa que estava jogada ao chão, mas não dei importância e voltei minha atenção ao meu pai. Ele suspirou e ajeitou os óculos em seu rosto, voltando a me olhar e vi que a preocupação ainda pairava sobre ele.

Pai: - Olha Kady, esse lugar é muito longe e se algo acontecer com você?

Kadnyss: - Eu prometo que serei mais cuidadosa e que não irei me envolver nada perigoso.

Pai: - Eu sei disso. Não é em você que não confio, filha. As outras pessoas que não me dão confiança. Depois do que houve, não paro de pensar no perigo que você pode estar correndo.

Kadnyss: - A Ambre não irá ao acampamento e tenho certeza que estarei a salvo.

Meu pai ainda não estava convencido de que seria uma simples excursão. Não o culpo de estar preocupado.

Pai: - Eu voltei a falar com a diretora e ela me disse que andou conversando com você.

Kadnyss: - Sim. Todos os dias, mas olha, pai, eu juro que vou ficar bem. É só um acampamento e terão muitos adultos por lá. Duvido muito que eles submetam os alunos a algum sinal de perigo. E eu sei me cuidar sozinha. Tenho amigos para me socorrer, lembra?

Minhas palavras foram como um soco na barriga do meu pai, pois ele logo fez uma careta e já até sei o motivo. Como já sabemos, Castiel e Lysandre me salvaram daquela sala e apesar de ter sido algo muito bom, meu pai ainda não encarava muito bem essa minha proximidade com os garotos. Mal sabe ele sobre o que estou passando com Castiel. Agradeço a minha mãe por guardar segredo por ora.

Kadnyss: - Eu sei que está preocupado, mas eu não posso ficar com medo para sempre e deixar de fazer as coisas que gosto, pai. E eu sei que posso cuidar disso.

Pai: - Tudo bem, mas lembre-se do nosso trato, certo? Quero que ligue para sua mãe e para mim pelo menos três vezes ao dia! E atenda a nossas ligações também porque exigimos saber como está.

Kadnyss: - Pode deixar. Eu prometo.

Meu pai ainda não parecia completamente aliviado, mas como viu que estava munida de argumentos e estava disposta a enfrentar qualquer problema, manteve seu voto de confiança em mim. Ele se levantou, colocando a cadeira no lugar e se dirigiu à porta do quarto, mas antes que ele fosse, eu o chamei.

Kadnyss: - Pai!

Pai: - Sim, Kady?

Kadnyss: - Eu encontrei a Lety no shopping e ela quer ficar aqui em casa amanhã. Tudo bem por você?

Pai: - Ah é, a sua mãe comentou comigo que a Lety havia ligado à sua procura. Fiquei surpreso de saber que ela está por aqui.

Kadnyss: - Pois é! Eu tomei o maior susto quando ela me encontrou.

Pai: - Eu imagino. A Lety sempre foi uma menina enérgica. Assim como você. Deve ser por isso que são amigas.

Kadnyss: - É, acho que sim. Bom, mas e ai? Ela pode vir?

Pai: - Não vejo por que não.

Kadnyss: - Obrigada, pai! Vou ligar para ela então!

Ele sorriu para mim antes de fechar a porta e sair pelo corredor, enquanto eu me levantei da cama em um salto e corri até a minha bolsa para pegar meu celular. Quando o achei, vi que tinha uma chamada perdida de Castiel, mas também vi que ele havia me mandado uma mensagem. Desbloqueei a tela e abri a notificação para ler o que ele havia escrito:

 

“Me encontre amanhã, às 13h, no parque. Precisamos conversar.”

 

Eu reli a mensagem várias vezes antes de retornar a ligação, porém, ele não me atendeu. Não sei qual é o motivo, mas algo me diz que o que me espera não irá me agradar. Por favor, que a minha intuição esteja enganada... por favor!



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