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História Confused Feelings of an Earl - O amor secreto e uma ida ao necroterio


Escrita por: Milynha_Sh

Notas do Autor


Hello peoples and peoplas kkkkkkk
Quem é a autora boazinha que conseguiu postar antes do previsto????? Ganha uma estrelinha na testa quem adivinhar rsrsrsrs.

PEGUNTA DO DIA:

Gente cheu perguntar uma coisa pro cês, o que acham melhor: uma one-shot de 10mil palavras (talvez um pouquinho mais, a margem percentual de erro é de dois para mais ou para menos kkkk) ou uma fic com 5 capítulos????????? Se possível respondam!

Assisti uma reportagem sobre prostituição e mil idéias me vieram a mente e quando vi já tava na frente do note escrevendo, vai ser chamar "PROSTITUTO" e já tá quase toda escrita, só estou em dúvida se posto capítulo único ou divido em vários. O que acham?

Para quem ler LDMA ela temporariamente esta parada, a questão não é hiato, eu sei muito bem tudo o que eu quero na fic, mas eu não to conseguindo desenvolver, sei lá, não ta saindo, assim que essa maré passar eu continuo a escrever.

Bjinhos e boa leitura!
OBS: Por favor, ignorem os possíveis erros

Capítulo 11 - O amor secreto e uma ida ao necroterio


“Você já percebeu como aquela menina do segundo ano olha para você?” Ciel comentou. Eles voltavam do colégio, e passariam à tarde juntos estudando para uma prova. “Você é bem popular com as garotas”.

Yan mostrou descaso, apesar de já ter notado os olhares da tal garota. “Eu não tenho interesse nela.”

Ciel não ficou surpreso. “Foi o que eu pensei.”

Ele não entendia Yan as vezes, sabia que ele era hetero e que era bastante popular com as garotas, ainda assim, o baterista não dava muita bola para isso. Essa era a fama que a maioria dos garotos da escola desejavam, mas para Yan não parecia ter importância.

“Que cara azeda é essa? Você deveria ficar feliz, muitos garotos desejariam está no seu lugar.” Há alguns dias vinha percebendo o baterista cabisbaixo.

“Isso não me importa por que eu já gosto de alguém.” Yan deu de ombros, observando a valsa de uma sacola que o vento arrastava pela rua.

“Como assim você já gosta de alguém?” Ciel ficou surpreso. “E por que nunca me falou? Pensei que eu fosse seu melhor amigo. Eu quero saber quem é!”

“Isso não é grande coisa, e eu não quero falar sobre.” Yan cortou o assunto. Sua língua coçava para falar a verdade, mas ele não queria estragar a amizade de infância.

“Eu  não arredo o pé daqui enquanto você não me falar.” Ciel parou no meio da calçada e cruzou os braços.

O baterista suspirou, massageando a testa. Já estava acostumado com a personalidade birrenta do menor e sabia que ele pegaria em seu pé até fazê-lo falar, mas ele não poderia simplesmente jogar essa bomba agora que Ciel tava namorando.

“Escute, Ciel” Segurou os ombros dele. “Em outra ocasião eu conto, mas agora precisamos nos apressar, daqui a pouco irá chover, veja.” Apontou para o céu.

Mesmo a contragosto Ciel se deu por vencido, realmente não tardaria em chover. “Não pense que eu deixarei você escapar”.

S&C

“Eu falei para correr, se tivesse me ouvido, não estaríamos assim.” Yan entrou resmungando em casa. Estavam totalmente encharcados, que nem dois pintos molhados. “Vamos para a lavanderia tirar essas roupas, antes que você pegue um resfriado”.

Sabendo ser o culpado de estarem molhados, Ciel não protestou e o seguiu para a lavanderia, notando que deixavam um rasto por onde passavam. Isso com certeza não agradaria em nada a senhora Johnson. 

“Sua mãe ficará um fera quando ver isso.” Apontou para as poças de água no chão.

“Meus pais não estão, depois eu dou um jeito nisso.” Yan assentiu, com certeza sua mãe ficaria furiosa ao ver seu precioso e caro assoalho de carvalho todo encharcado. “Coloque suas roupas na secadora, eu te empresto as minhas enquanto as suas secam”.

Ciel começou a se despir, vendo o outro fazer o mesmo. E ele sem perceber parou para observar o corpo dele. O modo como as costelas ficavam mais visíveis com o retirar do jeans molhado, as pernas longas e agora descobertas deixavam a mostra os poucos pêlos grudados na pele...

“Pare de me olhar assim.” Yan pediu desconfortável.

“Você tem um corpo bonito.” Analisou as tatuagens e os piercings, de certa forma toda essa decoração chegava a ser charmosa. Era tão ‘Yan’. “Digamos que é uma beleza rebelde. Você teria futuro como modelo.” Concluiu por fim, tirando o restante das roupas, deixando apenas a boxer. “O que você acha de te pintar sem roupa? Usando uma cueca obviamente”.

Yan fez uma careta, essa não era a primeira vez que Ciel pedia para pinta-lo, aliás, já o havia desenhado tantas vezes que até perdeu as contas, mas sem roupas era a primeira vez. Ele não achava uma boa idéia.

“Conversa estranha essa. Acho melhor a gente subir e vestir algo.” Saiu na frente, sentindo a pele da costa arder, provavelmente por ainda ser observado. Se Ciel continuasse com essas idéias, ele acabaria perdendo a cabeça.

S&C

A tarde estava relativamente parada no consultório, o que era um verdadeiro milagre se tratando de um hospital emergência. Vincent voltava do refeitório, ainda tendo algum tempo antes de retornar ao expediente. Inclinou-se na cadeira, dando algumas voltas até parar de frente com a janela. O tempo lá fora estava caótico, assim como sua mente.

Ficou observando a água escorrer pelo vidro, enquanto mil pensamentos passavam em sua cabeça. Estava frustrado. De que adiantava anos de estudos para se tornar um cardiologista de renome, se agora não conseguia entender o que se passava em seu próprio coração?

Ele puxou a carteira do bolso, tirando de lá duas fotos 3x4, uma de Charllote e outra de Ciel. Passou as mãos pelos cabelos, se sentindo a pior pessoa do mundo. Sua vida era perfeita, até o dia em que Undy o beijou. Depois disso tudo ficou confuso. Ele amava Charlly, quanto a isso não havia duvida, mas também já não podia negar sentir um mínimo de atração por Undy.

Lembrou-se da primeira vez que o viu, ainda estavam na faculdade e Undy era novato no necrotério. Logo de cara se identificou com sua personalidade um tanto desmiolada dele, e foi amizade à primeira vista. Desde então eles se tornaram inseparáveis. 

Undy o apoiava em tudo e esteve ao seu lado em todos os momentos, desde os mais tristes até os mais felizes, como seu casamento e o nascimento do filho. E nunca, em momento algum depois de conhecê-lo, Vincent se sentiu sozinho ou desamparado, pois sabia que sempre teria a presença dele independente da situação.

Era uma amizade admirável, daquelas como unha e carne, e mesmo quando brigavam por motivos toscos, nunca conseguiam passar muito tempo sem se falar. Geralmente era o outro que cedia primeiro. Depois de tanto refletir sobre isso, ficava cada vez mais óbvio que todo esse apreço, todo esse carinho e afinidade, não se davam apenas a forte amizade, e sim a algo maior.

Ele fechou a carteira e colocou no bolso, não queria olhar para a foto do filho e da esposa, enquanto sua mente recapitulava as lembranças do sexo no necrotério. Fechou os olhos, recordando as investidas em suas nádegas, os gemidos, os toques, o prazer... Tudo! Cada mínimo detalhe. 

Despertou desses pensamentos ao sentir a ereção bem marcada em sua calça social, e ele sentiu-se ainda mais culpado por isso. Deveria sentir nojo ao ter essas lembranças, mas ao contrário disso, ele se sentia extremamente excitado, já havia até cometido o pecado de se masturbar pensando no outro.

Apertou o membro por cima da calça, soltando um gemido, e mesmo que a vontade fosse grande de se aliviar, ele não o faria no consultório, seria passar dos limites. Pegou o celular de cima da mesa e discou o numero do amigo, mas a ligação só caia na caixa postal. Não havia jeito, teria que ir ao necrotério.

Ele resolveria essa situação e era agora, já não eram duas crianças para terem esse tipo de comportamento. Saiu apressado em direção a sala do legista. Era agora ou nunca. Chegando em frente ao necrotério, ele não soube dizer se o frio em sua espinha vinha do nervosismo ou do ar frio que escapava por debaixo da porta. Ele criou coragem e entrou, havia dois corpos cobertos por panos brancos.

“A entrada é permitida apenas a funcionários do necrotério, portanto faça o favor de se retirar.” Um senhor de cabelos brancos brotou do além, dando susto no moreno.

“Eu sou cardiologista aqui do hospital.” Vincent esclareceu, notando que o velhinho não deu importância. “Eu preciso falar com Undy, onde ele está?”

“Se você está falando do antigo legista, ele pediu demissão há alguns dias, agora, por favor, se retire que eu tenho trabalho a fazer.” O senhor indicou a porta.

Vincent caminhou no automático para fora da sala, sem saber bem o que pensar. Primeiro Undy cortava contato e não atendia a nenhuma de suas ligações, ou respondia suas mensagens, e agora ele recebia a notícia da sua demissão. O legista sequer teve a consideração de se despedir.

Lembrou-se do último sorriso que recebeu dele no último encontro, totalmente forçado devido a situação. Ele entrou no consultório ainda aéreo, agindo de maneira robótica. Estava sem saber o que pensar e o que fazer. Ele puxou o ar e soltou devagar, precisava pensar com clareza e organizar as ideias antes de tomar qualquer decisão.

S&C

“Dê uma pausa e tome este copo de leite.” Yan ofereceu, sentando na cama com outro copo em mãos. Estava saturado de estudar e ainda por cima matemática, a matéria que mais odiava.

 Ciel deu o primeiro gole, percebendo que estava do jeito que ele gostava, com bastante açúcar. “Voltando aquela conversa, quem é a pessoa que você gosta?”.

Ciel estava verdadeiramente curioso. Ele sempre contou tudo a Yan, desde o primeiro beijo, a primeira paixonite, a descoberta de sua opção sexual, e agora o namoro com Sebastian. Era natural que ele desejasse a mesma reciprocidade.

“Eu já disse que não é ninguém importante, esqueça isso.” Yan se encostou na cabeceira da cama, deixando o copo no criado mudo.

“Se você diz que não tem importância, então não tem problema algum em me falar.” Insistiu. “Do que você tem medo, hein?”.

O baterista não respondeu, pois estava vidrado no bigode de leite que ficou na boca do menor. Imaginou estar doce por causa do açúcar. Yan desceu os olhos pelo pescoço de Ciel, parando na bara da camisa emprestada. Ficou um pouco grande, mas nada exagerado. Lembrou-se também que por baixo daquela calça moletom, não havia roupa íntima.

“Terra chamando Yan.” Ciel disse divertido.

“Está sujo de leite aqui.” Yan deslizou o dedão por cima do bigode de leite e o levou a boca, fazendo Ciel ficar confuso.

“Não use esse tipo de desculpa para fugir do assunto.” Ciel desviou o olhar. Aquilo foi estranho e ele resolveu não mais insistir. “Se você não quer falar, tudo bem, mas passarei a dar o mesmo tratamento a você também.”

O baterista ficou indeciso. Esse era o único segredo que escondia e, se se tratasse de outra pessoa, ele com certeza falaria a Ciel, mas esse não era o caso. “Me desculpe por isso.” O abraçou.

“Tudo bem, também não precisa ficar assim.” Ciel se sentiu incomodado, já havia abraçado o amigo outras vezes, mas agora parecia diferente.  “Só me diga o que está acontecendo”.

Tanta proximidade foi demais para o baterista aguentar, seu coração estava descontrolado e o sangue corria quente nas veias. Seu maior desejo estava ali, a centímetros de seus lábios... Tão rosados e convidativos...

“Me desculpe...” Uniu seus lábios aos de Ciel.


Notas Finais


Qual será a reação do Ciel hein?????? Não me apedrejem, o que seria de uma história sem um pouco de drama né! Infelizmente não tivemos a presença do nosso ilustre demônio delicia, mas prometo me redimir no próximo capítulo. Na verdade eu ainda tinha mais coisas para colocar nesse, mas se fizesse isso iria passar facinho das 5 mil palavras, então achei melhor deixar para o próximo! Nos meus planos essa fic teria 27 capítulos, mas do jeito que meus dedos nervosos gostam de escrever acho que vai extrapolar um pouquinho essa quantidade.

É isso amores, quando eu for postar o próximo eu aviso antes naquele negócio lá do bate papo como eu fiz com esse!

Bjinhos de chocolate!


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