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História Confusões de adolescentes rico's - TXT (Sookai e Yeongyu) - Capítulo 33: Um novo começo


Escrita por: ChellyWalker

Notas do Autor


E aí, estrelinhas e solzinhos?
Tudo bem com vocês? Espero que sim! ><
Vocês pediram, e finalmente o terceiro arco veio.
Sem mais delongas, boa leitura! '3'

Capítulo 38 - Capítulo 33: Um novo começo


Fanfic / Fanfiction Confusões de adolescentes rico's - TXT (Sookai e Yeongyu) - Capítulo 33: Um novo começo

Bom dia, boa tarde, boa noite, seja lá qual for a saudação, não importa mesmo. O que importa é que estou de volta, isso mesmo que você leu! Isso é um começo de um novo arco, nada planejado, na verdade, foi totalmente improvisado. Qual é?! A página anônima também precisava de férias, foram longos seis anos. Mas não se preocupe, teve alguém que ficou em Seul, e nos enviou um e-mail contando tudo sobre o seu deslumbrante verão. Bom, não foi exatamente para nós, vocês sabem que não tenho o melhor tipo de relação com aqueles garotos. Chega de enrolação, vocês vão entender.

“Querido K, tem sido estranho, é a primeira vez que passo as férias longe de você e do T. Espero que esteja se divertindo na sua aventura pelo mundo. Sobre eu e o Yeonjun? Bom, a cobertura Hwang fica um pouco vazia sem todo mundo por aqui, mas tem sido uma experiência divertida. Sabia que o grande Choi Yeonjun aprendeu a cozinhar?

— Azeite é mais saudável do que óleo de girassol? — As sobrancelhas arqueadas, davam um charme a mais, no de fios pretos. Esse que observava o tablet sobre a bancada, apoiando uma mão de cada lado, a calça e camisa social preta, acompanhadas do óculos de armação da mesma cor, o deixava ainda mais atraente. — As pessoas ainda consomem comida à base de óleo? — Assim que os olhos pequenos alcançaram o sorriso sapeca nos lábios do namorado, ele entendeu tudo. — Pirralho, você 'tá gravando isso? — Sorriu, assim que viu a câmera nas mãos do seu amado, e a gargalhada gostosa se espalhou pela cobertura.

— Esse é um momento histórico, tenho que registrar cada pedacinho. — B, se eu fosse você tomaria cuidado, pois o Y está com aquele olhar felino feroz. — Não vejo a hora de mostrar para os meninos. Meu Deus! Sua mãe vai surtar!

— Você planejou isso, não foi? — Ergueu a sobrancelha, se aproximando do corpo magro.

— Plano? — Eu não julgo o Y por cair sempre, o biquinho e a expressão ingênua, com certeza combinam com o pequeno B. — Não sei do que você está falando. — Me engana que eu gosto!

— Uhum... — Desviando o olhar da câmera em mãos para o homem em sua frente, Beomgyu se arrepiou por completo por sentir o quão intenso ele era. — Acho que já cozinhei demais por hoje. — A sutileza em que os dedos compridos subiam pela extensão da coxa coberta do menor escorado sobre o móvel, sim, era totalmente fascinante.

— Hum... — Gemeu ao sentir os lábios cheinhos tomarem conta da área sensível que era o seu pescoço. E qual foi a surpresa, quando as mãos fortes o ergueu pelas coxas o colocando ali sobre a bancada de mármore. — E o que você está afim de fazer agora? — Sussurrou tão carregado, que quase fez da voz ausente.

— Comer… — Com certeza, mesmo após seis anos, o nosso rei de gelo ainda era o mesmo. E a expressão sacana em seu rosto não negava isso.

É claro, você sabe o que fizemos depois disso. Não te contaria os detalhes, seria muito constrangedor. Passar as férias sozinho com o namorado, meio que se resume a isso. Ele tentou me ensinar a jogar sinuca, e aquela mesa da sala de jogos, bom, é... tentamos assistir um filme, relaxar na jacuzzi sob luz do luar, ou até mesmo dormir de conchinha, porém tudo terminava em sexo.

Eu fico preocupado, será que é normal um casal que está junto há cerca de seis anos continuar com a mesma chama do primeiro? Não que eu reclame, muito pelo contrário.

Teve uma noite que Yeonjun improvisou um jantar à luz de velas, ele fez lámen, ainda é o prato preferido dele, ou a coisa mais fácil de se cozinhar. Eu estava com os cotovelos apoiados sobre a mesa e minha cabeça descansava em minhas mãos, foi quando eu vi o sorriso que ele me lançou enquanto cozinhava. Sim, eu sei que ele me ama, e eu o amo. Mas tem muito mais, meu amigo, nós ainda estamos apaixonados! E aí está a questão, o porquê do fogo não se apagar, é por conta da chama da paixão.

Finalmente, depois de meses vocês vão retornar, e não vejo a hora de ouvir suas histórias escandalosas.

Com amor, B.”

[...]

Beomgyu banhava-se com a água morna da banheira, receoso por conta de pensamentos intrusos que invadiam sua mente. Yeonjun consertava o próprio relógio sobre o pulso, checando a vestimenta impecável, quando avistou o seu garotinho cabisbaixo pelo reflexo do espelho, abraçado aos próprios joelhos. Era uma mania fofa, mas não deixava de preocupar o mais velho.

— O que está te perturbando, Bombom? — Aproximou-se da banheira, abaixando o pescoço em direção ao rosto bonito. Foi um gesto pequeno, o mínimo de atenção que se deve dar em um relacionamento, mesmo assim para o pequeno significava muito. 

— Amanhã é o meu primeiro dia de estágio, e se o meu chefe não gostar de mim? — O jeito que prendia o lábio inferior com os dentes entregava a sua aflição. 

— Isso é realmente possível? — Brincou, arrancando um sorriso do seu pirralho, e isso era tudo o que ele queria — Tá legal... — agachou-se próximo à banheira, fazendo com que o moreno apoiasse os braços sobre o móvel apenas para ouvi-lo — Eu entendo o seu medo, de verdade, quando fui correr atrás das minhas parcerias e sócios, tinha um frio horrível na minha barriga. O que quero dizer, é que todo mundo fica nervoso no seu primeiro dia de trabalho. — Logo o mais velho segurou a destra abandonada na borda com a canhota, deixando uma leve caricia na mesma. — Amor, você conseguiu, está no seu último ano da faculdade, isso é motivo para comemoração, não se preocupe, vai dar tudo certo!

— Você ficou nervoso? Mas você é Choi Yeonjun, não sabia que tinha medo. — Murmurou, vendo um sorriso nascer sobre os lábios bonitos.

— Toda vez que se sentir inseguro, lembre-se bem disso, pirralho! Sim, eu sou Choi Yeonjun, mas eu não seria nada sem você. Porque você é Choi Beomgyu, e eu te amo. — Naquele momento nada mais passou pela cabeça do pequeno B, ele apenas puxou o maior pelo colarinho da camisa preta, o vendo cair sobre o seu corpo. — Bombom?! — Sorriu, não entendendo muito sobre as intenções daquele garoto.

— Cala a boca! — ordenou, selando os lábios aos cheinhos e molhadinhos do outro.

— Eu tenho que trabalhar, amor... — Sussurrou rente aos lábios doces, levando a destra até a nuca alheia, enquanto a canhota ele usava para apertar a carne exposta da coxa alheia. — Tenho uma reunião, e já estava vestido...

— Hum... é só tomar outro banho comigo. — Aquilo só podia ser uma armadilha, ah, mas com certeza Y adorava estar preso ao B.

— Acho que vou ficar mal acostumado — Então, quebrou a distância entre eles, envolvendo as línguas em um ósculo quente e envolvente. Beomgyu levou as mãos até os ombros alheios, flexionando a ponta dos dedos bem ali. — Hum...

— A lua de mel acabou, voltamos! — Aquela voz descontraída conseguiu ser bem inconveniente naquele momento.

— Droga! — riu, odiando dividir o apartamento com tantas pessoas. — Eu vou matar ele. — Yeonjun tinha uma expressão divertida no rosto, e mesmo frustrado o pequeno B não deixou de o acompanhar em compartilhar o riso.

— Espero que estejam vestidos, porque eu vou invadir. — Nada confortável com a ameaça, o mais velho levantou-se saindo do banheiro, passando pelo closet, enfim chegando ao próprio quarto onde encontrou o moreno folgado, que chamava de primo, jogado sobre a sua cama, completamente relaxado. — Que cara é essa, priminho? Por acaso estavam fazendo coisas obscenas? — Fingiu nojo, recebendo um olhar ameaçador como resposta.

— Hyunjin, me faz o favor, e volta para sei lá onde você estava. — Nem um pouco envergonhado, começou a se trocar ali mesmo.

— Não posso, nem se eu quisesse. Sabe o que é passar um mês na casa do seu sogro? — Não ele não sabe — Foi mal, esqueci que o B não tem pai. Mas o senhor Yok deve ser o seu exemplo de sogro, ele é o avô do seu namorado, deve pelo menos te dar uma noção. — Conhecendo o quão insistente era aquele ser imprevisível apenas sugeriu que ele prosseguisse, com aquele mesmo olhar indiferente costumeiro. — Beleza, o Jeongin é um ótimo filho, bom demais, na verdade. O senhor Yang não é ruim, mas ainda é pai dele. Resumindo, eu não transei com o meu namorado por um mês inteiro. E se não bastasse isso, o meu anjinho, resolveu que quer voltar para Busan. Me diz, Y! Como eu volto pra lá?

— É a nossa cidade natal, é normal o Jeongin pensar dessa forma. Ele veio para Seul estudar, depois de terminar a faculdade, ele vai querer voltar para os amigos e família. — Uau, como o nosso rei de gelo amadureceu, estou impressionada.

— Eu não posso, meu pai me odeia porque transei com o enteado dele. Minha madrasta me odeia porque eu transei com o filho dela. E minha mãe morreu. Sem motivos pra voltar para Busan. Minha família 'tá aqui, são vocês, meus bros. Mas se o Jeongin quiser realmente voltar, o que vou fazer? Eu amo aquele garoto… — Pobre H, realmente está em uma encruzilhada.

— Bom, você precisa se abrir com ele, honestidade é a base de qualquer relacionamento. Porém sabemos que tem a chance de vocês acabarem igual ao meu irmão e o principezinho. Por mais que eu ache que o problema real deles seja a falta de comunicação. — Yeonjun finalmente terminou de se arrumar, virando-se para o primo que continha um olhar distante. — Consequências da vida adulta, priminho. — Então, de boa fé, finalizou com pequenos tapinhas no ombro do mesmo. — Cadê os outros? Preciso falar uma coisa pra vocês.

— Diz agora! — Discretamente, se atentou, tentando ouvir barulho de água, vindo do banheiro. E assim que ouviu o ralo ser aberto, sinalizou com o dedo indicador sobre os lábios, ordenando silêncio.

— Vamos lá pra sala, meu namorado vai querer se trocar.

— E? — Yeonjun não acreditou, aquilo só podia ser uma brincadeira. E automaticamente sua expressão se tornou sombria. 

— Hyunjin, eu vou te matar! — Hwang ergueu os braços como se estivesse se rendendo, deixando o cômodo junto ao Choi, esse que passou os olhos pela sala de estar, encontrando dois rostos conhecidos. — Taehyung e Taehyun, alguma notícia do meu irmãozinho?

— Perguntei se ele viria com a gente, mas ele apenas respondeu que tinha algo para fazer. — Respondeu o loiro, cheio de tédio.

— Certo, ele vai ficar puto por ser o último a saber, mas esperei muito pra poder mostrar isso para vocês. — Sorriu como se tivesse o mais saboroso plano sobre as suas mãos, de certa forma, ele realmente tinha!

— Não, isso não é o que estou pensando… — Pois é, V! Nem eu estou acreditando! — Você é um pilantra, desgraçado! Como pode? Mais uma vez, foi mais rápido do que eu! — Com um bico sobre os lábios, sentou-se sobre o sofá.

— O Beomgyu sabe disso? — Taehyun não tinha filtros, falava o que vinha na mente e estava feito.

— Sei do que? — Choi se aproximou com uma mochila sobre as costas, cabelo molhado, camiseta larga, e uma típica calça xadrez de pano mole, que ele julgava ser a mais confortável de todas.

— Que o Yeonjun… — O rosto daqueles quatro, estavam todos muito suspeitos. Mas o fato de quem esteja falando, isso era o que mais preocupava o Choi mais novo.

— Vai trabalhar em pleno domingo… — finalizou o Kang, dando sossego ao coração do pequeno B.

— Isso! Porque ele é o dono da empresa, então ele não deveria… — Só um olhar foi o bastante para reforçar a pena de morte de mais cedo.

— É… ele me disse. — Definitivamente, aqueles quatro estavam mais estranhos do que o normal. Taehyung estava sentado sobre o sofá, emburrado demais para alguém radiante como ele. Taehyun rapidamente desviou o olhar para o celular. E Hyunjin, não, ele já era estranho de natureza. — Amor, eu tenho que ir, já combinei com o vovô que jantaria com ele essa noite. — Yeonjun assentiu, sorrindo simples, antes de deixar um selar nos lábios do mais novo. — Até mais, pessoal.

— Até mais, B. — Kang se despediu do amigo, o vendo sumir pela porta prateada do elevador.

— Hyunjin, seu filho da puta! Eu vou te matar…

[...]

A mansão Yok como sempre estava animada, esse senhor é realmente disposto, devo admitir! Jogando Just dance com os empregados, estou pronta para entregar o meu currículo!

Beomgyu se jogou sobre o imenso sofá, observando o avô derrotar uma das novas arrumadeiras dos diversos quartos daquela casa. O suspiro do jovem foi tão longo e melodramático que não deixou de chamar a atenção do senhor astuto.

— Meu neto está de volta! — sorriu simpático como só ele mesmo, olhando para aquele par de olhos infantis. — Se divertiu na casa do seu namorado? — ainda que o visse assentir, sabia que ele queria o dizer algo. — Está preocupado com o estágio? — Antes ele estava, mas Yeonjun tinha afastado a insegurança, por ora. Então, perante a essa pergunta, ele negou. — Não queria voltar para casa?

— Não é isso, vovô! — Desesperado, os fios longos balançavam junto aos braços dos de olhos arregalados. Beomgyu não queria que aquilo virasse um mal-entendido, entretanto ele estava semelhante a um sinalizador ambulante. — É que antes de vir embora, eu senti que o Yeonjun estivesse estranho, não só ele, Taehyung, Taehyun e Hyunjin também estavam.

— Mas esse menino, Hyunjin... — Intrigado, Choi franziu o cenho, esperando o que o Yok iria falar. — Ele é estranho mesmo!

— Vovô! — De fato, esse senhor é muito engraçado! 

— Certo, certo! — Sorriu aberto, olhando para aquelas belas orbes negras. — Você passou um mês sob o mesmo teto que o Yeonjun, se ele tivesse que te dar algum motivo para desconfiar, não acha que ele já teria feito? — Sábio senhor Yok, muito sábio!

— Ele disse que tinha uma reunião de negócios hoje, mas é domingo. O senhor não acha estranho? — A testa franzida, mostrava o quão intrigado ele estava.

— Dúvida do amor que ele sente por você? — Aquela pergunta, não foi algo esperado.

— Não! Ele me ama, eu tenho certeza.  — Não pense muito, B! Como diria o K, vai sobrecarregar seu cérebro. — Mas não deixa de ser estranho.

[...]

Malas e mais malas, cheiro de tecido novo e marcas conhecidas bem estampadas neles. Como já dizia o príncipe de Seul: Cada troca de estação é uma ótima oportunidade para refazer o armário, condizente com a tal. Bem-vindo de volta, principezinho! As coisas realmente estavam entediantes sem a sua presença turbinada por aqui.

— Mei, você tinha que conhecer Londres, a Noruega também não fica para trás. E o balé Russo? Minha nossa. — As falas do jovem pareciam empolgadas, renovadas depois de um mês de férias e viagens. — Também passei um tempo com a mamãe em Paris, ela disse que assim que o trabalho acabar vai vir passar um tempo comigo e com o papai.

— Poxa, será que realmente a tia Karen se esqueceu de mim? — Surpreso por escutar aquela voz brincalhona, completamente familiar aos seus ouvidos, se virou, dando de cara com aquele Choi cafajeste. Parado sobre o batente da porta, com os braços cruzados e sorriso malandro irresistível.

— Soobin?! — Kai rapidamente conferiu se tinha alguém no corredor, puxando o jovem para dentro, enquanto trancava a porta atrás deles. — O que está fazendo aqui? — Não muito contente, Kai estreitou os olhos, apontando o dedo indicador para o mais alto.

— Soube que voltava de viagem hoje, então... — A forma que ele se aproximava disfarçadamente, como se não tivesse segundas intenções com o mais novo, realmente não mudou nada. — Hyunjin, foi encontrar com todo mundo no aeroporto, mas eu achei que fosse uma boa, te fazer uma visita antes das férias acabarem.

— E o seu trabalho? Certeza que nenhum dos seus fãs te seguiu até aqui? — A tonalidade presente nas falas do principezinho era ácida, mas também foi possível sentir a mágoa transmitida através delas.

— Podemos não tocar nesse assunto? — Ainda não é época de chuva, então, por que os fios negros estavam tão convenientemente molhados? — Não vim aqui para conversar... — A voz rouca, falava tão pertinho do ouvido do loiro. Droga! Ele não resistiria, aquele joguinho só podia ser jogado a dois, e Kai não iria recuar.

— A gente precisa conversar, S! Você sabe disso, estamos adiando e… — nariz com nariz, mãos grandes que pareciam ser feitas para se encaixar com as dele — Não podemos continuar fugindo disso, não somos mais crianças.

— Shi... — até a forma que ele pedia silêncio era convenientemente sedutora. — Não fala nada, pãozinho... — Com agilidade, agarrou o queixo bonito, capturando os lábios vermelhos com os os próprios, invadindo a boca quente de uma vez só.

Certamente, galerinha, alguns nunca sabem a hora de parar de jogar. Bom, até a vida os forçar a abandonar o tabuleiro. Pois todos sabemos que quando esse momento chegar, aí sim, vai ser game over.

[...]

Beomgyu, estava ansioso, a recepção daquela empresa era realmente magnífica, a arquitetura era esplêndida aos olhos do jovem estagiário.

— Senhor Choi? — Os olhos profundos, desviaram para a secretária que sorria gentilmente, e não deixou de retribuir o ato. — Estamos muito contentes por ter um jovem como você fazendo parte da nossa equipe, o senhor Lee adorou o seu currículo.

— Isso é bom, eu acho — sorriu tímido, assim que notou o que tinha dito — Desculpe, estou um pouco nervoso.

— Tudo bem — Com ótimos sentidos, a mulher observou com atenção o anel prateado sobre o dedo anelar do mais novo. — Belo anel. — Demorou um pouco, mas ele notou do que ela falava, então levou a outra mão até a que possuía a joia.

— Obrigado! — Sorriu feito um bobo, ao ter as memórias do dia que recebeu aquele anel voltando para a sua mente. — Já faz quase sete anos que ele está comigo.

— Isso é muito tempo para alguém da sua idade — Sorriu, olhando novamente para os documentos em suas mãos. — Bom, você só precisa preencher essas fichas, e assinar as cinco guias. — o garoto assentiu alcançando a papelada. — O outro menino que estuda com você, será que desistiu? — A mulher estava pronta para ligar para o tal aluno, mas foi interrompida pela euforia inesperada.

— Desculpe pelo atraso, o dormitório é muito longe, acho que não calculei o tempo certo. O Metrô é um problema em Seul. — naquele final de um verão escaldante era possível notar as gotas de suor que escorriam pelo o rosto bonito do tal rapaz

— Senhor Jung, você está atrasado! — O cujo nome foi pronunciado, ficou congelado. Não era boa coisa ser repreendido no primeiro dia de estágio.

— Tudo bem, senhora Kim! — Notando o medo no rosto do moreno, Beomgyu resolveu se intrometer. — Sungchan é um bom garoto, pode conferir na ficha escolar dele. Desde o colégio ele só tem notas acima da média, e ainda por cima, ganhou bolsa total na melhor universidade do país. — Mesmo desconfiada, resolveu dar ouvidos ao garoto de aparência inocente.

— Como foi um pedido do senhor Choi, vou deixar passar dessa vez. Mas que não se repita novamente, o senhor Lee odeia atrasos. — O castanho assentiu, apanhando a papelada que a mais velha estendia em sua direção. — Vou deixá-los cuidar disso sozinhos, me deem licença. — Assim que avistaram a mais velha deixar o ambiente, puderam voltar a respirar.

— Poxa, B. Salvou a minha pele, amigão! — Suspirou, relaxando a postura — Meus pais ficariam muito decepcionados se eu perdesse essa vaga. Foi uma boa o seu namorado ter escrito uma carta de recomendação para mim, imagina trabalhar longe do meu único amigo?

— Você também tinha conseguido uma boa proposta de emprego, mas como você é um dos únicos em que ele confia. — riu soprado — Ele não brinca quando diz ser possessivo.

— O cara é um gênio, ele tem vinte e cinco e já é um empresário reconhecido. Estudar no exterior realmente foi uma boa para ele. Acho que sou fã do seu namorado, o cara é incrível!

— Não seja puxa-saco, o Yeonjun já tem um ego enorme. Imagina se ele escuta isso? — Sungchan apenas deu de ombros voltando para as folhas. Enquanto o menor levou a caneta até os lábios, parecendo pensativo. — Na verdade o aniversário dele é semana que vem, vinte e cinco anos de sucesso, eu tenho muito orgulho daquele velho rabugento. — Pequeno B, você consegue ser pior do que eu para dar apelidos.

— Caramba, será que um dia vou me apaixonar desse jeito? — provocou, recebendo um pequeno empurrão do amigo, esse que apenas voltou para os documentos. Enquanto Jung, recebia uma mensagem um tanto, inusitada?

Os olhos grandes desviaram da tela para o moreno ao seu lado, por um breve momento. Uma atitude que passou despercebida pelo pequeno B, mas não para a página anônima.

[...]

— Capacete, botas de bico de aço, colete sinalizador, protetor ocular... — O jeito que aquele veterano verificava cada parte do corpo do Kang, era irritantemente preocupante.

— Tá tudo certo, Heeseung! — Sem paciência, o loiro revirou os olhos, afastando o mais alto. — Você 'tá fazendo de novo, aquele lance de se preocupar mais do que deveria. — Taehyun estava brincalhão, sorria enquanto tentava acalmar o mais velho, que parecia se sentir culpado. — Eu não entraria na fábrica sem todo o EPI, era capaz de você ter um treco. — Sem graça, o moreno riu soprado, concordando com calouro. Talvez ele tenha se preocupado demais com o primeiro dia de estágio do outro. —  Sempre cuidou tanto dos outros namorados da sua irmãzinha? — Ácido como sempre, T!

— Não, dos outros não! — Piscou, sorrindo para o que flexionava as sobrancelhas — Você é o único para mim... — sussurrou para si mesmo, enquanto o loiro fazia uma careta confusa. — Nada! Já tinha vindo na fábrica do seu pai antes? — O mais novo negou.

— Esse é o meu primeiro emprego, e só concordei trabalhar na empresa do papai, porque você me convenceu. Deveria ser grato por isso, nem o Kai e o Beomgyu juntos conseguem me persuadir. Bom, só a vez do sex-shop — O castanho o lançou um olhar intrigado — Longa história! Na verdade, é constrangedor, meus amigos são pervertidos.

— Não esperava isso de você, Kang. — Brincou, fazendo o outro arregalar os olhos preocupado. Não deveria ter dito aquilo. — Não deveria confiar, deixar você e a minha irmãzinha, sozinhos? Nem pensar! — O observou com o canto dos olhos, notando que ele estava cutucando as cutículas, essa era uma das manias que o seu calouro tinha, e costumava repeti-la com frequência quando estava ansioso.

— Não, eles são os pervertidos. Eu por exemplo sou o único do meu grupo de amigos, que ainda é... — “Beleza, Taehyun? Você está louco? Heeseung pode ser um Sunbae, um hyung gentil. Mas que tipo de intimidade temos para tocar nesse assunto?” — Um bom rapaz! — Finalizou, vendo o outro balançar a cabeça enquanto sorria.

— Com certeza, você é um bom rapaz! Quem além de você conseguiria o emprego dos sonhos para a namorada? —  Consegui sentir mais de um sentido nessa frase, pareceu bem sarcástico para mim, L. — Manager do V? Ela realmente não para de se gabar de como tem o namorado mais perfeito do mundo. Eu deveria ter sido mais rápido do que ele, quem sabe... — Taehyun, negou com a cabeça rindo da brincadeira alheia. 

— Hyung... — Ele conseguia deixar o T sem argumentos, e isso meus amores. É o que eu mais gosto no L, lógico depois do sorriso atraente, olhos gentis… voltando para o T. — Taehyung precisava de alguém de confiança, o namorado dele também alcançou o trabalho dos sonhos, Min Yoongi é um produtor musical agora. Sunhee não para de se gabar de como conquistou ainda mais a namorada dela depois de apresentá-la para o músico.

— Irmãs...

— Sim, irmãs! — Ambos negaram com a cabeça, trocando sorrisos. Quando o nosso querido loiro nem tanto solitário, sentiu o celular vibrar, não acreditando no que estava lendo. Nosso Lee encantado, também não deixou de expressar surpresa ao ler o que estava destacado na tela do celular alheio.

O que será que está acontecendo? Esse mistério todo está me matando, um segredo que a página anônima não tenha conhecimento? Pois me aguardem, nada pode ficar escondido por muito tempo.

[...]

— A página anônima, tá aprontando. — A voz do principezinho soava como um bebê raivoso, isso graças ao cafuné que estava recebendo do seu atleta insuportável.

— E isso realmente importa agora? — perguntou baixo, tendo a atenção total do loiro para ele.

— Sim, pode ser sobre nós, sabe que eu sou o foco dela. E você é um ator famoso agora, é lógico que ela quer ser a primeira a espalhar que nós voltamos. — O ator nada disse, apenas levou a destra para o ombro desnudo do mais novo, acariciando o local com a ponta dos dedos longos. — Soobin-ah — Ele sabia que o mais novo era sensível aos seus toques, só aquele pequeno contato, e o Huening já tinha se arrepiado por completo.

— Kai… — O jeito que o mais novo praticamente ronronou, com a cabeça repousada sobre o seu peito, nada podia quebrar aquele momento. — Eu quero fazer! — sussurrou carregado, sugando o lóbulo alheio com deleite.

— Eu também quero, senti tanto a sua falta... — Os dedos do mais novo brincavam, desenhando círculos sobre o abdômen definido. — Soobin-ah, brinca comigo? — Ele sabia onde aquela voz manhosa ia os levar, mas não podia deixar de concordar. Kai sorriu satisfeito, como o menino mimado que ele era, subindo no colo do Choi. — E como você pretende me castigar hoje? — ergueu ambas as sobrancelhas, jogando os braços em volta do pescoço alheio.

— Como o meu garotinho malcriado quer ser castigado hoje? — Sugeriu, fazendo o mais novo notar a falta de ânimo na sua voz.

— Tem alguma coisa estranha... — franziu a testa, tentando recuar, mas foi impedido pelas mãos fortes que aproximou ainda mais os corpos.

— Não tem não! — Tentou beijar os lábios bonitos, porém foi impedido pelas mãos em seu tórax. Então suspirou pesado, sabendo que aquilo ali não acabaria bem. — Kai, a gente não pode voltar! O meu manager disse que você é muito ciumento, isso atrapalha a minha imagem de artista.

— Você quer dizer, a imagem que a minha mãe lançou para o mercado do entretenimento, não é? — Isso mesmo, K! Não deixe ele brincar com você… Ops!

— A gente ainda pode fazer isso, sua casa é um lugar arriscado. Mas existem centenas de motéis... — a risada irônica do principezinho quebrou a fala dele.

— Você sabe quem eu sou? — Ele estava sério, o jeito que segurou o maxilar do mais velho com a ponta dos dedos o entregou, ele estava furioso — Eu sou o príncipe de Seul, não um prostituto qualquer que você come em um motel e depois joga fora.

— Não foi isso que eu…

— Cala a boca! — gritou — Droga! Você é um desgraçado... — Levou as mãos até os fios descoloridos, os bagunçando. — Eu não deveria ter acreditado em você. — Os olhos estavam começando a arder, mas não podia chorar, não na frente dele.

Naquele instante ambos se encararam, um inexpressivo e outro cheio de ódio. Então, ambos os celulares se alarmaram, os deixando tão surpresos quanto os outros, que receberam a mesma mensagem. Mas ao contrário dos outros, a tela do celular tinha acertado em cheio o coração partido do nosso principezinho, que apenas bloqueou a tela. Surpreendendo o maior, que sentiu a mão ser presa contra a barra de aço suspensa na parede.

— Kai?! — Gritou assim que viu o menino bonito sair de cima dele, pegando uma roupa do closet e deixando o quarto. — Huening Kai! Me solta agora! — Forçou a mão sobre a algema, não obtendo sucesso. — Droga! — Resmungou, levando a mão livre até os lábios. — Mei?!

Você costumava ser mais esperto na sua adolescência, S. Não deveria considerar essas algemas a sua prisão, mas sim o fato de viver preso na opinião alheia, e perder a liberdade de amar.

[...]

Beomgyu estava aflito depois de não falar com o namorado o dia inteiro, recebeu uma mensagem para encontrá-lo em um endereço desconhecido pelo o mais novo. Desceu do táxi e seguiu até o terraço do prédio como o orientado. Porém, quando o elevador parou, não entendeu nada, estava tudo tão escuro.

Então, um caminho de luzinhas foi se formando, uma de cada vez. O Choi piscou os olhos, confuso, cogitou até a hipótese de ligar para o mais velho, aquele não podia ser o endereço certo.

— Beleza, isso é um pouco estranho... — segredou para si mesmo, seguindo o caminho na ordem que as luzes se acendiam. Enfim se encontrou no meio delas. — Uau... — Realmente aquele prédio era alto, e a vista que ele tinha da cidade, era deslumbrante.

— As vezes acho que você gosta mais de prédios do que de mim. — Sorriu ao ouvir a voz conhecida, aquela que tinha o poder de acalmar o seu coração. — Sabia que ia gostar daqui. — proferiu baixo, deixando um selar carinhoso sobre a bochecha rosada, afinal o vento ali em cima era forte.

— Isso é verdade, eu gosto de prédios. Mas você, Choi Yeonjun, eu amo você! — Os olhos bonitos, observaram o rosto do seu amado, notando as vestes formais do maior. — Por que você tá sempre tão estiloso? — Choramingou, passando os braços por baixo dos do outro, levando as mãos até as costas largas. Então escondeu a cabeça no pescoço alheio, apenas para sentir aquele cheiro forte que o transmitia paz.

— Você também está lindo, pirralho. — disse baixinho, confortando o menor naquele abraço gostoso, deixando um beijinho na cabeça alheia, sentindo o cheiro doce do cabelo macio.

— Yeonjun, seu bobo! — Disse formando um biquinho fofo nos lábios — Eu estou vestindo camiseta e jeans, mais casual impossível, já você… — Prendeu a respiração, assim que viu o citado antes se afastar, se ajoelhando bem na frente dele, com uma caixinha preta em suas mãos. — O… q-que? — A voz sequer saia, os olhos não piscavam, pois naquele momento não conseguia desviar o olhar daquele homem bonito.

— Choi Beomgyu, quer casar comigo?

Para aqueles que diziam que fogo e gelo não combinam, bom, eu não posso concordar com vocês. O destino é imprevisível, eu sei! Mas o que é incompatível, eu chamo de complementar. E se o B vai aceitar, bom isso não irei contar agora, se quiserem descobrir o que o futuro reserva para os nossos garotos, a minha sugestão é ficar. Beijinhos, e até a próxima semana!  

 


Notas Finais


Minha nossa, nossa, nossa!
O que será que vem por aí?
Teorias?
Surtos?
Beijinhos, e até próxima! '3'


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