Boa noite, galerinha de Seul. Não acabou o verão ainda, mas fiquei sabendo que as coisas esfriaram para o lado do S.
Soobin se mexia, e tentava a todo custo se livrar das algemas. Entretanto, mesmo com o auxílio da mão livre, ele não obteve sucesso.
— Mei?! — gritou mais uma vez, torcendo que dessa vez a mulher ouvisse seus pedidos de socorro. E assim foi, a filipina levou ambas as mãos até a própria boca, assim que avistou o rapaz bonito apenas de cueca, forçando-se ao máximo para se livrar daquela prisão.
— Senhor Soobin, o que aconteceu? — Choi desviou os olhos para a empregada, soltando um suspiro de alívio.
— Adivinha? — Riu, sabendo que ela entenderia. Mas para o seu azar ela não estava a favor do atleta.
— O senhor Kai deve estar realmente magoado com você. — Soobin observou a menor levar a destra até a própria barriga a acariciando — Sabe senhor Soobin, esse em minha barriga não é o meu primeiro filho. O Kai é como um filho pra mim, eu o vi crescer. E fico muito triste em saber que você terminou com ele.
— Mei, é complicado, não é que eu não goste dele. Só não podemos ficar juntos agora. Eu queria que ele entendesse.
— O senhor entenderia? — Não! Ele não entenderia, quando K não dava bola, S não saia da cola dele, e agora magoou o principezinho. Vai entender esses homens... ah, seres humanos, 'oh raça complicada!
— Eu... — Ele estava confuso, isso era nítido. Seus lábios estavam presos entre os dentes, e suas pernas estavam inquietas.
— Tudo bem, não precisa responder isso agora. — Devagarzinho ela se direcionou até o closet do Huening, alcançando uma caixinha cor de rosa. — Principalmente para mim, uma humilde empregada. O senhor precisa responder isso para ele. — Soobin a olhou compreensivamente, vendo ela tirar uma chave da tal caixinha. — O senhor Kai é organizado com as coisas de vocês dois. — sorriu fraco, libertando o mais novo, da aflição anterior.
— Obrigado, Mei! — Acariciou o pulso assim que sentiu a liberdade se fazer presente. — Sabe me dizer se tem alguma roupa minha aqui?
— Senhor Soobin, como me faz uma pergunta dessas? Já fazem seis anos... — Pausou, pois sabia que o jovem não entenderia se apenas o falasse, ela deveria o mostrar. — Veja por si próprio! — Apontou para o closet, fazendo com que o mais novo entendesse o recado, entrando no mesmo.
De todos os armários que já tinha visto, aquele com certeza era o mais vasto. Entretanto o que surpreendeu o nosso ator, foi o fato do lado esquerdo estar totalmente preenchido por peças de roupas dele.
— O senhor Kai, sempre se importou com você. Reservar um canto no armário dele, para as roupas do senhor. Ou até mesmo, pedir que eu deixasse tudo organizado para o seu retorno, o meu garoto gosta muito do senhor. — S estava sem palavras, dedilhava o dedo sobre as próprias roupas penduradas no cabide. Enfim notando que tinha cometido um grande erro.
— Eu preciso ir atrás dele! — Sim, você vacilou, então o mínimo que pode fazer é se redimir com o principezinho.
— Por favor, senhor Soobin, não magoe ele. — Assentiu, vestindo-se rapidamente, apenas para agradecê-la decentemente.
— Obrigado, Mei! — Sorriu largo, realizando uma reverência respeitosa. Antes de correr para fora da cobertura dos Huening. Já era tarde, mas ele esperava que ainda estivesse a tempo de alcançar o seu principezinho.
Tic tac, tic tac... o seu tempo está se esgotando, S chuchu. Acho bom começar a pôr em prática todo aquele treinamento atlético, e correr uma maratona contra o tempo.
[...]
Em falar em tempo, para o nosso B, naquele momento ele estava parado. Não existia nada, nada além dele e aquele que sorria largamente, ajoelhado em sua frente. O seu coração batia aceleradamente, respiração dele quase não saía.
— S-i-m… — Como se considerava bobo, estava estragando mais um momento com suas lágrimas estúpidas, que sempre marcaram a história deles. Yeonjun sorriu radiante, como nunca tinha feito antes, apertava tanto os dentes que podia até quebrá-los, e mesmo que a bochecha ficassem doendo depois disso, ele não se importava. Esse provavelmente era o dia mais feliz da vida dele.
Então, cuidadosamente o de fios negros, retirou o anel de namoro, substituindo pelo o de noivado. Subindo novamente para beijar os lábios convidativos do seu amado. Beomgyu, se separou do beijo, sorrindo e chorando, feito um idiota. Ainda não acreditava no que estava acontecendo, estava praticamente hipnotizado com aquele novo anel em seu dedo. Não sabia se podia ser verdade, mas enquanto olhava para aquele pequeno objeto podia jurar que viu todos os momentos que passou ao lado do namorado, do começo até aquele momento, todos eles passaram pela cabeça dele em uma espécie de tela do seu próprio subconsciente.
— Yeonjun... — Ele não tinha palavras, apenas abria a boca mas nada saia de lá.
— Eu acho que você gostou! — Sorriu convencido como só ele, erguendo ambas as sobrancelhas, antes de erguer o menor em uma espécie de abraço dançante.
— Você é louco! — Sorriu, ainda se sentindo fora da realidade. — Espera, eu sou ainda mais louco por aceitar essa loucura? — Parou pensativo, apoiando as mãos sobre os ombros alheios.
— Não, nós não somos loucos. Nós nos amamos há tanto tempo, só iremos oficializar isso. — Beomgyu, não queria chorar, mas aquele namorado não estava colaborando, com o seu lado sentimental. — Eu te amo, Choi Beomgyu, e quero me tornar o seu marido. Sei que você ainda tem vinte e três anos, e termina a faculdade em junho. Então, vou perguntar de novo, você quer se casar comigo? — Os olhos pequenos, eram completamente transparentes para os grandes do pequeno B. Esse que mordeu os lábios em pura ansiedade, ainda suspenso no ar pelos braços fortes do mais velho.
— Sim! Você ouviu, eu aceito me casar com você, meu Deus! Mas é claro que sim. — Okay, adeus se segurar, nesse momento ele já se desfazia em lágrimas. Recebendo diversos selinhos carinhosos nos lábios chorosos, enquanto tentava livrar o próprio rosto das lágrimas intrusas. — Eu não estou acreditando, você realmente acabou de me pedir em casamento?
— Não só isso, amor. — Sorriu malandro, sabendo que aquela raposa esperta estava escondendo alguma coisa.
— Choi Yeonjun... — Levantou o dedo indicador, o ameaçando com o olhar. — O que está tramando?
— Relaxa, você vai se amarrar na surpresa. — B estreitou os olhos, totalmente desconfiado. Vendo o mais velho rir divertido, negando com a cabeça. Para enfim, segurar a mão do seu noivo, seguindo juntos até o elevador do terraço, discando o número de um andar abaixo daquele, ou seja a cobertura.
— Onde estamos indo? — Assim, que a porta metálica se abriu, os olhos afiados se arregalaram, não acreditando no que via.
— Ele aceitou! — Surpresa, pequeno B! Aliás, eu descobri, não achavam que poderiam esconder isso por muito tempo, achavam?
Todos estavam lá, gritando e comemorando pelas palavras do Choi. Beomgyu estava chocado, quando Yeonjun tinha os convidado? Não estavam só os amigos, como também a família.
— Você, chamou todos eles? — Segredou apenas para que eles dois ouvissem, sem deixar de sorrir para os convidados. — E se eu não aceitasse?
— Tinha chances disso acontecer? — Desviou o olhar diretamente para aquelas orbes negras, que tanto o atraia. — Além de que, não foi ideia minha. — O menor franziu o cenho, não entendendo onde ele queria chegar. — Foi o seu avô! — Riu, relaxando a postura, fazendo o mais novo retribuir o gesto.
— Tinha que ser — Negou com a cabeça, sem perder o sorriso do rosto. Aquele senhor não tinha jeito, animação era praticamente seu nome do meio, festa é com ele mesmo.
— Quando eu fui conversar com ele, falei que eu tinha planos de te pedir em casamento. Ele falou: “Vou organizar a festa de noivado. Meu neto vai ter a maior festa de noivado que Seul já viu.” — B, não pode deixar de rir, a forma que seu noivo imitava a voz do mais velho era hilária.
— Isso é tão ele... — Tá, aquela lambidinha sedutora no lábio, ele estava escondendo mais alguma coisa. — Nem vem, fala logo! Depois de seis anos, é impossível esconder qualquer coisa de mim!
— A gente nem casou ainda, e você já está bancando o maridinho mandão. — Brincou, recebendo uma cotovelada do mais novo, na barriga. — Calminha, amorzinho. — Se rendeu, virando-se diretamente para ele, acariciando a mão menor com cuidado. Quando começa assim, tem coisa, pode apostar! — Não fica chateado, foi um pedido do seu avô. — Sorriu amarelo, vendo a expressão alheia se tornar sombria.
— Choi Yeonjun... — Nem deu tempo de terminar sua repreensão, pois foi invadida pelos flashes em seu rosto.
— Sorria, B! — Os olhos pequenos do Yang, realmente combinavam com a tonalidade platinada dos seus fios. Yeonjun sorriu, abraçando a cintura do mais baixo, esse que o imitou, focando diretamente na câmera nas mãos do estagiário da revista mais quente de Seul. Só para ser sincera, todos sabem que a página anônima é melhor, e a cobertura desse noivado é completamente nossa! — Não acredito que estou tendo a chance de fazer a cobertura da festa de noivado mais épica de Seul. — Sorriu largo, demonstrando o quão empolgado estava.
— Valeu mesmo, Yeonjun, e parabéns pelo noivado. — Yang sorriu sincero, sendo retribuído pelo casal de noivos.
— Parabéns, Beomgyu! Então quer dizer que você vai ser o meu primo-cunhado? — Não perdendo tempo, Hwang Hyunjin fez o seu papel, deixando o clima bem mais leve.
— Bom, acho que sim... Eu aceitei, e estou com o anel no dedo... — Poxa, B... adorei o humor!
— Meu filhinho vai se casar — Kang Sooji se aproximou, junto ao marido, abraçando o seu primogênito — Você cresceu tão rápido, se tornou um homem tão lindo. Estou orgulhosa de você! — Segredou suavemente, entre o abraço apertado. Finalizando, com uma troca de sorrisos entre mãe e filho, então carinhosamente levou ambas as mãos até as bochechas do mais alto, as apertando, praticamente formando um sanduíche entre suas mãos delicadas. — Eu te amo, filho.
— Eu também te amo, mãe. — Sua voz quase não saia por conta do aperto, mas mesmo assim não deixou de receber ambos os pulsos finos com carinho.
— Meu Deus! — Se pudesse a mulher perderia a noite inteira olhando para o seu eterno garotinho. Entretanto, sabia que aquela noite seria longa e cheia de pessoas querendo cumprimentar o casal. — Beom. — Sorriu largo, erguendo os braços para o futuro genro que a recebeu em um abraço caloroso. — Eu sempre soube que vocês seriam um lindo casal. E agora você vai ser meu filho.
— Acho que sim, tia Sooji. Ele me pediu em casamento. — Sorriu bobo, segurando ambas as mãos pequenas com muita cumplicidade. Sooji podia até enxergar o brilho nos olhos do pequeno B. — Eu sou muito grato a você, de verdade.
— Eu sei, eu fiz um filho muito bom, não é? — Brincou, vendo ambos os rapazes rirem.
— Parabéns pelo noivado, meninos — Kang Jaerim, ergueu a mão sendo retribuído por um forte aperto de mãos do Choi mais velho.
— Obrigado, senhor Kang! — Sorriu para o padrasto, vendo-o cumprimentar o noivo.
— Meu netinho — A risada daquele senhor era contagiante, uma festa não era uma festa se não fosse planejada pelo o Yok.
— Vovô! — riu soprado, abraçando o mais velho — O senhor, realmente não existe.
— Espero que tenha gostado da surpresa. — Assentiu o mais novo, tentando ao máximo não chorar.
Tudo lindo, tudo perfeito! Meus deuses, o Y e B, os nossos meninos, estou chorando. Ontem uma fofoquinha flagrando eles aos beijos em frente ao colégio. E agora? Uma grande notícia sobre um pedido de casamento. Estou chocada! E pelo visto eu não sou a única...
Do outro lado de onde a família cumprimentava os noivos. Kang Taehyun os observava desleixado, com as mãos guardadas nos bolsos, tendo a companhia de ambos os irmãos Lee, um de cada lado do corpo esguio do loiro.
— Caralho, eles vão realmente se casar? — Sim, namorada do lobo solitário, eles vão!
— Sim, Lyn! — Taehyun desviou o olhar para o Lee, que o lançava um sorriso gentil, voltando o olhar para a mais baixa.
— É o natural, irmãzinha. Quando as pessoas se amam, querem passar a eternidade juntas. — eu gosto desse menino, não sei porquê.
— Droga, Heeseung. Você fala como se soubesse a sensação de amar alguém. — Lyn era uma garota moderna, o tipo desbocada, que fala tudo na lata, sem muito raciocínio. Em um estilo rebelde e desleixado, bem o oposto do T.
— Quem te disse que eu não sei? — Heeseung, por outro lado, era doce, gentil e educado.
— Tcs... só quero sair daqui, estou entediada. — Choramingou, agarrando-se ao braço do loiro — Taehyun-ah, vamos sair daqui? Hum? — Sugeriu, com os olhos grandes bem conectados aos do Kang.
— É o noivado do meu melhor amigo, Lyn. — proferiu calmo, vendo um bico desgostoso nascer nos lábios da menor. — Aliás, o Kai ainda nem chegou.
— Puts, T! Eu sou sua namorada, quero a sua atenção. Estou entediada, e você só liga para os seus amigos! Quanto tempo pretende servir de vela? — curta e grossa, porém direta. — Olha só pro B. — sugeriu, fazendo o loiro observar o amigo, que sorria radiante ao lado do agora noivo, cumprimentando cada um dos convidados — H e I... — Yang Jeongin era dedicado ao trabalho, e não parava de registrar cada momento com a sua câmera. Mas bem ao seu lado, estava o namorado, que não saia da sua cola por nenhum momento. — S e o principezinho devem estar se comendo em algum lugar. Taehyung foi encontrar com o Yoongi sunbae, eles vão vir mais tarde. Então me diz, o que vamos ficar fazendo aqui? — Pressionou com o olhar afiado.
— Tudo bem! Vamos sair! — Se rendeu, recebendo vários selinhos apressados como agradecimento.
— Uhuuu! — Comemorou, pegando uma das garrafas que os garçons estavam servindo, chamando a atenção dos convidados, pela falta de decência da jovem. — Parabéns, pelo casamento, Y e B! — gritou da porta do elevador, chamando a atenção dos noivos para ela — Desculpe a indiscrição, mas eu não tenho paciência para filas. Então os cumprimentei do meu jeito! Viva os noivos, a eh! — Bateu palmas, finalizando o discurso desastroso.
— Acho melhor irmos até ela. — Heeseung, sugeriu vendo o mais novo concordar.
— É melhor mesmo, antes que ela cause mais. — Então foram ambos os rapazes ao encontro da garota, mas antes Taehyun precisava falar com aquele casal. Não se tratava de ser vela ou não, ele nunca se sentiu mal por isso, muito pelo contrário, se divertiu muito ao lado deles. — Yeonjun, Beomgyu — Se pronunciou baixo, mas claro o suficiente, para os amigos que o aguardavam ansiosamente.
— Grilo falante! — O mais velho entre eles sorriu, erguendo a mão que continha o anel à mostra — Sabe o seu papel nisso, né? — Sorriu largo, deferindo pequenos tapas nos ombros do mais novo — Obrigado, de verdade mesmo, cara! Você pode até não ser o meu irmão de sangue, mas te considero quase isso!
— Taehyun, você tá bem? — Perguntou preocupado, chamando a atenção do Kang — A Lyn, tá bem? — Desviou os olhos, para a garota que praticamente gritava pela sua presença.
— Nós estamos bem, não precisa se preocupar, Beomgyu. O Heeseung está com a gente, então sem neura, sabe como ele é responsável. Curtam a festa de noivado, vocês merecem. — Sorrisos foram trocados, e no instante que o trio ia pisar dentro do elevador. Uma certa figura importante se fez presente. — Kai? — Taehyun parou o que estava fazendo apenas para segurar o pulso, do seu amigo abatido.
— Vejo que estava de saída — Mediu a garota de cima a baixo, cheio de arrogância — Não deveria deixar esse tipo de gente esperar. — Finalizou recebendo uma careta da mais velha, e antes que visse a porta se fechar completamente, ainda conseguiu ouvir algo:
— Não me surpreendo o fato do Soobin ter terminado com ele. Esse garoto é um saco!
Poxa, aquela não estava sendo uma noite fácil para o príncipe de Seul. Entretanto, ele não podia abaixar a cabeça, deixar sua coroa cair. Então, respirou fundo, empinou o nariz, e seguiu em direção ao outro melhor amigo, o de fios castanhos.
— Ora, Ora — Se pronunciou, surpreendendo o mais baixo. Que suspirou aliviado, direcionando toda a atenção para aquele convidado tão especial, afinal ele era da realeza, certo?
— Kai, pensei que não viria. — proferiu, notando um rastro de lágrimas, sobre o rosto bonito. — Você 'tá bem? — Preocupado, repousou a destra sobre o ombro largo, sentindo o mais novo tremer. — K, o que aconteceu?
— Beomgyu... — Ele queria desabafar, desabar sobre o colo acolhedor do amigo. Sabia que ele estaria lá para tudo, qualquer situação. Porém não podia ser egoísta, cobrar um posicionamento do Choi, em plena a festa de noivado do mesmo. — Parabéns pelo pedido de casamento. — Sorriu fraco, deixando o menor ainda mais desconfiado.
— Irmãozão! — Não! Não era possível, mesmo! O que Choi Soobin estava fazendo ali? Droga! Huening não queria o ver, ele o algemou sobre a própria cama, só para garantir que não o veria. Bom, ao menos, não até retornar até sua casa. Depois de chorar feito um louco, gritar tudo o que estava sentindo para fora.
Mas é claro que contando com sua sorte atual, deveria ter pensado na possibilidade de que a empregada grávida, em todo o seu estado romântico e emocional, iria soltar aquele traidor. Talvez ela acreditasse na reconciliação entre eles, porém Kai sabia que tudo estava acabado.
— Irmãozinho! — Yeonjun e Soobin se cumprimentaram em todo aquele estilo de abraço barulhento, bem estilo irmãos, mesmo.
— Você vai se casar, não estou acreditando! — Y, ergueu ambas as sobrancelhas, mostrando o anel em seu dedo anelar.
— Ele aceitou, maninho. — Deu de ombros sorrindo convencido — Eu vou me casar com o homem mais gost... maravilhoso do mundo. — Y, Y, Y, esse menino, até parece que não sabemos o que realmente queria dizer.
— Cunhadinho, agora é oficial, vamos ser da mesma família! — Beomgyu soube o que estava acontecendo no momento em que Soobin deu um passo para frente, e Kai dois para trás. O menor desviou o olhar de um para o outro, fazendo com que o noivo copiasse o ato. Aqueles dois praticamente se matavam com o olhar.
— Vocês...
— Eu só vim te dar os parabéns, aproveite a festa, B! Você merece, você e o Yeonjun se amam, e hoje em dia o amor realmente é raro. — O jeito que ele falava, mesmo que não chegasse realmente no ponto, eles sabiam para quem era aquela mensagem, codificada pela mágoa.
— Ei?! — B tentou o segurar, impedir que saísse tão magoado. Porém não teve a oportunidade, já que o noivo o segurou pelo braço, negando com a cabeça. — Yeonjun? — questionou apenas com o olhar, ele estava triste, não gostava de ver o amigo nessa situação.
— Não, amor! Você não vai atrás do principezinho. O Soobin é quem vai! — O ator apontou para si próprio, recebendo um aceno positivo do irmão.
— Por que eu deveria?
— Porque você é um idiota! Sabe que está errado, e vai perder o homem que ama por ser um covarde! — É, Choi Yeonjun sabe o que dizer.
Nem teve tempo de rebater, não tinha mais tempo a perder. Ele foi até ali atrás do principezinho, e acabou o perdendo novamente, apenas por um mero capricho, por apenas aqueles malditos joguinhos de superioridade que eles viviam jogando.
Huening Kai, corria pelas ruas de Seul, sendo encharcado pela chuva que caía naquela noite de verão, estava tão abafado, tão sufocante.
— Droga! — Resmungou, desabando por completo, chorando e esperneando, feito uma criança mimada. Ele estava com tanto ódio, o seu peito doía tanto. Ele precisava tanto de um colo, um consolo, um alguém... — Ele vai sempre estar lá por mim... — Sussurrou para si próprio, pensando se realmente aquela era a melhor opção. Mas em meio a tanta agonia, mesmo a presença mais inesperada se torna a mais desejada. — Alô?! — Com o celular sobre o ouvido, soou manhoso.
[Kai? Quem é vivo sempre aparece]
O mais novo fechou os olhos apenas por ouvir aquela gargalhada gostosa, a voz grava lhe passava conforto naquele momento.
— Yoonoh-ah — Fungou, preocupando aquele do outro lado da linha.
[O que aquele desgraçado fez?!]
— Ele terminou comigo, Yoonoh! Depois de seis anos, depois de funcking seis anos! — Chorou ainda mais, não aguentando mais manter todas aquelas emoções dentro de si.
[Porra! Esse barulho é de chuva? Kai você 'tá na rua?]
— Vem me buscar, por favor! Eu preciso de você... — Beleza! Um momento, pane no meu sistema! Vocês viram o mesmo que eu? Tipo, Huening Kai, o príncipe de Seul, ligou para o Jung Lobo mau? Só um momento, ainda estou processando essa informação. K, esse é o seu Porto Seguro? Tem certeza disso?
[Me espera, eu 'tô indo, amor!]
Se isso fosse um filme em exibição no cinema, essa seria a cena que muitos iriam gritar. Só de ver o rostinho sexy de Jung Yoonoh falando o típico: “amor” sua marca registrada. Mas se tratando do nosso não tão querido lobo, acho que vocês não estão muito felizes.
Jeong levantou-se, em um pulo, não foi difícil achar a localização do principezinho, afinal tinha a página anônima ao seu dispor — de nada — Correu até o próprio armário, fazendo uma mala de qualquer jeito. Não estava muito longe da cidade, mas esperava ao menos chegar a tempo de consolar o mais novo entre seus braços, em uma boa noite de sono, ou pelo menos o restante dela.
Olhou rapidamente para o castanho que dormia tranquilamente no lado oposto daquele lado da cama que havia levantando, passando pela porta do quarto. Antes mesmo que alcançasse a saída do apartamento, se deparou com uma presença nada contente, e pronto para lhe dar um sermão.
— Jaehyun, Jeffrey, Yoonoh... — Negou com a cabeça, não sabendo como se referir aquele amigo irresponsável — Onde vai com tanta pressa?
— O Kai precisa de mim! — Proferiu sem paciência, não queria transformar aquilo em uma saída dramática, mas claro que Lee Taeyong não pensava da mesma forma.
— Yoonoh, você é um idiota mesmo! — Riu sarcasticamente, incrédulo com o melhor amigo. — Você ao menos se colocou no lugar daquele garoto? O Jaemin, ele é quem dorme com você todas as noites, que fica ao seu lado, te dá apoio em todas as suas crises. E agora você vem me dizer que vai abandonar quem realmente te ama, por aquele mimadinho, de novo?
— Taeyong, por que não volta pro seu namorado, e me deixa em paz? — Levou a destra até os olhos doloridos, pressionando com os dedos, já prevendo uma discussão.
— Se eu acordar o Doyoung agora, ele vai te dar um soco. E eu não quero isso! Só quero que coloque a mão na consciência e pense no que é melhor para você, idiota!
— Eu gosto do Kai, beleza? O Na se envolveu comigo tendo isso em mente. Em nenhum momento eu o iludi, sabe muito bem disso! — Dessa eu não sabia, e confesso que estou curiosa sobre. Quando os nossos antagonistas se tornaram tão próximos? Que eles foram cúmplices durante o arco vermelho, todo mundo sabe, mas amantes, tipo namorados? Isso é totalmente novo!
— Se essa é a sua decisão, vai em frente! — apontou para a porta, desistindo de abrir a mente daquele cabeça dura que chamava de melhor amigo. — Depois que se arrepender, o tempo não vai voltar, e vou poder dizer que eu te avisei.
— Faz o que quer, Lee! — Após finalizar, bateu a porta, não de forma estrondosa, por conta do horário. Mas com certeza ele passou o recado.
Taeyong levou a mão até a testa, já prevendo toda a dor de cabeça que aquela decisão iria gerar. E no momento em que um suspiro cansado fugiu pelos seus lábios, ele notou que não estava sozinho. Pois ali, escondido sobre a parede que separava a cozinha do corredor, ele viu a silhueta do mais novo entre eles.
— Jaemin, pode sair, eu já te vi! — Soou suave, visualizando a figura triste. — Sabe que não precisa passar por isso, né?
— E eu tenho escolha, hyung? Eu me apaixonei por um sadomasoquista. Sofrer faz parte. — Riu soprado, vendo o mais velho se aproximar, apenas para descansar a destra sobre o ombro do castanho.
— E depois de tudo o que passaram, vai se render assim? Deixar o principezinho ganhar, sem esforço algum?
Algo naquela frase instigou o Na, ele não iria perder. Afinal, o que é um o começo de uma temporada, sem emoção? Minha única pergunta, é se vocês estão prontos para a batalha.
[...]
A chuva dominava as ruas iluminadas da grande Seul. Soobin saiu correndo da festa de noivado do irmão, na esperança que iria encontrar o príncipe K, perdido por ali, aguardando o seu encontro. Mas como o destino ama pregar peças — e eu um joguinho de azar — Ele ouviu uma espécie de gemido, para ser mais específica, um ruído de dor, um grito por socorro. E mesmo que soubesse que o Huening nunca colocaria os pés em áreas daquela direção, ele não poderia seguir em frente e ignorar aquele pedido.
O beco em questão era sujo e exalava um cheiro horrendo, entretanto mesmo que aquilo supostamente se tratasse de um compilado de fundos de pubs bem frequentados. O instinto heroico do nosso S, não falhou.
Em meio à uma rodinha de supostos estudantes, um garoto se encontrava caído sobre o chão em posição fetal. Choi não entendia muito o que estava acontecendo, porém não parecia cheirar bem.
— Passa a grana, Jungwon! — É, a curiosidade matou o gato. Mas se não fosse a fome pelo saber, o ator jurava que aquele garoto não iria sobreviver. E no momento em que um dos, valentões ameaçou chutar a vítima. Soobin entrou em ação, como o homem valente que ele é:
— Não, pai, eu sei que o senhor é policial, mas não precisa trazer a sua arma. — Assim que os meninos avistaram a nova figura, supostamente conversando com alguém no celular, sinalizaram um para o outro com o olhar, abandonando o garoto caído ali mesmo.
Ele pode não ser corajoso, mas devo admitir, que esse plano foi bom! Claro que a sorte dele é que foram apenas estudantes valentões, porque se fossem criminosos de verdade: Bye, bye, S!
Sorrateiramente, após verificar que aquele grupinho tinha realmente ido embora, se agachou até o corpo grogue, tentando visualizar a condição dele.
— Ei? — Nenhuma resposta — Ei, você 'tá bem? — Droga! Nada além de resmungos, e gemidos. Aquele garoto não estava nada bem. Bom, ele não parecia ser pesado, e parecia bem menor que o nosso atleta, então não teria opção, teria que carregá-lo, até em casa! — Espero não me arrepender... — Riu visivelmente nervoso, erguendo o menor sobre os seus braços fortes. — Tá vendo, hyung? Não sou covarde! — Não era bem disso que ele estava falando... ah, quer saber? Deixa para lá! Vocês nunca entendem, mesmo.
[...]
Taehyun não era muito chegado a festas, disso vocês sabem. Mas não podia deixar de curtir, mesmo que não dançasse, acompanhava os movimentos de dança da namorada, apenas com o olhar, movimentando a cabeça no ritmo da música. Lee Heeseung, negou com a cabeça, assim que bateu os olhos naquela cena. Juntando-se ao Kang, no bar do pub.
— Admirado com a louca da minha irmãzinha, Kang? — Sorriu maliciosamente, sugerindo com o olhar.
— Sabe como é, os apaixonados são inspirados pelos seus amores — Brincou, levando a garrafa de soju até os lábios, deixando uma gotinha fugir, escorrendo da boca até a extensão do pescoço.
Ah, e como aquilo incomodou o Lee. Ele estava com raiva, porque sabia que era o único que iria reparar naquele pequeno detalhe. Estava um breu ali, vez ou outra, as luzes que piscavam freneticamente os iluminava, mas em meio a tentação ele resolveu arriscar.
E Taehyun se surpreendeu, não só isso, ele tremeu e arfou, sentindo uma das sensações mais estranhas da sua vida. Heeseung sempre foi um bom hyung, atencioso e gentil. Mas essa não era a situação atual, ele estava suado, e seus fios castanhos estavam bagunçados, o deixando sexy — Espera? Esse é realmente o ponto de vista do T? — Além disso, nunca pensou que receberia uma lambida do irmão da namorada. Não era apenas isso, os lábios eram quentes e macios, era um contato gostoso de se sentir, a sucção era deliciosa e proveitosa. Inesperada mas gostosa, tão quanto a língua atrevida, que roçava com maestria sobre a área, recém descoberta como sensível.
E assim que o viu recuar, não desviou os olhos, não estava desconfortável com a situação. Muito pelo contrário, repousou a garrafa no balcão, o encarando com os olhos grandes e atentos. E lógico que isso provocou ainda mais o moreno, que ousou apoiar uma das mãos sobre o rosto do loiro, desviando o olhar diretamente para aqueles lábios pecaminosos, estava pronto para quebrar aquela distância, e realmente eles fariam, se não fossem interrompidos pela presença eufórica da menina.
— Taeh, eu estava conversando com um amigo e... — Kang queria ouvir, de verdade, ele tentou. Mas naquele momento seu coração estava acelerado, e se sentia muito mais alterado. Como se todo aquele clichê de tempo desacelerado, não fosse apenas efeito do álcool. — Kang Taehyun! Você está me ouvindo? — Piscou os olhos, voltando para a realidade.
— Sim, eu 'tô! — Afirmou, meio zonzo, avoado demais para se tratar dele. Sentindo ambas as mãos serem apanhadas pelas as da mais velha.
— Então vamos! — Ela estava contente, e ele não sabia o motivo. Mas se Lyn estava feliz, Taehyun também estava.
E no breve momento que resolveu olhar para o mais velho, se deparou com um sorriso incomum e fraco. Deixando-o ainda mais confuso sobre aquilo que aconteceu minutos atrás. T também parecia mórbido, estava ali em corpo, mas sua mente estava distante. Foi guiado até o tal lugar pelo ânimo da namorada. Agora estava sem palavras, aquilo era...
— Um quarto de hotel? — Parou rente a porta de entrada, ainda não raciocinando muito bem.
— Sim! — Ela praticamente gritava de empolgação, o quão foi a surpresa do maior quando foi puxado pelas mãos, forçando-o a sentar, apenas para que ela pudesse fazer o mesmo, porém em cima dele.
— Taeh, estamos juntos há dois anos, isso é o tipo de coisa que os casais fazem, certo? — tombou a cabeça para o lado, confusa sobre a demora do outro para respondê-la.
— É sim... — Ele não estava certo sobre aquela resposta. Park Jimin e Jeon Jungkook, tinham o ajudado muito, mas ainda não sabia muito sobre si mesmo.
— Ótimo! — Lee sorriu largo, levando ambas as mãos do namorado até os próprios seios. Investindo os lábios fartos com precisão, por outro lado, o rapaz recuou, lançando um olhar ainda mais confuso. — O que foi? Não está excitado?
— Estou! — Kang inverteu as posições, ficando por cima da garota, essa que não perdeu tempo e retirou a camiseta do maior, exibindo todo aquele físico perfeito.
O negócio com o tempo, é que não temos noção dele. E o destino é completamente imprevisível. Cabe a nós escolhermos a melhor das opções. Porque quando a noite estiver quase ao fim, qual cenário irá nos resumir?
Poderíamos ser dois apaixonados, em meio a juras e promessas:
Yeonjun e Beomgyu faziam uma trilha de roupas desde a entrada do quarto do mais velho até a cama. O jeito que seus lábios se conectavam com urgência e necessidade, era realmente delicioso.
O maior entre eles se afastou, decepcionando o menor que já formava um biquinho nos lábios, repuxando os fios escuros com deleite.
— Yeonjun... — choramingou manhoso, sendo torturado por aquele sorriso malandro, que resistia aos seus chamados.
— Por que você é sempre tão apressado, pirralho? — sorriu divertido ao lembrar dos velhos tempos. Pressionando o polegar sobre os lábios chorosos do mais novo. — Eu quero muito foder você. — B, direcionou o olhar mais intenso que podia, depositando um beijo sobre o dígito na sua boca.
— E o que você 'tá esperando? — Sussurrou carregado, gemendo ao ter a carne de ambas as suas coxas serem atingidas com tapas certeiros. — Hum... Yeonjun-ah... — A queda por aqueles lábios cheinhos nunca iria diminuir, justamente quando eles trabalhavam tão bem depositando beijinhos sobre a sua coxa interna. — Já somos noivos mesmo... filho da puta! — uivou sentindo-o pressionar aquele lugarzinho especial com o mesmo dígito que antes repousava sobre os seus lábios.
— E agora falta pouco para você ser meu... — sussurrou em meio aos beijos deixados sobre o corpo bonito, subindo novamente para encarar aqueles olhos profundos, que apenas queria os aproximar ainda mais.
— Eu já sou seu! — Afirmou firme, o beijando cheio de paixão.
Poderia ser uma aliança inesperada, que antes eram supostos inimigos e hoje um amparo sentimental:
Kai fungava e soluçava, deitado sobre o conforto do tórax do Jung. Aquela madrugada não estava sendo fácil, seu peito doía tanto quanto os seus olhos inchados ardiam.
— Ele terminou comigo, Yoonoh — Segredou baixinho, apertando o tecido da camiseta do mais velho.
— Vai ficar tudo bem, amor — Não iria, não se dependesse dele! Ah, aquele choidiota vai ter que se ver com ele. — Agora dorme. — Sussurrou baixo, afagando os fios loiros com carinho.
Até mesmo um acontecimento diferenciado:
S estava intrigado, afinal quem era aquele garoto? Tudo o que sabia é que os supostos valentões o chamaram de Jungwon?
— É um nome legal... — Riu soprado, vendo o garoto, resmungar entre o sono, agarrando-se aos cobertores do ator.
Talvez o seu plano não seja o mesmo que o do destino.
— Droga! Eu não estou nem um pouco excitado...
E quando a verdade for revelada, até o simples pode se tornar complicado. Beijinhos, e até a próxima semana.
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