História Confusões do futuro - Esclarecimentos, emoções e Marceli

                    LETY

Suei frio, poderia ser outra Marceli, mas tinha quase certeza.

- Ela é... Ela é...

- O que foi Lety? Por que está suando?

- Ai Nando, é que ela é minha irmã! Acabei de me lembrar disso... Eu sofri amnésia antes... Bom... Pelo menos eu acho... Eu estou tão confusa! – comecei a chorar e Nando me abraçou.

- Fica calma, daremos um jeito nisso ok? – Ele passou a mão em meus cabelos e beijou minha testa. 

- Obrigada Nando. – dei um beijo em seus doces lábios.

- Agora vamos lá pra dentro para acabarmos com essa bagunça.

Entrei naquele lugar, mas não com pena do Guilherme, mas achando que ele foi quem a fez fazer tal coisa assim comigo. Pedi para se controlarem, mas agora não quero controle algum, ele merece todas as torturas possíveis e ainda ir pra cadeia, agora além de pena e nojo, comecei a ficar com ódio dele. 

Olhei para a situação e cochichei no ouvido da Ary, que abriu um sorriso gigante no rosto. 

- Acabou o seu tempo querido, agora você é obrigado a beber isso ou diga adeus pro seu cabelinho. 

- Mas o acordo não era esse!

- Demorou demais, agora beba! – Kaio cortou parte de seu cabelo, o que o deixou com medo. 

Ele começou a beber aquele líquido estranho e eu assistia tudo aquilo com um sorriso de canto, Nando também parecia se divertir com aquilo, afinal, foi ele que quase me tirou dele. 

Após ele beber todo o líquido, Ary bateu palmas lentamente.

- Muito bem, você bebeu. 

- Agora acabou? 

- Acabou? Há há há há. 

Ela pegou o calibre da mão de Kaio e o analisou, logo depois colocou ao lado da cabeça de Kaio.

- Chega de brincadeira! Anota o endereço nesse papel ou morre! 

- Não! Vocês não podem fazer isso.

- A não, é?

Ela puxou o gatilho e disparou. Ele se assustou, mas não havia bala, como eu havia planejado. Ary pegou uma bala de verdade e a colocou na arma.

- E agora, vai anotar ou não?!

- Tá, tá.

Ele finalmente anotou o endereço.

- Se não for o endereço, te buscarei lá na cadeia e te matarei pessoalmente. 

Ele a olhou com medo e o entregou. A polícia chegou e o levou finalmente.

- Agora vamos? 

- Vamos – falou Ju, nem a vi. 

Fomos para o carro, agora íamos resolver tudo, estava ansiosa para finalmente encontrar minha irmã, mas não tão ansiosa para esquecer da lu, que pedia pra Deus que não estivesse morta, não queria ter essa decepção com minha própria irmã e também não queria perder uma amiga. 

                        MARCELI

Mandei meus dois melhores capangas para aquele hospital, era hoje que eu me vingava e ganhava uma graninha. 

Luiza, o nome da pessoa que estragou a minha vida, mesmo não sabendo, a culpa é toda dela.

Disse para Guilherme que ela morreu, e o idiota acreditou, espero que ele não tenha dito nada a ninguém, já que sabia onde eu estava para pegar o dinheiro.

Ela estava assustada, mas eu não ligava, a olhava com desprezo. Esperava ansiosamente sua ligação para finalmente cumprir minha palavra de matá-la.

- Quem é você? Onde estou? 

- Não importa, pode esperar bem aí é já pense em suas palavras antes de morrer. – disse eu com raiva, se não fosse pela minha paciência de esperar Kaio, ela poderia estar morta. 

Ela não falou nada mais, para a minha sorte. Esperava a ligação que não vinha, até ouvir o bater na porta. Deve ser o Guilherme. A abri e me surpreendi, havia bastante gente com uma cara amarrada, todos me empurraram e me colocaram numa cadeira, amarrada. Tentei me soltar, tentativa falha. Uma mulher, mais demônio que eu veio com um gatilho em sua mão. Comecei a ficar com medo. 

- Hora, hora, hora, parece que o jogo virou não é mesmo? – ela sorriu maldosa, até o demônio teria medo dela. 

- O que vocês querem? 

- A lu, quem mais?! Sei que ela não morreu! 

- Engano seu! 

- Engano meu? E por que eu estou vendo ela desacordada bem ali? Afinal por que você a sequestrou?

- Talvez Kaio saiba responder, não? 

Todos olharam pra ele. 

- Tá, tá eu digo o que aconteceu pra ela fazer isso. Eu e ela éramos melhores amigos, mas essa amizade, virou uma "amizade colorida" e acabou ocasionando um bebê, eu estava distante dela quando aconteceu, na verdade estava namorando a Luiza, e ela acabou perdendo e me culpando por isso... 

Depois de sua narrativa chorei, chorei muito, aquilo doía, eu ainda o amava. Depois do esclarecimento me soltaram. 

- Olha Marceli, eu não queria isso, a culpa não foi dela, foi minha. Me desculpe, mas eu percebi que eu não te merecia, achava que tinha seguido sua vida, poxa, você é tão bonita, mas ainda sim, peço desculpas, desculpa Marceli, desculpa mesmo.

Olhei seus olhos, diziam a verdade, o abracei. 

- Eu o perdoo se me perdoar por ter feito isso, eu estava cega de ódio e revolta, aquela não era eu.

- Está bem, te perdoo, mas posso ver minha mulher? 

- É claro. – abri a porta da "mini cadeia".

- Agora que está tudo bem, vamos a mais uma questão.

- Qual? – perguntei, confusa para o homem que nem conhecia. 

- Eu. – falou uma mulher que me parecia familiar. 

- Como assim? 

- Sou eu Letícia Padilha, sua irmã.

A olhei surpresa e emocionada.