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História Congratulations - So This Is Love.


Escrita por: lixztiny e sanzkids

Notas do Autor


❙ aqui estamos com o penúltimo capítulo que me aqueceu o coração. . . espero que gostem e tenham uma ótima leitura! ♡

Capítulo 2 - So This Is Love.


Fanfic / Fanfiction Congratulations - So This Is Love.

23, SETEMBRO DE 2018

Aquela manhã chegou serena, era como se não desejasse amanhecer, estava preguiçosa, gélida e com alguns raios de sol iluminando a cidade que acordava para iniciar seu mais novo dia. Em Seul havia almas ansiosas e, nessas se incluía Kim Doyoung que já estava cantarolando no banho antes mesmo do sol começar a manchar o céu escuro em salmão; ele tinha planos simples, do que fazer até ao que comer, entretanto, não queria perder um segundo do seu dia com Jung Jaehyun. . . Porém, ao contrário do mais velho, Jaehyun estava deitado no sofá em seu décimo quinto sono, com (quase) nenhuma vontade de se levantar cedo. Sua alma não estava ansiosa, ela só precisava de outras oito horas de sono.

O aroma do café exalou pelo apartamento apertado por caixas de mudanças ainda não desfeitas. O dia anterior havia sido carregado de afazeres, não houve muito tempo para encaixar todas as coisas como imaginava, tinha espaço sobrando, mas não até que organizasse tudo. A medida em que o café caía no coador e Doyoung terminava o banho, as brechas da cortina despertavam Jaehyun por si só na sala, a fresta do raiar parava em seus olhos; seu cansaço era evidente, após subir e descer escadas trazendo e montando móveis, estava inevitável não sentir os músculos dormentes. O Jung moveu-se no sofá procurando uma posição agradável para se estar, mas desistiu ao deixar um suspiro preguiçoso escapar entre os lábios e espreguiçar seu corpo nas almofadas. A claridade atingiu os olhos castanhos de maneira não muito gentil, ao contrário do aroma que fora trago-lhe como uma doce aura gentil capaz de acalmá-lo e relaxá-lo.

Os meses que se passaram prosseguiram levemente, não estava mais na beira do precipício, Jaehyun não transparecia o caos que enfrentava em sua vida pessoal, mas até mesmo pessoas sem nenhum interesse sobre o que fazia, conseguiam enxergar que se afogava. O Jung conseguiu reconhecer aquele que o ergueu a mão para lhe puxar para superfície, alguém que estava disposto a arrancá-lo das cordas que o prendiam, alguém como Doyoung. Era claro, ele não precisava das pessoas se preocupando consigo, mas o Kim sim, eram o oposto um do outro, para um bom observador, poderia notar as minúcias em seus detalhes. Jaehyun não era apto a ficar em um lugar barulhento, já Doyoung era a pessoa que transformava o ambiente em um lugar barulhento ― sua animação era admirável, mas não eram todos que conseguiam ficar felizes 100% das vezes. Mas, mesmo assim, Jaehyun não o havia deixado, não era um motivo para desejar sumir ou acabar com o que tinham, tratava-se apenas de um 'empurrãozinho' para ficar um pouco mais.

― Espero que esteja pensando que temos tudo isso para arrumar ainda hoje. ― Doyoung atravessou a sala com a toalha no pescoço piscando para Jaehyun que se pôs de pé. ― Estava dormindo sentado?

― Estava tentando acordar. ― murmurou ao usar os dedos para pentear os cabelos para trás. Indo escovar os dentes, apoiou a mão na pia encarando seu próprio rosto. ― Tenho que sair hoje. ― avisou, não esperou receber um arquear de sobrancelhas tão ingênuo do Kim que o fitou, confuso. ― Consegue lidar com tudo sem me ligar a cada minuto perguntando como montar as coisas?

― Bem, qual parte devo dizer que teremos que cancelar seus planos para fazermos os meus planos? ― Doyoung entrou no banheiro e cruzou os braços encostando-se na pia; Jaehyun o espreitou e deixou um sorriso escapar. ― Eu mato você.

― Às vezes tenho quase certeza que sim. ― Jaehyun cuspiu na pia entrelaçando uma das mãos com Doyoung. ― Você me avisou sobre isso ontem. ― O Kim o fitava através do espelho. ― Dou mil ‘wons’ pelo que está pensando agora.

― Todos julgam que você é mais velho que eu, quando, na verdade, é o contrário. ― ele mordeu os lábios recebendo um olhar desacreditado de Jaehyun. ― O que foi? Isso é. . . tão decepcionante quanto assistir a um filme que parece ser bom e no fim ser ruim.

― É que você é. . . ― Jaehyun passou a mão por cima da cabeça de Doyoung que o empurrou; não havia tanta diferença em suas alturas, mas era uma ótima provocação para deixá-lo bravo. ― Você que leva as coisas de maneira ruim. ― riu indo para fora do banheiro. ― É vantajoso ser mais velho e ter um rosto jovem.

― Obrigado, agora você me fez sentir como se tivesse cinquenta anos! ― Doyoung o seguiu jogando a toalha em cima do sofá pegando a camiseta dobrada junto a blusa xadrez. ― Mas, você realmente pensa que pareço mais jovem? ― adentrando o quarto, ele o empurrou na cama fazendo Jaehyun cair do outro lado. ― E isso é por ter me empurrado para a sua vizinha. ― realçou. Jaehyun se jogou em cima da cama novamente e puxou Doyoung que se recusou. ― Não me venha com isso.

― Acho incrível como seu drama consegue ser maior que você. ― um sorriso se delineou aos cantos dos lábios de Jaehyun que o puxou de uma só vez, sentindo o Kim preso em seus braços, aproximou seus rostos com sutileza, vendo-o arregalar os olhos. ― Que cara é essa?

― Você vai me beijar? ― perguntou segurando nos ombros do Jung que gargalhou deitando a cabeça no ombro dele. Doyoung encarou o teto e apenas afagou os cabelos do moreno. ― Sinto que morrerei, meu coração está batendo super-rápido.

― É assim que eu me sinto quando você se aproxima e desvia o rosto para me abraçar. ― Jaehyun ergueu o rosto para encará-lo e franziu a testa ao fitá-lo morder os lábios. Se afastando, pegou a roupa na caixa verificando se estava amassada e observou Doyoung ainda deitado no mês lugar com a mão no peito. ― Ficará aí? ― ele assentiu.

― Se levantar, acho que vou cair para trás. ― murmurou ao observar Jaehyun retirar o moletom. ― É melhor eu sair daqui mesmo ou meu coração para.

Cada dia se impossibilitava para Jaehyun não ter a presença de Doyoung ao seu lado, não estava se tornando dependente, estava evitando que aquilo acontecesse, porque se um dia um dos dois seguisse, alguém sairá completamente destroçado e, ele não queria que fosse ele, não outra vez. Então, desde o momento que se tornaram próximos, tentaram organizar tudo como uma prateleira, separando suas relações de amizade em fases e emoções. Todos tinham seu tempo e eles também. Estavam sendo cautelosos para o futuro.

Em frente ao espelho, Jaehyun colocou a camisa branca vendo se a sua jaqueta blazer azul-petróleo combinava, ao virar-se para Doyoung que fingia encarar o teto, ele assentiu transparecendo um sorriso límpido lhe ajudando finalmente a escolher algo. Não demorou para que terminasse a se vestir, tomaram café, sentados um de frente ao outro abrindo as cortinas permitindo os raios de sol clarear o ambiente.

― Aonde vamos primeiro? ― perguntou Doyoung colocando mais café em sua cabeça. Jaehyun arqueou as sobrancelhas. ― Temos que voltar cedo para organizar isso aqui.

O novo apartamento era somente de Jaehyun, desta vez, sem se sentir deslocado ou sufocado; juntou dinheiro o suficiente para o poder alugar, era amplo com a vista de Seul quase inteira, era ali que ia ficar, definitivamente. Estava tudo fora do lugar e demoraria para encaixar todos os pertences em locais perfeitos, ainda que odiasse tropeçar em caixas, elas ficariam por ali um pouco mais de tempo.

― Essa deveria ser a minha fala na conversa, já que quatorze horas antes você já estava planejando tudo sem me informar sobre nada. ― o encarou verificando o relógio e se levantando. ― Temos que ir se não quiser o pior horário para pegar um trem para Yeouido Hangang.

― Deveríamos ir no meu carro. ― murmurou Doyoung recolhendo as canecas e os pratos levando até a cozinha. ― Não entendo qual é a dificuldade. . . ninguém nunca disse que eu dirigia mal.

― Você ficou dois minutos tentando estacionar o carro em uma vaga que não tinha ninguém dos lados. ― Jaehyun apoiou a cabeça no ombro do Kim e sorriu quando ele lhe arremessou gotículas de água. ― Não estou mentindo. ― se afastou pegando as chaves. ― Vamos?!

Eles saíram a tempo de encontrarem a estação aproximadamente movimentada naquele horário, riam um para o outro, ofegantes, ao aguardar na plataforma. Doyoung levou as mãos até a mecha do cabelo alinhado de Jaehyun que caia pela testa, ele arrumou arrancando um sorriso do mais alto que retirou o celular dos bolsos da jaqueta e ergueu dois dedos em pose para a câmera, Kim sorriu e o abraçou por trás colocando o rosto na curvatura de seu pescoço, o trem em alta velocidade se aproximou desalinhando os cabelos de ambos, resultando em uma foto bagunçada.

As portas se abriram e eles aguardaram até que as pessoas saíssem para que entrassem em seguida, sentando-se ao centro, verificaram as estações que faltavam, não eram muitas, seria mais rápido do que imaginavam.

Mantendo o silêncio, ambos riram quando um casal entrou empurrando um ao outro conversando sobre seus personagens favoritos em Sailor Moon, eles não se identificaram, não até lembrarem do dia que discutiram sobre 'The Vampire Diaries' ser desde o começo uma história sobre o Stefan e não sobre o Damon ― todos obviamente sabiam disso, mas Doyoung não.

As estações passavam, entrando mais pessoas do que descendo, embora, continuasse sempre a ter mais espaço. Quietos em algures, não se sentiam tão confortável naquela pressão entre tantas pessoas. O Jung acabava de se arrepender por não ter deixado Kim ir dirigindo até lá.

― Hum, eu estive pensando. ― Jaehyun quebrou o silêncio.

― Isso realmente é emocionante. ― respondeu Doyoung em ironia arrancando um riso nasalado dele. ― Você só usa seu cérebro para coisas muito inteligentes.

― Às vezes, mas eu não discutirei com você sobre isso. ― deu de ombros recebendo um revirar de olhos em troca. Mordendo os lábios, não precisava detalhar o rosto de Kim, já havia decorado cada centímetro e delicadeza de seu rosto, Jaehyun não cansava de admirá-lo mesmo distraído. ― O que deseja? ― perguntou retirando a concentração de Doyoung das pessoas e trazendo-a somente para si. ― Algo que realmente queira, sabe?

Doyoung franziu a testa por tempo o suficiente para que Jaehyun arrepende-se de ter perguntado, provavelmente ele estava pensando em um porsche ― não que tivesse dinheiro para aquilo, definitivamente não tinha, mas Doyoung era capaz de pedir tudo. Ele arrumou-se no banco e dobrou a manga da jaqueta jeans preta e entrelaçou as mãos as de Jaehyun que lentamente levou sua atenção ao ato; apertando levemente as mãos dele, o fitou.

― Isso já é de bom tamanho. ― murmurou Doyoung sem o olhá-lo, ainda que o realizasse através do reflexo da janela. ― Se não quiser, pode desfazer.

Mas Jaehyun não o desfez; no primeiro momento não soube dizer se foi por consideração ou, porque há muito tempo queria ter aquela coragem, queria entrelaçar suas mãos as deles sem ser de modo brincalhão ou, porque o fazem frequentemente. . . queria fazer aquilo como se fosse algo capaz de transmitir gostar de sua presença, toque, palavras, tudo ― igualmente ao que Doyoung lhe transmitia naquele momento que perdurou.

Eles permaneceram em completo silêncio até serem capazes ― após muito esforço para empurrar os outros ― de descerem do trem; indo ao Parque Yeouido Hangang próximos do Rio Han, procuravam detalhes que podiam tornar aquele dia interessante, apesar da leve brisa de calor, não se incomodaram como os outros. Por um momento quando chegaram, Doyoung arrancou de propósito o maço novo dos bolsos de Jaehyun e correu para que ele o perseguisse, logo, ficaram à beira do rio observando pequenos grupos de amigos dançarem.

Sentados ali, Doyoung esticava as pernas usando a câmera analógica para retirar fotografias da ponte por cima do Rio Han, deitado no colo de Jaehyun quem mexia no celular.

― Jaehyun-sshi! ― o grito capaz de chamar a atenção de todos, assustou Jaehyun ao observar o Kim se levantar e lhe apontar em qualquer direção. Observando um carrinho de sorvetes, sorriu retirando a jaqueta que começava a ficar quente. ― Procurarei um lugar para se sentar na grama e você vai lá.

― Você é um idiota! ― Jaehyun apontou com o indicador a testa dele que riu. Indo em direção do carrinho, suspirou. ― Um completo idiota. . .

Doyoung buscou por um lado sem umidade e sem formigueiro até encontrar um não muito distante das famílias, ou casais do local, ele esticou a própria jaqueta no chão e procurou por Jaehyun que já vinha em sua direção. Sentando-se, pegou o sorvete com ele ao lhe acompanhar por estar derretendo depressa.

― Aish~!! Está tão calor. ― Jaehyun se abanou e Doyoung o afastou os cabelos da testa, o assoprando. Fitando-o, seus olhares se encontraram e o maior riu. ― O que está fazendo?

― Nada. ― Doyoung deu de ombros, voltando a sentir seu coração acelerar. Ele riu preso nos pensamentos e quando voltou a encarar Jaehyun, ele ainda o olhava. ― Está me assustando com essa cara, sei que sou muito bonito.

― Eu não nego isso, mas é que você. . . ― Jaehyun pegou um guardanapo e levou delicadamente aos lábios de Doyoung que apoiou as mãos sobre as dele. ― Como consegue ficar sozinho?

― Não sou sozinho, eu tenho você. ― disse Doyoung observando Jaehyun parar o que estava fazendo e fixar seus olhares. Ele sorriu sentindo as bochechas esquentarem. ― Aish~!! Achei estar pensando.

― E até em pensamentos você fala demais. ― retrucou o Jung.

O ato gentil de se inclinar para frente alcançando os lábios de Doyoung concedendo-o um beijo simplório, fez com que o menor paralisasse, mas que suas mãos logo encontrasse o rosto de Jaehyun e tornasse aquele beijo desesperador, como se houvesse precisado dele desde o início ― eles realmente precisavam. Quando se separaram pela falta de ar, sentindo seus peitos subir e descer, riram grudando suas testas e retornando o sorvete aos lábios. Não foi o dia que os marcou, foi o que eles realizaram que os marcaram.

31, OUTUBRO DE 2018

O bairro onde morava havia se inspirado para o halloween daquele ano, ainda que não fosse tão de perto uma comemoração frequente ou que todos se empenharam em participar, desta vez estava animado, decorações nas portas, crianças saindo a rua e Jaehyun tentando não alfinetar Doyoung que não ficava um segundo sem se mexer em sua roupa de mago. De todo modo, além do seu insuportável costume de reclamar por estar muito justo ou muito folgado, o Jung respirava fundo e tentava ajudá-lo ― embora não estivesse tão animado para ir a uma festa.

Três dias de uma longa tabela de planejamentos para a festa de fantasias de Jaemin que buscava colocar tudo no eixo para seus incontáveis convidados; Doyoung enxergava como uma oportunidade de “oficializá-lo” aos amigos ― todos já sabiam de alguma maneira seu relacionamento com Jaehyun, fosse pela enxurrada de fotos que o Kim publicava diariamente nas redes ou pelo modo como nunca se separaram desde que se conheceram.

Agora, em frente ao espelho, Jaehyun sorria após novamente alfinetá-lo; abraçando-o por trás, um selar simplório o alcançou os lábios o suficiente para que trocassem olhares deixando outra risada escapar.

― Penso que você está fazendo isso de propósito. ― o Kim pegou o alfinete e o rodou entre os dedos observando Jaehyun sentar-se na poltrona. ― Por que não veste sua roupa de vampiro?

― Está de dia ainda, queimarei no sol. ― Jaehyun ergueu a mão apontando para seu anelar. ― Não sou um Salvatore.

― Mas reclama igualmente o Stefan. ― retrucou Doyoung rindo do mais novo que revirou os olhos. ― E faz isso igual o Damon.

― Pare de me comparar aos seus fetiches estranhos. ― gargalhou o admirando, detalhe por detalhe. ― Essa roupa tira o seu. . . valor corporal, sabe?

― Você é complicado. . . ― Doyoung sentou-se sobre o colo de Jaehyun concedendo-o um beijo calmo acariciando seus cabelos castanhos. ― E chato.

― Já está enjoando de mim? ― questionou Jaehyun franzindo o cenho criando um semblante ofendido para Doyoung que encheu o peito de ar e concordou deixando uma risada escapar ao se levantar e desabotoar a roupa de mago. ― Uau, você é tão rápido.

― Tirando a roupa? Eu sei.

Kim Doyoung o arremessou a capa roxa por cima dos ombros e o seu pontudo chapéu, ele se aproximou do mais novo que se levantou dirigindo para frente o espelho; tocando nas presas postiças, estalou a língua no céu da boca com a sensação desconfortável dos dentes deixando-o desanimado para continuar o resto da noite com aquilo. Surpreendido por mãos tampando seus olhos por trás, um riso delineou por seus lábios, Jaehyun as segurou.

― Não questione sobre quem é. ― murmurou Doyoung.

― Neste apartamento só há nós dois, além de fácil isto é uma adivinhação previsível. ― com calma Jung puxou-o para sua frente colocando as mãos sobre o rosto dele depositando um beijo simplório aos lábios de Doyoung que riu com os olhos sendo apertados pelas bochechas. ― Eu amo você. ― murmurou. Descendo os selares por sua mandíbula arranhando levemente as presas sobre sua pele, deixou um riso nasalado escapar. ― Você tem que arrumar a minha roupa

― Sabia que um mago é bom com as mãos? ― indagou Kim afastando Jaehyun que arqueou as sobrancelhas.

Cedendo os beijos calmos que o concedia, desceu o olhar para o toque delicado de Doyoung que desabotoava sua camisa. Pousando as mãos sobre as dele, acompanhou até o último botão antes dele o envolver em um beijo que perdurou, Jaehyun o segurou o rosto encostando-o contra a parede onde um simples mordiscar os separaram novamente.

― Merda! ― grunhiu Doyoung lambendo os lábios erguendo seu olhar ao Jung que riu preocupado deslizando o polegar ao redor de sua boca. ― Odeio essas presas.

― Finalmente sua primeira ideia de fetiche deu errado. ― Jaehyun encurtou o espaço entre eles sentindo as mãos de Doyoung descerem ao seu abdômen parando sobre o cós de suas calças. Mordeu a própria língua. ― Qual é a outra?

― Você odiará. ― arfou Doyoung retirando-se deixando Jung encarando a parede, rindo desacreditado. ― Pirata. ― respondeu.

― Céus! ― exclamou Jaehyun indo em direção ao quarto onde retirou a camisa trocando-a pela capa de seda, uma parte da caracterização de vampiro. Deixando seu tronco completamente nu, suspirou. ― Mas, o que há de tão interessante em um pirata?

― Ele tem espada! ― gritou Doyoung da sala, o suficiente para que escutasse.

Jaehyun deslizou o polegar pelo mesmo local que as mãos de Doyoung traçaram; enrugou a testa ao reparar nas palavras anteriores ao Kim se encostar no batente com os braços cruzados, fitando-o.

― Você pensou merda. ― disse ele

― Eu não pensei merda. ― retrucou Jaehyun.

― Pensou sim. ― Doyoung se jogou na cama, observando-o. ― Mas, mesmo que não tenha pensado, essa foi a intenção.

― Eu sei. ― Jaehyun murmurou se apoiando na cama e engatinhando até ele como um felino, parando em cima de Kim, o depositou um selar permitindo a mão deslizar pelo abdômen dele. ― Temos que ir a essa festa? Estou pensando em tantos planos para esta noite. ― o mais velho assentiu e Jaehyun se jogou para o lado, revirando os olhos. ― Chato!

― Ontem o melancólico era eu. ― Doyoung se apoiou por cima de Jaehyun levando os lábios até seu abdômen, beijando-o lentamente e descendo. ― Eu também amo você.

Jaehyun fechou os olhos deixando um sorriso escapar, a primeira vez que o ouvia admitir tal sentimento e seu coração poderia conseguir saltar do peito naquele exato momento. Arfando no segundo seguinte, sabiam que iriam perder a hora e provavelmente esquecer o plano da festa; tudo era deixado sempre que estavam juntos, envolvidos de uma forma de serem os únicos a se entenderem.

25, JUNHO DE 2019

Uma noite estrelada com fogueira e marshmallows despertava qualquer sentimento de acolhimento e conforto que se poderia prestigiar alguém que está ao seu lado. As risadas ecoavam por todo o lado, misturando-se a canção do mar com as ondas quebrando em lentidão, a brisa salgada que arrepiavam seus braços. Jaehyun ria junto a Doyoung de uma piada sem graça contada por Yukhei que se envergonhava virando sua sexta garrafa de Soju com as bochechas ruborizadas.

O dia em que uniam suas amizades entre seus ciclos estavam sendo mais empolgante do que imaginavam, nenhum tinha a personalidade tão diferente do outro, o que resultavam em todos rindo de uma única história e compartilhando outra ainda pior. Abraçados abaixo da tenda do ‘trailer’ que dividiriam, Jaehyun e Doyoung se envolviam com mantas, esquentando um ao outro na roda envolta a fogueira.

― Vocês dois estão muito quietos. ― comentou Sicheng atraindo os olhares a ambos que riam baixo. ― Só conheço o Jaehyun, mas você não parece ser tão quieto. Do que estão rindo?

― Não é para contar! ― reclamou Jaehyun com a risada de Doyoung ecoando por todo o local. Os outros franziram a testa enquanto sorria envergonhado. ― Doyoung-sshi!

― Jaehyun ficou com o dedo preso no anel que acabei de encontrar na areia. ― Doyoung puxou a mão dele forçando-o ao mostrar a Sicheng que arqueou as sobrancelhas.

― Aish~!! ― exclamou o chinês fechando o punho, ameaçando Jaehyun que riu baixo se encolhendo. ― Você não tem jeito, seu idiota!

― E como que tira? ― indagou Jaemin. ― Primeiro que eu não sei quem é o doido que sai enfiando o dedo em tudo que encontra por aí.

― O doido aqui está escutando, Na Jaemin. ― retrucou Jaehyun arrancou uma risada de todos. Esfregando o dedo, puxou o anel que não se moveu. ― Vão ficar só olhando eu perder o dedo?

Todos se levantaram entrando no ‘trailer’ em busca do que o ajudaria a retirar o acessório, bêbados aquilo resultaria em um plano falho e provavelmente maluco quando Mark saiu falando ao telefone e Hendery trazendo consigo detergente, linha e óleo. Arqueando as sobrancelhas, Doyoung e Jaehyun os encararam.

― Para onde vão com isso? ― perguntou o Kim.

― Minha mãe disse que é bom nós irmos para o mar. ― disse Mark sussurrando, logo, apontando para o celular enquanto trilhava os outros com a lanterna. ― Disse que devemos usar isso.

― Não sei se vão tirar o anel ou me afogar. ― murmurou Jaehyun trocando olhares com Doyoung que riu baixo. Acompanhando-os, franziu a testa. ― Há essas horas, essa água deve estar -3°, sabiam?

― Não somos nós que vamos entrar, é só você. ― interrompeu Taeyong. Parando sobre a beira da praia, todos olharam Jaehyun que recuou, negando. ― Começa a tirar a roupa.

― Não precisa. ― Doyoung sorriu nervoso puxando Jaehyun pelo braço. Encostando no mesmo, sussurrou: ― Arranca a merda desse anel do dedo, acho que eles vão matar a gente.

― Se eles matarem, o corpo boia depois. . . Seu pai sabe que você estava aqui com eles, então eles vão ser presos. ― murmurou Jaehyun notando no mesmo instante o que havia falado. Estendendo a mão para Doyoung, fechou os olhos. ― Arranca logo!

Doyoung puxou o anel que não escorregou. Todos arquearam as sobrancelhas observando o esforço do mais velho e o sofrimento do mais novo que o estapeava em seguida pela dor que sentia.

― Me lembre de não comprar uma aliança tão pequena para você. ― murmurou Doyoung com dificuldades empurrando Jaehyun para trás e puxando o dedo para frente. ― Você é um idiota!

― Não me diga. ― retrucou Jaehyun se soltando dele. Com raiva, apenas arrancou o anel do dedo e o jogou no mar, ofegante. Apoiando as mãos no joelho, penteou os cabelos para trás. ― Vocês não servem de nada!

― O que acabou de acontecer? ― Indagou Jeno.

Jaehyun olhou para as próprias mãos notando a facilidade com qual havia retirado o anel sem esforço algum. Arrumando a postura, coçou a garganta e encarou o céu estrelado.

― Está bonita a noite, não é, Doyoung-sshi? ― estendeu a mão para ele que as entrelaçou caminhando de volta ao ‘trailer’ com os pés afundando na areia.

― Nunca vi uma noite como essa, é escura. ― murmurou o Kim recebendo uma risada de Jaehyun que assentiu.

― Eu não faço ideia do que aconteceu, mas eles são estranhos. ― murmurou Chittaphon pendendo a cabeça para o lado.

― É por isso que dão certo. ― disse Sicheng arqueando as sobrancelhas. ― Eles são dois idiotas.


Notas Finais


❙ O ultimo capítulo já está sendo escrito e será publicado em breve!
Kissus, Carter. ♡


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