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História Conie e o Mundo Secreto - Heather


Escrita por: AnonymousHunter

Notas do Autor


Ooooi gente! <333
Bom, eu precisei escrever esse capítulo em picadinhos, o que me irritou pra caramba!
O médico não conseguiu descobrir o que eu tenho, então vou fazer mais exames, o que é um saquinho.
Mas fora isso, acho que o capítulo ficou bom. Uma nova personagem vai entrar, espero que gostem dela.
Ah, eu li todos os comentários, mas sem condições de responder ;-; Obrigada pelo apoio, amodoro vocês <3

Capítulo 11 - Heather


Fanfic / Fanfiction Conie e o Mundo Secreto - Heather

“As pessoas normais me assustam, as loucas fazem eu me sentir segura.” 
 

- Cala a boca! Que tipo de problema você tem? Acho que é retardada! Não, você só pode ter problemas mentais! – Castiel gritou com a garota na nossa frente. Os olhos incrivelmente verdes dela estavam cravados nos dele e as mãos pequeninas apertavam a saia branca com despreocupação. Seus cabelos pretos caiam em cascatas nos ombros desnudos e os sapatinhos de boneca faziam um barulho irritante no chão.  – Não vai falar nada? 

- Eu não quero ser grossa com você, moço. A verdade é que isso também existe. Se você não sabe, muitos mundos existem. O da Conie e também o meu. Mas é claro que o País das Maravilhas não é ruim. – Ela olha para cima, pensativa. Os seus lábios se curvam em um sorriso rápido enquanto agarra meus pulsos com certa força e me arrasta pelos corredores da escola. Eu olho para trás, encarando um Castiel furioso e pedindo ajuda silenciosamente. Eu tinha acabado de conhecê-la e já queria voltar no tempo e não ter entrado por engano na sala do nono ano. Pelo visto, eu estou conhecida pelas crianças como a louca varrida e infantil. 

A garota me arrasta até o pátio, me obrigando a sentar no banco ao lado de uma árvore. Eu a encaro perplexa, tentando entender o que estava acontecendo. Eu só queria ficar ao lado do Castiel e cumprir o desafio que ele me deu. Eu queria muito aquele unicórnio. 

Ela cruza os braços abaixo do peito, torcendo os lábios ao me observar com um olhar de desespero. Sua saia branca rodada balança com o vento e as sapatilhas pretas se chocam com força contra o chão de cimento quando ela se aproxima de mim. 

- Sabe o que é, eu não acho você uma maluca. É que...bom, eu também tenho um mundo mágico. Quer dizer, ele é bem igual ao dos livros da Alice...É, digamos que eu consegui abrir o País das Maravilhas. Isso não é demais? – A garota bate palmas estridentes enquanto dá pulinhos alegres. – A propósito, eu sou Heather.  – Eu me levanto rapidamente, tropeçando em meus próprios pés e tombando para frente, somente não caindo no chão graças aos braços fortes de Heather. 

- Eu preciso ir. – Resmungo um pouco impaciente enquanto corro para longe dela. Eu não era maluca, e queria que as pessoas soubessem disso. Andar com essa garota faria tudo desmoronar. 

Eu entro nos corredores, desviando de alguns alunos que se apressavam para chegar em suas salas. Eu estava usando uma calça jeans rosa um pouco apertada, isso estava me impedindo de andar rapidamente e com habilidade. Parecia que ela iria rasgar a qualquer momento. 

Eu entro na sala onde a aula de artes iria começar e me sento ao lado de Castiel, que estava estranhamente fechado. O seu semblante emburrado me fez encolher de leve os ombros. Castiel tinha um sério problema de bipolaridade, os médicos deveriam examiná-lo o mais rápido possível. 

- Ele é assim mesmo, não esquente. – Eu me viro para trás, examinando os olhos bicolores de Lysandre. Ele estava sorrindo de canto. – Mas vou te dizer uma coisa, ele gosta... 

- Cale essa boca, Lysandre. – Castiel se vira para nós, torcendo os lábios de raiva. O platinado se cala imediatamente e abaixa a cabeça, tentando não rir. Castiel direciona seus olhos para mim e me encarava intensamente, quase me queimando se eles fossem laser. Envergonhada, eu repito o gesto de Lysandre e começo a encarar minhas mãos no mesmo instante em que o professor chegou na sala. 

Professor Jefferson era simplesmente encantador. Ele era capaz de fazer a sua mente voar para todas as direções sem que se perca em nenhum momento. Aqueles olhos determinados e sinceros que te encaram como se você fosse uma obra prima me faziam suspirar algumas vezes. Quando ele começava a pintar, ninguém o segurava. Sua mão fazia o pincel deslizar no quadro como uma bailarina comanda seus passos pelo palco. 

Em resumo, ele conseguia ser meu professor favorito. 

- Certo, turma. Bom dia. Hoje vamos bater um papo bem cabeça para que vocês consigam fazer o trabalho que eu vou pedir para a semana que vem. Vai valer nota. – Ele diz calmamente enquanto se senta na ponta da mesa e levanta as mangas da camiseta social até os cotovelos. - Bom, para o início da aula ser interessante, já vou lançar o jogo e suas cartas na mesa. O tema será a esquizofrenia. – A classe inteira solta suspiros de surpresa e interesse, fazendo-o abrir um sorriso de canto. – E se a esquizofrenia não for uma doença? E se for um mecanismo do cérebro ativado para que usemos ainda mais nossa criatividade? Lewis Carroll foi um exímio escritor. Produziu as obras “Alice no País das Maravilhas” e “Alice Através do Espelho” com divina perfeição. Logo após sua morte, seu diário foi lido. Ele apresentou fortes indícios da doença em várias partes, mas por uma estranha coincidência, ninguém sabia disso. Mesmo assim, suas obras foram criadas. Agora, o poderosíssimo Van Gogh. Esquizofrênico, impotente, idolatrado. A doença não o impediu de fazer suas obras. Agora, classe, quero que criem algo da cabeça de vocês. Algo fantástico e de difícil entendimento, mas que mesmo assim consiga passar o recado. Vai valer nota máxima e eu quero os trabalhos apresentados diante de toda a sala na próxima semana. 

A minha mente viajou para o Mundo Secreto mais uma vez. Todo aquele lugar foi aberto pela minha mente? Eu fui capaz de algo assim? Então Heather me veio a cabeça, e eu comecei a pensar se ela também não foi capaz disso. Nós abrimos lugares inimagináveis apenas com nossos cérebros! E era exatamente isso que eu iria retratar. 

✖✖✖ 

Após as três primeiras aulas, o sinal para o intervalo toca. Eu saio da sala rapidamente e corro até o refeitório, com a esperança de encontrar a garota esquisita. Mas ela não está por aqui. 

- Conie, você quer um sanduíche da cantina? – Eu me viro para trás, sentindo meu coração bater um pouco mais forte ao ver Castiel com sua típica expressão carrancuda. – Eu tenho um dinheiro sobrando. 

- A-Ah...eu...eu acho que sim. É, pode ser. – O ruivo puxa minha mão na altura de seu peito e coloca as moedas na palma, fechando-a em seguida. 

- Vá comprar. Eu é que não vou caminhar até a cantina de novo. – Eu arregalo os olhos, incrédula. Ele tinha acabado de ser gentil, mas já mudou para o Castiel arrogante em questão de segundos. Ao me virar para trás, eu observo a cantina a poucos passos de nós, tentando entender o quanto de preguiça cabia dentro de um corpo humano. 

Tento convencê-lo uma última vez a ir buscar o sanduíche para mim, mas não funcionou e, derrotada, caminho lentamente até a pequena barraca. Eu analiso os alimentos em saquinhos, tentando encontrar biscoitos amanteigados. Eles eram meus favoritos, mas pelo visto não tinham aqui, então peço um pacotinho de chips. 

Dou o dinheiro e me preparo para ir até a mesa onde Castiel estava, mas sou segurada pelos ombros. Viro-me para trás com raiva, sentindo vergonha ao ver Heather toda alegre segurando um refrigerante. 

- Oi! – Ela diz simplista, parecendo uma criança de dez anos. – Podemos lanchar juntas? – Eu aceno devagar, virando as costas e caminhando até Castiel, que fez cara feia ao ver a menina. Eu dou de ombros e sento na sua frente, observando a garota praticamente colar ao lado de Castiel. Devo admitir que senti um pouco de ciúmes. 

- O que a lunática está fazendo aqui? – Ele pergunta com ignorância, mas não deixando de abrir o seu típico sorriso malicioso. Heather mostra a língua para ele e dá uma golada no refrigerante. 

Coloco minhas mãos esticadas na mesa e analiso minhas unhas. Estavam curtas e bem desleixadas, fazendo com que eu corasse um pouco e tentasse puxá-las para trás, mas sendo impedida por Castiel. Suas mãos foram até as minhas e as apertaram de leve. A pele quente e um pouco áspera me fizeram arrepiar um pouco, mas a sensação foi boa. 

Seus olhos cinzas analisavam-me com certa fome, algo selvagem e errado. Não parecia decente ou inocente. Parecia...bom, parecia o Castiel. 

- Vocês são namorados? – Nós quebramos a hipnose assim que Heather termina sua frase. Ele olha para mim, sorrindo de canto. 

- Ainda não. Ainda


Notas Finais


Yes! Acho que estou conseguindo manter a personalidade do Castiel, mas confesso que está sendo bem difícil -.-
Bom, eu vou tentar responder os comentários dessa vez, mas não prometo nada. Só peço que não me abandonem. Onegai! D:
Vejo vocês no próximo capítulo, beijinhos *33*


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