História Connect: Holly on! - Inside her castle.

 Passada uma semana, descobri que a garota não tinha contato com pessoas antes deste ano, pois sempre tivera professores particulares. Descobri também que ela é alguns meses mais nova que eu, que nunca saíra para conhecer a cidade, que tem algumas aulas comigo e que não teve amigos antes de nós. Sobre ajudá-la a treinar, a adicionei e começamos a jogar League of Legends juntos quase todos os dias após as aulas, ela realmente é boa, já que jogando com ela, subi um elo nesse pouco tempo. No colégio, não deixamos Holly sozinha mais em momento algum, o que fez as pessoas que gostavam de maltratá-la manter distância. Andamos menos com Castiel também, já que ele ainda não aceita o fato de sermos amigos da pequena loira; já Lysandre às vezes come conosco, geralmente quando Castiel falta.

Neste momento, estávamos saindo do colégio e, por algum motivo, estava suando pelas mãos, as fechei ao lado de meu corpo e comecei a andar um pouco tenso em direção do enorme carro caro da família Edelgard - uma clichê limusine preta -, senti uma mão em meu ombro, o que me fez paralisar, sussurraram em meu ouvido.

— Calma, irmãozinho, não é como se você fosse sozinho.

 Lhe lancei um meio sorriso, olhando Holly entrar primeiro, sendo seguida por Alexy e Rosalya. A dupla sem freio se sentou lado-a-lado, colocando suas mochilas para ocuparem seus lados, a fim de me fazer ser obrigado a sentar ao lado da loira, de frente para eles, que já estavam com sorrisinhos no rosto, se divertindo com minha cara.

— Armin, relaxa, a fofinha já disse centenas de vezes que os pais dela estão viajando! — Alexy disse.

— Não é como se eu estivesse nervoso por isso... — respondi sem muita convicção, mas o que realmente me assustava era conhecer o lugar onde Holly passara a vida toda trancada.

— Ah, seminário de inglês é tão chato! — Rosalya bufara, começando uma voz fininha — "Façam uma apresentação que me agrade, ou será zero." - voltou a voz normal - Blá blá blá, que velha chata!

— Ao menos ela nos deixou escolher o grupo!

— É, tem razão Alexy. — ela sorrira para ele.

 Olhei de soslaio para a loira ao meu lado, que estava observando as pessoas e casas passarem pela janela, seu rosto parecia sem expressões, mas seu olhar tinha um semblante triste. Enquanto a dupla a nossa frente conversava sobre assuntos que só interessavam aos dois, estiquei minha mão até alcançar o braço da garota distraída, assim que a toquei, a mesma afastara o braço no susto, virando o rosto para mim.

— Você está bem? — ela tateara o bolso, pegando o celular.

"Sim. Estava apenas pensando."

— Está incomodada conosco indo para sua casa?

"Não."

 Concordei com a cabeça, sei lá o porque, me virando para a minha janela em seguida, pensando no que poderia deixá-la triste, então vi as pessoas na rua e uma luz acendeu em minha cabeça, eu tinha a impressão de saber o porque de Holly estar assim. Voltei meu olhar para ela, que estava no mesmo estado inicial.

— Holly, — apoiei minhas mãos no banco e cheguei mais perto, para não falar alto e ela novamente se virara para mim — poderíamos sair para conhecer a cidade algum dia.

Pude ver um brilho nascer em seus olhos até então tristes, o que significava que eu havia acertado em cheio, a loira queria conhecer a cidade com seus novos amigos, sorri para ela sem mostrar os dentes e a mesma retribuiu.

— Ele a chamou para um encontro romântico?! — ouvi a voz de Rosalya um pouco mais fina que o normal.

— Definitivamente isto foi um chamado. — meu irmão respondeu, me afastei dela rapidamente os encarando.

— Calem a boca, eu estava falando sobre nós quatro sairmos juntos! — disse num sobressalto, olhei para o lado pensando na possibilidade de sairmos para um encontro mesmo, sussurrei para mim mesmo — Sem chances.

"O que seria encontro romântico?" — Holly mostrara o celular para Rosalya, que logo soltara uma risadinha.

— Quando duas pessoas se gostam e querem ficar a sós, saem em um encontro romântico, fofinha!

— "Quero ter um encontro romântico com vocês."? — Alexy lera em voz alta, o que arrancara risadas de todos — Romântico é quando você gosta da pessoa de verdade, com os amigos é só encontro mesmo.

"Gostar de casar?"

— Isso, fofinha. — Rosalya rira novamente, a loira abrira um pouco a boca, assentindo como se tivesse entendido e se abaixando para escrever no celular.

 Eu deveria estar com muita cara de palerma neste momento com um sorriso bobo travado no rosto, mas Holly é tão inocente e fofa que não consigo parar de olhar suas expressões raramente mostradas.

— "Quero ter um encontro com vocês, então." — meu irmão novamente lera em voz alta — E um encontro romântico com Armin.

 Arregalei os olhos, fechando o sorriso e encarando Alexy, enquanto sentia minhas bochechas esquentarem, puxei o celular dela da mão dele e o olhei, não tinha nada da segunda parte escrita, ele estava tirando uma com minha cara! O lancei um olhar mortal enquanto ele e Rosalya se desmanchavam em risadas, deixei o celular no banco e olhei para Holly, que me encarava com a cabeça levemente tombada para o lado com o olhar um tanto... Curioso? Desviei o olhar para a janela, quando senti o carro parar e pude ver uma enorme mansão atrás de grandes portões que abriam devagar para adentrarmos no terreno, salvo pelo gongo! Assim que o carro parou em frente a uma pequena escadaria que no final havia uma imensa porta de madeira, gelei por um instante, parecia a entrada de um castelo que entramos em jogos geralmente de terror. Holly parou em frente a porta e logo um mordomo a abriu, pegou a mochila dela e se curvou levemente, adentrando a casa após entrarmos.

— Wow, parece que estou na casa de famosos das revistas! — Rosalya comentara, encantada com o hall.

 O hall era enorme! Com um piso claro perfeitamente encerado, um lustre imenso pendurado acima de nossas cabeças que provavelmente valia mais que meu rim, duas escadas laterais que se fundiam ao fim e dava-nos acesso ao primeiro andar, fora umas seis portas divididas entre as paredes laterais do local.

— Eu não esperava que seus pais fossem tão famosos... — comentei, engolindo em seco.

— Senhorita, devo informar seus pais que está se comunicando com pessoas? — o mordomo perguntara desinteressado e a garota negara com a cabeça, lançando um olhar para Alexy.

— Viemos apenas fazer um trabalho do colégio, não se preocupe conosco. — meu irmão parecia tê-la entendido, já que ela soltara um suspiro de alívio.

— Lhes deixarei à vontade, então. — respondera, andando em direção de uma porta à esquerda.

 Holly começara a andar, parando um pouco e olhando para trás, talvez para conferir se estávamos a seguindo e logo continuou, subindo as escadas e caminhando até chegarmos em seu quarto. Quando ela abriu a porta, quase caí para trás. O quarto devia ter o tamanho do quintal de casa, as paredes num tom de rosa pastel, com uma cama de casal à esquerda, uma porta aberta à direita que deduzi ser o closet - por avistar algumas roupas lá dentro - , e uma porta à frente, onde encontrávamos o banheiro com uma enorme banheira. Em um canto, havia uma penteadeira e, no outro, uma escrivaninha com um computador que parecia ter saído da Nasa!

— Tem um closet aqui! — a platinada correra para dentro — Verei se você e sua família tem bom gosto.
 Alexy se jogara na cama da garota, tentando pular deitado para sentir o quão macio era o colchão, quando alcançou um travesseiro com a mão, o apertando freneticamente, colocando-o na cabeça em seguida e fechando os olhos.

— Caramba, isso é o que chamam de penas de ganso? — o rosto dele aparentava que tinha morrido de tão relaxado que estava.

 Eu fui em direção ao computador, sentando em sua cadeira gamer ultra-confortável e observando seus acessórios com aquele símbolo inconfundível da Razer. Coloquei a mão no mouse e o mexi, logo a tela acendeu, mostrando a área de trabalho do computador com apenas o League of Legends aberto e sua lista de amigos apenas com meu nickname. Minimizei o jogo e abri uma nova janela, a fim de passar o tempo mexendo em coisas aleatórias no google.

 Holly nos observava um pouco perdida, provavelmente nossas reações para estas coisas de rico sejam novas para ela, já que estas coisas são comuns em seu dia-a-dia. Rosalya logo aparecera na porta do closet chamando a atenção, e, quando coloquei meus olhos nela, a vi com um vestido azul, com babados nas mangas em mãos.

— Holly, preciso vê-la nisto ou não dormirei hoje! — a loira assentiu, entrando no closet e Rosalya fechou a porta.

 Após alguns minutos entretido com vídeos no youtube e Alexy já quase pegando no sono, pulamos logo depois de ouvirmos um gritinho agudo vindo do closet, seguido da porta sendo aberta bruscamente e de uma Rosalya saltando de lá com o maior sorriso que já pude vê-la dando. Arqueei a sobrancelha enquanto meu irmão olhava meio perdido para os lados, ambos confusos.

— Qual é a desse grito? — Alexy coçara a cabeça — Tem uma barata por aqui?

— Ah, cale essa boca. É que você não viu o que eu vi! — ela aponta para o closet, mas nada sai de lá — Fofinha, apareça. A-go-ra! — a platinada dizia séria, mas logo podíamos ver a ansiedade estampada em seu rosto.

 E então, a loira colocara a cabeça para fora do closet, ao confirmar que estava sendo observada, saíra com os ombros encolhidos e uma mão em frente a boca, com o olhar para o chão e levemente corada. Olhei-a de cima à baixo, reparando o quão delicada ela estava aparentando ser, que graça. Será que se eu tocar, irei quebrá-la? Que pensamento idiota, ela não é de porcelana! Apesar de estar parecendo ser... Holly então levantara o olhar e me encarara, senti minha boca seca, fechando-a para distribuir saliva por ela. Eu estava de boca aberta?! Dei um sorriso sem graça e senti minhas bochechas esquentarem. Que patético!

— OH MY! — Alexy correra para abraçá-la, pegando-a no colo e a girando pelo quarto — QUE PRINCESINHA!

— Eu não disse?! Meu grito não foi desnecessário! — Rosalya dizia orgulhosa.

 Meu irmão jogara Holly na cama e começara uma de suas sessões de cosquinha, arrancando risadas gostosas da garota. A prateada logo viera até mim, cutucando meu braço com o cotovelo, o que ignorei por estar hipnotizado e rindo com a cena a minha frente. Logo Alexy parou, pois viu a garota toda vermelha e com certeza precisava de ar, ela sentou-se na cama abanando o rosto com as mãos. Mas, como Rosalya é insistente, continuara a cutucar até eu erguer meu olhar para ela.

— Então, Armin, nos diga o que achou! — seu tom de voz era alto o suficiente para atrair todos os olhares em minha direção, encarei Holly com a boca entreaberta enquanto procurava palavras.

— Err... F-ficou... — pigarreei, tentando afastar meu constrangimento, sem sucesso — Ficou bacana...

— "Bacana"? Sério?! — Alexy me fuzilou com o olhar, Rosalya o acompanhou.

— Não acredito nisso... — a platinada batera a mão na testa.

— O que foi?! — desviei meu olhar para a dupla dinâmica — Queriam que eu dissesse o que? Que ela está fofinha como uma boneca?!

— É, talvez teria sido melhor, gênio! — ele revirou os olhos, bufei. — "Vou me trocar para começarmos o trabalho." Ah, ok então. — Holly mostrara o celular pro meu irmão e ele lera em voz alta.

 Após Holly desmorfar de sua forma de fofura extrema, assumiu meu lugar em frente ao computador e logo fora abrindo o Power Point, Alexy e Rosalya iam dando ideias de como fazer os slides, e Holly ia arrumando tudo. Pouco tempo depois, ela e eu revezamos, continuei o trabalho até o fim e todos ficaram satisfeitos com o resultado.

 Olhei para trás a procura de Holly e a mesma estava sentada em sua cama, com um caderno no colo e um lápis em mãos, rabiscando algo no papel. Deixei meu irmão e Rosalya assumirem o computador para eles decidirem seus discursos e como apresentariam o trabalho. Me aproximei da cama e sentei-me ao lado direito da loira, que nem me notara ali, apenas continuava rabiscando, pude notar olhando de soslaio que era um desenho de uma casa, com várias árvores ao fundo.

— Ei, — tentei não assustá-la, mas pude ver seu corpo enrijecendo subitamente por um segundo, logo virando sua cabeça em minha direção — Que casa é esta?

"Não sei, sonhei com ela." — a garota escrevera às pressas na folha de trás que estava em branco.

— Está bonito. — foi tudo o que eu disse, ela concordou com a cabeça, logo continuando a desenhar.

 Levantei-me e fui para o pé da cama, sentando de costas para Holly e observando a conversa animada entre os outros dois no computador, eles já tinham se distraído no google e entrado em sites que não tinham nada a ver com o trabalho, dei de ombros e me joguei de costas na cama, colocando o antebraço sobre os olhos para tampar a claridade, adormeci pouco tempo depois.

*

 Senti algo fazer cócegas em meu rosto, ao tirar meu antebraço dos olhos e observar o que era pra ser o teto, dei de cara com os olhos curiosos de Holly me encarando e pude notar que o que fazia cócegas em meu rosto eram seus cabelos.

— Por que está me encarando? — ela então levantara o caderno, me mostrando um desenho meu — Ei! Você não pode sair desenhando as pessoas enquanto dormem!

 Levantei-me de supetão, o que a fez recuar para não trombarmos a cabeça, tentei pegar o desenho, mas ela fora mais rápida ao correr e se trancar no closet. Suspirei e passei o olhar pelo quarto, notando que Rosalya e Alexy não estavam mais ali.

— Holly, — dei algumas batidas na porta — onde estão os outros?

— Foram comer. — pude ouvir sua voz suave um pouco abafada, ela abrira a porta em seguida, mas não estava com o caderno em mãos — Está com fome, Armin?

— Não. Onde está? — comecei a tentar olhar dentro do closet — Não pense que ficará impune! — a loira dera risada, logo levando sua mão a boca e a cobrindo.

— Está na hora de irem, logo meus pais chegam, precisarei jantar com eles.

— Certo, vamos chamar os esfomeados. — dei passagem para Holly ir na frente, dando um sorriso em seguida.

 Ao chegarmos no corredor próximo a cozinha, já podíamos escutá-los conversando e elogiando a comida em um tom bem exagerado, mas animado. Encarei Holly com um sorriso sem graça, e ela curvara a cabeça para o lado, arqueando uma sobrancelha. Assim que adentramos a cozinha, podíamos vê-los em pé, comendo na bancada, e vários pratos já vazios, pigarreei para chamar a atenção deles.

— Precisamos ir, logo os pais de Holly voltam.

— Ai, Rosa! Falei pra controlar esse estômago seu! Olha que bagunça!

— Calma, num instantinho arrumamos!

"As empregadas arrumam, podem ir." — a loira mostrara o celular para eles.

— Tem certeza, fofinha?

— Vou me sentir culpada caso leve bronca... — Holly afirmara com a cabeça.

— Vamos, então. — comentei, já saindo da cozinha.

 Holly nos acompanhou na limusine até sermos deixados em casa, primeiro deixaram Rosalya, depois foi a nossa vez. Holly ficara apontando para a nossa casa, como se quisesse perguntar se era a nossa.

— Sim, é aqui que moramos, fofinha! — Alexy respondeu, logo dando um abraço nela — Até mais!

— Tchau, Holly. — acenei pra garota, que retribuiu com um sorriso, sorri de volta involuntariamente e desci do carro.

 Observamos o longo carro se afastar de nossas vistas, logo nos viramos e entramos em casa, sendo recepcionados por nossa mãe e seu olhar preocupado.

— Olá sumidos! Onde estavam? — ela nos abraçou.

— Fazendo um trabalho na casa de uma amiga.

— A fofinha, mãe! Um dia arrasto ela pra cá e você poderá conhecê-la, é um amorzinho!

— Certo. — ela dissera assim que nos soltara, fui para as escadas — Estão com fome?

— Sim. — respondi enquanto subia para meu quarto.

 Entrei no LoL e fiquei esperando por um tempo para ver se Holly entraria, mas então me lembrei que a garota não iria estar online hoje, então optei por jogar um pouco sozinho. Após algumas derrotas em partidas ranqueadas seguidas por causa de trolls, elojobs e afks, ainda na última a minha internet resolveu cair, ótimo. Estressei por completo e puxei o computador da tomada, saindo do quarto bufando e indo para a cozinha comer o jantar que minha mãe havia feito há um tempo. Enquanto o prato girava e esquentava no microondas, fiquei pensando em coisas aleatórias, primeiro pensei em qual jogo offline jogaria quando subisse, então fiquei preocupado com o computador, depois pensei em como era chato jogar LoL sozinho e então, comecei a pensar em Holly. Será que estava tudo bem por lá? Despertei de meus devaneios ao ouvir o microondas apitar, me dirigi para a geladeira e peguei a garrafa com refrigerante que, como tinha pouco, não precisaria sujar copo, na outra mão apanhei meu prato e voltei para meu quarto na sequencia.

 Após ligar novamente o computador e verificar que continuava sem internet, concentrei-me em comer minha pizza caseira, que surpreendentemente estava bem mais gostosa do que eu esperava de algo requentado e, assim que terminei, senti-me pesado por estar cheio e, cansado demais para esperar a internet voltar, então, ao confimar que eram onze horas da noite, optei por desligar a tela, escovar os dentes e me deitar, logo apaguei.

 Escutei um som ao fundo, bem abafado, que aos poucos ia sendo reconhecido por meu cérebro recém-acordado, Get Jinxed, a clássica música de estréia da campeã Jinx, a qual era o toque de meu celular. Me remexi um pouco tentando me ajeitar numa posição melhor para voltar a dormir. Espera, celular? Levantei-me num sobressalto, procurando de onde vinha o som, o encontrei na minha mochila e ergui as sobrancelhas, esfregando os olhos e tentando confirmar se enxerguei direito quem estava me ligando. Logo meus pensamentos ficaram presos em um milhão de coisas ruins, apreensivo atendi o telefone.

— Holly?

— Ah, desculpe por te acordar... — sua voz era baixa, quase sussurrada.

— O que houve? — perguntei quase atropelando as palavras.

— Pais. — ouvi um suspiro, sentei-me na cama atento — Descobriram sobre Ambre.

— Finalmente! — exclamei aliviado, logo me tocando que era de madrugada e abaixando o tom da voz — Agora ela vai parar de te sacanear, certo?

— Armin... — sua voz estava embargada com tristeza, ouvi um fungar, ela estava chorando? — Eles querem me tirar do colégio.