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História Conqueror (G!P) - Sua melhor versão.


Escrita por: Lovewaylandjace

Notas do Autor


Vocês comentam e eu apareço rapidinho <333

Capítulo 22 - Sua melhor versão.


Fanfic / Fanfiction Conqueror (G!P) - Sua melhor versão.

 

Eu estava certa sobre o jantar. Patrícia e minha mãe quase esvaziaram a garrafa de vinho. A mulher era bastante simpática e descobri mais tarde que era advogado criminalista, como minha mãe. 

— E você Lauren? — Patricia perguntou, depositando sua taça vazia sobre a mesa. — Quer seguir qual área do direito? — Finalizou a pergunta com um sorriso curto. 

Limpei os cantos da boca, consciente dos olhares sobre mim.

— Ahn... — Pensei à respeito. 

Ainda não tinha certeza se gostaria de seguir a carreira dos meus pais. Eu bem sabia quantos problemas aquela profissão havia nos trazido.

— Provavelmente a área civil. — Falei franzindo o cenho. 

Minha língua ainda tinha o forte gosto de cominho. 

Minha mãe fez uma careta, bebericando mais de sua taça. 

— Ah! Eu também! — Allyson disse completamente animada. — Talvez até entremos na mesma universidade. 

Sorri amarelo para ela, assentindo.

Podia sentir o olhar de bambi da minha mãe pesar sobre mim. A ponta do sapato dela me cutucou por debaixo da mesa e eu a olhei de soslaio. 

Minha mãe escondia um sorriso por trás do garfo que levava um pouco mais de comida até a boca. 

— Por que não mostra a piscina para Allyson? — Minha mãe disse com o tom de voz dócil.

Trinquei o maxilar impedindo que meus dentes rangessem. 

— Acho que ninguém está interessado em ver a piscina mãe. — Tentei contornar. 

O ruído dos talheres de Allyson batendo contra o prato me fizeram encará-la. 

— Na verdade, eu adoraria. — Ela sorriu amigavelmente. 

— Allyson participava da equipe de natação do colégio anterior. — Patricia sussurrou como se contasse um segredo. — Ela está planejando entrar na equipe do seu colégio. 

Engasguei com o copo d'água. 

— Então... Vocês estão se mudando? — Perguntei tentando controlar a voz. 

Ninguém havia mencionando aquilo antes.

— Sim. Sua mãe propôs que eu trabalhasse em seu lugar na empresa, já que ela planeja aceitar o cargo no fórum. — Patricia esclareceu. 

Arqueei as sobrancelhas para minha mãe. Ela sorriu fraco, como que pedindo desculpas por não ter dito antes.

— Entendo. — Falei um pouco receosa. — Bom, vamos até a piscina.

Levantei-me sentindo os ombros murcharem. Sabia o quanto aquele trabalho significava para minha mãe, mas também sabia que provavelmente ela teria que passar mais tempo fora de casa. 

Allyson levantou-se pedindo licença e seguiu-me em silêncio até os fundos da casa. Destranquei a porta de vidro avistando a piscina que já não tinha mais utilidade. Eu não me interessava por aquele esporte e lazer, mas conhecia alguém que adoraria entrar na água. Sorri imaginando porque nunca havia convidado Camila para nadar em minha casa. 

— Pensando em algo engraçado? — Allyson perguntou, tirando-me de devaneios.

Neguei com a cabeça. 

— Não é nada. — Encarei-a. — Você nada desde quando? 

— Desde sempre. — Ela assentiu. — Acha que tenho alguma chance na sua escola? 

Cruzei os braços, vendo enquanto a água se movia lentamente. 

— Eu não sou a pessoa certa para dizer. 

Allyson assentiu com um suspiro. 

— Você é uma atleta dos livros, não é? — Ela perguntou sorrindo, então aproximou-se devagar. 

— Quase isso. — Sorri para ela.

— Sabe, minha mãe não disse que a filha de Clara era tão bonita. — Ela disse, chegando cada vez mais perto. 

Arregalei os olhos sentindo todo o meu rosto queimar. 

— A... O-o que? — Gaguejei rindo. 

Ela estendeu a mão tocando meu rosto. 

A garota batia em meus ombros, o cheiro forte do perfume doce invadiu minhas narinas. 

— Lauren? 

Allyson afastou-se num pulo. 

O portãozinho de ferro rangeu e Camila passou com ele, com um rosto vermelho.

— Camila? — Indaguei confusa. 

Ela se aproximou com um sorriso nervoso. Usava a calça do pijama de flanela e uma regata preta que marcava perfeitamente sua busto. 

— Pensei em vim ver como está. — Ela disse com um quê de animação. 

Suspeitei então que estava mentindo descaradamente. 

— Oi, eu sou Ally Brooke. — Allyson disse estendendo a mão para Camila. 

A latina encarou a garota menor dos pés a cabeça. E sorriu forçado. 

— Camila Cabello. — Disse. 

Allyson arqueou as sobrancelhas e abriu a boca. 

— Ah! Então você é a capitã do time de natação?! — Ela disse animada. 

Olhei para a baixinha imaginando como ela tinha aquela informação. 

Camila assentiu cruzando os braços. Uma expressão de tristeza atravessou seu rosto, aposto que estava imaginando quando voltaria para as competições. 

— Sim, no momento estou afastada. — Camila disse mantendo a voz firme. 

Allyson abaixou a cabeça. 

— É uma pena, esperava que pudesse me aceitar no time. — Ela disse. 

Tive a leve impressão de que estava fingindo toda aquela tristeza. Allyson com certeza tinha a aparência de um anjo, mas estava longe de ser um. 

Era estranhamente semelhante à Camila. 

— Quem sabe na próxima. — Camila disse com descaso. 

Encarei a latina, e ela olhava para mim com um brilho nos olhos desconhecido por mim. Imaginava qual era o real motivo por ela estar ali. 

— Ally? — A porta da casa fora aberta e Patricia surgiu, juntamente de minha mãe. 

— Camila! — Minha mãe saudou, feliz até demais. 

Ela desceu os pequenos degraus e abraçou Camila fortemente. 

Assisti a cena com a estranha sensação de que aquilo se repetiria mais vezes. 

— Oi Clara. — Camila sorriu para minha mãe. 

— Bom, nós já vamos. — Patricia disse segurando a filha pelos ombros. — Foi um prazer, Clara. 

Minha mãe sorriu, abraçada aos ombros de Camila. Suspeitei que se ela soltasse a garota, cairia. 

— Sempre serão bem-vindas! — Minha mãe finalizou. 

— Tchau, Lauren. — Allyson virou-se para mim e abraçou meus ombros demoradamente. 

— Tchau. — Falei baixinho, sem saber o que fazer. 

Minha mãe finalmente largou Camila e acompanhou as duas mulheres para fora da casa. 

Camila continuou a me encarar com os braços cruzados abaixo dos seios.

— Então... — Balbuciei. 

— Amiga interessante. — Camila cortou. 

Revirei os olhos e sentei-me na espreguiçadeira de madeira. 

— Ela não é minha amiga. Acabei de conhecer. — Esclareci. 

Camila sentou-se aos meus pés apoiando as mãos dos dois lados entre minhas pernas. 

— Aposto que ela adoraria te conhecer melhor. — Camila resmungou.

— O que? — Fingi não ter entendido.

Eu poderia não ser experiente em muitas coisas, mas eu sabia um pouco sobre ciúmes. Havia visto muito disso com Alexa e seus outros relacionamentos. 

— Nada. — Ela balançou a cabeça. — Você está bem? 

Suspirei assentindo. 

— A parte mais estranha é que eu não sinto nada a respeito disso. — Admiti. 

E não sentia mesmo. Não estava me importando de namorar ou não com Alexa, mas tinha certeza de que sentiria falta de sua amizade. 

— Só fico pensando se ainda vamos ser amigas. 

Camila me encarou com um sorriso fraco.

— Vocês vão superar, Laur. — Ela afagou minha canela. 

Sorri para ela e encolhi-me na espreguiçadeira, fazendo sinal para que Camila se deitasse ao meu lado. 

— Eu preciso voltar. — Ela disse apontando para a casa. 

Puxei sua mão. 

— Você me deve essa. — Semicerrei os olhos. 

Camila fez uma careta cedendo, e deitou-se ao meu lado em silêncio. O céu estava estrelado acima de nós, mesmo que houvesse algum sinal de chuva de aproximando. 

— O que você vê? — Camila indagou de repente. 

— No céu? — Perguntei, olhando para a garota de soslaio. 

Seu cabelo castanho se espalhava por todo seu busto e parte do meu braço, emanando um cheiro de shampoo de cereja. Camila assentiu.

— Órion. — Falei apontando para as três estrelas próximas. 

Camila seguir o meu dedo e riu baixinho.

— Você quer dizer, as três marias, não é? — Ela disse deitando a cabeça em meu ombro. 

— Não, Camz. O nome correto é Órion, são três estrelas próximas que possuem o mesmo brilho e são perfeitamente alinhadas. — Expliquei.

— Camz? — Ela levantou a cabeça me encarando. 

Senti meu rosto enrubescer e sorri fraco. 

— Eu gostei. — Ela disse e voltou a se deitar.

Ficamos em silêncio por alguns instante até que ela voltasse a falar novamente. 

— E o que você vê em mim? — Sussurrou. 

Camila dedilhou seus dedos por meu braço até que encontrasse minha mão, e entrelaçou nossos dedos. 

— Tudo o que eu vejo é você. — Falei devagar. — Como luta para que sua irmã tenha uma boa vida. Sei que tenta deixar sua mãe menos neurótica, e sobrevive aos seus "amigos." Sinceramente, pra mim eles não passam de um bando de ditadores, Camz. — Ri e ela fez o mesmo. — Acho que você é extraordinária quando não está tentando manter a pose. Eu gosto da Camila que aparece na minha casa de pijama só para saber se eu estou bem, ela é linda. E para mim, a sua melhor versão.

Camila riu baixinho, brincando com os meus dedos. 

— Obrigada.


Notas Finais


Eu amo um otp


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