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História Consequences of a night. - Capítulo Oito.


Escrita por: Jaggauniverse_

Capítulo 8 - Capítulo Oito.


Dia seguinte, 18:31.

Acordei com uma enorme dor de cabeça e logo me sentei na cama. Após me espreguiçar, fui ao banheiro e fiz minha higiene pessoal.

Ao terminar, vesti um vestido rodado florido e desci para a cozinha. Tomei um remédio e abri um biscoito que havia no armário começando a comê-lo.

Fui para a sala com o pacote na mão e a campainha tocou.

— Taeyong uma hora dessas? Fala sério.

Fui até a porta e a abri.

— O que faz a... - falei, mas ao ver o rapaz totalmente arrumado, paralisei.

— Boa noite minha querida. - ele falou com um sorriso no rosto.

– O que você está fazendo aqui? - perguntei séria.

— Vim lhe buscar para a nossa noite. - ele respondeu me dando uma piscadela.

— Que noite? Ficou maluco? - perguntei tentando entender o porquê daquilo.

— Vá se arrumar que eu estarei te esperando. - ele disse entrando na casa sem minha permissão. — Ande, ainda temos tempo. - ele falou sentando-se no sofá.

— Eu não vou me arrumar e muito menos sair com você. - falei cruzando os braços.

— Você não tinha me dito que queria se livrar desse sofrimento? Eu estou lhe dando uma oportunidade. - ele falou me olhando. O sorriso ainda permanecia em seus lábios.

Revirei os olhos por saber que ele tinha razão e fui para meu quarto. Tirei o vestido e coloquei uma saia preta curta e justa e uma blusa branca de mangas curtas. Pus a blusa por dentro da saia e calcei um sapato preto.

Em frente ao espelho, fiz uma maquiagem rápida que destacasse a boca, com um batom vermelho, ao invés dos olhos.

Ao ficar pronta, me perfumei e desci para a sala. Taeyong permanecia sentado no sofá, só que agora estava com seu celular em mãos.

— Não perca tempo, vamos logo. - falei chamando sua atenção.

— Eita, mas que mulherão! - disse o rapaz vindo depressa até a mim.

O ignorei e saímos da casa. Entrando no carro, conectei meu celular no rádio e coloquei uma música. O homem bonito que estava ao meu lado dirigindo, puxava variados assuntos enquanto não chegávamos a festa.

...

Depois que chegamos a festa, o rapaz me dirigiu a uma mesa e começamos a beber enquanto falávamos sobre o nosso relacionamento. Era esquisita a forma que estávamos conversando, parecíamos melhores amigos, mas não era exatamente aquela relação que tínhamos um com o outro.

— S/n, você não imagina o quanto eu quero te beijar. - ele disse olhando para meus lábios.

— Eu não faço conta de saber. - falei dando uma risada.

— Eu estou com uma imensa vontade de sentir novamente a sensação de como é ter você só pra mim. - ele disse se aproximando de mim.

— Você não irá conseguir nada comigo esta noite, Taeyong. - falei lhe dando um sorriso.

A verdade é que eu nunca me entreguei inteiramente para o rapaz. Nunca tive relações com ele na qual eu me sentisse totalmente segura, sempre fora difícil pra mim.

Jeon Jungkook foi o único que conseguiu me ter inteiramente para ele. Eu nunca fui segura em relação a sexo, mas com ele foi tudo diferente, eu me senti segura e absolutamente preparada para tudo o que aconteceria naquela noite.

— S/n? Você está aí?

Acordei de meus devaneios com o rapaz me chamando a atenção. Ele estava tão perfeito e diferente... Mas nada de sua mudança estava despertando em mim um certo interesse.

— Me desculpe, acabei viajando aqui com algumas coisas. - falei pegando a garrafa de água que havia na mesa.

— Esqueça tudo que está lá fora. Hoje, eu não permito nenhum tipo de pensamento que não seja relacionado a essa festa. - ele disse me dando uma piscadela.

— Tudo bem... - respondi revirando os olhos.

Continuamos bebendo sem intenção de nos embriagar. A conversa ficava cada vez mais interessante, mas, quando não nos restou mais nenhum assunto, resolvemos dançar.

A música era bem dançante e fazia com que meu corpo balança-se contra a minha vontade. Ao chegar no centro da pista, deixei a música me invadir. Comecei a entregar-me a ela e dancei conforme o seu ritmo.

Depois de tanto dançar e ser cantada por Taeyong, decidi dar a ele o que ele queria.

Ele começou a andar na frente enquanto eu o seguia segurando sua mão. Entramos em uma área onde havia umas escadas e então começamos a subi-lá.

Terminando de subir as escadas, vimos um corredor espaçoso e cheio de portas. Nos aproximamos de um quarto e a placa pendurada estava como: “livre”. Taeyong tentou abrir, mas não conseguiu. Parecia estar trancada. Ele verificou todas as outras portas e todas estavam ocupadas.

— Vou pedir a chave. Se importa em me esperar aqui? - ele perguntou coçando a nuca.

— Não. Pode ir, eu te espero. - falei abrindo um sorriso.

Ele sorriu e logo desceu as escadas. Fiquei imaginando o quanto aquilo era errado. Eu estava dando falsas esperanças a ele e no final de tudo, ele só iria se machucar. Ele não merecia sofrer.

Após um tempo escorada na parede, percebi que haviam se passado 4 minutos e eu estava agoniada com a demora. Parecia que o tempo estava demorando a passar.

— Acho melhor eu ir embora. - pensei.

Ao me separar da parede, ouço o barulho de uma porta sendo destrancada. Olhei para o fim do corredor e saiu uma loira com os cabelos bagunçados e com o batom totalmente borrado. Em seguida, um homem vestido todo de preto com uma máscara no rosto saiu fechando a porta atrás de si.

Meu corpo gelou.

— Você realmente cumpre com o que diz. - falou a loira rindo para o moreno.

— Eu nunca falho com as coisas que eu digo. - ele disse rindo.

Eu o reconheci pelo cabelo e em seguida... Pela voz.

O casal virou-se em minha direção e logo, o rapaz paralisou ao me ver.

— O que foi? - perguntou a loira assim que percebeu que seu acompanhante paralisou ao me ver. — Você a conhece?

Senti meus olhos encherem-se de lágrimas com aquela cena.

Ele não estava em outro país... Esse tempo todo ele esteve aqui curtindo todas as garotas que ele conseguia ter na palma de suas mãos.

As lágrimas de tão acumuladas, começaram a descer de meus olhos. As limpei rapidamente e me virei, indo embora daquele lugar.

No meio da rua, andando entre vários carros eu chorava. A dor que eu sentia estava sendo horrível de suportar, eu nunca havia sentido uma tristeza tão intensa como a daquele momento.

— S/n! Aonde você está?

Escutei gritos de uma voz conhecida e me abaixei, ficando escondida na lateral do carro. Fechei meus olhos e abracei minhas pernas, tentando controlar o meu choro.

— S/n? O que faz aí?

Uma mão gelada tocou meus ombros e eu me assustei. Olhei para o ser e só o que eu consegui sentir foi nojo e ódio.

Ele estava ali. Ele se preocupou comigo depois de tantos meses sem me dar um sinal de que voltaria para ficarmos juntos.

Me levantei para ir embora, mas ele puxou meu braço e me abraçou. Eu tentei me afastar, mas ele era mais forte que eu e me obrigou a ficar ali em seu abraço.

Poucos minutos depois, me assustei com meu telefone. O tirei do bolso e vi o contato de Taeyong, ele estava me ligando.

— Atende e diz que está em casa. - disse Jeon me olhando sério.

— Por que eu faria isso? - perguntei séria.

— Você tem duas opções. Atender e dizer que está em casa ou não atender e ficar sem esse celular por uns dias. - ele disse. Sua expressão permanecia séria e aquilo me deixou um pouco assustada. Não era o Jeon.

— Pode ficar a vontade. - falei lhe entregando o celular e saindo de perto, sem rumo.

O rapaz me alcançou e puxou meu braço, me levando para seu carro. Ao me colocar lá dentro, adentrou o veículo, travou as portas e começou a dirigir.

— Me leve para a casa. - falei sem olhá-lo.

— “Por que eu faria isso?” - ele perguntou me imitando.

— Jeon, eu não estou para brincadeiras. - falei elevando meu tom de voz. — Ou você me deixa em casa ou eu não respondo por mim.

— Você não é capaz de fazer nada. - ele disse prestando atenção na estrada.

Fiquei em silêncio e logo as lágrimas começaram a rolar. A cena que presenciei começou a me perturbar, me deixando totalmente mal por tudo o que eu fiz.

...

Nós estávamos em sua casa. Ao chegar, me sentei no sofá e permaneci ali, quieta, enquanto Jeon começou a se movimentar pela casa fazendo coisas que eu não me interessei em saber.

Eu estava magoada. Sentia uma vontade enorme de chorar e de ir embora.

— S/n, vamos conversar agora. - ele disse parando em minha frente.

— Você pode falar tudo o que você quiser. Mas nada do que sair da sua boca vai mudar o fato do que você fez comigo. - falei olhando fixamente para a mesinha de vidro que estava logo a frente.

— Para de bancar a forte. Eu sei que o que você mais quer agora é chorar nos meus braços. - ele falou e sentou-se ao meu lado, de frente para mim.

— Você pode até estar certo, mas eu não vou me render a ti tão facilmente. - falei e me levantei para ir embora.

— Você não vai a lugar nenhum. - ele disse puxando meu braço, fazendo com que eu voltasse a sentar.

— Diga logo o que você quer e me deixe ir embora. - falei friamente, tendo meus olhos fixos novamente na mesinha de vidro.

— Eu queria me explicar sobre as coisas que eu fiz. - ele disse pegando na minha mão.

— Pode falar tudo o que quiser, mas é como eu disse, nada do que você disser vai conseguir mudar algo. - falei seca e tirei sua mão da minha.

— Tem como você parar de ser fria? - ele perguntou pegando em meu rosto e virando-o para si.

— E tem como você parar de tentar consertar algo que você destruiu? - perguntei olhando no fundo de seus olhos.

Ele ficou em silêncio, apenas olhando no fundo de meus olhos. Nossas respirações estavam pesadas, parecia que estávamos desgastados.

— Por mais que você não acredite, eu gosto muito de você. - ele disse tocando meu rosto.

— Seus sentimentos não valem mais nada para mim. - falei, permanecendo imóvel, olhando seriamente em seus olhos.

E então, ele me beijou.

Ele estava brincando comigo fazendo com que meus sentimentos fossem algo sem sentido e sem valor.

O empurrei e me levantei em lágrimas. Ele se levantou e eu levei minha mão ao seu rosto, deixando-lhe a marca de um tapa.

— VOCÊ É UM GRANDE IDIOTA, EU ODEIO VOCÊ JEON, EU ODEIO VOCÊ! - gritei e logo sai às pressas.

Tentei abrir a porta e a mesma estava trancada. A chave não estava na trinca e eu comecei a tentar abri-la, mexendo-a para cima e para baixo, rapidamente.

— Você não vai sair, S/n.

Escutei a voz de Jeon atrás de mim e logo me virei com medo. Seus olhos estavam cheios de lágrimas e uma acabou por descer pelo seu rosto. A marca da minha mão era evidente em seu rosto e comecei a me sentir mal por tê-lo batido com tamanha força.

— Até que eu permita que você vá embora, você permanecerá aqui, presa comigo. - ele disse sério.



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