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História Conspiração do Universo - Desabafar


Escrita por: Ananda143

Capítulo 23 - Desabafar


     Rodrigo


  Depois de três dias, tudo parecia calmo, acho que Sidney conseguiu fazer os amigos ficarem quietos, eu já sabia que ela conseguiria, e os amigos dela são fáceis de convencer, Michelly não, mais ninguém é melhor que a Sidney pra conseguir fazê-la ficar quieto.

  Novamente não consigo tirar Sidney da cabeça, ficamos por um mês e ontem, a um mês ela não estava tanto na minha cabeça, mais desde o dia que fomos pegos as coisas ficaram diferentes, ela é a única coisa que não sai da minha cabeça em nenhum momento, ela me deixa louco e quando não estou com ela, fico apenas esperando pra estar, fiquei até meio distante da minha namorada e ainda vou ter que arrumar essa situação, mais agora só tenho olhos pra ela e o pior é que eu não faço a mínima ideia do que fazer.

  Estou apaixonada por uma garota que não quer nada sério por ninguém, tenho uma namorada que não está recebendo a atenção que merece e se eu terminar com ela, ela vai ter certeza que foi por causa de Sidney. Não por que passávamos muito tempo juntos, até por que mal eramos vistos juntos, só quando estava com a galera do quarto, mais sim por que isso tudo começou quando eu a beijei pela primeira e até hoje não tenho a menor ideia se ela sabe ou não e se a opção certa for sim, então é óbvio que ela vai dizer que estou ficando com outra garota e que ela é Sidney.

  Agora mudando de assunto, com meu irmão as coisas também se acalmaram, eu disse que da próxima vez eu apareceria em um desses almoços de negócios chatos. Lucas falou com papai e conseguiu arrumar um almoço pra hoje, não estava animado mais eu iria assim mesmo, vou ajudar o meu irmão, eu querendo ou não.

  Era um almoço formal, num rsstaurante granfino, ou seja fui obrigado a usar um terno pelo meu irmão e já até me arrependi de ter aceitado, odeio usar terno, esquenta e é desconfortável, não podiam ter me deixado ir de jeans e camisa? Eu e o meu irmão estávamos indo até o restaurante, ao que parece, é uma mulher, dona de escritório de advocacia, ou seja oferta de trabalho pra quando terminamos a faculdade, realmente não vou ter a oportunidade de construir meu próprio legado se continuar a seguir esse caminho. Mais quero uma vez ajudar meu irmão de alguma forma, ele merecia que eu fizesse algo por ele, nunca fiz, mais ele é meu irmão.

  Estávamos quase chegando e a única coisa que eu tinha vontade era de sair correndo e fugir de tudo isso. Mais já estávamos próximos demais, na realidade na frente do restaurante, por fora eu já conseguia ver meu pai, não via ele a alguns meses, não sou muito de fazer visitas e como já disse, não tenho um bom relacionamento com ele, ainda parecia jovem apesar de sua seus cabelos grisalhos assim como sua barba e os meu irmão tinha seus idênticos olhos verdes, vestido em um termo formal, sentado em uma mesa com uma mulher, de cabelo afro ruivo, não era muito jovem, mais uns 10 anos mais nova que meu pai, sua pele era parda e seus olhos castanhos quase pretos, sentada a sua frente, aparentemente a nossa espera.

  Comecei a ficar nervoso, mesmo sabendo que não era o que eu queria, sempre que tenho algo importante a fazer fazer fico nervoso, esse é o meu jeito de ser, então não é algo incomum, olhei para meu irmão ao meu lado, ele estava usando um terno azul escuro muito bonito também, não parecia nervoso, parecia preparado pra isso, provavelmente se preparou pra isso a muito tempo, só eu mesmo que não estava, nunca me vi indo a um lugar desses, olha o que você me faz irmão! Me fazendo ir concordar com algo que não quero pra minha vida.

  Estamos no restaurante e demos de cara com meu pai, meu pai abraçou meu irmão, um abraço bem caloroso e bem pai e filho, eu não tinha isso com ele, tanto que ganhei apenas um aperto de mão bem forte e um sorriso de meu pai. Mais não um sorriso de aprovação e sim desaprovação, provavelmente por causa do jantar que eu faltei segunda-feira, apenas fiquei sério.

  Em alguns momentos da minha vida eu tinha ciúmes do meu irmão, ele tinha toda a atenção do meu pai, era tão feliz quando estava com ele, mais é claro que manipulável por isso, meu pai é assim manipulador, sempre consegue o que quer e meu irmão não vê isso, mais eu sempre quis ter o que ele tinha com meu pai, ele sempre foi distante de mim e eu dele é claro, ele sendo uma pessoa ruim ou não, sempre quis ter um relacionamento pai e filho e nunca tive.

  - Destiny esses são meus filhos Rodrigo e Lucas. - disse meu pai a mulher e apertamos as mãos e nos apresentando - Sentem-se. - papai ordenou e todos nós sentamos

  - É uma honra estar aqui Richard. - disse ela, tinha uma voz grossa e elegante - E também é um prazer conhecê-los meninos. Mais tenho que ser direta! Temos assuntos a tratar e eu tenho coisas a resolver. - explicou, gostei dela, rápida e direta, pelo menos temos uma pessoa interessante entre nós a fazer uma proposta 

  - Como quiser Destiny. - disse meu pai, com um olhar presunçoso e manipulador,  já sabia que ele faria algum joguinho aqui - Até por que todos nós temos assuntos a tratar - terminou com um sorriso na cara, eu o encarei sem nenhuma expressão, não gosto de seu jeito manipulador.

  - Bom eu sou Destiny Sevilla e eu trabalho em um dos melhores escritórios de advocacia do país. - percebi nessa única frase dela, que ela provavelmente não era desse país, tinha um sotaque mexicanos, mais falava muito bem português - E eu vim fazer uma proposta a vocês. Eu e minha equipe decidimos contratar gente nova sem experiência alguma, queremos mostrar ao país que não se precisa apenas experiência pra ser um grande advogado, basta ter inteligência e dedicação e pelo que o seu pai disse a respeito de vocês, vocês tem os dois. - ela olhou para meu pai e deu um sorriso ganancioso. Então era por isso que meu pai gostava dela, ela tinha a mesma ganância que ele - Então decidimos oferecer um estágio a dez pessoas que ainda estavam cursando a faculdade, não vai atrapalhar na faculdade se não for em tempo integral, só queremos um período do dia para mostrá-los como é o nosso trabalho e se você se derem bem nesse estágio, assim que acabarem a faculdade já teram um emprego garantido.

  Tenho que admitir era uma oferta tentadora, e ela falava de uma forma séria, mais que ainda sim mostrava que ela estava interessada em ter nós dois, meu irmão concerteza queria esse estágio, qual é? Quem não quer um emprego garantido e um estágio pra ver como é o que futuramente iremos fazer? Até eu que não queria isso, fiquei tentado, imagina eu irmão.

  - Só preciso saber se vocês estão interessados e dispostos a isso. - continuou, pelo visto ainda não tinha terminado seu discurso e meu irmão nem vai pensar duas vezes - Todos provavelmente devem achar que será fácil por que é apenas um estágio. Mais mesmo sendo apenas um estágio, exigirá muito de vocês. Quero saber se vocês estarão realmente interessados a prestar atenção no estágio e no futuro ter um grande emprego promissor.

  Eu e meu irmão nos olhamos por um breve momento, depois voltamos a olhar para Destiny que aguardava uma resposta. Meu irmão provavelmente diria sim, já eu não tenho certeza, mais se meu irmão quiser terei que fazer por ele e nem sei se eu dizer não, eles vão aceitar só o meu irmão e não quero decepcionar-lo mais uma vez. Apenas olhei para ela e esperei que meu irmão desse a palavra final, eu apenas tomaria mês decisão que ele.

  - O que me dizem? - ela perguntou dando um sorriso e de cara meu pai estava me encarando, provavelmente esperando, que como ele disse, só eu fazer algo em meu benéficio próprio, me chamava de egoísta, mais ele é do mesmo jeito

  - Me de um minuto com meu irmão. - disse me levantando e puxando meu irmão comigo

  Andamos junto até o toalhete, queria falar com ele, saber se era isso que ele realmente queria e o que pensava que que ia querer. Ele sempre soube o meu sonho de construir o meu legado sozinho, sempre soube que eu não queria seguir meu pai e seus planos. Queria ver como ele ficaria com isso, não pra fazê-lo desistir e sim pra ver o quanto ele se importa com o que eu quero.

  Nos encaramos por alguns minutos, ele parecia feliz e agora nervoso ao mesmo tempo, meu pai o acha um menino brilhante e dedicado, o orgulho da família, papai sempre amolecia com meu irmão, com meu irmão ele reconhecer o que é ter piedade e o peso de suas palavras. Várias vezes meu irmão se ofereceu pra falar com meu pai sobre o que eu queria e eu sempre intervi, não queria que ele fizesse isso por mim, não achava necessário, se meu irmão falasse com ele, ele entenderia o que eu quero através do meu irmão e eu queria que ele visse isso sozinho.

  - É isso que você quer irmão? - perguntei - E isso que quer pra sua vida? Por que se for, eu tô nessa com você.

  - Mais e o que você quer? - ele perguntou sério - Sei que não é isso que você quer. E não quero forçá-lo a fazer isso por mim. Eu quero, mais não é justo fazer você fazer isso por mim. - ele explicou, fiquei até comovido com sua explicação, ele é muito bom em fazer discursos, sabe falar bem

  - Não farei por você, farei por nós. - comecei, mimha vez de fazer um discurso e tenho certeza de que não será tão bom quanto o dele, mais ele também merece saber o que eu penso - Sei que não é o que eu faria, mais falando sério. Quantas vezes eu não fiz o que o papai queria e deixei o que eu queria de lado? E se fizermos isso juntos, pode ser melhor pra mim fazer isso com você. Tá você é meio chato e pega no pé sempre que eu piso na bola, mais é muito melhor fazer isso com você, do que sem você. - começamos a sorrir, falei apenas a verdade

  Pra mim foi sempre mais fácil lidar com papai, quando estava com Lucas, ele sempre torna as coisas divertidas, irritantes e até quando ele me irrita acabamos sorrindo, faz parte do nosso relacionamento de irmãos. A verdade é que mesmo fazendo o que eu não queria, era suportável fazer com meu irmão e se aceitarmos essa proposta junto, será mais fácil, tudo bem que se ele não aceitasse, eu também não aceitaria, mais ainda sim papai arrumaria um jeito de me fazer trabalhar pra ele.

  - Rodrigo não seria justo fazer isso com você. Mesmo fazendo isso por nós dois. Você tem grandes sonhos Rodrigo e não quero ser quem vai tirá-los de você. - ele explicou já sério

  Ah Lucas, sempre pensando na felicidades dos outros e nunca na sua. Quando vai aprender que os outros não são importantes pra você?

  - Lucas pare com isso! - indaguei - Faça o que importa pra você! - disse e ficamos em silêncio por alguns minutos, antes que eu pudesse continuar, tinha que ter um bom argumento pra fazer ele aceitar a proposta e continuarmos juntos - Além do mais, mesmo eu trabalhando pro papai, depois de um tempo, talvez alguns anos. Eu ainda posso conseguir o que eu quero, mais por enquanto eu posso ajudá-lo a conseguir o que você quer.

  Ele ficou em silêncio, não disse uma palavra, e a única coisa que eu esperava, era que ele tivesse entendido que pode fazer a escolha que quiser, que eu o apoiarei. Que tenha decidido tomar a decisão certa pra ele.

  Várias vezes quando eu era mais novo, tive que lidar com situações em que tinha que fazer escolhas, tais escolhas que ajudariam meu irmão, ou não. Sempre tentei manifestar minha opinião e sempre terminava mal, nunca fui capaz de ajudar meu irmão em nada. E agora até eu acreditava no que eu disse, se aceitasse a proposta no futuro ainda posso realizar o meu sonho, só vou ter que tranca-lo por um tempo, então ainda a esperança de conquistar tudo isso. Não há pressa e se aceitarmos ainda terá a diversão com meu irmão, isso fará todo esse passar mais rápido e terei mais tempo pra passar com meu irmão.

  - Tem certeza Rodrigo? - ele perguntou e eu assenti, iria aceitar por ele e nada mais - Então sim. Eu quero.

  - Então vamos lá. - eu disse indo até a porta - Vamos dizer que aceitamos a proposta. Eu estou do seu lado irmão.

  - Rodrigo Obrigado. - ele disse vindo também até mim, ou melhor me acompanhado - Você é um grande irmão. Tem um grande coração. Só mantem isso meio distante as vezes. - nós sorrimos e saímos do toalhete e voltamos a mesa em que estamos 

  Sentamos nas cadeiras de novo, por sorte Destiny ainda estava com a mesma cara que ela estava quando fomos ao toalhete, isso quer dizer que não demoramos muitos, meu pai por outro lado parecia impaciente, provavelmente por que estava completamente louco pra saber nossa decisão final e não parava de nos olhar.

  - E aí qual é a decisão de vocês meninos? - ela perguntou e pelo sua cara estava esperando que disséssemos sim, é pra sorte dela é isso que iríamos dizer, todos saem felizes, menos eu é claro

  - Aceitamos Destiny. - disse meu irmão, antes depois que disse isso, ele me olhou rapidamente e depois voltou para Destiny

  - Ótimo. - ela sorriu e meu pai também - Essa foi a melhor decisão a ser tomada. - continuou e foi tirar algo de sua bolsa, dois cartões, provavelmente de seu escritório e pedirá para nós ligarmos - Me liguem para fecharmos esse assunto. Agora tenho que ir. Tenho assuntos pendentes. - concluiu ela, nos entregando os cartões e indo embora. Ela parecia ser uma ótima profissional.

  E eu ainda acertei, quando disse que ela diria para nós ligarmos pra ela, sabia por que isso já aconteceu várias vezes, desde que entramos na faculdade e no último segundo eu desisti e vi acontecer com meu pai também.

  ***

  Depois de aceitarmos a proposta, fomos embora, Lucas ficou conversando com meu pai e já que eu não tinha o que falar, fui embora, principalmente se fosse pra ficar olhando meu pai com aquele sorriso, de quem consegui exatamente o que queria, que fazer eu trabalhar pra ele. Então fui embora sem dizer nada a ninguém, apenas dei as costas pra eles e fui.

  Mais não parava de pensar que agora não conseguiria o que eu quero, e tudo isso ainda por cima, é culpa do meu pai, ele sempre faz isso, é claro, ele adora saber que está no comando de tudo e que todos ao redor dele sempre vão fazer o que ele quer e agora estou fazendo o que eu mais temia, fazer o que ele quer e jamais ter minha chance de fazer o que quero.

  Recorri a única coisa que faria eu me esquecer desse meu problema por algum tempo, alguém que podia fazer eu esquecer o mundo lá fora e não pensar em absolutamente nada. Sidney, sei que não é o momento apropriado pra isso, mais estou precisando dela, agora mais do que nunca, ela parece ser a única pessoa que entende quem eu sou de verdade, mesmo nunca tendo conversado de verdade, ele sempre parece saber o que se passa na minha e agora eu precisava de uma pessoa assim.

  Dessa vez foi diferente das outras, marcamos de nos encontrar no beco de uma das lojas, eu quem escolhi e essa foi minha escolha por que já era perto do restaurante e ela disse que estava ali perto também, então nada melhor do que um lugar perto e desconfortável, quer dizer pra não ter que voltar a faculdade e procurar um lugar vazio.

  Mal cheguei lá, devia ter esperado no máximo 1 minutos, até ela chegar, assim que ela chegou começamos a nos beijar e logo já tinha me esquecido do meu problema com meu pai. A mesma sensação sempre volta quando nos beijamos, esses nossos momentos que nunca duram muito tempo, são sempre os melhores, os mais perfeitos, talvez seja pelo fato de eu estar com ela, ela sempre fazia tudo ruim sumir, todo sentimento ruim, cada momento ruim... Tudo ia embora em segundos, antes que eu pudesse começar a agarrá-la, ela parou de me beijar.

  - Rodrigo o que a de errado? - ela perguntou, me olhando, pelo visto até ela notou que tinha algo errado - A gente nunca faz isso, antes de dois ou três dias.

  - Não tem nada errado. - menti - só queria estar com você aqui. - isso já era verdade, mais acho que ainda sim ela não acreditaria, ela é mais esperta que isso 

  - Não! Eu sei que não é isso. - ela disse quando eu comecei a beijar seu pescoço e fiquei ouvindo-a suspirar antes de continuar - Você pode me contar se quiser.

  - Como tem tanta certeza assim? Quer dizer, sobre eu estar com algum problema? - perguntei e depois a beijei novamente

  - Acredite não é a primeira vez que eu sirvo de distração. - Ela começou e dessa vez apenas a observei enquanto ela ficava falando - E eu também sou muito boa em fazer as pessoas desabafarem. Então você pode desabafar se quiser. - continuou insistindo em me fazer contar o que tanto me incomodava

  Talvez não seja uma má ideia contar a ela. Ela sempre me pareceu uma boa ouvinte, mais não sei se deveria contar meu problemas familiares a ela, não que tivesse algum problema ser ela, ela concerteza é a pessoa certa pra falar sobre isso, é só que eu acho que meus problemas não tem solução e que talvez eu exponha minha família. Confio nela, pra contar meus segredos, ela escondeu muito bem nosso segredo e ainda consegue fazer seus amigos esconderem também, então não há motivo pra não contar a ela.

  Olhei para os lados, pensando se eu contava ou não pra ela, e ainda consegui ver um casal passando por nós, sorte que não nos viu, Sidney olhou rapidamente e arregalou os olhos e depois suspirou aliviada por não termos sido pegos e depois voltei a pensar em minha decisão final. E pelo meu coração eu contaria a ela e escutaria sua opinião, já meu cérebro não queria que eu contasse, queria que eu guardasse esse sentimento ruim pra mim e provavelmente o deixar me matar por dentro.

  Decidi contar a ela, parecia uma boa ideia desabafar com alguém, clarear as ideias.

  - Tá bom. - suspirei e voltei a olhar para ela - É um problema com meu pai...

  - Ah é problema de família... - disse meio desanimada e abaixando acabeça, mais ainda parecia interessada em saber o que eu tinha - Agora faz sentido você não querer me contar... - disse baixinho, provavelmente não queria que eu escutasse, mais fazer o que? - Vai continua! - levantou a cabeça.

  - Meu pai, ele é meio manipulador e está sempre querendo fazer todos ao seu redor, fazerem o que ele quer. - comecei, essa era uma boa parte pra se começar, já que todo esse rolê começou por causa dele - E aí hoje, veio uma mulher fazer uma proposta de emprego pra eu e meu irmão, mais claro depois da faculdade e eu e o meu irmão topamos. - olhei para os lados de novo, era difícil contar minha história triste pra ela, mesmo eu confiando nela, só queria poder manter essa história na minha cabeça e pensar que tudo isso não passa de um grande pesadelo - Mais eu não queria topar, fiz pelo meu irmão, ele queria muito uma oportunidade dessas e eu tive que fazer. - terminei meu desabafo

  - Tá. - ela disse, ao longo da história, ela parecia ter se entretido muito com minha história, e só contei a ela por que provavelmente, ela já deve ter pesquisado sobre mim na Internet e achou algo da minha família - Sua família é uma das mais ricas do país e seu pai " O " maior empresário do país e está me dizendo que ele tecnicamente... Te força a fazer o que ele quer. Já que é uma proposta pra você e seu irmão... Por que você topou? - ele perguntou, aparentemente não entendeu o por que de não ter feito isso pelo meu irmão, também, acabei esquecendo de explicar essa parte, sempre tenho que me esquecer alguma coisa.

  - Claro, me esqueci. - disse e botei as mãos na cabeça - Papai sempre arruma pessoas que se interessam apenas em nós dois, então se um não vai, o outro também não. - expliquei - Esse é o jeito dele de me fazer, fazer exatamente o que ele quer. Ele sabe que eu faço tudo pelo meu irmão. - conclui, e abaixei a mão e continuei a olhar pra ela

  - Ata! Agora faz sentido. - ela disse se distanciando um pouco de mim - Eu não sou a pessoa mais indicada do mundo pra isso, mais... Quer um conselho? - perguntou ela e eu assenti, ela parecia interessanda em me ajuda, mesmo não sabendo completamente como era a minha história - Olha eu não me dava muito bem com a minha família, sempre tive esse meu jeito que você conhece bem. Mais, eu nunca deixei ele tirarem minhas oportunidades de conseguir e correr atrás do que quero. A questão é que se o seu irmão entende o que você quer, ele vai entender se você não quiser aceitar. Eu tenho um irmão e ele sempre me apoiava no que eu queria, mesmo que ele ficasse magoado.

  Agora me surpreendi, não sabia que ela tinha um irmão, muito menos que eles eram assim, pelo jeito que ela falou parecia que se davam bem e sempre se apoiavam em tudo. Lucas também é assim, tem um coração grande, mais ele vai ficar magoado se eu não for e eu não quero isso.

   - Mais ele pode perder a oportunidade se eu fizer isso. Quer dizer, tem uma outra opção... - me interrompi antes de contar que meu pai sempre escuta meu irmão, sei o que ela dirá, sei exatamente as palavras que ela vai usar e ainda assim não sei se quero fazer isso - Meu pai faz tudo que meu irmão pede, mais não sei se quero pedir isso.

  - Sei que você dizendo isso por que sabe exatamente o que eu vou dizer. - ela disse me supriendendo, não que eu não soubesse que ela era esperta assim, mais pensei que ela não sacaria tão rápido - Mais pedir uma ajudinha de vez em quando não é fraqueza e nem é interesse pedir um favor a seu irmão. Eu sempre pedia ajuda a meu irmão quando precisava, não gostava mais fazia, meu irmão sempre me ajudava e dava muitos conselhos bons e tenho certeza que seu irmão não é diferente. - eu abaixei a cabeça, pensativo no que ela disse - Ei! Não fica assim. - ela disse colocando a mão no meu queixo e levantando minha cabeça, agora me perdi em seus olhos, eram tão lindos e seus rosto de preocupada, ela focava tão linda assim, sempre acho ela encantadora, mais ela sempre me surpreende - Não fica assim por causa de seu pai e problemas derivados daí, se sempre que eu tivesse um problema ficasse assim, eu ficaria assim pra todo sempre. - ela terminou e nós meio que sorrimos

  - Mais será que não dá pra conseguir o que eu quero alguns anos depois de ajudar meu irmão? - perguntei na esperança de ela dizer que eu estava certo, ou que tinha pelo menos uma pequena chance de isso dar certo

  - Sei que você espera que isso der certo. - ela começou já tirando as esperanças - Mais isso é só você querendo ajudar o seu irmão, no fundo você sabe que isso foi só uma ideia que você deu a ele e espera que de certo. - ela ainda estava com a mão em meu queixo, e parecia estar olhando pra minha alma, mais dava pra ver que tufo que ela falava, era sincero e queria me ajudar - Mais não vai Rodrigo! Fala com seu irmão, siga o seu sonho, trilhe o seu próprio caminho, por que se você ficar adiando... Você nunca vai conseguir o que quer, vai ter uma vida infeliz e daqui uns 20 anos, você vai olhar pra trás e se arrepender de não ter seguido o seu sonho. - ela sorriu e abaixou sua mão - Eu faço isso, vivo uma vida sem arrependimentos, faço o que eu quero, mesmo que seja algo muito idiota... - nós começamos a sorrir de novo, ela não perde uma deixa pra fazer piada - Mais eu sou feliz. Faça isso e não vai se arrepender. Eu prometo. - ela finalizou e segurou minhas mãos

  - Tá eu vou pensar nisso. - eu disse e segurei suas mãos também e depois ficamos nos olhandopor um tempo - Você também é uma grande pessoa Sidney, tem seu jeito de ser, mais sempre ajuda as pessoas quando pode.

  Depois que disse isso, nós não dissemos nada, apenas nos olhamos, alguns instantes depois, nos beijamos, mais não como antes, não como se fossemos ficar, ou algo do gênero, apenas um beijo normal, um beijo qualquer, um simples beijo, com um único sentido que eu não sabia qual, nunca nos beijamos assim, sempre nos agarrados, nunca é só um beijo como agora. Nos separamos e voltamos a nos olhar de novo, só que eu não fazia a mínima ideia do que falar e aparentemente, ela também não.

  - Eu vou nessa. - foi a única coisa que eu disse, a única coisa que se passou na minha cabeça

  - Tá. - foi a única coisa que ela disse sem piscar, estava seria, parece que também não entendeu o que aconteceu antes

  Foi apenas isso que aconteceu hoje, sai de lá e fiquei apenas pensando no que ela disse e no que eu ia fazer a respeito da proposta de meu pai e do que ia fazer com meu irmão, estava pensativo do que ela disse, tudo fazia sentido e eu ainda tinha uma decisão a tomar.



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