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História Construíndo sentimentos - Naqueles dias


Escrita por: gabriella8

Notas do Autor


Boa leitura 🤫

Capítulo 44 - Naqueles dias


As copas das altas árvores cobriam, na sua grande parte, todo o céu nublado. Toda aquela extensão, agora de coloração cinza, e água em estado gasoso em condensação.

Era nítido para quem tivesse uma visão limpa do alto, que as nuvens eram carregadas lentamente ao sabor do vento. Entretanto, para uma figura em específico, não lhe interessava tal analogia. Pelo menos, não no presente momento.

As grossas gotas em estado líquido que se encontravam com o topo da sua cabeça, não lhe causando incomodo algum, pois seu corpo permanecia inerte e seu único olho descoberto, ônix, estava atento a aquela estranha área, onde as folhas das árvores milagrosamente não mudaram suas cores para as cores vibrantes do outono.

O cabelo lambido para baixo pelo rosto por conta da água "corrente", deixando apenas um olho amostra; finas rotas de água que masageavam o topo da sua cabeça, passando pelo nariz, boca e queixo, sendo que no final, tais gostas caiam pigando grativamente, o que dava a Sasuke o ar de um homem charmoso, sem que ele mesmo tentasse se esforçar para tal.

Uma perna estirada e outra dobrada, tendo um braço por cima do joelho do mesmo e, a capa escura que cobria apenas do seu pescoço e ombro da chuva intensa.

O olhar do moreno e sua postura mudaram de inércia para desperta, quando um conjunto de chacras o chamara atenção. Não que fosse algo novo. Desde de o momento que se pôs ali naquele ramo em vigia, muitas pessoas adentraram naquele ganjutsu reforçado por uma barreira que só os olhos com doujutsu conseguiriam ver, ou só pessoas informadas saberiam da existência.

Entretanto, tais chacras não eram de pessoas comuns, ou de ninjas com pouca habilidade e, o fato dos mesmos não fazerem questão em suprimir seus cachras, só reforçou a ideia de que tinha que se afastar mais daquele esconderijo.

Logo, sem que olhos comuns pudessem ter percepção do seu movimento, somente folhas se erguendo do chão, mesmo pesados pela intensa chuva, quando o moreno pulou ao chão, os fazendo voar ao seu redor.

Trilhas de folhas secas banhadas pela precipitação, que naqueles segundos gravitaram no ar, eram as únicas provas que davam da passagem do último Uchira, por um longo caminho em alta velocidade, até o mesmo se ver a uma distância segura, mas que o permitia ainda ver se apareceriam, ou não, mais pessoas, como vinha acontecendo até então.

E só depois de ter se postado atrás de uma árvore distante, é que as folhas molhadas que levitaram com a sua pasagem, descansaram novamente no solo, dando uma mínima noção da velocidade que Sasuke usou para se deslocar de um lado para outro.

E não teve que esperar muito, quando viu quatro figuras carregando com seus braços fortes e recheados de músculos, uma liteira de cores sóbrias. Os quatro que pararam alguns metros daquele conjunto de árvores de folhas verdes. Não passado muito tempo, lá estava o homem forte com um x na testa que apareceu no meio do nada, prostando em uma reverência bastante submissa ao lado da liteira de onde duas figuras mostraram seus rostos ao afastar a pequena cortina que impedia pessoas de fora visualizar o que estivesse no interior.

Houve um assentir por de parte do homem que havia se reverenciado e, segundos depois, ele se pôs a frente de todos após a cortina da liteira, em tom de cinza escuro, ser fechada. Seguida disso, um sinal de mão ele fez, levando todos a desaparecerem após alguns passos para frente.

Sasuke não precisava de muito para saber que tinha que agir, e, como se o tempo climático estivesse a seu favor, assim que pensou em tirar um pergaminho do bolso, a chuva retrocedeu de forma inexperada, deixando para trás somente o rasto de umidade e o alerta de que não demoraria muito, até novamente transbordar.

Konoha precisava agir e ele iria apressar os passos dos mesmos, quando terminou de escrever resumidamente no pergaminho, fazer selos de uma única mão invocando um falcão, aonde amarrou cuidadosamente o pequeno pergaminho na pata do animal que prostrou apoiado no seu ombro, onde o outro braço não mais existia.

— Vai! — assim, Sasuke impulsinou o único braço para o ar, viu o animal voar e sumir de suas vista não muito tempo depois.

.........

Outra vez, não sabia o que fazer!

Percebeu que, durante o almoço, ela se esforçou para se mostrar bem, mas agora era óbvio para qualquer um que a mesma estava sofrendo e, do jeito que ela se encolhia, suspirava, apertava os olhos e gemia de dor, para em somente um segundo ter o "privilégio" de relaxar...

Não, ele também não estava bem. Muito pelo contrário, pois, se encontrava perdido quanto a isso. Passou a toalha branca na testa da namorada, tirando o suor que nela estava acumulado, ainda sem entender o que a Hyuuga tinha, que a deixava no estado em que se encontrava.

Permitiu um sorriso triste, quase inexistente, ao relembrar quando foi em direção ao jardim, completamente aflito e desesperado, atrás de Haruna afim de pedi-la por ajuda.

Não mais que uma hora e poucos minutos atrás, quando isso aconteceu, Naruto estava no quarto de Hinata, vendo ela no mesmo estado que se encontrava no momento e, sempre que perguntava a morena o que tinha, a mesma dizia que já ia passar e que era normal aquilo que estava sentindo porque, segunda sua resposta:

— E-estou... n-naqueles dias.

Ela estava naqueles dias.

E vendo que a Hyuuga não o deixava ajudar, o mesmo correu em direção a princesa Haruna que, depois do almoço, o informara que iria apanhar sol no jardim. Quando chegou lá, Naruto viu a senhora feudal acompanhada de algumas damas e alguns guardas, mais não teve sua aproximação a ela barrada, uma vez que a líder do país do Vegetais também fez questão de se aproximar dele, quando viu-lhe a sombra correndo na varanda do castelo, em direção a ela.

Haruna estreitou o cenho ao loiro, em questionamento, querendo muito saber o significado de estar estampado aflição na feição dele.

— Haruna-nee-chan, eu não sei o que fazer! Hinata não me deixa ajudá-la e ela parece estar sofrendo de dor de barriga porque, ela não tira as mãos de lá... e isso esta me deixando frustado. — Naruto no seu desespero, com os olhos marejados, revelou o que estava o afligindo.

O que fez a mais velha dar um pequeno sorriso pelo estado dele, concluindo, pelo modo que ele tratou a Hyuuga até o presente momento, que ele de certo, ao menos, tinha sentimentos fortes pela pérolada.

—  Não se preocupe, Naruto. Pelo o que eu percebi, Hinata somente está naqueles dias. É normal.

"Normal?... Normal alguém sofrer? E o que ela quer dizer com isso?"

Naruto que estava com o olhar para baixo, encarou a Haruna, estreitando o cenho com o que ela dissera.

— Naqueles dias!? —  repetiu curioso — Sabe, a Hinata até então tem me dito isso. Que doença é essa que eu nunca ouvi falar? —  o loiro voltou a tocer o lábios de um lado para o outro, enquanto mordia os mesmo, ainda nervoso.

Haruna arregalou os olhos surpresa e agradeceu por Naruto não mais estar com o olhar sobre ela porque, nessse momento, suas bochechas se tornaram mais que rosados. Certamente escarlates.

— É-er... b-bem... C-como digo... i-isso... — suspirou a mais velha, fechando os olhos em uma tentativa de não mais gaguejar. — Isso é um ciclo que todas as mulheres têm, Naruto-kun. — Haruna viu o loiro novamente encará-la com a sobrancelha arqueada, o que a fez dar um sorriso inteiramente sem graça.

"Por kami, Naruto. Você tem quantos anos, afinal? Tanta inocência!" Pensou Haruna, antes de completar:

— Ér... eu acho melhor perguntares isso a um dos teus amigos ou a uma médica porque, não me sinto a vontade para te dizer exatamente o que é. — Haruna não deixou de pensar como o loiro era tão ingênuo.

Será que ele não sabia mesmo do que ela falava, ou ele não tinha ligado ainda os termos que são usados? Deixou isso de lado. Comovida com os olhos azuis que pedia por ajuda para morena do clã Hyuuga, mais determinada, a senhora feudal pegou na mão dele e o arrastou para dentro do castelo.

—  Venha comigo. Vou te dar alguns chás, algumas toalhas e água quente para poderes cuidar dela e... — Sorrindo, encarou o loiro  que agora estava do seu lado, os dois caminhando apressados — Não se preocupe, Naruto. Nós mulheres somos frágeis, mas também somos mais fortes que os homens por temos o poder de aguentar mais as dores que vocês. — Apenas viu o loiro abaixar o olhar marejado.

Naruto suspirou, saindo dos seus pensamentos. Até então, sua namorada não parecia ter melhorado muita coisa, pois ela ainda fazia sons revelando que estava com dores.

—  Hinata?!

— N-Naruto-kun... — a morena do clã Hyuuga permanecia de olhos fechados, com o corpo encolhido e o maxilar tremendo porque, parecia a faltar o ar pela forma que a mesma aspirava e expirava de tempos em tempos.

— O que você tem? — a voz extremamente baixa de Naruto não escondia a preocupação dele para com a amada, que virou para si, ainda de olhos cerrados ao tentar um sorriso, que não saiu como queria.

— Eu estou bem... só estou naqueles dias... e... não deu tempo para tomar... os remédios... Só... fique quieto... um bocado. — a voz da Hinata praticamente não saia, de tão baixo e cansado estava e, Naruto se sentiu indignado pela resposta dela.

Quer dizer, era ela quem estava sofrendo e preferia muito pegar as dores dela para si, mas lhe doía também não saber o que namorada tinha, a ponto de igualmente não ter conhecimento sobre o que fazer, a não ser ficar ali trocando os gazes de toalhas molhadas em água quente na testa e na barriga dela, não entendia ele o motivo daquilo.

Apenas fazia o que Haruna o aconcelhou a fazer.

— Mas, Hinata, como você quer que eu fique quieto, se eu nem sei o que você tem?! — o tom dele havia aumentado levemente.

Estava nervoso e estava desesperado para tirar aquelas caras sofridas que a azulada fazia, sendo que isso o deixava inquieto. Foi quando viu Hinata abrir os olhos e, como se não estivesse sentindo dor alguma, os olhos perolados encaram os olhos safiras com uma ferocidade que ele nunca tinha visto, nem mesmo no rosto de Tsunade. Ferocidade essa que o fez, inconscientemente, levar o corpo para trás e ficar quieto.

— Já disse que eu estou naqueles dias, Naruto! Apenas fique calado e não fale nada. — o tom da azulada também se elevou, tendo ela falado entre dentes em um rosnado furioso e, como se isso a tivesse forçado demais, Hinata instantaneamente fechou os olhos, se contorcendo outra vez.

Naruto jurava que tinha visto a Hyuuga ativar o byakugan naqueles segundos. Só não teve certeza disso por ter ficado surpreso demais com reação repentina da amada.

Passado o susto por esse inesperado momento,  ele simplesmente suspirou derrotado e trocou novamente a toalha da testa da morena.  Tendo verificado que já não tinha mais chá e a água já estava fria, foi colocando as coisas em cima de uma bandeja de um tamanho considerável para que pudesse carregar aquelas vasilhas todas. Assim terminado, deu seus passos em direção a porta onde teve que dar um jeito de arrastá-la para abrir e quando assim consegiu, consequentemente teve que fazer do mesmo movimento para também fechar a porta do fusuma com o pé.

O loiro ia andando de cabeça baixa, pensativo, quando não mais que cinco passos do quarto onde estava com a azulada, ele ergueu o olhar para o lado, onde duas pessoas conversavam. Um nobre, que mais cedo acompanhava a princesa Haruna junto ao Mui, o tal do Hidetaka, que ele não gostava da presença e fazia questão de demostrar isso e, a outra pessoa que  o acompanhava era uma jovem moça de fios grisalhos, pelo o que ele percebeu, já que ela estava com a cabeça baixa, parecendo receber alguma ordem do tal homem. Entretanto, a mesma que estava de costa em direção ao loiro, certamente era uma serviçal.

Naruto não escondeu o desgosto ao olhar aquela figura imponente que a muito havia conhecido e foi ódio a primeira vista, ou algo semelhante pois, talvez não chegava a tanto.

O loiro só tinha mesmo uma certa aversão ao pretendente a noivo da senhora feudal do país dos vegetais. Isso porque, o homem não o passava boa vibração, mesmo sendo uma figura aparentemente calma e sem nada escondido que o condenasse.

"Esses olhos... eles dizem: eu sou do mal. "

Pensou Naruto, ainda encarando os olhos de coloração escura daquele homem, enquanto o mesmo olhava para si com a mesma cara inexpressiva de sempre, quando seus olhares se perderam, pelo loiro já ter se distanciado das duas figuras, ele sem curiosidade nehuma em escutar o que quer estivessem conversando, ou no caso, o que quer o o homem estivesse ordenando a jovem mulher fazer.

De caminho a cozinha daquele enorme castelo, Naruto vinha pensado nos momentos que passou assim que chegou ali, retorcendo o rosto descontente com algumas imagens que o vieram a mente e o fizeram a face corar a nível de ser notado.

Isso porque, os momentos foram um tanto quanto constrangedores para ele, pois assim que a princesa Haruna o tinha dado as costas, ignorando o pedido dele para ela não se preocupar em lhe dar roupas para usar, um grupo de mulheres se aproximou dele e de Hinata, os levando na mesma direção, a qual minutos depois, os dois foram separados. Uma das mulheres abriu uma porta de um quarto aonde levaram o loiro, o mostrando a água quente que haviam rapidamente preparado para o mesmo se banhar e, assim ele fez, se sentindo satisfeito enquanto deixava a água mudar a pele suada por uma mais limpa.

Mas repentinamente, o Uzumaki se encolheu para dentro do ofurô, deixando apenas os olhos amostra, tendo que, o tal do Mui, do nada, entrou ali naquele quarto sem pedir permissão ou verificar se o loiro já tinha terminado de se banhar. O que não era o caso, por isso Naruto ter-se encolhido dentro do ofurô, tentando esconder dua nudez entre a água translucida.

Pragejou o eunuco: "Maldito, Mui, Estou pelado!"

Mui ainda na entrada do banheiro, acompanhado de algumas moças que pareciam acostumadas com aquele tipo de cena pois, elas estavam focando o olhar no nada, o que o loiro acabou agradecendo. Entretanto, as mesma cinco moças tinham em suas mãos, cada uma, uma peça de yukata. Uma mais elaborada e elegante que a outra, deixando Naruto ainda mais vermelho de vergonha. Coisa que passou para vermelho de raiva, já que, o homem afeminado levou um tempão danado para o apresentar cada peça, lembrando que Naruto ainda se encontrava encolhido dentro da água e extremamente encabulado com tudo aquilo. O que o fez escolher a mais simples de todas as yukata.

Mas, não satisfeito com tal escolha, Mui tentou convencer Naruto a pegar a mais elaborada e chamativa de todos as peças, se gabando que entendia da coisa. Naruto irritado e em tom de ironia, acabou elogiando os gostos do homem que não havia percebido a figura de estilo no tom do loiro, por isso ter ficado todo convencido e fora de órbita, continuando a se gabar.

E, ao que parece,  Mui era tão vaidoso quando era elogiado, que pareceu ter esquecido quaisquer que fossem os pecados que o Uzumaki cometera com ele até então, e, não tendo deixado passar tal fato, Naruto encheu a boca para elogiar o homem e o manipular, ao ponto que no final acabou por vestir de fato a yukata mais simples de todas, dando um suspiro aliviado quando fora deixado a vontade para terminar seu banho e se vestir.

Se vestir...!

Quase se enfartou e se afogou no ofurô quando Mui sugeriu que as moças ficassem e o ajudassem a terminar o banho e experimentar a vestimenta... Como se ele fosse uma criança... por Kami?

Naruto simplesmente não entendia aquele mundo dos nobres e não desejava nunca se encaixar em tal façanha... Contudo, seu grito para todos irem embora fez o homem afeminado levar a mão direita e abrir "levemente" a boca... É, a cara do espanto do Mui foi exagerada mesmo... mas novamente, Naruto usou dos elogios, tendo que no final consegiu fazê-lo concordar. O ninja da folha, de olhos revirando em desprezo, segundos depois viu o senhor de cabelo lambido para trás, sorrindo vaidoso e, desse mesmo jeito, ir embora junto as mulheres que trouxera consigo ao quarto aonde fora alojado.

Respirando fundo e esquecendo esse momento a pouco passado e já vestido, Naruto foi para sala de jantar acompanhado novamente de Mui. O loiro até pensou que a Haruna estivesse fazendo do enuco a companhia dele para o irritar de propósito, mas ingnorou isso e as chatices do mesmo, chegando os dois a sala de jantar onde se encontrava Yurinojo e o pretendente a noivo da Haruna. Não disfarçou o olhar embanhado em desconfiaça para o mesmo enquanto se sentava. O mesmo que nem sentiu tal olhar, ou, se sentiu, nem fez questão de revelar pois manteve-se de cabeça reta e o olhar para frente.

Um tempinho depois, uma figura completamente diferente da que Naruto já tinha visto antes, apareceu na sala acompanhada da princesa Haruna, que vinha toda sorridente. O loiro assim que sobrepôs seus olhos naqueles olhos perolados, trajada a rigor em vestimentas tão sofisticado e o rosto levemente maqueado... não teve como não se levantar e se pôr a frente da namorada, automaticamente a encarando com os olhos e a boca entreabertos, de tão fascinado estava. E foi ai que Naruto teve certeza que Hinata ficava sempre mais linda e, não bastando isso, concluiu também que a beleza dela era tamanha, a ponto do o deixar embasbacado e sem jeito.

—  V-v-você... — se sentiu um idiota e levou a mão atrás da cabeça coçando ali e abaixando o olhar com um pequeno sorriso nervoso — Hinata... você está linda. — o loiro completou dessa vez, fazendo a azulada também abaixar o olhar sorrindo envergonhada.

— N-Naruto-kun... a-acha? — a azulada ergeu o olhar.

— Eu tenho certeza. — também ergeu o olhar antes de responder: — Você é muito linda. — e assim ficaram, até alguém piguarrear e fazê-los perceber que, de fato, não estavam sozinhos.

Tal situação fez Naruto ter vontade de matar alguém pois, aquele eunuco começara a o tirar do sério, mas depois se sentou constrangido ao perceber que o homem maqueado fizera bem em o chamar atenção porque, estava tão envolvido na bolha dele com a amada, que quase se esquecera que os dois tinha que manter a relação em segredo.

Sorriu sem graça ao se sentar novamente na shabudai, não sem antes ter ajudado a namorada, que sentara do seu lado.

E assim iniciaram o almoço regrado a conversas nostálgicas em que Haruna relembrava de como conhecera a dupla de shinobi de Konoha.

Todavia, teve um momento que Naruto parou de comer e de prestar atenção na conversa pois, algo começava a o incomodar e ele não estava gostando nada daquela pessoa mantendo o olhar fixo na sua namorada que também percebera tal olhar e, por conta disso, mantinha a cabeça ainda mais baixa que o habitual.

— Perdeu alguma coisa aqui..., Hidetaka-sama? — era fácil notar a insatisfação do loiro que fez o homem tirar o olhar da Hinata para si.

Ação que chamou atenção de todos para o herói shinobi.

— Não de fato. Desculpe a imagem que passei, mas é que a sua namorada me deixou, deveras, curioso. — o loiro torceu o nariz descontente e um tanto nervoso.

Já era a segunda vez que relacionavam ele e a Hinata daquele jeito no país dos Vegetais e, isso poderia se tornar muito perigoso.

— N-namorada? Oras, não se ponha a imaginar coisas!

— Oh, perdão. Por um momento pensei que tivessem alguma ligação amorosa. Mas novamente, lamento tê-los deixado desconfortáveis. Admito que fiquei curioso com os modos da tua companheira.

—  Hinata é uma Hyuuga, Hidetaka-sama. — quem se prenúnciou dessa vez foi Yurinojo, fazendo o homem assentir em compreensão.

— Entendo... por isso os olhos... byakugan!? Novamente senhorita Hyuuga, não querendo ser ousado, você é uma moça de tremenda beleza — O tom neutro, mas gentil.

E novamente, Naruto se sentiu incomodado querendo e muito saltar para cima daquele homem por quem ele não nutriu nenhum tipo de afinidade e desejava do fundo do coração, que Haruna não aceitasse ser noiva do mesmo, que só de respirar, já o irritava.

Se perguntou quando é que o assunto chegou na beleza de Hinata, que não era de se questionar, acreditava, mas, não gostava de pessoas como aquele homem elogiando a sua namorada. Contudo, se manteve quieto ao perceber que o elogio do filho do senhor feudal do pais da Grama foi meramente elogio, sem segundas intenções. Mas, mesmo assim, ficaria de olhar atento naquele homem e depois pediria que Hinata também ficasse, assim que acabassem de almoçar.

— A-Arigato, Hidetaka-Sama. — havia agradecido Hinata na altura. 

Entretanto os planos de Naruto não seguira do jeito que ele queria. Explicando: assim que terminaram suas refeições, ele foi trocar de roupa por não se sentir confortável na yukata, portanto, vestiu-se somente de sua roupa habitual, sendo que depois disso, o mesmo foi ter com Hinata no quarto dela. No entanto, maltratando seu coração, a encontrou no futon bem arrumado e também com a roupa trocada e aconchegante, enquanto fazia caras e bocas de dor.

Supirou mais uma vez, deixando essas lembranças de lado.

O loiro voltou novamente com mais água quente e, quando passou  a frente do quarto da azulada, não mais viu aquelas duas figuras, mas deu de ombro a isso porque, a presença deles não lhe era problema.

Naruto estreitou os olhos completamente triste quando, assim que abriu a porta, viu a namorada tentando usar do jutsu médico em cima da barriga, mas a mesma não conseguia, pelo mesmo está falhando, por ela não conseguir controlar o chacra. Suspirou fechado o shogi e se aproximou do futon da amada, pondo a bandeja no chão. Encarou os olhos perolados que o encarava com os olhos marejados.

— Me deixa te ajudar, Hinata. — a mesma deu um pequeno sorriso e já ia negar, quando viu o Uzumaki engolir em seco e desviar o olhar para o lado, afim de não a ver negar com o movimento de cabeça. — Por favor hime, não aguento mais te ver assim. —  e dessa vez, quando Naruto olhou para morena, ela estava deitada de bruços de costa para ele, mas tendo deixado espaço para que o mesmo se deitasse junto a ela.

E assim Naruto o fez.

Tendo deitado, puxou a namorada para mais perto e envolveu a cintura dela e o ombro da mesma. Não demorando muito, o corpo dele foi tomado de uma coloração laranja e Hinata se aproximou mais dele, parecendo mais relaxada.

O loiro se viu em um lugar úmido e conhecido. Quando ergeu o olhar, viu o amigo bijuu de braços cruzados e o olhar nada satisfeito.

— Você disse que só usaria o chacra do velho para algo importante... para uma batalha... por que está usando em algo tão supérfluo? — o olhos e o canto direito do loiro tremeu em uma careta, pois ele não entendera aquela palavra usado pelo bijuu, mesmo que soubesse que não era algo que o fosse agradar obter o significado — Não... — bufou o bijuu —  Algo não importante. — esclareu Kurama, e só agora Naruto entendeu, adotando uma feição séria em direção ao amigo.

— A mulher que eu amo estava sofrendo Kurama, e você acha que não é importante para mim usar o meu poder máximo para fazê-la ficar melhor rápido ? — o loiro só escutou um suspiro alto do nove caudas. Em seguida, viu-o dar um sorriso de canto e balançar a cabeça de um lado para o outro.

Percebeu assim, que o amigo raposa o entendeu de fato.

Abriu os olhos e o chacra que cobria seu corpo e o corpo da Hinata se dissipou.

— Hinata-hime! — chamou por ela em um sibilar, mas a mesma não respondeu e, segundo a respiração dela, que agora se encontrava mais ritmimada e serena, Naruto concluiu que a amada já estava melhor e que o sono dela estava um tanto profundo para que ele a tentasse acordar.

E mesmo que não estivesse tão profundo, o loiro preferia ver a namorada dormindo no momento. Não muitos minutos depois, os olhos dele também cobraram seu preço e o peso dos mesmo os fizeram se fechar sem notar, pois ele não dormia de fato desde que saiu de Konoha a um dia e algumas horas.

Algum tempo depois, dois pares de olhos azuis se abriram de forma renpentina, sendo que no mesmo milésimo de tempo, uma kunai saiu da direção do futon onde Naruto e Hinata estavam dormindo, só parando quando alcançou a parede perto da porta. Naruto se ergeu rapidamente, sem acordar a namorada, rodeando os olhos safiras por todo o quarto, não achando nada de diferente e muito menos alguma figura viva.

Suspirou, esfregando os olhos.

O loiro havia jogado a kunai pois, mesmo dormindo, jurava que sentiu alguma presença no quarto da amada, por isso jogou a kunai na direção de onde estava se sentindo observado. Entretanto, a ferramenta ninja seguiu seu caminho para parede, mas mesmo assim, Naruto estava se sentindo observado e já ia entrar no modo sennin para verificar isso, quando a porta foi-lhe batida por alguém.

— Eh..., talvez eu só me esteja enganando. Aqui dentro tem muita gente, é normal que sinta presenças.  — se levantou e foi em direção a porta.

Arrastando o mesmo, o Uzumaki deu de cara com alguém que não esperava que fosse. Na verdade, Naruto foi apenas abrir a porta sem cogitar quem pudesse estar do outro lado, agora vendo o homem com o cenho em questionando direcionado para ele.

— Eu pensei que aqui fosse o quarto onde Hinata-chan está hospedada! — Assim que ouviu tal frase, o corpo do Uzumski retresou, junto aos olhos e a boca que se abriram em choque. E do choque veio o constrangimento que o fez se encolher e abaixar o olhar.

E baixo, sua voz não saiu mais do que um sussurro.

— Yurinojo-niichan... Por favor!

Se foi suplica ou não, o moreno apenas entendeu que era pra esquecer isso, e apenas dizer o que foi lá fazer. Sendo assim, ele se fez de esquecido.

— Haruna quer saber se a Hinata-chan está boa pra poder ir jantar. — o loiro ergueu o olhar, sorrindo, mesmo que ainda sem graça pelo momento anterior.

— Iie... A Hina está dormindo.

"Hina?" O mais velho não deixou de reparar em tal intimidade no apelido. Deu de ombro.

— E você?

— Vou ficar aqui até ela acordar —  com tal resposta, Yurinojo levou a mão ao queixo pensativo e deu as costa, apenas dizendo.

— Entendo... Eu trango o jantar de vocês.

Naruto nada respondeu. Somente ficou parado vendo o homem desaparecer a cada passo e, quando não mais o viu, apenas fechou a porta, e nele se encostou ao suspirar de alívio.

Eh... Concluiu que as pessoas do país do vegetais não são tão intrometidas quando o Mui. Sem olhar, esticou a mão esquerda a parede, tirando de lá a Kunai, a guardando segundo depois.
Após isso, se sentou em seiza a frente do futon, assistindo Hinata dormir, atento a qualquer reação dela.

O que Naruto não percebeu, foi que cometeu um erro grave em não ter olhado para Kunai que guardou e muito menos para parede onde ela foi fincada.

A mancha vermelha o faria ter uma abordagem diferente. Este foi um erro que talvez fosse pagar caro.

A autora aqui não faz ideia.


Notas Finais


Bem, o que acharam desse capítulo?
Tenho certeza que a minha forma de escrita mudou, mas espero não ter perdido a essência dessa fic, que supostamente é pra ter momentos muito kawaii e engraçados, mas também momentos tensos.

Espero a vossa opinião
Bjs


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