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História Conta Comigo - Sinto muito!


Escrita por: Yoniet

Capítulo 30 - Sinto muito!


Fanfic / Fanfiction Conta Comigo - Sinto muito!

Poucos minutos ou muitos, não fazem diferença para os alunos quando estes estão entediados na sala de aula. Naquela manhã não foi diferente. Faltando em torno de 30 minutos para finalizar as aulas, foi pedido para que os alunos descrevessem como eles viam a politica do país e como afetavam a sua cidade.

         - Como a aula está terminando vocês podem me entregar semana que vem. Mas nada de duplas ou mais entenderam? Quero a opinião individual. Isso não impede que vocês discutam entre si o assunto, mas o importante é cada um analisar a partir do seu próprio ponto de vista.

         Alguns alunos conversavam entre si, outros já estavam escrevendo. A maioria se baseava no que havia sido discutido em sala de aula anteriormente. Enquanto Ellie se concentrava ouviu alguém assoviando atrás dela. 

Essa melodia de novo! Ela é tão linda e confortante! 

Ellie tentava se concentrar no exercício.

Ele a assoviou várias vezes nessa semana, porém, não consegui ainda ver quem é. Ela é tão suave!

Ellie então pegou seu celular e disfarçadamente tentou pelo reflexo da tela tentar ver quem assoviava.

Da ultima vez os dois estavam de costas para mim.

Conseguiu focar primeiro em Castiel. Castiel mantinha a expressão “posso dar o fora daqui?”. 

Hum. É. Pela sua cara não é ele.

Ellie mexeu algumas vezes o celular e não conseguiu ver Lysandre. Ela mudou a sua posição e então o viu. Ele estava olhando para o nada, um de seus braços dobrado apoiado sobre a mesa, mantinha seu rosto firme e um olhar fixo. Ellie o observara por alguns segundos. Seus gestos eram como o de Klaus assoviando a introdução de “Wind of Change”. Viktor conseguira um encontro de alguns minutos com um dos maiores ídolos, tanto dela como de seus amigos. E Klaus, é claro, não negou aquela apresentação exclusiva para o quarteto enquanto estava sentados na mesa do seu camarim.

Foco no exercício Lizie! Ou foco nessa melodia? 

Deitou seu celular sobre a mesa com um meio sorriso e fechou os olhos curtindo aquela melodia. O tempo passara e ela nem percebera.

         - Ellie! A aula já acabou. Vamos? – Rosa chamava sua irmã próximo ao seu ouvido.

         - Hã?

         - Estava dormindo aí é?- Rosa sussurrou e riu.

         - Não. Estava meditando! – Respondeu ironicamente. Sentiu sua cadeira se mover. Era Lysandre quem se levantava para deixar a sala.

         - Te espero lá fora. – Ellie assentiu enquanto guardava suas coisas. Ao se levantar, olhou para a sala e percebeu que estava sozinha. Olhou para a mesa se certificando que não se esquecera de nada. Deu um passo para trás olhando embaixo da mesa quando sentiu que seu pé batera em algo. Virou-se e ao olhar para o chão encontrou um bloco de notas. 

Já vi esse bloco em algum lugar. Pensa garota, pensa... 

Enquanto ela pegava o bloco de notas e deixava a sala de aula, cantarolava a canção tão bonita que ouvira Lysandre assoviando.

*******************************

Crystal estava entretida finalizando o almoço quando sentiu dois braços entrelaçarem a sua cintura. Deu um grito tão alto que poderia acordar meio quarteirão, ou quebrar vários copos.

         - Calma Crys! Sou eu. Phill! – Phillipe a virou para si tentando acalmá-la. Pousou sobre ela um olhar preocupado e carinhoso.

         - Phill! Assim você me mata do coração. – Crystal sorria. Respirava com dificuldade. – Você chegou cedo.

         - Sim, um pouco. A reunião acabou mais cedo. Aproveitei para vir matar a saudade. Já que estamos sozinhos, sem crianças...- Phillipe a olhava maliciosamente.

         - Hã? Estamos assim a semana inteira! Mas você é cara de pau mesmo!

         Eles riram enquanto Phill a ajudava a levar as coisas para a mesa e poderem almoçar.

         - Crys! O Leigh me ligou essa manhã. Ele disse que os seus pais virão passar o final de semana com eles aqui na cidade.

         - Que legal! Estou com saudades deles mesmo. – Crystal interrompeu a arrumação da mesa para expressar sua alegria. – Estava pensando em planejar de irmos visita-los.

         - Saudades? Nós os vimos faz umas três semanas! – Phill ria da alegria expressa no rosto de Crystal.

         - Ah! Eu sei. – Crystal voltava a preparar a mesa. – Eu gosto tanto de conversar com a Joseane.

         - Eu sei, meu amor, eu sei! – Phill revirou seus olhos. – Principalmente na hora de se despedir né?

         Os dois riram alto. Era sempre assim. As duas conversavam por horas. Quando chegava a hora de se despedir lembravam ainda mais de coisas para conversarem. Uma despedida que gasta no máximo uns dez minutos, para elas era quase uma hora.

         - Leigh vai busca-los hoje a tarde. E combinamos que iriamos almoçar na casa deles amanhã. O sr. George quer resolver algumas coisas no banco. Leigh virá com ele amanhã. Ele vai pegar a Rosa como sempre para acompanhá-lo na loja e eu vou com o seu George no banco para resolver as coisas. Pelo que me lembro não será demorado tá bem? – Olhou para Crystal que sorria para ele.

         - Está sim! – E um brilho estranho surgiu em seus olhos que fez com que Phill ficasse temeroso. – Não me olhe assim. Só me veio na cabeça que amanhã poderei ter um programa com a Ellie. Só nos duas. Preciso planejar algo para fazermos.

         - Ah! Fiquei com medo desse brilho. – Riu para ela. – É o mesmo brilho que aparece nos olhos de Rosa, e normalmente são planos mirabolantes!

         - Não exagera Phill. – Eles riam. – Rosa só tem uma imaginação fértil!

         - É verdade! Em relação ao seus planos com Ellie, acho que a sra. Joseane já decidiu por vocês. – Crystal o olhou sem entender. – Ela disse que a sobremesa é por sua conta!

         - Legal! Vou convidar a Ellie para me ajudar.

         Terminaram de preparar a mesa e se sentaram. Phill na cabeceira e ela no seu lado esquerdo. Após fazerem os agradecimentos pré-refeição, Phillipe começou a devorar a comida. 

- Phill, o que acontece? – Crystal olhou para o seu noivo, preocupada. Phillipe quando preocupado ou muito ansioso se alimentava rapidamente. Nos dias em que ele se sentia bem, suas refeições decorriam em torno de meia hora. Tenho que apreciar o sabor dos alimentos! Era como costumava justificar as suas delongas com um enorme sorriso. Crystal colocou sua mão sobre seu antebraço.

Phill parou, levantou seus olhos de prato voltando-se para Crystal.

         - Estou preocupado. Eu sinto que Elizabeth me esconde alguma coisa. Além dessa história meio esquisita de ela querer trazer um amigo do orfanato. Eu não sei. Mas acho que tem outra coisa no meio disso tudo.

         - Ela volta essa noite. Você poderá conversar melhor com ela. Talvez ela não quis dizer mais nada por estarem no restaurante.

         - Fez uma semana que ela está aqui. Lucia não ligou nenhuma vez. Tenho a impressão de que Lucia nem tem ideia que Ellie está aqui.

         - Será Phill? Talvez ela tenha ligado somente para Ellie.

         - Não sei. As poucas vezes que fui visitar Ellie e saíamos para passear, Lucia ligava de hora em hora. – Phillipe suspirou. – Está faltando muitas peças nesse quebra-cabeça.

         Crystal se levantou, foi até seu noivo, por trás de Phill passou seus braços em torno de seu pescoço cruzando-os próximo ao seu peito. Depositou um beijo em seus cabelos e apoiou seu queixo em sua cabeça.

         - Por que você não liga para Lucia? – Crystal lançou a pergunta com um frio na barriga. Não era algo que ela gostasse, mas querendo ou não, Lucia era a mãe de Elizabeth. E tudo o que fosse pertinente a ela, teria que ser tratado entre seu noivo e a ex.

         - Não sei. Isso passou pela minha cabeça, mas não acho que conseguirei ter uma conversa sadia com ela, não nesse momento. – Phill acariciava os braços de sua noiva com suas mãos. Crystal era o seu porto seguro. Era tudo o que ele precisava. Como os poetas dizem: “Ela é o ar que eu respiro!” – Não sei se devo questionar ou não a minha filha. Não sei se devo esperar pelo tempo dela. Ah! Não sei o que fazer!

         - Calma meu amor! – Crystal se assustara com os movimentos dele. Phillipe havia desentrelaçados os braços de Crystal, e segurava sua cabeça entre suas mãos com os braços apoiados sobre a mesa. Ela então massageava seus ombros. – Não fica assim. Aos poucos ela irá se abrir. Tenho certeza disso. Ela só tem que se acostumar.

         Crystal se sentou ao lado dele. Afastou as mãos de Phill de seu rosto. Segurou entre suas mãos o rosto dele virando para ela. Sorriu para ele.

         - Você pode estar fazendo tempestade em copo d’água! Dê mais um tempo para ela. Você vai ver. Foram apenas dois dias e uma hora que vocês ficaram juntos. E nesse tempo Rosa a roubou de você várias vezes. – Ele sorriu para ela. – Isso! Adoro esse sorriso. Agora vamos terminar de comer.

         Phillipe acariciou a bochecha de Crystal. Como eu amo essa mulher! Deu um beijo demorado em sua testa. O que eu faria sem ela na minha vida? Olhou para sua amada.

- Eu já te disse que hoje que te amo? – Crystal pensou, pensou. Levantou-se novamente. Olhou para ele e respondeu.

         - Disse sim! – E sentando em seu colo cruzando seus braços no pescoço de Phill completou sorrindo. – Não me importo em ouvir de novo.

******************************

O refeitório estava cheio quando Ellie chegou para almoçar. Enquanto se servia, seus olhos cruzaram com alguém que a observava. Era Nina. Ellie deu um sorriso para a garota que a olhava triste. Ellie inclinou a cabeça e mexendo seus lábios perguntou sem emitir som.

         - O que foi? – Nina leu seus lábios. Entendeu o que sua amiga lhe perguntou. Suspirando respondeu da mesma maneira.

         - Sinto muito! – Nina baixou seus olhos e saiu com pressa. Ellie entendera a resposta, mas não compreendeu o porquê dela. Foi interrompida de seu transe.

         - Anda sua lerda! Não temos o dia todo aqui! – Ellie não precisava olhar para a dona da voz irritante para saber que era Ambre quem a acelerava. Respirou fundo e foi em direção a mesa onde Rosa acenava para ela.

         Ao se aproximar ouvia Castiel repreender o seu amigo Lysandre.

         - Mas você não esquece a cabeça porque está grudada hein?

         - É o seu bloco de notas de novo Lys? – Era Iris quem perguntava. Lysandre apenas assentiu com a cabeça.

         - Não adianta você falar assim com que ele Castiel. O Lys-fofo aqui é muito distraído! – Rosa tentava confortar seu cunhado, porém o complicava mais ainda. – Se ele é distraído assim agora imagina quando estiver apaixonado.

         Lysandre olhou para Rosa com uma das sobrancelhas arqueadas tentando a repreender pelo seu comentário um pouco evasivo, mas ela não olhava para ele, estava se acabando de rir junto com seu amigo ruivo e com Pryia daquele comentário que o deixara desconcertado.

         Ellie apenas sorria diante daquele comentário. Não fora tão engraçado para gargalhar, mas teve um pouco de humor. Deixava sua bandeja ao lado de Rosa que guardara o lugar para ela e se aproximou do rapaz de cabelos platinado. Foi por trás de sua cadeira. Aproximou-se um pouco para que somente ele a escutasse.

         - Uma hora ou outra seus segredos podem cair em mãos erradas. – Apresentou diante dele o bloco de notas perdido. Lysandre sentiu-se corar de leve. Ellie também estava corada. De onde ela tirara a ideia de fazer isso. Não podia sair dali, o garoto ainda não pegara o bloco de notas. Lysandre virou o seu rosto para ela. Coraram mais ainda. Estavam próximos um do outro. Em um reflexo Ellie se endireitou.

         - O-obrigado. – Lysandre segurou o bloco ainda olhando para ela. Sorriu de uma forma grata. Ellie corou mais um pouco. Que sorriso é esse! E esses olhos parecem me impedir de sair do lugar. – Onde o encontrou?

- D-de nada! Acho que você deixou cair enquanto guardava suas coisas. Estava ao lado da cadeira onde eu me sento. – Ellie sorriu e voltou para o seu lugar. É claro olhando para baixo. Não teria coragem de enfrentar os olhos de ninguém naquele momento.

         Aquele momento dos dois não fez com que os três amigos parassem de gargalharem pelo comentário de Rosa. Mas todos haviam reparado. Ellie estava sentada entre Rosa e Iris. Virou-se para Iris e sussurrou.

         - Preciso falar com você depois de comermos. É rapidinho. Pode ser? – Olhou para Iris esperando a resposta.

         - Pode sim. Aconteceu alguma coisa? – Iris sentiu que algo estava mudando todos os planos para aquele dia.

         - Mais ou menos. – Foi tudo o que Ellie disse. Foi a última frase que ela disse durante os 40 minutos que eles gastaram almoçando. Mais conversavam do que comiam.

         - Lys, o que Leigh queria falar com você? – Rosa perguntou para seu cunhado. Lysandre olhou surpreso para ela. 

O que era mesmo? Eu estava tão preocupado com a discussão entre Nathaniel e Castiel. Era algo sobre amanhã. Ooops!

- Não acredito! Lys você tem que ir ao médico. Vou falar com sua mãe sobre isso!...

Mãe? Ah! É isso! Lembrei-me! Rosália, o que eu faria sem você! 

- ...Você se distrai muito fácil... – Rosa continuava a falar e Lysandre a interrompeu.

         - Ele queria dizer que nossos pais virão esse final de semana. Ele vai busca-los essa tarde e por isso eu teria que dar um jeito de ir embora. E que amanhã farei companhia para a minha mãe.

         - Ah! Meus sogros estarão aqui! Que legal! – Rosa se empolgava de uma forma. Ela os adorava. Talvez porque eles a paparicavam demais. – Ellie, você poderá conhecer eles esse final de semana! E Lys, acho que Phill não se importará em te dar uma carona.

         - Não precisa Rosa. Eu o levo. – Castiel a interrompeu. - É mais perto para mim do que para vocês.

         - Obrigado meu amigo! – Lysandre o agradecia e esse revirava os olhos.

         - Não precisa dessas coisas, seu cabeça de vento!

*************************************

Não muito longe daquela mesa toda animada, Nina almoçava em silêncio. Tentava se concentrar em Tomás, lhe contando sobre muitas coisas. Ela não conseguia prestar atenção em nada. Só se sentia culpada. 

Eu não devia ter começado a escrever esses artigos. Só compliquei mais as coisas. Peggy é muito dura com suas palavras. Não foi nada daquilo que eu escrevi. Ela torceu todas as informações. 

Nina suspirou. Sentiu um toque em seu braço.

         - Está tudo bem Nina? – Nina levantou os olhos para Thomas. Ela não se cansaria nunca em olhar para ele. Amava como os seus cachos o deixava tão alegre. Seus olhos verdes a faziam sentir calma. Mas naquele momento nem seus olhos e nem sua presença a estavam ajudando.

         - Thomas eu posso pedir-lhe um favor? – Nina o olhou um pouco apreensiva.

         - Claro que pode! Estou sempre disponível para você. – Ele disse sorrindo para ela.

         - É... hum... Você pode me ajudar hoje à tarde? Precisava fazer umas coisas no computador, e não sou muito boa com isso. – Ela pediu um pouco envergonhada. A possibilidade de passarem a tarde juntos a deixava nervosa. Eles estariam próximos um do outro.

         - Estava nervosa só porque iria me pedir um favor? – Thomas a olhou divertido. – Como se você já não soubesse que não consigo dizer não para você.

         Nina se sentiu queimar diante dessa confissão. Olhou para o seu prato muito envergonhada. Só conseguiu sussurrar um obrigado, que se ele não estivesse próximo a ela, não seria capaz de ouvir. Ele sorria. Amava o modo como ela ficava quando estava encabulada. Sentia-se orgulhoso por ele ser o responsável pelo vermelho em suas bochechas. Gostava muito de Nina, e sentia que ela também gostava muito dele. Tinha esperança de algum dia eles serem mais do que amigos. Porém ainda era cedo. Precisavam se cativar um pouco mais. Quem sabe no próximo ano, ou no outro. Eles teriam mais idade. Saberiam melhor como se comportarem. Teriam que manter-se próximos, para que o tempo não fizesse desistirem um do outro.

Nina ainda estava receosa pela tarde que passaria junto de Thomas.  Pelo que muito que conhecia de seu amigo, essa tarde seria bem constrangedora. Sempre que ele ensinava algo para ela, não era que o fazia mostrando os passos para executar tal tarefa. Ela era quem fazia seguindo os seus comandos. E naquela tarde não seria diferente. E realmente não foi. Na biblioteca, na ala dos computadores, Thomas puxava uma cadeira para que ela se sentasse diante do computador, e puxou outra cadeira para que ele sentasse ao lado dela. Foram muitos os momentos em que puderam sentir seus braços se tocarem, a mão de Thomas sobre a dela guiando-a entre as figuras que ela procurava. As palavras com mais ênfase que ele a ajudava para que ela pudesse se expressar melhor. Isso a fazia sentir a sua respiração tão próxima a ela que sentia alguns arrepios. Sensações que ela gostara muito de sentir naquela tarde em um momento tão estressante.

Porém ela se esquecera de um detalhe. Antes de começar a escrever, virou-se para Thomas, pegou sua mão o encarando. Gesto que o deixou desconcertado. Nina raramente se expressava tocando nele.

- Thomas. Antes de começar a escrever preciso te contar uma coisa. Só peço que possa me perdoar e que guarde esse segredo comigo. – Thomas a olhou um pouco assustado. Preocupado também. O que Nina havia feito?

- Pode-me dizer Nina. Tentarei ser o mais justo possível. – E seu riso saiu um pouco mais alto do que deveria. Nina o olhou, seu rosto estava sério mas seus olhos mostrava que ela também gostou da piada.

- Tá. – Suspirou.- Thomas, o ultimo jornal que a Peggy escreveu, ela agradece uma pessoa pelas noticias.

- Sim? – Thomas a incentivou para continuar quando a mesmo havia parado de falar.

- Eu não queria que fosse daquela forma. – Algumas lágrimas começaram a descer em seu rosto. Sentiu os dedos de Thomas sobre sua face enxugando-as. – Eu só queria fazer algo diferente. Mas meti os pés pelas mãos.

- Nina se acalme. – Ela agora soluçava. – Respire fundo. Deixa-me ver se entendi. Peggy agradece alguém por tê-la ajudado com os artigos e noticias. Você queria fazer algo diferente. É você quem ela agradece?

Nina não se surpreendeu por ele ter entendido tão rapidamente o que ela queria dizer. Ele era esperto e inteligente. Duas das muitas qualidades que ela admirava nele. Agradecia a tudo e a todos por ter colocado Thomas em seu caminho. Mesmo quando ela tinha um amor platônico por Lysandre, Thomas foi o único que não a censurou. Eles eram parecidos quando estavam preocupados e eram educados, cavalheiros. Assim Thomas fez com que ela esquecesse Lysandre e escolhesse a sua companhia.

         - Nina! Eu... – Thomas não sabia bem o que dizer.

- Saiu tudo errado. Ela não mede as palavras. Acabei magoando um monte de pessoas. Elizabeth me apoiou nesse projeto. E ela foi a mais prejudicada da história.

         - Elizabeth? Não entendi.

         - Eu a conheci no vestiário. A única que me notou ali.

         - Hum. Entendo. E porque você me pediu para que te perdoasse?

         - Porque essa minha empreitada machucou as pessoas. O resultado representa aquilo que eu não sou. – Nina olhava para baixo.

         - Nina. Escute. Eu entendo o que você está sentindo. Orgulho-me por você reconhecer o erro que foi se envolver com isso. Entretanto, o pedido de desculpas não deveria ser feito para eles? – Nina olhou para ele.

         - É por isso que você está me ajudando. Eu vou escrever as minhas desculpas e entregar para todos. Como uma nota extra do jornal. Entendeu?

         - Ótimo! Mãos a obra então! – Sorriu para ela bagunçando um pouco seus cabelos. Ela retribuiu o sorriso e o abraçou sem pensar. – Nina!

         Thomas sussurrou o nome de sua amiga e a apertou em seus braços.

*******************************

Ao saírem do refeitório, Ellie e Iris caminhavam um pouco mais devagar que os outros. Em certa distância Ellie parou.

         - Iris. Eu estava pensando em uma coisa.

         - Ellie, por favor. Não vai me dizer que você desistiu. – Iris mal conseguira se alimentar direito com a simples ideia de Debrah voltar para o grupo.

         - O jornal Iris. Lembra? Fala de mim e de Castiel. Se vocês me escolherem as meninas não irão gostar da ideia. Seria como se vocês estivessem enganando elas.

         - Mas Ellie...

         - Olha, vocês fazem a audição. Se não der certo com nenhuma então eu faço o teste. De a chance para as outras primeiro.

         - Está bem. E olhando por esse lado você tem razão. Eu acabei antecipado as coisas só pelo fato de ver uma possibilidade mínima dela querer voltar.

         - Vai dar tudo certo. Tenho certeza.

         - De qualquer forma, você pode ver os testes. As meninas estarão lá.

         - Assistir eu irei sim. Estou mais que ansiosa para ver vocês se apresentarem.

         Sorriram uma para outra e foram se preparar. Os testes começariam naquela tarde.

 


Notas Finais


Mais um capitulo para vocês.
Espero que gostem!


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