História Conta Comigo - A caixinha

O amor entre os jovens é algo surpreendente. Acontece do nada e com uma intensidade muito grande. Algumas vezes os jovens são mais maduros que outros adultos em relação ao amor e relacionamentos. Porém outros casais, nem eles próprios sabem por que se tornaram um.

         Ninguém melhor que o Pequeno Príncipe para melhor descrever a felicidade entre um casal: “Tu te tornas responsável por aquilo que cativas”. Nathaniel deve ter lido esse livro muitas vezes, e ninguém melhor que ele poderia colocar tão em prática essa frase. Kate percebia isso e seria eternamente grata pela oportunidade que teve de reconhecer em Nath o seu amor.

Kathleen se sentia a garota mais feliz. Não sabia por que demorou tanto para aceitar que estava apaixonada por esse garoto que a tratava como uma princesa. Talvez essa fosse a razão, era tão surreal alguém como o Nathaniel, com seu jeito inocente e encantador. Ou será que seria por causa da sua ingenuidade? Em determinadas situações, ele era mais inocente do que ela. Mas a cada dia descobria que o amava ainda mais.

         Seus olhos se encontraram e o lindo casal sorria um para o outro, e sabiam que até aquele momento compartilhavam do mesmo sentimento. Ele tinha certeza que estava apaixonado por ela desde a primeira vez que a viu, entrando no grêmio toda atrapalhada. 

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Nathaniel estava concentrado verificando os vários papéis que a diretora havia lhe deixado para resolver naquele dia. Entre eles estava a inscrição de uma nova aluna, ela iria o procurar para assinar o documento. Como seria a nova estudante? Seria metida como sua irmã Ambre ou rebelde como a amiga dela a Debrah? Seria entediante como sua companheira de representante de turma Melody ou intrometida como a Peggy? Seria inconsequente como Rosália ou tímida como Viollete? Ou ainda descolada como a Kim ou simpática como a Iris? Ou simplesmente se tornaria indiferente como a Bia, Lym e Charlotte? Nathaniel não tinha certeza, mas esperava que ela fosse polêmica como a Pryia, a estudante que havia chego no segundo semestre do ano passado e causado problemas e situações constrangedoras com todo mundo. Em meio ao seu devaneio, ele se assustou com um estrondo dentro da sala do grêmio.

- Ai! Desculpa moço! Eu sou um desastre mesmo. Será que quebrou?

         Nathaniel olhou para aquela garota que em segundos conquistou seu coração e que seus olhos não conseguia desviar e soube que ele iria lutar para conquistá-la por todos os meios.

- Não se preocupe, é de plástico! – Ele lhe disse sorrindo, e ela envergonhada correspondeu com um sorriso tímido. – Em que posso te ajudar?

- Ah! Eh... Sou Kathleen, a nova estudante. Preciso encontrar o Nathaniel para poder assinar a minha inscrição. Você sabe onde eu o encontro?

- Sim. Na verd...

- Sério?! – Indagou Kathleen entusiasmada. – Pode me levar até ele? Ou me explicar para onde eu vou?

- Na verdade você está no lugar certo e falando com o Nathaniel a quem procura. – Respondeu ele rindo diante da euforia de Kathleen.

- Uau? Acertei de primeira? Inacreditável! Hum... Bem que me disseram que eu iria me surpreender com o colégio. Já estou vendo isso nos primeiros momentos aqui. E onde eu assino?

- Aqui.

- Obrigada Nathaniel.

- Você pode me chamar de Nath se quiser. Estamos na mesma turma, e acredito que poderemos ser amigos.

- Que legal! Já não me sentirei tão sozinha na turma. Ok Nath, se quiser pode me chamar de Kate.

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Agora ele via o mesmo brilho nos olhos de Kate, pois ela estava eufórica para saber sobre a surpresa que ele havia lhe preparado. Ele a iria surpreender. Primeiro a levaria até próximo a entrada principal. Ali havia umas poltronas confortáveis. Essa seria a primeira parte.

- Vamos nos sentar aqui um pouco Kate?

- Hum? Tá bem. Você está me deixando nervosa Nath. Você sabe como sou ansiosa.

- Calma minha querida. Tudo ao seu tempo. – Disse Nath beijando seus lábios em um beijo suave e apaixonante.

         Durante o beijo, Nath deixa uma caixinha no colo de Kate. Kathleen por sua vez sente algo cair em seu colo, porém não quer deixar os lábios de Nathaniel. Cada vez que ele a beijava a fazia desejar outro e mais outro. Só quando o beijo terminou foi que ela viu a caixinha em seu colo e olhou para Nath querendo entender o que estava acontecendo.

- Nath? – Curiosa Kate perguntou ao seu amor.

- Abra querida!

         Kate se sentia nervosa, curiosa, empolgada. Estava quase a gritar como sua amiga fazia em seus momentos-Rosa. Não curtia muito surpresas, mas vindo de Nath ela se sentia mais confortável. O que ele estava aprontando? Ele sempre aparecia com algo para ela, alguns mais caros, outros mais simples. O que seria dessa vez?

Nath por sua vez já não estava se aguentando, tamanha era sua ansiedade em saber se Kate iria gostar ou não. Ele pensava se estava indo rápido demais ou não. Se dependesse dele, eles já estariam casados. Infelizmente a vida não é tão simples assim, mesmo assim seus pensamentos sempre voltavam para o dia em que ele pudesse estar todos os dias com sua Kate.

         Ao abrir a caixinha Kate não se aguentou e deu um gritinho. Algumas pessoas que ali passavam se surpreenderam com o seu grito, mas ao verem o objeto em sua mão entenderam a cena e sorriram. Kate então fechou a caixinha e pulou no pescoço de Nath pegando-o de surpresa.

- Eu não acredito Nath! É linda! E deve ter sido caríssima         !

- Kate querida, já lhe disse para não comentar sobre valores. – Nath a repreendeu carinhosamente. – Só diga se gostou!

- Mas é claro que eu gostei Nath. Aliás, amei.

- Posso lhe fazer uma pergunta?

- Claro meu amor! – Respondeu Kate olhando-o carinhosa e apaixonadamente.

Nath então pegou a caixinha de suas mãos, ajoelhou-se diante de Kate, abriu-a, não tão delicadamente como Kate havia feito, mas com cuidado, retirou o lindo anel com pedrinhas que eram da mesma cor dos olhos de sua amada. Segurou a mão de Kate e colocou o anel em seu dedo. Olhando apaixonado nos olhos de Kate, Nath lhe perguntou:

- Kathleen, é... eu...

- Nath? Está tudo bem? – Perguntou Kathleen preocupada com o seu amor.

Natanael estava muito nervoso, como sempre ficava nos momentos importantes. Deu uma agitada em sua cabeça, como se tivesse limpando algo de seus cabelos.

- Shhh...! – Sussurrou Nath tocando os lábios de Kate com seu indicador. – Está tudo sim... Deixa-me fazer a pergunta.

         Kate sorriu para ele de uma maneira tão carinhosa que Nath se sente mais calmo e sem gaguejar fez sua pergunta:

- Kathleen, você aceita ser minha namorada?

         Kathleen olha para ele um tanto surpresa, sorri e responde:

- Claro que sim... Mas, Nath nós já somos namorados!

         Natanael contorna a face de Kathleen com seu polegar e diz:

- Eu sei. Mas precisava fazer isso da maneira tradicional.

- Tradicional? Você também irá pedir a minha mão para o meu pai?

- Sim! O que você acha da ideia? – Perguntou Nath sorrindo e se levantando, pois seus joelhos estavam dormentes. Iria ter que voltar a correr ou fazer algum exercício físico.

- Hahahahaha! Papai vai te matar!

- Hã?! – Questiona Natanael bem preocupado agora. – Mas já conversei com ele várias vezes e ele não me maltratou.

- Bem... É que ele não sabe que estamos namorando.

- Hum! Por isso mesmo é que temos que falar com ele. Vamos fazer isso da maneira certa. Você concorda?

- Ai Nath! É por isso que te amo. – Kate enlaçou seus braços em torno do pescoço de NAth. -Você me faz sentir a mulher mais feliz desse mundo. Você me trata tão bem! Não sei se mereço você.

- É claro que merece Kate! Somos um pouco diferentes, e é assim que completamos um ao outro.

         E novamente o casal apaixonado encontram os lábios um do outro com um beijo, apesar de longo, carinhoso. Um beijo que os faziam mais apaixonados do que já estavam.

         Esse tipo de comportamento em lugares públicos pode causar alguma situação indesejada. Era o que um par de olhos estava vivenciando naquele momento ao observar o casal apaixonado. Uma coisa havia de diferente nesses olhos, o brilho que neles estavam não era de amor ou de admiração, mas de ódio, um olhar com sede de vingança. O casal apaixonado não tinha espaço para prestar atenção a esse par de olhos e nem imaginava o que iriam enfrentar nos próximos dias, nem sequer estavam se preparando para tais acontecimentos.