Por Yahiko.
Você sabe que é um mane em escala maior, mas não está preparado pra trombar com uma estranha misteriosa que topa falar com você no anonimato e ela ser a merda de uma médica linda especialista em cuidados paliativos. Joguei pedra na cruz, só pode irmão.
Descobri isso de cara quando a vi novamente no aeroporto, cabelos roxos, não era algo tão fácil de se encontrar por aí. Aí de quebra o registro do seu livro e na mesma biblioteca que frequento, as iniciais do usuário dela remetem a : KONAN. Estava me saindo mau de mais, não queria que ela descobrisse isso tudo nesse lugar paradisíaco e por cima que estava com um pé dentro da cova.
Minha baby era médica que cuida de mortos, em especial pessoas como eu, que já sabem que vão morrer, qual a finalidade disso?
O problema é que justo hoje,não estava legal, sentia um desconforto incomum, estava afim de surfar e ver a mulherada.
Ino era minha amiga e a maioria das pessoas achava que isso ia além, na real já fomos além mas não iríamos estragar uma amizade como a nossa, e prometemos não reviver mais esses momentos. Foi graças a Ino que conheci Konan aquele dia na biblioteca, só essa ameba linda e loura pra deixar seu login aberto.
Tomei um calmante que Kakuzu tinha conseguido, as vezes a dor se tornava mais forte do que o eu conseguia suportar.
Sai de bermuda e chinelo, ao lado do Eddie Gein, o sol já estava caindo e a temperatura era menos infernal.
No final da passarela de madeira que interligava as cabanas vi a baby uva de maio branco, toda branquela enquanto Hidan a encorajava subir no jetski com ele.
Kakuzu — Ele também tá afim dela, mas não acho que vá rolar.
Yahiko — Qual é cara? Ele é bonito, médico e sarado.
Kakuzu — Sou amigo dos dois, que vença o melhor. — O retalho ambulante parou atrás dos dois, quando a uvinha me viu quase se jogou nos meus braços para retirá-la dali.
Hidan — Poôh Konanzinha, tu não disse que ia comigo ?
Konan — Eu acho que o Kakuzu vai adorar ir no meu lugar.
Hidan — Vou seguir carreira solo, tô fora de andar com ele grudando nas minhas costas.
Kakuzu — Olha o sabonete ali. — E ele caiu, todos não conseguimos aguentar e soltar a gargalhada. A galera entendeu a referência na hora. Hidan saiu acelerando e jogando água pra todo lado.
Konan era uma fruta, porra, linda, suculenta, brilhosa e doce, eu acho.
Fomos para uma espécie de tenda, com sucos e bebidas exóticas, fui de água com sabor de um peixe, poise, nunca achei que beberia algo assim e de início achei nojento, mas qual é? Eu posso morrer sem provar isso. Ino vinha marchando como se tivesse se segurado para não se cagar.
Yahiko — Qual foi?
Ino — Vai te um belíssimo desfile com roupas artesanais hoje a noite.
Yahiko — E ...?
Ino — A namorada do Kakuzu não me contou, só que lá já estava inscrita. Eu vou ir.
Konan — Acho que você vai se sair muito bem Ino.— Era disso que eu gostava da baby uva, sempre tentava ajudar e encorajar, não era nem de mais nem de menos, só que inacessível para um mero mortal como eu.
Ino — Vamos comigo Konan?
Konan — Não, definitivamente isso não tem como acontecer. Ino, olha pra mim.
Ino — Por que estou te olhando e que tenho certeza do quão linda você é, por favor, apoio moral?
Kakuzu riu e bebeu alguma coisa verde.
Kakuzu — Ela não vai conseguir dizer não, quer apostar?
Yahiko — Qual foi Konan, tem medo do mar e agora das passarelas? Tem certeza que é médica ? Ou comprou o diploma. — Recostei meu corpo na cadeira e desviei meu olhar, foi por pouco que não terminei o resto de minha vida ali. A uvinha se ergueu e bateu a mão na mesa fazendo os copos tremerem.
Konan — Pegue sua câmera, pois vou ensinar para a Sakura como desfila seu abusado.
Deidara — Uuuuuh! Gostei de ver, eu também vou desfilar, estavam precisando de modelos bonitos.
O maluco era assim, surgia do nada e quando você menos espera some.
Ino — Você? Desfilando? Sério? — Não era só eu que tinha notado a tensão sexual dos dois, Konan me olhou como se perguntasse “Você viu isso, não viu?” Precisava deixar mais claro, que assim como ela estava com um amigo, eu também.
Deidara — Cuidado Ino, faço coisas que você nem imagina. — E deu uma piscadela para ela que corou.
Kakuzu — Vão transar logo, minha cabana tá livre. — Retrucou.
Yahiko — Na nossa cama nem pensar, não quero esse cheiro de colônia barata. — Konan estralou os olhos e estava corada com a conversa, nem parecia uma adulta, confesso que gostava de ver ela tímida, mesmo sendo séria na maioria das vezes. O Eddie me olhou e depois pra ela, bufou e pistolou muito.
Kakuzu — Yahiko e Ino são como você e Hidan. — Não nos demos conta que os dois cabeludos saíram, Deidara era de dar sumidão e pelo jeito ensinou a outra.
Konan — Ah entendi, que alívio. — Que alívio por quê baby? Não teve como deixar passar essa, eu tinha dois estados de espírito perto daquela mulher, me sentir péssimo por estar morrendo e por ela ter pena de mim e outro que era de explorar aquela boca é só Deus sabe onde nós iríamos terminar.
Yahiko — Alívio é?
Konan — Dizem que o corno é o último a saber.
Caralho, por essa eu não esperava, nem ninguém.
Parece que o horário do desfile era as 21:00, Konan ficou conversando comigo depois que Kakuzu saiu atrás da Carminha dele, rezei para que ela não tocasse naquele miserável assunto que todos insistiam em falar: doença.
Konan — Não sou boa com palavras e em fingir, acabei sabendo e não culpe Hidan por isso, obrigada pelas frutas.
Yahiko — Tranquilo.
Konan — Bom, vamos? Eu preciso ver como vai ser esse desfile, espero que eu sobreviva. —
Como é? Só isso? Ela não vai passar algum sermão, ainda mais vindo de uma médica. Sem papo motivador nem nada, levantou e ficou me esperando, irmão, essa mulher é uma caixinha de surpresa. Será mesmo que ela não se ligou que sou eu?
Hidan parecia um pinto quando chegou no meio do aglomero, cheio de pomada branca e a única coisa branca eram os cabelos.
Hidan — Tô assado até no meio do meu ...
Sasori — Ninguém quer saber disso. Vamos ver as meninas. — Estava vestido do mesmo jeito, com minha máquina suspensa no pescoço. Sasori tava bem interessado no desfile parece.
Kakuzu veio com as bebidas e conseguimos um espaço melhor depois do loiro aparecer com pulseiras nos avisando que como “éramos” fotógrafos poderíamos ficar próximos.
Não tinha visto as meninas ainda, mas Deidara parecia a própria Carmen Miranda, bermuda com estampas de frutas e uma regata de crochê cheia de conchas e coisas do mar, não teve como passar, tirei uma foto e depois Sasori pegou dois cocos e ergueu na frente do loiro, imitando peitos, Kakuzu de um lado Hidan do outro pegando e lambendo o rosto dele.
Deidara — Vocês acham que sou o que? Uma piada?
Sasori — Como se fosse morrer por isso.— De verdade, não senti como se me machucasse, mas eles sim, me olharam e depois desviaram. — Foi mau cara.
Yahiko — Desencana, vou deixar minhas fotos pra vocês lembrarem de mim.
Hidan era uma flor, apertava os lábios, colocava as mãos em forma de xícara e quase ia chorando. — Você é médico mesmo porra?
Kakuzu deu um tapa nas costas queimadas e começaram discutir, o modelo oficial da noite saiu e luzes se acederam.
Um homem falava a língua local fiquei a postos esperando até que ela aparecesse.
Primeiro vejo a Carminha com os cabelos rosas usando um biquíni que eu diria ser da Vilma dos Flintstones, a mulher requebrava muito, peguei o pinto queimado olhando ela e aposto que se não foram pro abate, iriam.
Depois outras duas mulheres que não sei quem eram, até que surgiu a Ino e minha baby, disparado elas chamarão atenção. Konan usava um biquíni muito mas muito, meu estilo, mas qual é? Tudo nela era meu estilo, as peças de artesanato eram feitas de alguma planta pois eram trançadas e a Ino usava um vestido que julguei ser tule, ou seja lá como mulheres chamavam, azul.
Konan estava tímida mas sorria, empurrei Sasori para pegar o melhor ângulo e ela notou, a minha uvinha. Mordi meu lábio, ela passou e não acreditei, mas ela rebolou? Ela sabia que eu ia ver, por que eu tava ali.
Por garantia e por babaquice tive que confirmar.
Kakuzu — Eu vi, devo ter bebido de mais ou abduziram a Konan.
Ela me jogou querosene e eu tô indo com o isqueiro baby.
Não esperei esse desfile acabar e sai derrubando quem estivesse na minha frente, posso morrer mas essa mulher não me tratou com pena e rebolou pra mim e eu vou atrás dela.
Não foi um rebolar tradicional, foi exclusivamente para mim, como se ela tentasse me seduzir mal sabe ela que eu já estou seduzido desde que ela me mandou aquela SMS sem eu nem saber quem era.
Entrei na tenda e ouvi a conversa das duas.
Konan — Você acha que eu exagerei?
Ino — Não e ele deve ter notado por que você foi direta.
Konan — Ele é muito bonito, mas não temos nada em comum, ele é diferente de mais. Nunca me imaginaria com alguém como ele. —
Ela estava falando de mim? Tem que ser.
Sakura — A real é que acho que vocês não combinam , você é demais pra ele, o que você disse mais cedo pode até ser, mas sem futuro.
Algumas coisas me machucaram depois que descobri essa doença e sempre levei de boas, por que eu queria aproveitar e usufruir da vida, mas as vezes a realidade é mais venenosa.
Sakura tinha razão, que futuro? Nenhum, que panaca, claro que não foi pra mim. O que uma mulher como essas iria querer comigo? Eu não abriria mão do meu estilo, ela é médica e provavelmente quer uma família e algo estruturado, já eu se tivesse tempo queria continuar correndo o mundo e colecionar aventuras, seria hiprocrisia se disser que não queria um filho em algum momento.
Deidara surgiu e me pegou no flagra.
Deidara — Entra aí, vamos lá comer uns petiscos.
Yahiko — Não tô legal cara, tô indo nessa, avisa o pessoal que não me senti bem.
Deidara — Eu te conheço verme, tá mentindo. Nunca vi você confessar que tá passando mal, rolou algo com ela não foi?
Yahiko — Tô afim de ficar sozinho, fui.
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