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História I Promise, You'll Never Be Alone. - A princesa e o menino


Escrita por: NicksAli

Notas do Autor


NOVIDADES
Temos trailers dessa fic. Não sei se vão gostar por isso aqui estão, se gostarem me avisem os nos comentários ou de Like kkkkkkkkk

atualizada 01/11/2019

Capítulo 3 - A princesa e o menino


Fanfic / Fanfiction I Promise, You'll Never Be Alone. - A princesa e o menino

Gancho sobe uma escada de madeira ao lado de sua cabine, seguido pelo senhor Smee, querendo encontrar a posição dos inimigos para contra atacar de uma forma mais eficaz e sem danos a tripulação ou a embarcação, Nicolle estava indo atrás dele, mas Thomas a segurou pelo braço impedindo que ela prosseguisse, o que a deixou irada.

- Precisamos ajudar eles – Disse ela tentando se libertar do braço que a continha – Me solta agora

- Não, as senhoritas vêm comigo – Ele a puxa e por mais magro que parecesse ele era forte, pois não parecia se esforçar muito para puxá-la para onde queria - O capitão deu ordens para que as levasse para um lugar seguro e é isso que eu vou fazer – Ele as levava em direção contraria a escada do capitão.

- Mas...- Ela hesitou e ele complementou olhando no fundo dos olhos dela que a deixou quase sem ar, assim como Gancho os olhos castanhos de Thomas contava uma história.

- Não temos tempo para discussões no momento – Ela confirma com a cabeça apenas para que ele se afastasse dela, então Thomas abre o que parecia uma porta pesada, então olha para as duas – Vamos não temos tempo a perder

- Vamos – Letícia caminha para onde Thomas estava apenas aceitando que ele as levaria a um lugar seguro, mas Nicolle permaneceu parada olhando para ambos com sua sobrancelha esquerda erguida.

- Não antes de saber o que está nos atacando – Disse Nicolle firmemente olhando para Thomas.

- Vamos entre logo, quando estivermos protegidos lhe conto tudo o que vocês quiserem saber – Thomas se aproxima de Nicolle o suficiente para que ela sentisse a respiração dele próxima a ela o que a fez recuar, não entendia por que todos queriam estar próximos dela.

- Está certo, mas não se aproxime de mim desse jeito, nunca mais – Nicolle a contra gosto, caminha até onde Letícia estava os esperando com medo em seu olhar.

Estranhamente aquele corredor escuro que sucedia a porta pesada era familiar para Nicolle, como se já estivesse estado lá em algum momento, mas não se lembrava, o rum ainda estava fazendo efeito. Ele as leva para a biblioteca, onde Gancho havia mandado prender a Nicks antes, as recordações voltaram a sua mente, agora sabia o porquê não poderia ser escutada por ninguém, essa era uma cabine com isolamento acústico para quem estivesse lendo tivesse o total silêncio para tal ato, o que a deixou nervosa ao saber, Thomas parecia ainda mais nervoso com a situação que Nicolle.

- Espera já estive aqui antes – Nicolle olhou em volta, se virou para Thomas que estava tentando trancar a porta, mas com o desespero ele deixa as chaves caírem pelo menos umas três vezes

- Sim foi aqui que o Capitão deu ordem de te prender, aqui é a única cabine que é impossível a entrada ou saída de som, por isso o capitão colocou a biblioteca aqui – Finalmente consegue trancar a porta o que o faz suspirar aliviado - Agora estamos seguros – olha para Nicolle que o encarava.

- Já que supostamente estamos seguros, o que está nos atacando mesmo? – Nicolle questionou com seus braços cruzados na frente de seu corpo com uma expressão que sugeria estar decepcionada com ele, enquanto parecia confrontar Thomas que recuperava seu fôlego apoiado na porta, evitando o olhar para ela.

- Pan – Thomas respondeu de forma simples o que a fez rir, Letícia olhou para Nicolle, sem entender o motivo dela estar rindo, já que Thomas estava igualmente confuso.

- Quem? – Nicolle ria como se fosse piada, enquanto Letícia parecia acreditar em Thomas, não tinha motivos para negar-se a isso.

- Peter pan, ele é o pior cara dessa região – Thomas parecia incrédulo sobre a falta de senso de Nicolle, mesmo que ela não fosse à culpada por não conhecer a situação

- Olha eu sei que o Pan cortou a mão do seu Capitão e deu para um crocodilo de brincadeira, mas isso é ridículo – disse Nicolle percebendo que Thomas se negava - Está querendo que eu acredite que estamos nos escondendo dos meninos perdidos e do Peter Pan? – ela estava indignada com a constatação de Thomas.

- Exatamente – Thomas a olhou de forma fria, esperando que ela entendesse a seriedade da situação em que estavam.

- Me poupe, eles são apenas crianças – Nicolle pega a espada do cinto dele que curiosamente ele não pode deter - Eu vou salvar todo mundo deste grande mal – disse de uma forma irônica indo em direção a porta.

- O que vai fazer? Bater neles até dizer chega – Letícia entrou na frente da porta para impedir que ela saísse – Não pode sair dessa forma e você está sangrando – Letícia olha para um pouco de sangue que se acumulava.

- Ah isso não é nada, deve ter sido na hora que eu cai em cima do Gancho – Thomas e Letícia deram uma risada enquanto Nicolle não entendia a graça

- Então, por que estava em cima do Capitão mesmo? – perguntou Thomas dando uma risada de canto de boca

- Não tenho tempo para esse tipo de coisas – Nicolle cora ao olhar para Letícia e Thomas na frente da porta rindo – Melhor sair da minha frente antes que eu arrebente o que vocês chamam de cara

- Não posso deixar você sair daqui desculpa – Thomas parecia enfrentar ela, enquanto olhava pela janela, Nicolle se aproxima dele com a espada em mãos – Ordens do Capitão?

- Não faça isso Nicks – Pediu Letícia segurando o braço dela – Você ta machucada e não vai conseguir muita coisa indo lá

- Você pode ficar aqui se quiser, mas eu não vou deixar crianças me fazerem ficar escondida feito rato – Põem a espada de Thomas no pescoço do próprio sem que o machucasse, mas o ameaçava – Se não sair da minha frente vou derramar mais que sangue de fada

- Não faça isso – Thomas sai do caminho – Mas saiba que estará me colocando em sérios problemas

- Não ia te machucar – Ela destranca a porta – Deixa que depois me resolvo com seu capitão sobre isso.

Ela apenas sai sem pronunciar mais nenhuma palavra, Letícia olhava para a porta, algo estava diferente em sua amiga, algo brilhava dentro dela, uma determinação, algo que poderia a colocar em perigo, Letícia apenas saiu de seu devaneio quando Thomas resmungou algo.

- O capitão não vai gostar nada disso, sua amiga é cabeça dura, assim como o Capitão! – Ele estava olhando para a porta como se Nicks fosse voltar e salvar sua pele da prancha ou coisa pior, mas Letícia por outro lado ficou com a frase na cabeça “Sua amiga é cabeça dura, assim como o Capitão”

- Você não deveria ir atrás dela? – Letícia perguntou para Thomas, mas sem o olhar - Não tem medo do que o Capitão vai dizer se alguma coisa acontecer a ela lá?

- Não posso preciso proteger pelo menos uma de vocês, além disso, ela foi por vontade própria não pude fazer nada para impedir depois que ameaçou me matar – “Mas bem que eu poderia trazer ela e amarrá-la”, pensou ele enquanto Leeh tentava entender o que levou Nicolle a cometer tal ato e ainda ouvia ao fundo a frase de Thomas “Ela se parece com o Capitão”.

- Isso é extremamente covarde, mas não te julgo por isso, acho que nenhum menino perdido vai nos encontrar aqui – Disse sentando na cadeira junto à mesa, Thomas fica corado - Eu posso confirmar sua história de não poder segurar ela, mas ela não tentou te matar – Quando leu o livro sobre navegação, viu que na ultima página tinha uma dedicação para o Gancho “Sei que conhece muito sobre tudo, mas se um dia se perder, lembre-se que poderá voltar para mim a qualquer momento – Milah” - Tive uma idéia

- Não me diga que quer ir lutar também? – Disse Thomas a olhando então ela o chamou para mais próximo dela.

- Como não percebi isso antes, como pude não perceber algo tão claro na minha frente – Letícia olhou para os olhos castanhos de Thomas - Acho que eu tive uma grande idéia para resolver seu problema com o Capitão - Olhando o livro que Nicolle lia enquanto estava presa era a chave de tudo que poderia acontecer - Seu capitão já tem uma namorada?

- Não que eu saiba, a última que ele amou, foi a Milah... – parecia se recordar de maus momentos – Foi à vez que eu mais vi furioso... – perdido em alguns devaneios retorna ao perceber que Letícia o olhava com um sorriso e uma determinação em seu olhar - No que está pensando? – Thomas realmente não pensava onde Letícia poderia chegar com aquela informação, isso poderia fazer sua ida à prancha ser mais rápido que o possível.

- Vamos juntar o útil ao agradável – Letícia sorriu para ele enquanto folhava o livro que Nicks tinha lido mais cedo – Nota algo aqui nestas páginas? – mostrou uma página que tratava de astronomia, mas especificamente uma curiosidade sobre astronomia – Sabia que podemos fazer com que os dois fiquem juntos? – Thomas responde que não e se aproxima da mesa onde o livro recostava.

“O amor é a força natural mais forte que pode ser intensificada e quebrar até a pior das maldições, Eros como um lembrete aos humanos, ele os faz apaixonar-se, segundo a lenda, para escapar de Tifão com Aphodite, sua mãe, eles se transformaram em dois peixes, representados pela constelação de peixes, quando essa está no céu juntamente com a lua cheia o amor floresce”

- Isso é a solução que achou? – perguntou Thomas olhando diretamente para os olhos dela

- Eu conheço bem as reações exageradas de Nicks e sei que todo o ódio que parece ter pelo capitão pode ser amor reprimido

- Então vamos juntá-los? – Perguntou Thomas agora perdido em seus próprios pensamentos – Isso é Loucura – disse se apoiando na mesa para continuar o contato visual com Letícia.

- Confia em mim – Letícia colocou a mão sobre a dele com um sorriso e ele apenas concordou – então me ajude a juntá-los

- Espero que esteja certa – Thomas olhou para o outro lado – Caso não esteja, estarei perdido.

Letícia começa a explicar o plano para Thomas, que não estava muito seguro como Letícia, mas como ela explicava a forma de lidar com a Nicolle e como deveriam abordar o Capitão, essa era a última chance de Thomas não andar na prancha ou poderia fazer sua ida mais rápida. Enquanto isso no convés, o clima estava tenso se estendia em uma batalha fervorosa que acontecia, a lua entre nuvens dava um ar sombrio ao lugar, enquanto o navio balançava de um lado para o outro por conta de uma revolta do mar, onde as ondas batiam no casco e respingavam no convés, deixando o molhado assim como todos que estavam nele, Nicolle pode ver que aquilo era realmente uma cena de livro, como um filme na frente de seus olhos, piratas e meninos perdidos lutavam com facas, espadas e outras coisas afiadas que encontrassem em sua volta, ela estava ainda um pouco bêbada, mas caminhava entre a guerra procurando aquele que ela mais queria encontrar, Gancho estava no topo da escada olhando o horizonte com a espada na mão com um ar de preocupação, como se já esperasse um ataque direcionado a ele, ela correu na direção de Gancho, enquanto se desvia de algumas batalhas paralelas que não era de seu interesse, assim como defendendo com a espada que tinha em mãos, mas antes de chegar até ele, um menino perdido a barrou.

- Olá princesa – ele deu um sorriso malicioso tentando acertar Nicolle que se defendia com a espada, ela não possui muito de seus reflexos pelo álcool em seu sangue, mas conseguia se defender bem de uma criança – Acha que pode se salvar de mim – ele continuou rindo sem parar de tentar acertar ela, mas quando ele consegue desarmar ela e a encurrala algo acerta sua cabeça o fazendo cair desmaiado, Nicolle apanha sua espada e olha para o rosto de seu salvador que a encarava seriamente.

- Gancho - Ele se aproxima dela, como se a julgasse apenas por estar na batalha, ele defendeu um golpe com astucia e velocidade de menino perdido que a acertaria em cheio.

- Nicolle, blood hell, mandei o Thomas cuidar de vocês duas – Ele a examinava com seus olhos com uma preocupação considerável - Aqui é muito perigoso para uma mulher – defendeu mais um ataque destinado a ela sem que a mesma percebesse, mas sentindo a gratidão de ter lhe salvo - Principalmente para você que ainda não sabe lutar de espadas

- Quem disse que eu não sei? – Ela sorriu para ele depois de olhar no fundo dos olhos dele com um olhar de determinação e um sorriso.

- Você sabe? – Gancho parou de lutar depois de afastar um menino perdido e se virou para ela, não vendo que seria atacado pelo mesmo menino, então chegou à vez dela o defender

- Não muito bem, mas... – Ela manejava a espada de forma agressiva, seus cabelos molhados voando com os movimentos e o sorriso aberto em seu rosto – Não sou tão indefesa quanto pensa, Capitão.

- Mas não pode ficar aqui – Pegou seu braço – Venha vou te levar a biblioteca

Ele a puxava com força, ela tentava se soltar, mas a cada puxão que ela dava era um dele, no caminho se defendiam de golpes destinados a eles. Quando eles chegaram ao outro lado do convés e ele abriu a porta, um garoto perdido pousa atrás dela, colocando uma faca em seu pescoço e abraçando ela que se retraiu tentando não fazer movimentos bruscos, Gancho se vira para o mesmo, mal podia acreditar em quem a estava segurando tão firmemente a mulher que Gancho a soltou e deu um passo a sua frente o garoto riu.

- Melhor não se aproximar mais Capitão – ele a segurava com força, como se quisesse impedir que ela fugisse, mas a mesma se mantinha parada.

- Félix largue ela – Disse Gancho, fazendo com que o garoto risse mais uma vez

- Sinto muito Capitão, mas são ordens do Pan – Gancho deu mais um passo em direção a eles que levantam vôo - Boa noite Capitão – ele assobia e os outros meninos perdidos saem do barco, então ele a admira enquanto ela se agarra a ele para não cair - Olha vejo que conseguiu um belo exemplar - Gancho tenta acertar o menino perdido, mas quase acertou a Nicolle que em sua frente.

- Ela não é quem estão procurando – Gancho tentando acertar o garoto desvia novamente do golpe que se esquivava e a cada momento que tentava poderia acertar Nicolle o que a deixou em desespero

- Parem com isso – Disse Nicks no colo do garoto – Não sou escudo de proteção - Olhou para Gancho em desespero, quase a tinha acertado mais de uma vez - Parecem crianças

- Mas eu sou uma criança – O garoto a respondeu enquanto a mantinha suspensa em seus braços - Menina eu vim libertar você dele, deveria ser um pouco mais agradecida – se referindo a Gancho com desdém, carregando ela no colo enquanto ela respirava fundo para não surtar - Bacalhau nunca aprende

- Quem disse que quero ser liberta? – Ela bate na cabeça dele com a própria cabeça e ele a solta - Filho de uma... – em uma queda de mais de 10 metros de altura Nicolle gritava em desespero, já sentindo o impacto com a água.

- Não é certo falar palavrão, ainda mais uma dama bem educada na frente de crianças tão inocentes – Félix a olha caindo como se logo ela fosse morrer e tudo fosse acabar – É uma pena que não posso deixar.

Nicolle continuava caindo, sabia que assim que seu corpo encostasse-se à água morreria com seus ossos lacerados, via em frente de seus olhos sua vida inteira, escolhas mal feitas ou palavras ditas por equivoco, ela já rezava para todos os Santos achando que morreria até que foi pega pelo garoto novamente, levada para o meio da Ilha cada vez mais se afastava do barco entre muitas arvores.

- Não – Gancho apenas a vê se distanciando mais rápido que seus olhos poderiam os acompanhar adentrando ilha do nunca – Senhor Smee – caminha pelo convés procurando o senhor de touca vermelha, encontrando Letícia e Thomas no processo.

- Onde está a Nicolle? – Letícia olhava para todos os lados a sua volta procurando à amiga, enquanto segurava um livro em seus braços, aquele livro sobre navegação onde havia a dedicatória.

- Pan está com ela – disse olhando o gancho e virando seu rosto para Thomas, se demonstrando preocupo e frustrado - Vamos trazê-la de volta – se vira para Letícia e vê o livro que estava em seus braços – Onde conseguiu esse livro?

- Eu estava na biblioteca e a Nicolle... – Ele a encara com voracidade parecia furioso com tudo que envolvia Nicolle

- Vamos salvá-la e depois sofreram as conseqüências de me desacatar dessa forma – ele apanha o livro das mãos de Letícia e o leva para a sua cabine, ele estava cada segundo mais furioso com a situação.

- Espera Por que Peter Pan a quer? – Inocentemente perguntou Letícia enquanto andava até o Gancho que continuava a busca do senhor Smee.

- Não precisa saber isso, deveria ter trancado você quando tive chance, ajustar curso para terra firme – O Capitão ordenou a tripulação, olhou com um ar reprovador para Thomas, saiu indo em direção ao Leme de novo, enquanto Letícia começava a sentir o desespero subir pela sua coluna, ter trancado elas? Afinal seria capaz de Nicolle ter fugido por um segredo horrível, Gancho estava mostrando a ela sua verdadeira face, um homem rude e que não aceitava que fosse desacatado.  

- Capitão não gostou nada de eu ter desobedecido – Thomas disse frustrado sabendo que isso poderia ter acontecido, mas Letícia pensava em alguma solução já achando que isso poderia ser invertido - acho vou andar na prancha dessa vez ou pior - Ela olhou para ele espantada que continuava decepcionado com as palavras do Capitão e Letícia sabia que não poderia mais evitar qualquer coisa - Maldito Peter pan!

- Thomas, Vamos salvar a Nicolle, então ela nos ajuda a resolver essa situação – disse Letícia olhando para ele, tentando dar esperança a Thomas que Nicolle resolvesse essa situação – Mas antes de ir, o que Pan quer com a Nicolle?

- Pan, ele quer usar a Nicolle para afetar o bem e o mal não tenho certeza disso, acho que... – Gancho os interrompe

- Vai soltar as velas Newton! - Gritou do deck superior, sem um pingo de intimidade ou compaixão em sua voz, o que fez Thomas correr para cumprir sua função.

- Preciso ajudar de alguma forma – Letícia olhava o desespero do mesmo, mesmo que ela estivesse encabulada por ter colocado ele naquela situação, queria o ajudar.

- Como? – Thomas obedecia às ordens, já estava em risco de ser mandado para a prancha e tentando manter uma conversa com Letícia.

- Se conhecermos bem nossos inimigos saberá como vencê-los – Letícia se endireita e prepara para algo – Eu vou falar com Gancho, se a Nicolle pode, eu também posso

- Mas... Não faça isso agora por favor – pediu Thomas e ela concordou o ajudando a cuidar do mastro, enquanto Gancho caminhava de um lado para o outro esperando a hora da partida, até que Smee se aproxima dele.

- Senhor, o barco está pronto para partir

- Agora eu pego o Pan – Gancho dizia com um rancor em sua alma – Não deveria ter levado a princesa

- Mas por que faz isso sendo que temos a outra princesa? – perguntou Smee para um homem que o jogou o olhar mortal para ele

- Corromper o coração de Letícia é quase impossível, diferente da Nicolle que está a um passo do precipício

Enquanto no navio, se preparavam para sair em busca da princesa perdida, em um pequeno bote Gancho, Letícia, Thomas e Minho iam em direção a ilha. No meio da floresta, Félix desce em um acampamento, acompanhado por Nicks que se debatia muito, estava cansada de roubarem sua liberdade e queria poder escolher onde queria ficar, então assim que ela foi posou no chão disse ao menino perdido:

- Quem é você? - se limpando e apontando a espada sem piedade em suas palavras, poderia apenas ser uma criança, mas ela não se importava – Quero resposta agora – Disse exaltada

- Ele só estava cumprindo uma ordem minha – disse um outro menino perdido, esse possuía um sorriso diabólico no rosto – Desculpe se a princesa não gostou da forma do transporte, mas esse era o melhor jeito de poder ter uma conversa particular com você, Nicolle.

- Quem é você? – pergunto a mulher que continuava na posição de se defender de possíveis ataques por parte dos meninos perdidos

- Ah, esqueci de me apresentar? Eu sou o Peter, Peter Pan. – Pan faz reverência para ela como se ela fosse uma princesa

- Como sabe meu nome e onde estou? - Guarda a espada em sua cintura sentindo um pouco mais confortável no novo ambiente, afinal eram apenas crianças

- Você é a princesa da Noite, impossível alguém que não saiba seu nome – disse Pan apenas a observando como se a lesse – Você está no acampamento dos meninos perdidos, um lugar onde os piratas não conhecem

 - Quero voltar para aquele barco agora, meu negócio é com o Gancho e não com você – ela começa a caminhar para uma direção qualquer até ser barrada por alguns meninos – Mande eles saírem ou vou tirá-los a força – desembainha a espada novamente.

- Você tem coragem – sorriu olhando para ela que estava de costas para ele - Eu gosto da sua coragem.

- Me deixe voltar para a praia agora, quero voltar para minha amiga – disse ela sem alterar sua voz, poderia estar com medo, mas não demonstraria.

- Só a sua amiga que te preocupa? – Chamou a atenção de Nicolle para fazer com que ela olhasse para ele – Sabe que o Gancho não é benevolente, considere que eu te resgatei – o Menino sorria em deboche enquanto ela o olhava seriamente

- Eu sei que ele não é benevolente, mas me manter aqui vai me provar que ele e você estão no mesmo nível – Nicolle continuava firme, mesmo que já revisava tudo que tinha se passado até o momento, mas a única coisa que naquela terra a preocupava era deixar Letícia a mercê da fúria de um Capitão – O que quer de mim?

- Você é uma menina muito especial, Nicolle – ele se aproximou um pouco dela - Ah entendi, você está caindo na conversa dele – Pan a olhou com pena, como se a vitimizasse por estar sendo trouxa, o brilho das tochas refletia nos olhos de Nicolle o medo que ela tentava esconder de Pan

- Eu sei isso não responde a minha pergunta. O que você quer comigo? – perguntou reunindo toda a coragem do seu ser.

- Eu vim aqui para ver quem eu era contra "a princesa das trevas". Tenho que dizer, não estou desapontado – Ficando de frente para ela e sorrindo – Muitos estiveram na sua posição, quase nenhuma que ele tenha raptado era a verdadeira, mas elas não eram você

- O que você disse é verdade? Sabe o que o que ele quer de mim? – Em um reflexo involuntário, ela pega o seu colar passando a mão nele cariosamente como se isso a acalmasse junto com lágrimas em seus olhos, não deixava seu colar e tentava evitar as lágrimas

- Não tenho a reposta para sua pergunta – caminhou em volta dela assim como Gancho fez quando a resgatou – Posso mostrar o caminho para encontrar as resposta de tudo, você quer?

- Se isso é algum tipo de armadilha... – Ela o olhava séria sem expressar nenhum sentimento relevante para a situação

- Eu posso não ser o garoto mais bem comportado da ilha, mas sempre cumpro minhas promessas. O caminho para encontrar as respostas estão nesse pergaminho – Ao Pan terminar a frase, Nicolle apanha o pergaminho de suas mãos, esperava que conseguisse algo dali

- Por que você está dando isso para mim sem querer nada em troca? – Nicks questionou ainda olhando os olhos do menino travesso na sua frente, mas aparentemente confiável

- Veja, não é sobre encontrar as respostas. É sobre como você as encontra – Abre o pergaminho para revelar um mapa em branco - E Nicolle, ​​você é a única que pode achar as respostas e vencer a batalha.

- Está em branco- ela olha confusa o pergaminho depois volta sua atenção para ele

- Você só poderá ler o que está escrito, quando parar de negar quem você realmente é - ela se vira de costas para ele e começa a caminhar para a floresta.

Ela continua caminha entre as altas arvores até que Pan a perde de vista e da um sorriso satisfeito, Félix um dos meninos perdidos que estava sentado em uma roda em volta da fogueira, se levanta para ir atrás dela, Pan faz um sinal para ele não ir e diz:

- Deixa a ir, ela volta sozinha para nós – continuou sorrindo ainda olhando para aonde ela tinha ido

- Como sabe senhor? – Ao ouvir a pergunta feita por Félix, Pan invoca sua sombra que chamou outras 

- Vamos deixá-la louca e em seguida ela voltará correndo para cá, que é o lugar de onde nunca deveria ter saído - sorriu malignamente – Afinal a princesa da noite assumirá as trevas mais cedo ou mais tarde.

- Caso isso não funcione, o que faremos? – perguntou Felix olhando para Pan

- O pergaminho a fará voltar

Nicks caminhava entre os galhos que se debatiam em suas costas e em seu rosto, suas mãos estavam feridas por conta de alguns galhos secos que encontrará no caminho e que acabaram machucando sua pele, ela encontra uma clareira com uma pedra no centro, era rodeado por flores e algumas frutas pequenas, poucos animais, próximo a montanha havia uma cachoeira e algumas sereias que ao vê-la fogem assustadas. Nicks cansada decide caminhar até o pé da cachoeira, para poder limpar o sangue que escorria de seus machucados, lágrimas de dor que se misturavam com o sangue que era lavado, até que ela ouve um som vindo do meio da densa floresta, ela se arma fica esperando o que fazia aquele som chegar até ela, um sorriso logo se formou ao ver Letícia se aproximando dela, logo se sentiu aliviada por que pensou que Letícia havia fugido.

- Letícia, como chegou aqui? – Disse abraçando a amiga, mas Letícia estava agindo um pouco estranho com um sorriso de forma inexpressiva

- Não precisei fugir – disse Letícia olhando diretamente para Nicolle, um sorriso em seu lábio parecia ser tão forçado

- Me diga algo qual era o nome do meu ex-namorado mesmo? – perguntou Nicolle, talvez a forma que Letícia andava ou seu jeito de olhar assustador para Nicks pareciam estranhos de alguma forma e Nicolle queria tirar essa duvida.

- Eu não me lembro, mas sei que ele foi um babaca com você, por isso estava chorando – Nicks olha espantada para ela, aquela não era sua amiga, Beto não era o ex-namorado que Letícia chamava de “Babaca” ao contrário de Vitor que apenas poderia ser considerado um, Letícia não entendia o motivo de Nicolle se afastar dela.

- Olha bem, eu acho que preciso ir a praia – Nicolle disse secamente e empunhou a espada se levantando ficando de frente com a Letícia

- Por que está com a espada empunhada Nicolle? Você não confia em mim? – perguntou Letícia ainda sorrindo se aproximando de Nicolle que a todo o custo evitava se aproximar da mesma até conseguir trocar de lado com a Letícia

- Deveria ter estudado mais sobre a Letícia, assim saberia que minha amiga não é assim – Nicolle olhava cínica para a imagem de sua amiga, enquanto esta em posição de ataque.

- Você deveria pensar melhor no que conta a estranhos

A Letícia se dissolveu na frente da Nicolle, de dentro daqui que um minuto atrás parecia sua amiga, saiu uma sombra de dentro dela, começou a se aproximar de Nicks, se aproximar de forma intrigante e suave, enquanto Nicolle a olhava paralisada, até que seu sentido de perigo apitou, fazendo com que ela começasse a correr em meio à floresta, fugindo da sombra que a perseguia freneticamente, eis que Nicolle esbarra em um homem estranho ele era alto, moreno e com um tipo de pessoa que poderia facilmente encontrar em uma festa ou até em uma feira de animes, tinha tanta cara de assustado quanto ela e agarrou a mulher pelos braços.

- Se esconde – Ele a puxou para o meio das arvores e arbustos ali perto, tampando a boca dela para que ela não gritasse por ter sido forçada a se jogar na mata, então ele mostrou dois vultos se encontrando entre as arvores, possivelmente o que perseguia ela e ele, assim que o perigo passa, ambos se sentam atrás de uma arvore - Desculpa, não queria que fosse pega - olhando para os olhos dela que passavam a inocência de uma criança em um adulto

- Prazer meu nome é Nicolle e o seu? – sorriu estendendo a mão para ele que retribuiu dando a mão para ela.

- Meu nome é Baelfire, mas pode me chamar de Neal – ele sorria para ela sem que a deixasse constrangida, pela primeira vez tinha se sentido confortável ao lado de alguém na terra do nunca, alguém que não conhecia, mas logo tratou de se armar novamente, pois poderia estar caindo em mais um truque do destino, onde ele apenas brincava com ela sem se importar que ela fosse ferida no processo.

- O que você é? Um pirata? Um índio? Um menino perdido? – perguntou ela se levantando, queria se afastar dele, pois proximidade causava interesse, que por sua vez desenvolvia o sentimento, então preferiu se afastar.

- Não sou nada disso, eu sou apenas um cara – Disse ele rindo do medo que ela estava sentindo dos grupos instituídos na ilha. Depois de ouvir isso ela apenas o olhou como se esperasse mais algo vindo dele – então me conte um pouco de você, como chegou aqui na ilha do nunca? Pelo que eu saiba o Pan apenas trás crianças – Ela relaxou um pouco voltando a se sentar ao lado dele

- Eu não sei, estava sossegada no meu quarto conversando com a minha amiga, então algo me sugou para cá, já teve um pirata pirado com uma só mão tentando colocar as mãos em mim, um menino invocado conseguiu me pegar, estou esperando os índios querem me assar feito porco – suspirou pesadamente, não sabia o porquê, mas confiava naquele rapaz que acabara de conhecer.

- Não se preocupe os índios aqui não são canibais – Neal a olhou e percebeu que ela estava com a mão ao lado do corpo – Posso ver o que tem ai?

- Não foi nada, apenas um certo gancho entrando em mim quando cai em cima do... – Neal põem a mão nos lábios de Nicolle suavemente

- Não preciso de tantos detalhes – riu um pouco olhando a ferida – Isso precisa ser limpo com urgência

- Podemos voltar para o barco, de onde não queria ter saído – suspirou pesadamente

- você tem um barco? – Neal parecia interessado na informação e Nicolle estranhou já acreditando que ele a queria tapear também – podemos sair da ilha desse jeito

- Longa história, mas por efeitos momentâneos, sim - Ele a ajudou a levantar e os dois caminham pela floresta em silencio por alguns minutos.

- O que fez para o Pan mandar a própria sombra dele atrás de você?  - perguntou Neal curioso pelo fato da sombra de Pan a estar perseguindo.

- Como sabe que aquilo é a sombra dele? – Ela olhava para Neal sempre com um pé atrás pela segunda vez tinha dado uma fora, será que faria um terceiro strike e seria retirado do jogo?

- Eu fui um menino perdido, muita diversão sem limites, mas quis voltar para casa, isso foi complicado, mas consegui, nem acredito que tive que voltar – ele dizia angustiado e suspirando - Ele deve estar muito interessado em você se mandou a própria sombra

- Por algum motivo, todo mundo nessa terra parece louco para colocar as mãos em mim, ninguém me deixa em paz – ela ficou vermelha ao perceber a conotação sexual que sua frase tornara – No sentido figurativo é claro, nunca deveria ter pensado em sair daquela sala, por que queria fazer uma boa ação para um homem daquele? – Nicolle se vira para uma arvore, batendo sua cabeça levemente no tronco, ela continuou em silencio até que encontram um rio que corria por ali, provavelmente poderiam seguir ele e encontrar a praia, então Neal decidiu quebrar o silêncio.

- Desculpa a indiscrição de minha parte, mas você já lutou alguma vez de espada? – Ela viu que ele olhava sua cintura enquanto continuavam caminhando, com a mão em cima do cabo para evitar que ele pegasse.

- Sim um pouco – suspirou um pouco, jogando sua cabeça para trás

- Você está bem? – perguntou Neal olhando para ela enquanto a mesma parecia não se sentir bem

- Nunca mais bebo rum na minha vida – continuou com a cabeça para trás esperando o enjôo passar, sentindo uma pequena dor em sua cabeça, talvez seja a ressaca.

- Quer que eu te carregue?– Ele se aproximou dela oferecendo as costas para ela, enquanto sorria para ela, antes que negasse – É o mínimo que posso fazer por você.

- Obrigada Neal – Ela sobe nas costas dele e ele continua a caminhada que poderia ser longa então poderia continuar conversando – Sabe como podemos voltar para casa?

- Existem apenas duas maneiras, pedir ao senhor das trevas ou pedir para o Capitão Gancho – disse então ela arregalou os olhos ao ouvir então ele continuou – Pedir ao Pan está fora de cogitação – ela suspirou, lembrando do pergaminho que Pan havia lhe dado

- Sabe me dizer o que é isso? – Ela mostra o pergaminho para Neal, que parou e examinou o papel que ela tinha lhe dado – Pan me deu e disse que as respostas que eu busco estão ai, assim que eu assumir o que eu realmente sou

- Então sabe o que você realmente é? – questionou ele, a fazendo a olhar pro nada e pensar em tudo

- Eu sou apenas eu, não tenho nada de especial, não sou a mais bonita, ou a mais inteligente, ou nem mesmo a mais forte das mulheres, eu sou um fracasso – disse ela como se assumisse tudo

- Eu não te vejo dessa forma – se aproximou dela e sorriu para a mesma que agora sentada no chão olhava para ele – Você é forte, puxa, lutou contra uma sombra, fugiu de Pan, é muito corajosa. Acho que se subestima demais – ele estende a mão para ela

- Eu não concordo com isso, eu não defendi minha amiga por horas, eu estou perdida em meio a uma ilha estranha, sendo caçada por todos os lados, só por que dizem que sou a filha de Selene? – Ela o encarou - Eu não sou isso, eu sou a menina que não sai da frente do computador, trabalha numa firma e escuta musica, na mais que isso e agora volto para o homem sem uma mão.

- Eu espero poder mudar sua opinião no tempo em que tivermos juntos – ele pensou um pouco e refletiu por um minuto – Espere você foi salva pelo Gancho?  – Ele parecia realmente surpreso com a notícia, aquilo era talvez improvável de acontecer e por tanto ela poderia estar mentido ou talvez não.

- Sim, por que tanto espanto por causa disso? – Ela o olhou esperando uma resposta no mínimo convincente que não o desse o terceiro strike - Sei que ele é um pirata, por isso não pode ter “benevolência”, mas ele jura que é por causa de uma lenda e bla bla bla – disse ela sem paciência para nada, olhando para ele.

- Esse não é o normal dele... – Neal refletiu por uns instantes então fez uma indagação da garota e chegou a uma conclusão - Espere não acredita que ele possa ser benevolente?

- Ele só quis me mandar para uma cabine à prova de som de novo, eu apenas não consigo acreditar que ele possa ser tão bom assim – ela percebeu o interesse dele e fez um suspense para não entregar o ouro para o bandido, coisa que ainda estava testando para ver se Neal era ou não um – mas isso não importa mais, vamos logo

Eles continuam andando em silencio em meio à mata seguindo o rio, enquanto isso em outra beira da ilha, Gancho, Letícia, Thomas e Minho caminhavam pela mata indo em direção ao seu centro, o silencio era sufocante demais para Letícia que precisou perguntar:

- O que vai acontecer com minha amiga quando a encontrarmos? – Perguntou para Gancho que a encara com ódio em seu olhar como se ela não tivesse o direito de dizer nada sobre o assunto e ele continuou andando em silencio, até que ela segura seu braço com seriedade no olhar volta a perguntar – O que vai fazer com ela? Não me faça perguntar de novo

- Se ela estiver viva, provavelmente seja algemada a cama para aprender a me obedecer, mas caso não, quem sofrerá as conseqüências será você – Ele puxou seu braço de volta sem mostrar nem um pouco de delicadeza

- Espere, para que precisa dela viva? – ela chamou a atenção dele, suspirando fundo, virou para Letícia e a encarou nos olhos

- Eu perdi o amor da minha vida há anos atrás, por que um crocodilo a matou e quis levar minha mão junto, como premio de caça – se aproximou agressivamente dela – Agora preciso da princesa da luta para me vingar dele e caso ela não possa terei que usar você, satisfeita?

- Não, você realmente acredita que ela é a princesa da lua? – Letícia retribui o olhar agressivo para Gancho – Já pensou que dizer a verdade para ela poderia lhe render muito mais rápido sua vingança?

- Eu não me importo com o que acha ou deixa de achar princesa – ele se afastou um pouco com o mesmo ódio no olhar que antes – Eu não me importo se ela quer ou não me ajudar, essa não é mais uma escolha dela, então agradeça por eu ainda me importar em resgatá-la

- Você é um monstro, a Nicolle nunca vai te ajudar a nada – Lágrimas vinham aos olhos de Letícia quem Thomas tentava consolar – Me solta Thomas, você acha só porque é capitão todos devem viver com as suas regras, mas adivinha minha amiga é muito mais do você pode ver, ela não vai te ajudar

Gancho continuou a caminhada em silencio, Letícia continuou seguindo o grupo em silencio, enquanto ela limpava suas lágrimas, ela sentia um frio em sua espinha, queria encontrar sua amiga, mas queria afastar ela desse homem que a atormentava, mas como? Enquanto isso, Neal e Nicolle continuavam andando e conversando

- De onde você é? – perguntou Nicolle descontraída

- Eu morei um tempo em Nova York - O sorriso que se formará no rosto dela, ele estava sentindo a mesma coisa, um sentimento de ter encontrado mais alguém que a entendia - Da onde você era?

- Sou de Valipinas é uma cidade muito pacata do interior - Lembrou que na sua cidade o único problema era os vizinhos bisbilhoteiros e isso a fez rir daquelas pessoas - O que está fazendo aqui mesmo?

- Meu pai – Ele suspirou profundamente, logo ela percebeu que sua pergunta tinha feito lembrar de algo desagradável e ela apenas o continuava observando - Ele é o senhor das trevas - Ela olhou para o lado e lembrando desse nome uma das únicas pessoas que poderiam a tirar daqui - Achei que poderia evitar que ele viesse para cá, mas Pan me capturou... - ele percebeu o desconforto da parte dela e perguntou - O que houve? Você já o encontrou alguma vez?

- Não, mas talvez posso te ajudar com seu pai - Suspirou com um ar meio triste olhando para ele – eu sou supostamente as trevas em pessoas, posso tirar elas do seu pai - Ele percebeu a tristeza no olhar dela talvez algo ruim que a fazia lembrar isso.

- Você deveria ser uma pessoa má então não? – ao ouvir o questionamento dele, ela apoia a cabeça entre suas mãos apoiadas em suas pernas, suspirando muito pesadamente.

- Se eu te disser que não sou uma pessoa boa, eu apenas tento e falho com todos ao meu entorno – Ela disse sem censurar as lágrimas, como se ele fosse um antigo amigo e agora ela confiava seu segredo a ele.

- Se fosse má, não teria fugido das sombras, não seria gentil com os outros e acredite em mim... – Ele levantou o queixo dela, fazendo ela olhar para ele que com um sorriso tentava a convencer - Eu vi as trevas tomar conta de alguém que eu amava, vá por mim você não é nem um pouco má - limpou as lágrimas dela a fazendo dar um meio sorriso.

- Espero que esteja certo... Mas se estiver, e a profecia? Alguém precisa cumprir ela, ou não? – ela parecia confusa com tudo isso, então ele com a mão no seu ombro a acalma.

- Elas podem ou não acontecer, mas normalmente acontecem, as profecias são apenas histórias que podem ser transformadas em realidade por quem está escrito - pega as mãos dela - Acredite em você que ninguém pode fazer mudar isso, Você é boa não te deixem esquecer-se do amor ou o que lhe importa

- Tem razão - Sorriu para ele e o abraçou se afastando logo em seguida - Agora estou muito melhor por ter mais alguém que possa me dar conselhos, mesmo tendo minha melhor amiga aqui, uma segunda opinião é sempre bem-vinda

- Se ficar em duvida pode sempre me procurar, acho que vamos ser bons amigos - ele retribui o sorriso para ela, pela primeira vez em dois dias um sorriso e uma reciprocidade de sentimentos aconteciam com Nicks – Uma vez me disseram que o amor é a magia mais poderosa talvez pudesse usar isso ao seu a seu favor.

- Eu não vou me esquecer disso – Ela o puxou para continuarem andando - Quer levar a espada? - estendendo a espada para ele

- Mas vai ficar sem proteção? – Ele olhou para ela confuso, algum tempo atrás ela estava cobrindo a espada para evitar que ele a tirasse dela e agora estava estendendo a espada para ele.

- Eu confio em você - entrega a espada na mão dele e dá um sorriso simpático - além do mais consegue manejar melhor ela do que eu – riu um pouco

Ele apanha a espada, ela sorri e eles continuam a caminhada até a praia, porém quanto mais adentravam a floresta estava mais densa, aparentemente chovia muito naquela região a lama formava em baixo dos sapatos deles e os faziam afundar, ela estava caminhando com cuidado para não escorregar e Neal lhe dava um apoio então eles escutam passos de algo correndo pela floresta, mas não sabia identificar de onde vinha ou o que era que estava vindo e se preparavam para qualquer coisa.

- Deve ser os meninos perdidos - Ele saca a espada e se prepara para um confronto - Fica atrás de mim - pondo ela para trás dele

- Neal – Nicks mostra o colar brilhando de forma intensa

Neal olhou espantado para o colar, pois apenas brilharia na presença das trevas, mas para espanto dos dois quem saiu do meio das arvores e cipós não era os meninos perdidos, nem as sombras de Pan ou o próprio Pan, foi o Gancho que estava com a mesma expressão de ódio desde o navio, Minho um dos tripulantes do barco de Gancho, Thomas que era seguido por Letícia claramente abatida como se estivesse chorado recentemente, mas assim que os olhares de Leeh e Nicks se encontram, as duas abriram um lindo sorriso.

- Nicolle - não se controlando e corre em direção à amiga que apenas abriu os abraços.

- Leeh – a abraça com força, sua preocupação, frustração e tudo mais havia sumido naquele abraço até seu colar estava mais calmo, algumas lágrimas escorriam de seus olhos, mas isso não importava elas estavam juntas de novo e vivas – Ainda bem que está bem

- A gente pensou que você estava perdida para sempre - Abraçando ela, mas já soltando pelo momento ter passado e ambas se recompõe, então Nicks vê os olhos de Gancho que a fuzilavam

- Por que está olhando para mim assim? – ela fechou o rosto em resposta ao olhar dele – Não está feliz por me ver?

- Você deveria ter me obedecido desde o começo – pegou o braço dela rapidamente – Agora vamos voltar neste instante

- Está tentando por medo em mim? – ele confirmou com a cabeça quando desviou o olhar dela – Eu não estou com medo de você, estou furiosa, então não tente me intimidar de novo – Gancho se afasta e Nicolle volta a abrir um sorriso para Letícia - Ah Neal essa é a Leeh minha amiga - apresentando os dois ainda sorrindo - Leeh esse é o Neal ele andou me ajudando a fugir das sombras do Pan e fazendo algo mais do que dizer “Sou bonzinho”, “olha sou um homem mal” - Neal estende a mão para Letícia rindo da graça de Nicolle que provocava o Gancho que ainda estava nervoso.

- Prazer – Ele sorriu, mas Leeh franziu a testa em descontentamento, Nicks sabia que ela estava desaprovando o Neal, porém fazendo o social como sempre, Letícia sempre muito bem educada sorria para ele.

- Prazer é todo meu – Ela sorriu de lado, mas Thomas que se mantinha meio desligado da cena ao olhar a espada na mão de Neal a reconheceu.

- Hey essa é a minha espada? - Neal entrega para Thomas

- Obrigada pelo empréstimo forçado – Nicolle sorria para o Thomas, quando seu olhar encontra o do Gancho percebe que a olhava com reprovação - Por que ainda está com essa cara?

- Aqui não é o lugar para falar nem metade do que quero que escute, então depois conversamos a sós – Gancho se virou no sentido que veio para voltar para a praia – Devemos sair daqui agora

- Acho que não – Assim que ouviu o que Nicolle disse ele olhou mais uma vez com o olhar de reprovação para ela de novo - Se for para conversar em uma sala fechada prefiro aqui com testemunhas - todos olharam para ela.

- Está certo – Ele se aproximou dela - Você colocou todos em perigo, por ser uma menina imatura de mais - Segurou no braço dela com uma força considerável – E agora está dando uma de menina birrenta o que apenas está me deixando mais irritado, da próxima vez me escute e obedeça minhas ordens, senão seus dias serão trancada na biblioteca.

- Da próxima vez – ela se solta da mão que agarrava seu braço o que o deixou ainda mais bravo - você me fala a verdade e então não dou minha birra - ele olhou para ela como se a paciência já tivesse se esvaído.

- Quer a verdade, eu preciso de você para me vingar do senhor das trevas, por tudo que ele fez a mim – Ele insistiu em pegar o braço dela e puxou ela para perto dele pondo ela de frente para ele, todos estavam em silencio, Leeh e Neal estavam tentando entender o que estava acontecendo, Thomas e Minho estavam em silencio mesmo sabendo de tudo

- Então eu sou apenas uma peça do seu jogo doentio para conseguir uma vingança? – ela se sentiu fraca novamente ao encontrar os olhos dele, suas pernas bambeavam, mas ela se manteve em pé olhando para os olhos dele com o mesmo ódio que ele transmitia.

- Não, quero que me ajude a conseguir – sentiu que ela poderia desmaiar então a apoiou ao ver que ela estava se sentindo fraca para continuar em pé.

- Não encoste em mim, eu... eu... – ela olha para Gancho e desmaia sendo segurada pelo mesmo que já estava pronto para receber seu peso.

- Espere por que ela desmaiou? – Perguntou Thomas preocupado

- Deve ser a ferida que o Gancho abriu na lateral do corpo dela deve estar infeccionando – disse Neal igualmente preocupado

- Então vamos logo para o barco de volta – Gancho a carregava no ombro ela estava desmaiada então não se movia muito, o que facilitou sua movimentação até a praia que teria um grande caminho, então Neal se aproxima de Gancho.


Notas Finais




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