‘’ eu era apenas mais uma flor do campo, e você me escolheu. ‘’
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— Clementine, vem logo! — Chamou a menina, que segurava sua bolsa de couro e corria em direção da mulher na qual a chamou. Seu cabelo amarelo já dava alguns pulinhos pela correria da mesma.
— Já estou indo, amor, espera! — Após a fala, apressou o passo e chegou ao lado da mulher, que já a esperava com um sorriso.
— Dessa vez você se atrasou. — Ajeitou as mechas ruivas, se virando para o caminho florido.
— Perdão Margarida, os guardas estavam atentos hoje. Eu trouxe uma coisa para você. — Pegou um bolinho com recheio de morango da bolsa, entregando para a mulher, que pegou com os olhos brilhando.
— Eu te desculpo, mocinha. Sabe que adoro esses bolos, não é? — Deu um selinho na menor, que sorriu, toda desajeitada e com o cabelo agora vermelho.
— Sim, sobrou na hora que eu comi e resolvi te dar este. — Seguiu caminho com ela, andando entre as flores e a grama um tanto alta. Viu sua namorada dar uma mordida no bolinho, se deliciando com o sabor.
— É muito bom, inclusive. — Falou de boca cheia, recebendo um tapa fraco no braço.
— Modos, meu anjo. Não fala de boca cheia. — Advertiu a mulher, fazendo a engolir o pedaço de bolo e dar uma risada.
— Como quiser, amor. — E começou a mordiscar o bolo.
Chegaram aonde queriam, no campo de flores. Aonde queria chegar, aonde sempre ia com ela. O bem mais precioso da sua vida.
Correram para o campo e se jogaram nas flores.
— Ô Clem! — Se levantou e pegou um dente-de-leão, soprando as plumas no rosto da outra, que riu.
— Ei! — Se levantou também, e empurrou a maior na grama novamente, gargalhando com a diversão que estava sentindo. O cabelo amarelo tomou posse da sua cabeça; a felicidade a preenchia. Caiu por cima de Margarida entre as flores e por alguns segundos, pararam de rir, sorrindo.
— Eu amo seu cabelo. — Disse, dando um beijo na bochecha de Clem.
— Só o meu cabelo? — Brincou com um tom de superioridade.
— 'Tá, 'tá. Eu amo você, minha flor. — Deu um beijo apaixonado na mulher por cima dela, que retribuiu de forma carinhosa.
— Eu também te amo. —
— Promete nunca me deixar? —
— Eu prometo. —
'' Eu prometo. ''
Se perdeu no aroma de Margarida, sentindo a felicidade mais uma vez. Ela era a sua felicidade.
Seu mundo.
E sua esperança.
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