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História Contos do corpo - Love?


Escrita por: peacefulover

Notas do Autor


oizinho bolinhas de algodão!
Fiquei revoltada com um papo de amor pra todo lado, então ficou grande.

Boa leitura, XOXO.

Capítulo 14 - Love?


Me sinto inclinada a falar sobre amor. É clichê, eu sei, e exatamente por isso preciso dizer o que andei pensando. Ultimamente tem me ocorrido muito essa palavra, em propagandas, pessoas, redes sociais e cada vez mais parece que ninguém entende o amor (não que eu entenda), mas é como se fosse uma obra de arte pintada em um vaso frágil numa época remota que foi encontrada aos pedaços, alguns ainda perdidos por aí. Entende? Tudo para todo mundo é amor: a troca de olhares, as borboletas no estômago, o desejo de lábios próximos, os presentes dados e recebidos, palavras bonitas e mortes a facadas, a saudade, ou qualquer sentimento que não faça parte da sua maldita rotina. Usam a porra da desculpa de que "é amor, eu sinto, eu sei" como se não entender um sentimento o tornasse automaticamente amor. As pessoas tornam os sentimentos complicados e assustadores com suas manias idiotas de misturar as coisas. Não quero mudar sua ideia de amar, mas escute no que eu acredito. Imagine-se com alguém agradável, isso, não precisa ser o seu suposto "amor" idealizado, apenas imagine-se com alguém que gosta de estar, vocês estão conversando e rindo e você se sente bem, incrivelmente bem na verdade, então por um segundo (unzinho apenas) o silêncio se instala e ao olhar essa pessoa você se enche de algo enorme que já morava aí dentro do seu peito e pingava em pequenas doses coração adentro, daí por um ínfimo segundo, fração de milésimos, você ama essa pessoa. E para mim isso é o amor de verdade, segundos curtos e mágicos em que temos certeza absoluta, todo o resto do tempo é preenchido por segundos de ciúmes, alegria, gratidão, tristeza, insegurança e vários outros sentimentos que não têm nada a ver com amor. Mas veja, eu entendo que na nossa história como seres humanos nunca soubemos discernir bem as coisas, sempre subjulgamos gêneros e sentimentos como se fosse tudo a mesma coisa. Nunca ouviu alguém dizer "amor é tudo igual" e quando começou a namorar o discurso mudou? "Com ele(a) é diferente". Ué?!  É por isso que todos vivem a cantar aos mil ventos os tipos de amor, mas aí vem uma bomba trazida por mim, não existe essa babaquice. O amor é puro, tão puro que ao menos somos capazes de compreender e até aí tudo bem, mas culpamos o amor por sentirmos todas as outras coisas, culpamos o amor por sentirmos ciúmes ou por termos medo. A culpa é sua. Tudo que você acha que é amor é culpa sua, por querer transformar água em vinho (é só um bom exemplo), por complicar algo tão bonito com seus problemas e paranoias. Talvez sua culpa nem seja sua, mas quem está estragando tudo não é quem te tornou assim! Essa doença mundial de achar que tudo é amor, que qualquer estágio do "gostar" pode significar "amar", leva todos a acreditarem que vale a pena fazer qualquer coisa pela atenção momentânea de alguém em você, vale a pena qualquer coisa para que alguém "te cure" e te proteja de tudo que te assombra ou até de si mesmo. Confundimos proteção com amor. Confundimos o medo da solidão com amor. Confundimos a necessidade de preencher vazios com amor. Confundimos até mesmo a carência do toque com amor. Que bobos somos nós. Sei que pode soar um pouco repetitivo, mas não precisamos de ninguém para sermos melhores, ninguém nunca vai arrumar a gente sozinho. Quando se instalam no nosso coração e permitem-nos entrar nos seus também, nos encantamos e tudo parece certo, tipo um novo sentido para a sua vida, então nos esforçamos para sermos o melhor de nós mesmos para essas pessoas, nos esforçamos tanto que nos livramos de tudo aquilo que nos machucava só para dedicar cada pensamento por aquele alguém. Fazemos uma limpa tão rápido como se nunca tivesse doído de verdade e te mudado para sempre. Mas não há auto-estima que assuma essa responsabilidade, então culpamos os outros. "Você me salvou". Besteira! Você se salvou - pelos motivos errados, pois quando esse alguém não quer mais ficar e deixa seu coração uma bagunça antes de bater a porta com força, tudo aí dentro pira e aquele lixo todo que você jogou nas costas de outro volta para debaixo do seu tapete velho. Percebe esse ciclo vicioso? Burrice! Mas somos egoístas. Queremos ter coisas e pessoas para chamarmos de nossas. Queremos alguém do nosso lado para que possamos dizer de peito cheio: "meu". E nos agarramos ao pensamento de que nunca melhoraremos sozinhos. Maldita auto-piedade! Você que fala tanto de amor, onde está seu amor por si mesmo? O respeito pela sua existência? 

Deixe-me contar-lhe uma história. Meu pai e eu estávamos conversando uma vez sobre ele e minha mãe (eles são divorciados), enquanto ele mencionava a primeira gravidez da minha mãe (eu) pude notar um brilho saudosista em seus olhos e nunca vou me esquecer das palavras "você apareceu na fase mais linda do nosso casamento", e percebi o que ele queria dizer: eu fui a parte mais bonita do amor dos dois, eu sou fruto do amor. Soa como poesia, não acha? 

O que quero dizer é que é mais que óbvio quando foi ou é amor. Não confunda as coisas. O amor marca a gente e você vai se esquecer de mim em pouco tempo... 


Notas Finais


eu de novo!!
bem, estou me cansando de toda essa idealização que as pessoas fazem do amor e depois ficam amarguradas se expondo ao ridículo. Não quero "ser amada" dessa maneira, eu tô muito bem sozinha! reflitam se vocês também estão...

espero que tenha gostado, até o próximo, XOXO.


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