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História Contos do Inferno de Gelo - A Filha do Sol


Escrita por: Uchiha_Sayto

Notas do Autor


Eae pessoal tudo beleza?

Vim deixar mais um capítulo desse projeto no cenário de PJO/HDO.

Agradeço quem leu e no de mais.

AI VAAAAAAAAI

O

SAMURAAAAAI

Capítulo 4 - A Filha do Sol


Assim que cruzaram aquele arco com palavras gregas puderam sentir na pele a diferença, o ar era muito mais quente, até quente demais para um dia de outono, o ar tinha um cheiro de campo, o ar era muito mais puro, de longe podia-se ver doze casas em forma de um “U” duas maiores e outras dez menores uma frente a outra, mais ao longe uma enorme construção chamava, era como uma enorme casa que parecia mais uma mansão bem no centro, cor de madeira e ampla, tinha algumas videiras nas paredes mas nada que diminuísse sua beleza, havia dois homens jogando algum jogo de tabuleiro na sacada mas naquela distancia Maxine não conseguia distinguir. Havia adolescentes com camisa laranjas assim como Alex e a menina que quase o matou por todos os lados, alguns com armaduras, outros correndo feito loucos —Ou idiotas— alguns cavalgavam em cavalos e outros cavalgavam em uma espécie de cavalo que depois de alguns passos abriam as assas e alcançavam voo, o que era muito, mas muito estranho na visão dela, tudo parecia tão mágico e tão despreocupado como se em nenhum momento cogitava-se a hipótese de aparecer um monstro ali para atrapalhar tudo,  foi tirada de seus devaneios quando ouviu um grito, um tanto animado — ALEX!!! — E o que surgiu foi no mínimo intrigante, ela só vira ali adolescentes mas ele parecia mais ser adulto que tudo, era um rapaz alto, não, enorme, não gigantesco! Era grande suficiente pra ser um jogador de futebol americano, ele devia ter por volta dos dois metros, era forte, com veias saltando dos grandes músculos, e ele corria como uma maquina a vapor, os cabelos castanhos em um corte militar e uma barba muito mal feita. — Tackle!— chegou correndo e pulou desferindo um golpe brincalhão com o ombro acertando Alex na cintura, o arremessando contra o chão com um gemido agudo de dor.

O grito do garoto fez a menina de cabelos cor de mel correr até ele, sem cerimônias ou algo do tipo, ergueu-lhe a camisa e viu a atadura protegendo o ferimento, que agora voltara a sangrar a menina revirou os olhos, retirou a adaga e partiu as faixas de gaze revelando o ferimento aberto quase jorrando sangue — Ótimo, sai do acampamento e volta quase empalado? — Arrancou um riso fraco do garoto que começou a sorrir, logo um grito agudo foi ouvido — Bebê! Meu deus! O que você fez? — E a menina deu um leve tapa no ombro do garoto gigante e correu até Alex caído, era muito bonita, era morena tinha cabelos lisos, e olhos de uma cor verde brilhante, azul claro, azul celeste, azul escuro, preto, castanho claro cor de avelã e verde extremamente claro, antes de reiniciar a sequência, sempre nessa sequência, deitou-se e apoiou a cabeça do moreno em seu colo enquanto a outra menina de cabelos cor mel retirava a camisa dele e usava para estancar o sangramento, o garoto deu um sorriso fraco — Olá Bern amor da minha vida...— Deu uma risada sarcástica seguida de um gemido alto de dor ela sorriu para o moreno e olhou para Amanda, Maxine e Jhonny que ficaram apenas olhando — O que vocês estão esperando? Fay não vai poder fazer uma cirurgia e fazer pontos no meio da Colina! Mandem trazer uma Maca! Coisa do gênero! Calma Alex meu amorzinho, já vamos te levar pra enfermaria.. — A menina do cabelo cor de mel que era chamada de Fay não resistiu e começou a rir de ambos — Eles são novos aqui Bern , Mason, peça pro Roderick trazer a maca e leve-os para o Quíron, ele saberá o que fazer. — Logo o garoto enorme chamado Mason trouxe maca, levantaram o moreno com dificuldade e o depositaram na maca enquanto levavam para a enorme construção de madeira as pressas, e como foi ordenado Amanda, Maxine e Jhonny seguiam Mason pelo acampamento, esporadicamente algum adolescente vinha correndo e cumprimentava o grandalhão, alguns deles perguntavam pelo Alex, era estranho que todos que perguntavam por ele, ou tinham uma braçadeira negra ou branca, Maxine tentou perguntar algo mas seus olhos foram ocupados pelas pessoas que colocavam Alex para dentro da casa de madeira que iam em direção, haviam dois velhos jogando damas na sacada, e nenhum deles se quer se espantou com um adolescente sem camisa entrar na casa encima de uma maca ensanguentado enquanto outra tentava estancar o sangramento em movimento.

Chegaram a frente dos velhos, um deles era barrigudo, com barba por fazer e usava camisa florida, óculos de sol Rayban, cabelos castanhos e uma postura desleixada e um outro que estava preso a uma cadeira de rodas, tinha um cabelo longo cor castanho, e olhos da mesma cor profundo, o que fez Amanda ficar estática no mesmo lugar — Não é possível! Diretor Marshal? O que o senhor faz aqui? — o homem deu um sorriso — Olá criança, vejo que o tão “querido” Alex a trouxe pro acampamento... Venham crianças há muita coisa a ser explicada, não é mesmo Sr.D? — O homem de camiseta florida tomou um gole de coca — Eu não sei do que você está falando Quíron, Venha cá Fazon Croste, onde está o Kralex, ele está me devendo alguns dracmas! — O garoto enorme suspirou cansado — é Mason Dorske Sr.D estilo o carro Porshe, sacou? Ele está na enfermaria, a Fay e a Bern estão cuidando dele, se me dão licença garotas, o bonitão aqui tem coisas a fazer — Deu um sorriso e uma piscadinha para Amanda e saiu com um sorriso, a garota sentiu um arrepio estranho correr pela espinha — Ele é.... Estranho — Maxine não conteve o riso — Diz isso só por que ta gamadinha no Alex, pode assumir! — A outra corou fazendo o pequeno Jhon rolar de rir no chão segurando a pequena barriga — Não é isso! Eu só... Estou agradecida pela ajuda que ele nos deu, ele salvou nossas vidas, nos protegeu e nos deu uma casa segura, só quero agradecê-lo... — Disse entrando na casa sendo guiada pelo homem na cadeira de rodas que um dia foi seu diretor e agora atendia pelo nome de Quíron, a menina dos cabelos violetas não conseguiu segurar a alfinetada — Ah sei, você quer agradecê-lo com vários beijos! — Explodiram em risadas, até que o Quíron ligou uma pequena televisão naquela sala colocando uma fita — Me encontrem lá fora quando terminarem... Espero que realmente esclareça muitas duvidas, e sobre a aflição, bom Alex tem a mania de se ferir, Fay vai cuidar bem dele, como sempre faz.

O filme não foi muito longo, mas o suficiente para saírem de lá cansados, viam tudo de maneira diferente, tudo podia ser coisa de deuses e névoa, procuraram pelos velhos que deveriam estar jogando damas, mas encontraram apenas o velho de camisa florida, que pelo filme dizia ser Dionísio dormindo descaradamente numa cadeira de balanço, mas encontraram a mesma menina de cabelos negros olhos dispares e pele clara devidamente bem cuidada, com um sorriso com lábios vermelhos — Desculpem, Quíron teve que resolver os problemas com alguns campistas, mas eu irei levá-los para um Tour, sejam muito bem vindos ao Acampamento Meio-Sangue, Sou Bernice Hampshire sou a atual líder do Chalé dez, Afrodite. — Ela tinha um sorriso simpático e contagiante, seguiu andando pediu para seguirem-na, era extrovertida, explicava muito sobre tudo, a todo instante alguma garota perdida vinha falar com ela, sobre possíveis problemas amorosos em maior parte dos casos, Maxine não perdeu tempo em alfinetar mais uma vez a latina — Hum... Entendi, então quer dizer Bernice, que você é a conselheira amorosa preferida de 15 a cada 10 campistas? Que bom, pode aconselhar nossa amiga Amanda sobre um “certo” moreno de cabelos longos desleixado e um sorriso bonito? — Amanda engasgou e Bernice riu, balançou a cabeça em negação — O Alex é um caso perdido... Sorriso bonito, Despreocupado, brincalhão e desatento, segundo as meninas o melhor partido do acampamento, até mesmo as cicatrizes dele chegam a ser “sexy” na opinião de algumas, e o pior problema, ele nunca nota nenhuma garota, chega a ser “estranho” algumas até duvidam que ele é gay, minha sincera opinião, é de que ele é um caso perdido, nunca vi ele se interessar por nenhuma garota. A não ser quando ele resolve não admitir e dizer que nunca olhou de forma um pouco mais intencionada á...— Se auto interrompeu deixando as meninas mais afoitas com a resposta e deu um sorriso — Bem chegamos ao seu chalé, o chalé onze, de Hermes, aqui ficam os meios sangues que não foram reclamados, tipo o Alex, e alguns outros que ainda não tem chalé, tipo a Fay, por tanto vão estar bem aqui, e só cuidado com os filhos de Hermes, eles tem a mania de pregar muita peça com os novatos e também de furtar algumas coisas. Se eu fosse vocês não iriam para lá agora, esperaria Alex e Fay, pelo menos eles são respeitados.

Ela mal terminou de falar e o pequeno Jhon saiu correndo para dentro do chalé, as meninas foram atrás, mas pararam antes de entrar por segurança, já o pequeno continuou correndo, assim que entrou no chalé viu os triliches e beliches fora as camas no chão mostrando que o chalé era o mais lotado mas, o que realmente chamou a atenção do pequeno foi uma estranha coisa apontada para si três cilindros prateados com abertura fina e interligado em um aparelho estranho, ouviu um zumbido e se jogou no chão, evitando um tiro de tinta que atingiu a parede com um estalo alto, rolou evitando um balão de água que atingiu o chão explodindo mas não molhando o pequeno, rindo e se divertindo, desviou de alguns campistas que tentavam segura-lo, seu alvo foi quem mirava o canhão de tinta, com os dedos pequenos e ágeis fez sua vítima.

 Voltou pra fora do chalé correndo e gargalhando tinha nas mãos um boné e um cinto e com um campista furioso correndo atrás de si — PIRRALHO MALDITO! VOLTA AQUI, EU VOU TE PEGAR! — Gritava o campista que estava em duvida em se abaixar e estender as mãos para tentar pegar o pequeno e segurar as calças que teimavam em cair, bateu a cabeça em algo firme e olhou pra cima engolindo seco, a sua frente impedindo que ele busca-se o garoto estava Mason, que mais parecia uma parede de músculos a frente do menino — Eae Sonson! Beleza? Então cara, pode sair só um minutinho preciso pegar um pirralho — Mason apenas o fuzilou com os olhos e deu um sorriso maldoso, saindo da frente, Jhon que estava sendo perseguido agora estava sentado sob os ombros de Alex que sorria pro menino acima de si, mesmo com Fay ao lado reclamando que ele abriria os pontos, o campista que seguia o pequeno engoliu em seco, o garoto ao vê-lo abriu um sorriso cruel colocou o boné do mesmo na cabeça — Alex... ele tava querendo me bater! — O moreno deixou o sorriso morrer e olhou para o garoto que corria atrás do pequeno que estava em seu ombro, o campista ficou estático, o garoto e o Alex eram muito parecidos, o mesmo cabelo negro, o do mais velho mais longo e mais bagunçado, mas a mesma cor, até mesmo os detalhes do rosto eram idênticos, exceto pelas duas cicatrizes do mais velho, e também pela cor dos olhos que do pequeno eram castanhos, imediatamente sentiu o frio no estômago havia se metido com a pessoa errada — Er... Iai Alex, de boa... eu tava brincando com seu irmãozinho e... —Foi cortado pela voz do moreno — Ele não é meu irmão. — O outro engoliu seco de novo — Foi mal... Seu filho? — Alex suspirou cansado, odiava ter trabalho — Ignora beleza Marcus? Vou deixar ela passar, mas, vou pedir um favor, esse é Jhon, aquelas são Amanda e Maxine, você vai obrigar a nenhum de seus campistas fazerem brincadeiras com eles, se não eu juro que te desbanco de líder do chalé de Hermes com uma longa e boa surra... Sacou? — O líder do chalé engoliu em seco, confirmando e voltando pra dentro do chalé ajustar as coisas, Mason deu uma gargalhada — Amedrontando garotos indefesos Alex? Assim seu disfarce de mal lutador vai pra vala — o garoto andou com dificuldade pelos pontos dado na coxa esquerda — Marcus me viu treinando uma vez com ele não tem mais o disfarce... Amy, Max, durmam cedo, Mason vou precisar daquelas coisas, e Bern amor da minha vida, prepara as coisas pra mim? Hoje a noite vou ter trabalho. — E por fim entraram no chalé.

O dia seguiu-se calmo, nada que fosse anormal para os campistas, mas para os novos membros era tudo impressionante, até quando receberam as camisetas do “Acampamento Meio-Sangue” foi algo fora do normal, receberiam o colar com a conta hoje a fogueira, com Bern como guia, conheceram todas as coisas bonitas do acampamento, como filha de Afrodite ela prezava e muito a beleza, Amanda recebeu um ou outro cortejo de um filho de Apolo e também de alguns filhos de Hermes, aprenderam coisas simples sobre o acampamento, cada campista era separado dos demais de acordo com sua descendência divina, indo para os chalés e também tinham os líderes que eram quem guiavam os chalés, geralmente o mais experiente ou o mais forte entre os campistas do mesmo chalé, Mason por exemplo era o mais velho campista dos filhos de Hefestos e também seu líder comandava o chalé nove, com seus vinte anos  e também o mais velho do acampamento, o campista também de mais tempo de acampamento, conhecia três dos doze líderes de chalé, mas devido a promessas antigas apenas nove chalés recebiam campistas, então faltavam seis líderes de chalés para se conhecer, e também descobriu algumas coisas, como por exemplo que Alex tinha um exército particular de campistas, e quem comandava era Fay devido ser melhor estrategista, usavam uma braçadeira para diferenciá-los no meio dos campistas, não entendia muito bem o por que de seguirem um campista ao invés do acampamento, mas segundo Bern eles tinham algumas vantagens, e também em épocas de guerra era muito melhor seguir um meio-sangue que só ia onde achava certo do que deuses, afinal, era muito mais fácil confiar em quem tava do seu lado arriscando o pescoço de quem estava em seu trono bem longe do conflito.  Porém tinham deveres severos, mas nada comparado com o acampamento, Maxine tinha os olhos brilhando a cada coisa nova que conhecia, não parava de falar um minuto no que faria assim que Alex a reconhecesse como escudeira, não parava de mencionar como que queria servir um soldado honrado, bonito, talvez nem tão mais velho, ou até mesmo do próprio Alex, dizia que como queria ser lanceira, ou talvez cavaleira, e nunca parava de falar, Bern somente sorria e ria da situação, ela não servia como soldada ou coisa do gênero, nem sequer sabia usar uma espada, pra ela não tinha sentido na guerra, a vida era muito mais bonita se amando do que matando os outros, e seguiu-se assim o dia calmo.

A noite chegou e logo foram chamados todos os campistas até o refeitório, os campistas se encontravam no refeitório, brincavam e gargalhavam nas mesas de seus chalés, os de Hermes faziam piadas entre si, os de Afrodite fofocavam dos romances do acampamento, e uma vez ou outra Alex era citado por uma ou outra garota que parecia tão maquiada que uma fabrica de maquiagem sentiria inveja de tanta maquiagem, os filhos de Ares, grandes e brigões vivam discutindo entre si sempre ao ponto de quase sair uma briga, os filhos de Hefesto eram mais calados, preocupados mais em suas ferramentas e construções do que dialogar entre si, mas ainda sim ouvia-se conversas e piadas, havia apenas uma parte do chalé, como Mason era um dos mais fiéis amigos de Alex uma parte do chalé servia o exército particular do campista, os de Apolo eram os que mais encantavam Amanda, eram brincalhões faziam entre si desafios de poesia, os de Atena falavam engraçado sempre de uma forma culta praticamente disputando inteligência entre si, continuavam em pé sem saber o que fazer até que um som de marcha foi ouvido, os campistas olhavam de esguelha alguns não gostavam, outros tinham medo, quase trezentos campistas marchavam lado a lado, a frente guiando estava Fay, seguida por Mason e Bernice que conversavam entre si animadamente, depois seguiam-se os mais velhos seguido dos soldados que levavam braçadeira negra, e após os escudeiros, em sua maioria novatos ou pessoas que não lutavam, como no caso de Bernice, todos levavam braçadeiras brancas, sentaram-se a uma mesa especifica própria ao exército, Amanda estava em pé, ao lado de Maxine e Jhonny e mais outros campistas que não conhecia que deviam ter chego a pouco tempo, Quíron estava na forma de centauro, o que assustou os novatos era um choque ver um senhor de cadeira de rodas levantar e da cintura pra baixo ser um cavalo, ele pigarreou e iria começar a falar, até que Alex surgiu correndo estabanado, com cara de sono, cabelo desarrumado e ajeitando a camisa e a jaqueta, assim que ele sentou Quíron pode começar

— Vamos primeiro as apresentações, hoje chegaram nove novos campistas, uma coisa raríssima, nove meio-sangues em apenas um único dia — Salma de palmas e vivas foram dados — Os deuses estão sendo bons conosco logo a profecia do oráculo será cumprida! E também a volta de um campista que trouxe três meio-sangue, Amanda Lewist, Maxine Jinnehouse e Jhonny Runner, que Alexander trouxe, depois de voltar mais cedo, e também ele trouxe uma informação crucial... Segundo ele, romanos estão se infiltrando até mesmo aqui na América, procurando informações sobre o acampamento para tentar um ataque na cede, mensagens estão sendo enviadas para todos os campistas para se alertarem. Também temos informações, os romanos estão mesmo marchando contra a Grécia, o exército destacado para o leste europeu confirmou isso, com muitas perdas conseguimos rechaçar o ataque e os empurrar de volta para a Rússia, depois da derrota no Vietnã em que perdemos vários campistas o exército está enfraquecidos, o cerco feito na fronteira da Romênia com a União Soviética é a única coisa que separa os Romanos de invadir a Grécia, coisa que não podemos permitir, o ataque que eles fizeram foi fraco, pudemos empurrá-los de volta, mas estamos perdendo a força e entrando em terreno inimigo, o frio é desgastante alguns estão a beira de sucumbir, precisamos enviar alimentos, armas e soldados para a guerra a situação piora a cada dia,consultei o oráculo pessoalmente, tempos de guerra precisam de ações inesperadas, ele me conferiu a profecia do fim da guerra!

Quíron soltou um sorriso fraco, ao ponto de vista de Fay, logicamente tentando esconder dos campistas a profecia, que não deveria ser tão boa — mas para isso precisamos de soldados para enviar para a guerra contra Roma, precisarei de voluntários, algum chalé tem campistas para enviar? — O Chalé de Hermes se prontificou com seu líder que se levantou— Por que não enviarmos o exército particular de Alex e Fay? Acha justo que apenas nós campistas arcarmos com a guerra contra Roma? E eles ficam ai sem fazer nada? Enquanto nós perdemos campistas? Cansei de ver irmãos meus sendo mandados pra batalha e morrendo nas mãos dos romanos e... — Alex de sua mesa deu um sorriso — Nenhum soldado meu vai para essa guerra inútil, e aproveito que você falou de seus irmãos para avisar que, Amanda, Maxine e Jhonny, estão se anexando aos meus soldados, eles não servem em mais nenhum chalé, confirmando também Jane, Marcel e Trevis filhos de Ares para minhas fileiras. — Isso fez o líder do chalé de Ares se levantar de súbito— Eu não permito isso! Eu não dei permissão para que nenhum dos MEUS campistas servirem ele! Isso não pode ocorrer! Os filhos de Ares encabeçaram essa guerra e levaremos ela ao fim!

Fay suspirou e ergueu-se — Você? Me diga! VOCÊ irá pra guerra? Você ira pra linha de frente? Ou ficará aqui no Acampamento enquanto seus irmãos morrem? Você não é homem suficiente para ir para linha de frente, quer que seus irmãos morram enquanto você fica com a fama de bravo guerreiro de Ares! —Isso foi o estopim, os filhos de Ares ergueram-se em desafio, os líderes de outros chalés entraram na discussão, a briga começou a esquentar e os soldados lideraram por Fay se levantaram para auxiliar na provável guerra contra os filhos de Ares, somente Alex continuava sentado comendo alheio a guerra que se instalava, gritos, xingamentos e pragas eram lançadas por todos os campistas, Quíron silenciou todos batendo o casco até que os murmurinhos foram silenciados — Isso está virando baderna! Fay, ordene que seus comandados se acalmem! Vocês estão contra o Acampamento, os romanos marcham contra nossos deuses e vocês acham que isso não é motivo pra ir para guerra? —Fay silenciou-se de imediato, o respeito que ela tinha pelo centauro impedia de continuar, fez um gesto e os soldados ainda a contra gosto sentaram-se, e foi a vez de uma risada zombeteira ecoar pelo silêncio que se instalava — Fodam-se os seus deuses. — Foi s voz de Alex que chamou atenção, ele jogou o cabelo e levantou-se ousado com a postura totalmente desleixada, caminhou até a frente de Quíron que devia ter o dobro do tamanho dele pelo menos, ,mas mesmo com a diferença de tamanho imponente um sorriso zombeteiro brincava nos lábios do moreno. — Eles não fizeram porra nenhuma por mim, eles não lutaram minhas batalhas, não impediram minhas cicatrizes, não impediram de eu quase morrer pelo menos meia dúzia de vezes, eu não vou entrar em uma guerra pelos SEUS deuses, se vocês querem que morram enfrentando-se no gelo, até que me de um motivo bom para eu derramar meu sangue na neve, eu não entrarei em combate. Essa guerra não vai entrar pra história, meu nome não ficará marcado por algo que fiz nesse combate idiota, guerra sem fundamentos! Deixe que os deuses resolvam os problemas deles, quem quiser seguir comigo venham, e pra não falar que eu estou alheio... Amanhã terá rouba bandeira, vou entrar na brincadeira, se eu vencer, vocês vão pra porcaria daquele inferno gelado sem abrirem a boca, se eu perder eu marcho daqui até a porra da Rússia, sem abrir a boca. Falei?— Deu as costas ao centauro que olhava o adolescente incrédulo — Vamos! Quem quiser me seguir sigam-me, quem quiser ficar, lutar e morrer por deuses que nunca ligaram para vocês... Tenham uma boa morte naquele inferno gelado, e se quiserem ter alguma chance, tentem nos vencer no Rouba Bandeira amanhã... Coisa que eu duvido realmente que aconteça.

Centenas de meio sangue seguiam o moreno, Amanda, Maxine, Jhon e mais pelo menos cinquenta campistas abandonavam seus chalés e seguiam Alex, teriam que se preparar, pois além de uma guerra contra os Romanos, havia agora uma pequena guerra interna, Amanda sentia-se desconfortável, recebia olhares de esguelha, pareciam a odiar, e não fez nada por isso, claro que também não queria ser mandada para guerra, logo agora que estava pensando em ter um pouco de calma ser lançada num campo de batalha na Ucrânia não estava em seus planos, o chalé de Hermes era engraçado, isso qualquer um tinha que assumir, ficavam pregando peças uns nos outros fazendo piadas e comentários ácidos, mesmo com uma tensão de guerra eles se divertiam, Maxine e Amanda procuravam um lugar para dormir, por conveniência longe dos meninos já que Jhon já estava enturmado após revidar uma peça do líder do chalé, pararam a frente de uma cama que não conteve o riso, bagunçada e separada dos demais, havia na parede presa coisas que não tinha duvidas que eram do moreno, um disco do álbum Bleach do Nirvana autografado, uma camiseta do Nirvana em um quadro também autografada pelo próprio Kurt Cobain, e um colar igual o seu com três símbolos que não soube identificar, inspirou, até o cheiro dele estava ali impregnado, ouviu um pigarreio atrás de si e virou-se corada esperando encontrar o moreno, mas o que viu foi a menina de cabelos e olhos cor de mel, com um sorriso meio simpático e meio irritada — Se me dá licença, eu gostaria de poder deitar na minha cama... — Amanda ficou estática, ao seu lado Maxine começou a gargalhar. — D-d-desculp-pa, eu achei q-que pela c-coisas do N-Nirvana e-era a c-cama do A-Alex... — Fay deu de ombros e deitou-se — A cama dele é aquela! — Apontou para uma cama estranhamente arrumada, Amanda e Maxine olharam com estranheza, ele não fazia o tipo que arrumava a cama — Umas vadias de sei lá qual chalé sempre arrumam as coisas dele, tentam chamar atenção... Claro, nunca conseguem.

            Maxine deu um longo sorriso e não deixou de dar uma alfinetada — Ah claro! Então quer dizer que a Amy tem mais concorrentes loucamente apaixonadas pelo Alex?! — Fay começou a rir do comentário, sentando-se na cama — Pode apostar que sim, pelo que parece uma metade da população feminina do acampamento é loucamente apaixonada pelo Alex, e segundo dados confirmados pelos filhos de Hermes, a outra metade tenta esconder muito mal — Maxine a olhou com um sorriso desafiante — Então quer dizer que mesmo depois daquele show de “Vou te matar se sair do Acampamento assim de novo” Você é também apaixonadinha por ele? — a menina de cabelos cor de mel sentou-se dando espaço para elas também se sentarem, suspirou cansada, pelo visto muita gente perguntava — Claro que não! Pra mim o Alex é... Tão... O Alex! Nos conhecemos a tanto tempo, lutamos tanto tempo juntos, as meninas acham que ele é um símbolo de perfeição, conhecendo ele mais a fundo ele não é tudo isso que as meninas acham — Aquela pequena frase despertou mais a curiosidade de Amanda, precisaria de algo, mantê-la falando, então tomou a frente. — Vocês se conhecem a muito tempo? Tipo... Muito tempo quanto? Por que se tratando dele, conheço ele a nem duas semanas e já acho que passamos quase a vida inteira juntos! — Fay pegou o colar com as contas e mostrou as meninas — Faz dois anos, ele que me trouxe pro acampamento e... — correu rapidamente os olhos pelo chalé, não tinha porque contar aquilo para elas. — Bom, está na hora, Alex está esperando vocês lá fora, é bom irem logo se não serão pegas.

“Pegas pelo o que?” Foi a pergunta que ficou rondando a mente delas enquanto iam pra fora do chalé, ele de fato as aguardava, com uma bolsa em um dos ombros e um olhar vago, procurando algo entre os chalés — Ótimo, tudo limpo, vamos, quanto mais rápido sairmos de perto dos chalés, mais rápido vocês começam. — Dito isso ele tomou a frente, escondendo-se entre chalés evitando ser visto, logo ganharam o campo, ficando mais fácil, sem nenhuma outra complicação chegaram à praia, o mar batendo na areia fazia o único barulho da noite, fora alguns animais e outros sons que vinham da floresta que não era melhor nem saber de que eram, ele parou na areia, inspirou o cheiro que vinha do mar e voltou-se para as meninas — Eu sei que as mandei dormir cedo, eu gostaria de treinar isso amanhã, mas devido a planos que mudaram temos pouco tempo para treinar, segundo um prazo que pedi para Quíron, temos duas semanas pra treinar, quinze dias dá pra ensinar ambas a balançar um pedaço de metal afiado. — Jogou a bolsa que carregava na areia, era cumprida muito mais que uma bolsa comum em contra partida não era tão larga, era própria pra carregar coisas finas e longas, abaixou-se resmungando e a abriu, retirando três pedaços de madeira, os arremessou dois para as meninas, que deixaram cair imediatamente, balançou a cabeça em negação bufando em frustração em seguida, depois de verificarem ser espadas de madeira elas as seguraram com ambas as mãos, ele suspirou cansado, teria muito trabalho e claro, odiava trabalho.

 — Primeiro, isso é uma gladius, arma grega, é apenas com uma mão que segura, não estamos treinando com claymore’s, segundo, isso é uma espada, não um machado — Levou a mão na empunhadura da arma a frente dos olhos dela e a segurou — Assim que segura, a pegada é firme, não simples força. — Disse caminhando até elas que tentavam em vão segurar a espada da forma que ele disse com apenas uma das mãos, Maxine bufou irritada quando por fim conseguiu — É pesada Alex! Não dá pra lutar com isso! — O moreno parou de ante dela com um sorriso — Claro que é pesada, não estamos trocando agulhas de crochê, e além do mais, você disse que quer servir a cavalaria ou ser lanceira? Me diga, a espada de cavalaria é bem mais pesada que uma espada de madeira, uma lança é geralmente mais pesada que uma espada, como você quer servir se não consegue segurar nem uma espada de madeira? — A garota inspirou-se de vontade e firmou a mão na espada e os pés na areia, Amanda viu a mais nova e encheu-se de garra, se a mais nova conseguia, logo ela também conseguia, o garoto sorriu, afinal poderia até ter trabalho, mas elas poderiam ser boas aprendizes no fim das contas, posicionou-se em combate — Vamos a primeira aula, posição de combate padrão, seu objetivo é simples, me acertem.  — Sorriu com a investida de ambas, seria trabalhoso, claro que seria, mas quem disse que não seria divertido?

Dias se passaram, Alex dormia o dia inteiro, e treinava um dia Max e no outro Amy, ambas recebiam treinamentos separados pois cada uma tinha facilidade e objetivos diferentes, mas mesmo dormindo o dia e treinando as meninas a noite, intercalados para elas também poderem dormir, estava o desgastando demais e de vez em quando precisava descansar e era aquilo o que fazia aquela noite, dormia. Enquanto do lado de fora Fay fazia a patrulha, com Amanda e Maxine que haviam ganhado a braçadeira branca servindo de escudeiras, caminhavam atrás dela cumprindo ordens menores, como buscar mais armas, trajavam armaduras gregas que eram desconfortáveis, principalmente para a latina, nenhuma das armaduras comportavam os fartos seios, levavam espadas na bainha presas a cintura, com as aulas que tiveram, poucas de fato, que começavam no cair do sol e se estendiam até pouco depois do nascer do mesmo, já sabiam o básico de uma luta e também já aguentavam portar as espadas sem maiores sacrificios, seguia-se uma noite e madrugada tranquila quando um filho de Hermes surgiu da floresta desesperado, passou pela guarda como um furação, nem se quisessem atacá-lo teriam êxito, chegou próximo a comandante arfando, se apoiou nos joelhos pra poder puxar o ar melhor, assim que se recompôs proferiu.       

— Comandante Fay! T-temos um problema! Romanos! Achamos Romanos! Eles estão marchando contra o Acampamento! Isso é... é.... impossível! — Fay arregalou os olhos, certo, estavam de patrulha, mas esperavam quem sabe uns teliquines, Anemoi’s, ciclopes, até pra alguns lestrigões estavam preparados, mas para Romanos a coisa era mais complicada, precisavam de mais soldados, estavam todos meio sonolentos, precisaria de muito mais soldados, respirou fundo, colocou as idéias em ordem — Droga.... Arqueiros! Preparem-se duas fileiras, assim que a primeira atirar, a segunda tome o lugar, primeiro, segundo e terceiro esquadrão, façam parede de escudo na subida da colina, no ponto em que a floresta é mais densa, não é para deixar ninguém subir! Filhos de Ares na primeira fila, Filhos de Hermes, vão para a floresta, seu trabalho é os flancos! Amanda pegue meu escudo, você e Maxine vão ficar de fora e alguém chame o Alex! — Disparou as ordens, correndo os olhos rapidamente, tinha vinte soldados e trinta escudeiros, não daria muito certo, um dos escudeiros que não conseguia lembrar o nome parou em sua frente, perdido em o que fazer ficou em posição de sentido — Ele está dormindo, senhora! — Engoliu seco, por um instante achou o termo “senhora” errado demais, ela o fuzilou com os olhos — Então o acorde! Anda! — Quase berrou com o garoto que saiu correndo aos tropeços, suspirou cansada e deixou-se sentar em um galho de árvore enquanto os soldados corriam para cumprir as ordens — Se ele não acordar estaremos perdidos.

O sono estava ótimo, largado em sua cama, duas latinhas de coca vazias ao chão, atrás do garoto em estado de quase coma, os dois discos do Nirvana pendurados, um colar com seis contas, cinco de anos de acampamento, o garoto chegou correndo estabanado, tropeçou em uma das latinhas e caiu ao lado do moreno, que resmungou algo ainda dormindo e virou-se para o outro lado, o escudeiro divido entre deixar o seu superior dormir ou cumprir a ordem de outra tocou de leve o outro nos ombros e o sacudiu, uma, duas, três vezes até ouvir uma reclamação — Senhor, Fay pediu para eu acordar o senhor, disse que é importante e...— o outro ainda dormindo remexeu-se e suspirou cansado — Eu só quero dormir falei? Fala pra ela se virar e resolver comigo amanhã... — O escudeiro engoliu seco — Como quiser senhor, falarei pra ela tomar cuidado no combate contra os romanos. — De súbito Alex se levantou — Ela foi pro que?! Droga! — Empurrou o escudeiro sem cerimônias apanhou a espada debaixo do colchão e saiu em disparada, algum filho de Hermes provavelmente acordou com o barulho e tentou se levantar, porém o moreno na corrida o golpeou com uma cotovelada e o retirou do caminho, precisava ser rápido ou ela faria alguma estupidez.

Sem camisa, com calça largas de pijamas, descalço, com o cabelo desarrumado e carregando a gladius na bainha na mão esquerda, assim Alex partiu para o campo de batalha, corria como podia, o caminho do chalé onze até a colina era longo, mas não se importava, ouviu gritos das harpias dizendo para voltar ao chalé, a única que entrou em seu caminho, recebeu um chute giratório que acertou a nuca e ele usou o corpo como mais impulso pra corrida, nada nem ninguém ficaria em seu caminho, subiu a colina em desespero, começava a ofegar, correra demais e rápido demais, a essa altura o acampamento começava a acordar, Quíron corria em trote com o arco preso aos ombros alertado pela fogueira no topo da colina, mas nem mesmo com a parte inferior do corpo quadrúpede conseguiu ser mais rápido que Alex, o moreno foi um furação, assim que avistou a formação grega e a romana marchando colina a cima não pensou duas vezes, sacou a espada, mais pesada que o habitual, lógico, não era a sua, estava desbalanceada mas não importava, era mais que o suficiente para o momento, desceu a colina correndo, desviou-se do corpo dos soldados que faziam a fila de arquearia, correu contra os que faziam a muralha de escudos, com gritos de ordens desceu, desesperado, balançou a espada no ar duas vezes, para se acostumar com o peso e por fim colidiu com a formação de romanos.

Parecia que nem os romanos esperavam um adolescente de rosto inchado, pijamas, cabelos longos e embaraçados armado apenas com uma espada avançasse contra eles, foram apanhados de surpresa, Alex respirou fundo, odiava lutar, odiava ainda mais matar, mas era necessário. O primeiro recebeu um corte profundo na linha do estômago, o outro ao lado teve a lâmina encravada na lateral do dorso no mesmo movimento, retirou a espada e girou-a ágil e velozmente, cortou uma garganta e a espada encravou na nuca de outro, recolheu o braço evitando uma espada, agachou-se evitando uma lança, não tinha problemas em lutar sem armadura muito pelo contrário, em situações como aquela a armadura o atrapalharia, sem ela ele tinha uma vantagem a mais contra os romanos, estava mais leve. Girou a espada ainda agachado, acertou um joelho e o cortou, subiu a espada e encravou-a no queixo de um outro em um ângulo reto, sentiu o corpo do romano amolecer e pender, segurou a lança de um outro e puxou de encontro, cravou a espada na única parte exposta do elmo, o rosto, retirou a lança nas mãos do morto e a girou, encravando no joelho de um que iria atacá-lo pelas costas, cortou-lhe a garganta parando o na metade o grito de dor, os romanos começavam a se recompor depois do susto de apenas um grego invadir as fileiras matando os soldados, desviou de uma estocada que visava seu pescoço, encravou a espada com a ponta para baixo  na axila do mesmo que tentara o matar, perfurando lhe o coração, girou o corpo com o braço estendido, cortou um pescoço e atingiu um escudo, viu o romano fraquejar e atacou mais duas vezes, assim que achou a brecha deslizou pelo flanco e encravou a lâmina nas costas do mesmo, viu a espada despontar pelo estômago do romano que gemia de dor, usou-o como escudo humano parando dois golpes de espada. O suor empapava o cabelo grudando-o no rosto, ofegava muito, matou vários e ainda restavam muitos, seu torso já estava manchado de sangue e suor, a calça folgada já colava ao corpo, a lua dava a visão dos rostos romanos, jovens e amedrontados, mas não podia ter pena, as flechas gregas já caiam derrubando romanos um a um, mas não podia se dar ao luxo de ficar prestando atenção em coisas pequenas.

 Dois vieram em sua direção, chutou o romano que usava como escudo, fazendo-o cair agonizando sobre os dois companheiros, um outro mais franzino se aproximou-lhe de suas costas e o decapitou, o sangue jorrou se juntando a de tantos outros no chão e no corpo do moreno, ouviu-se um grito de guerra e os gregos escondidos na floresta avançaram, pegaram os romanos desprevenidos e a carga foi um sucesso, divididos entre atacar inutilmente o moreno no meio das fileiras e dar as costas para os gregos que chegaram, e dar as costas pro moreno e lutarem com os gregos, os romanos ficavam indecisos e morriam, logo a primeira fileira que fora ocupada para fazer a parede de escudos se juntou ao combate, o moreno não lutava, matava, apenas isso, desvencilhava de golpes tão facilmente que alguns se perguntavam se ele previa o futuro pela exatidão dos movimentos, isso antes de receberem um corte letal na garganta, ou serem perfurados, assim Alex lutava, quando entrava em combate real era confundido até mesmo com um deus, nenhum romano fazia frente a sua espada, e nenhuma espada sequer tocava-lhe o corpo, cada movimento mais sangue tingiam o chão e mais corpos ornamentavam aquele campo de batalha sangrento.

Gritos de guerra desconexos, reforço grego chegando, mortes para ambos os lados, nada disso importava, nada disso era digno de sua atenção, era apenas matar e matar, odiaria a si mesmo depois por isso mas, era isso ou morrer, então preferia matar cada vez mais. Viu rostos conhecidos e seus instintos gritaram, Amanda estava no combate, caída, com uma ponta de flecha protuberante na coxa, com um romano a sua frente com uma espada erguida, dois segundos, o exato tempo do romano ter a espada do moreno encravada em sua garganta, ele lançou o corpo inerte sobre outro que iria atacar, e também o matou com um corte na garganta, olhou a garota caída, não tinha fôlego para falar, mas seus olhos pareciam dizer por si, pois ela confirmou com um sorriso fraco ante sua duvida de se ela estava bem, deu o melhor sorriso que poderia dar no estado que estava e prosseguiu a luta, que já estava totalmente vencida, não deixaria nenhum romano vivo para contar a história, até que sentiu a fisgada no lado esquerdo do flanco, girou o corpo com a lâmina em ameaça matando mais dois, viu o seu algoz com espada, escudo e um sorriso zombeteiro no rosto, tinha que ser rápido, seu corpo ainda não tinha tomado ciência da gravidade do ferimento, nem mesmo ele sabia como estava, brigava com sua mente para não olhar, sem pensar muito com o pé esquerdo chutou pra cima uma lança, girou-a com a mão esquerda e quando ficou na posição exata a arremessou, com a curta distancia o romano teve nem tempo de reagir, tombou inerte, empalado, com uma lança atravessando-lhe o rosto.

Alex ofegou, a vitória era certa, os últimos romanos se rendiam sob as armas dos gregos, continuaria a luta, porém o mundo começava a girar, poucos últimos que ainda estavam de pé e queriam lutar eram mortos rapidamente, conseguiu ainda defender um ataque de um romano idiota que avançara contra ele, e num movimento preciso partiu-lhe a garganta, seu braço pesava mais que chumbo, as pernas pareciam soldadas ao chão, os joelhos pareciam pesar uma tonelada, a consciência teimava em querer escapar enquanto seus olhos pesavam, viu o ultimo romano empunhar sua lança e correr contra si, já não tinha mais forças para revidar o ataque ou defender, só lhe restava esperar e ter uma morte rápida. Amanda vendo a cena, xingou os deuses, blasfemou, e forçou-se ao máximo, não tinha nada que podia fazer, Alex morreria a sua frente e ela não podia fazer nada com a coxa ferida, viu sua ultima esperança largada a dois metros, se esticou rangendo os dentes de dor, fechou os dedos da mão esquerda habilmente na madeira, como se já fossem programados pra isso, com a direita tirou a flecha que estava encravada em sua perna e girou-a nos dedos como se fossem íntimos, colocou-a no elástico e puxou, sem saber muito o que fazia deixou apenas o instinto tomar conta, levantou o arco e soltou a flecha, que voou ruidosamente contra a garganta do romano que tombou com a lança a alguns centímetros de Alex, morto, Amanda observava boquiaberta, nunca pensou que poderia fazer aquilo, mas sequer teve tempo de processar que acabara de salvar a vida de Alex com uma flechada milimétricamente calculada, sentiu o corpo queimar e um brilho rompeu aquela noite.

O sol brilhou, um sol dourado e pequeno jogou seus raios tímidos pela a colina que virara cenário de um massacre, despertando todos para o local de origem, chamando todos para a garota que estava caída com um buraco na coxa, um arco em mãos trêmula, pois acabara de matar um romano com um arco e flecha que sequer sabia atirar e com um sol particular sobre a cabeça, Quíron abriu um sorriso, um sorriso mesmo com a cena de massacre, sabia que alguns gregos morreram, mas era um sorriso verdadeiro, pois a profecia poderia estar mais perto a cada momento. — Todos saúdem Amanda Lewist, A Filha do Sol! — Palmas foram ouvidas, gritos de vivas e comemorações pela vitória da batalha e pela mais nova filha de Apolo que fora reclamada, tudo era mil maravilhas por alguns segundos, segundos estes que foram cortados por um grito agudo e desesperado — MEUS DEUSES! ALEEX! — E tudo que foi ouvido a seguir foi o baque surdo do moreno caindo ao chão.


Notas Finais


é isso ai quem gostou gostou, quem não gostou pule numa formação Romana.

Por enquanto é só.

Obrigado por ter lido, por me aturar nas notas finais e do autor, por ser essa pessoa maravilhosa e

Tchau!


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